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sexta-feira, 10 de junho de 2016

Pesquisas apontam que o desenvolvimento do Melasma pode estar relacionado ao estresse



Os estudos mostram que há uma forte ligação de fatores emocionais com a doença que atinge a pele.

Melasma se caracteriza por manchas castanho-escuras na pele, sobretudo do rosto, e é mais frequente em mulheres morenas e jovens. De acordo com os pesquisadores, os impactos emocionais ativam o gene propriomelanocortrin, que por sua vez estimula a pele para produzir mais pigmento. Por este motivo, ansiedade e cansaço em excesso podem piorar ainda mais os sintomas da doença.  

“O melanócito -- célula que produz a melanina --  é bastante complexo e sensível. Por isso, a qualquer sinal de irritação ou desequilíbrio, pode reagir, produzindo mais pigmento no local”, explica a dermatologista Denise Steiner, coordenadora do Departamento Científico da Sociedade Brasileira de Dermatologia.  

Além do estresse, outros fatores estão relacionados com o aparecimento do melasma, como: exposição ao sol e à luz em geral, hormônios, medicações, doenças, traumas, queimaduras, entre outros. Um estudo  recente, realizado na Argentina, também relacionou o Melasma a problemas na tireóide.

"Aparentemente, existe uma grande influência genética para o aparecimento do Melasma. Em alguns estudos epidemiológicos, a ocorrência familiar varia de 15% a 60%. Além disso, outras avaliações demonstraram que as peles mais morenas, como as das latino-americanas, são mais suscetíveis às manchas", afirma a Dra. Denise.

As mulheres têm mais incidência de Melasma em relação aos homens, principalmente por conta de fatores hormonais, pois hoje sabe-se que a pele manchada tem mais receptores para o hormônio feminino estradiol (estrogênio) do que aquela sem mancha.

"Quanto às grávidas, além desse fator, também há aumento da produção do hormônio melanócito estimulante", acrescenta a médica. 

Tratamentos 
Protetor solar - O tratamento do Melasma inclui o uso de filtros solares físicos ou orgânicos associados a protetores com pigmentos. Existem dois tipos de filtro solar: aquele que tem moléculas que reagem com o sol e transformam a luz em calor; e aqueles que formam uma barreira onde o sol bate e reflete. No caso do tratamento do melasma, o ideal é que seja utilizado um filtro físico para rebater a luz, em vez de transformá-la em calor, o que pode inclusive piorar o melasma. O pigmento associado ao filtro também é importante, pois ele protege da luz visível que é encontrada em lâmpadas e computadores. 

Clareadores - O tratamento do Melasma inclui o uso de clareadores como hidroquinona, arbutin, ácido azelaico, ácido retinóico, ácido glicólico, entre outros.

Fitoterápicos e vitaminas - Uma novidade é o Polypodium Leucotomas, que é um ativo de uma planta da Costa Rica, muito eficaz em proteger a pele dos raios ultravioleta. O Polypodium Leucotomas é um agente antiinflamatório e imunomodulador, que protege do dano celular e tem propriedades calmantes. Utiliza-se cerca de 4 cápsulas ao dia para tratamento do Melasma durante 3 ou 4 meses seguidos.

Ácido - Outra novidade muito interessante é o uso do ácido tranexâmico por via oral com dose de 500 a 750mg/dia, que age na plasmina, evitando a formação de agentes inflamatórios que causam estímulo negativo ao melanócito. Esta substância também é usada em injeções intradérmicas e em cremes na concentração de 3% a 5%.

Pellings e laser – O Melasma também  pode ser tratado com a ajuda  de peelings e lasers. A tecnologia mais indicada hoje é a ND Yag -- um laser de baixa energia e pulso curto que consegue clarear sem causar irritação. Os estudos mostraram que em média de 12 a 15 sessões são necessárias para um clareamento de cerca de 70%.  O laser não agride nem queima a pele, ela apenas permanecerá ligeiramente rosada após a aplicação.



Dra. Denise Steiner médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da qual foi presidente entre os anos de 2013 e 2014. Atualmente, a dermatologista é Coordenadora Científica da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Dra. Denise Steiner também é especialista em Hansenologia, em Saúde Pública e em Medicina do Trabalho, além de ser Doutora em Dermatologia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Também é autora de várias publicações de reconhecimento nacional e internacional, entre elas: “Calvície – Um assunto que não sai da cabeça”, “Beleza sem Mistério” e “Envelhecimento Cutâneo”. www.denisesteiner.com.br

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