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terça-feira, 6 de dezembro de 2016

5 dicas para executivos que buscam uma cadeira no conselho de administração




O ano de 2016 vem sendo marcado pelo aumento da demanda por conselheiros de administração, especialmente em empresas médias de capital fechado. É o que aponta a equipe da Page Executive, braço do PageGroup especializado no recrutamento de executivos de alto escalão.
Experiência em governança corporativa, background em finanças e profundo conhecimento no setor de atuação da empresa são algumas das características que podem ajudar um executivo a fazer parte de um conselho de administração.
Para Leandro Muniz, diretor da Page Executive, há algumas recomendações importantes que um profissional deve seguir para se tornar integrante de um conselho. “O conselho de administração é composto normalmente por profissionais seniores, experientes e com ampla passagem pelo ambiente empresarial. São profissionais diferenciados e que podem contribuir com estratégias para empresas de diferentes segmentos. As companhias buscam pessoas com essa expertise”, afirma.
Confira abaixo as principais dicas para quem tem pretensão de se tornar conselheiro: 

Atualização frequente
Além da sólida formação acadêmica, é de fundamental importância para um executivo que almeja ocupar uma cadeira no conselho de administração atualização sobre temas que geram alto impacto para as empresas, como mudanças regulatórias ou tecnológicas. “Vários temas de governança, regulação e tecnologia são bastante novos, então é importante o conselheiro buscar o constante aprimoramento acadêmico e técnico”, avalia Muniz. Sobre os temas de governança, há algumas certificações no Brasil que são reconhecidas e dão destaque no currículo do executivo, como da Fundação Dom Cabral e o IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa).    
  

“Virar a chave” de executivo para conselheiro
Quando um profissional deixa de ser executivo e passa a ser conselheiro, é importante “virar a chave” do papel de gestor e passar a atuar como representante dos sócios. Esta mudança, que parece simples, é um dos principais desafios para a maior parte dos executivos quando se tornam conselheiros.  Deixar a decisão do dia-a-dia, pensar como sócio e atuar por meio de influência são os desafios mais frequentes.
Uma forma de se preparar para esta mudança é atuar de forma intensiva nos comitês de suporte dos conselhos (financeiro, de pessoas e de estratégia) quando se trata de empresa de capital aberto no Brasil. Quando os executivos são oriundos de subsidiárias de multinacionais ou de empresas de capital fechado, essa experiência pode ser adquirida por meio de maior proximidade com os sócios ou por conselhos não empresariais, como por exemplo, no terceiro setor.

Entender qual a sua contribuição
 Os conselhos de administração podem demandar diferentes perfis, mas há três que são mais comuns: 

- O especialista em governança corporativa: profissionais sêniores com forte experiência no tema de Governança e com forte capacidade de conciliar interesses, evitar conflitos e garantir disciplina nas melhores práticas de gestão;      

- O especialista setorial: Geralmente ex-CEOs de empresas com participação relevante em determinados setores são os conselheiros com maior atuação nos temas de estratégia e posicionamento.

- O “financista”: geralmente ex-CFOs, executivos de bancos ou CEOs com origem financeira, são os profissionais que pensam na melhor estrutura de capital, apoiam com experiência na área financeira e nos processos de fusões e aquisições.  

“Esses são alguns dos perfis que compõem um conselho. Fazer uma autoavaliação das competências e buscar os pontos fortes são importantes para o aspirante ao cargo. As empresas, contudo, estão diversificando cada vez mais as cadeiras, tornando o conselho mais multidisciplinar”, ressalta Muniz.     

Networking   
Atualmente, mais de 50% das indicações de conselheiros são feitas pelas próprias empresas, por profissionais de RH ou dos próprios acionistas. Mas processos conduzidos por empresas de Recrutamento tem crescido. “Vemos que processos de recrutamento de conselheiros tendem a ser mais estruturados no futuro, com grande potencial de crescimento no mercado brasileiro”, afirma o diretor da Page Executive.      

Diante disso, o networking tem papel fundamental nas pretensões dos futuros conselheiros. É importante estar próximo deste público ou de consultorias especializadas.


 Dedicação de tempo
Ter a exata noção do tempo que uma posição de conselheiro irá demandar da agenda é um fator decisivo para uma boa performance. “Há empresas que demanda dos conselheiros uma reunião mensal, em outros casos trimestral. Viagens a planta industrial, pareceres técnicos/consultivos, apresentação e até relatórios são exigidos destes profissionais. É importante ter uma boa estimativa de quanto tempo a posição irá demandar para garantir contribuição real”, finaliza  Muniz.         



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