Pesquisa Beauty Plan 2016 da Glambox aponta que
produtos de higiene básica, maquiagem e perfume são itens essenciais para as mulheres
A inflação, a alta do dólar, a crise política e o desemprego configuram
um momento delicado para o Brasil. É natural que, diante desse cenário, o
consumidor não ceda aos impulsos de compra e seja mais determinado na busca de
maior segurança. Frente às perspectivas desanimadoras, as mulheres ficam mais
cautelosas, mas não deixam de tomar alguns cuidados essenciais com a beleza,
conforme destaca a pesquisa Beauty Plan 2016, realizada pela equipe de Beauty
Intelligence, área especializada em inteligência de mercado da Glambox.
A
Beauty Plan 2016 coletou as respostas de 4.321 assinantes, dentre mais de 25
mil cadastradas, para avaliar as tendências do mercado de beleza e cosméticos
em 2016. O questionário focou em conhecer melhor o perfil das consumidoras, as
preferências, tendências e como será o comportamento das mulheres para este ano
em razão da crise. Além de identificar os maiores influenciadores desse
público, os principais canais de informação e os mais confiáveis.
Itens mais adquiridos
A
pesquisa revelou que mesmo com a crise, 83% das mulheres responderam que não
pretendem conter gastos com produtos de higiene básica como shampoo,
condicionador e sabonete; 58% delas não deixam de comprar produtos para o
cuidado dos fios, como máscara, leave-in e óleos; 57% não abrem mão de
maquiagem; 56% não deixam de comprar produtos para limpeza facial como
antirrugas e vitamina C; e 51% não deixam os perfumes fora da lista.
Para
as assinantes, em segundo plano ficam os produtos específicos para cuidados dos
pés (46%); artigos para cuidados específicos como celulite, estrias e gordura
localizada (45%) e produtos para as mãos (42%). Conforme os dados, a
preocupação com beleza supera os índices negativos da crise. “A mulher brasileira
é bastante vaidosa e a crise não representa um empecilho para manter os
cuidados diários com a pele e o cabelo”, ressalta Flora Singer.
Os
produtos que aparecem em destaque na pesquisa são para cuidar da pele do rosto,
como itens de limpeza (66%), filtro solar (65%) e produtos específicos como
clareadores e antissinais (52%). E cada um deles tem uma finalidade, por isso a
aquisição varia de acordo com a idade e renda do público. As assinantes mais
jovens (até 32 anos) adquirem produtos para limpeza facial e mulheres acima de
32 anos buscam produtos que ajudam a cuidar das manchas, rugas e imperfeições
da pele facial. Em seguida, a adesão de produtos para o cabelo e para o corpo é
maior entre as mulheres que recebem acima de R$ 10 mil, como itens de hidratação,
cauterização, reconstrução e selagem para o cabelo.
Despesa mensal
A
pesquisa aponta que o gasto com produtos de beleza e cosméticos de 2014 para
2015 aumentou para a maioria das mulheres (41% do total), sendo que 60% afirmam
ter gasto entre R$ 50 e R$ 200 mensais com produtos com preços maiores ou de
marcas mais caras. Com exceção das assinantes acima de 45 anos (22%), onde 67%
responderam ter diminuído os gastos em 2015. Já em 2016, enquanto a prioridade
para a maioria das consumidoras (52%), acima de 45 anos, é manter os gastos do
ano anterior, as mais novas e de renda menor (24%) pretendem reduzir os custos,
aproveitar as promoções, analisar as vantagens do produto e adquirir somente o
essencial.
Ao
invés de comprar marcas mais baratas, a maioria prefere abdicar de alguns itens
ou deixar de testar novos produtos. Flora Singer, diretora comercial da
Glambox, enfatiza: “Durante a crise, o consumidor tem um perfil mais cauteloso,
avalia as vantagens do produto, mas não perde o hábito de se preocupar com a
beleza.”
Canais de compra e de informação
O
maior canal de vendas é a loja física, mas a compra pela internet cresce
continuamente. 60% das entrevistadas dizem variar entre a compra na loja
física e na internet, levando em conta produto, preço e entrega; 15% dizem
comprar principalmente em lojas físicas, mas pretendem comprar pela internet;
13% só fazem compras em lojas físicas e não têm o hábito de comprar pela web;
9% preferem comprar pela internet e compram em loja física quando não acham o produto
de forma online, e 1% só efetua as compras pela internet, independentemente do
prazo, produto ou preço.
Os
principais influenciadores no processo de escolha nesse nicho de mercado são:
dermatologistas, amigas e blogueiras, e a opinião da família, das revistas,
vendedores e celebridades também são relevantes. Para 59% das mulheres ouvidas,
a opinião de uma dermatologista é a mais importante. Neste caso, a importância
cresce à medida que a idade e a renda aumentam. E as amigas são importantes
influenciadoras para as Glamgirls com mais de 26 anos e mulheres com renda
acima de R$ 5 mil.
Para
finalizar a pesquisa, as entrevistadas foram questionadas sobre os canais de
informação que consideram mais confiáveis. E concluiu-se que os blogs são os
meios mais buscados, principalmente, entre as assinantes mais jovens (até 25
anos) e de menor renda (até R$ 5 mil mensais). 39% das consumidoras confiam
mais em blogs de beleza; 37% em sites especializados; 8% no site da própria
marca; 5% em revistas; e 2% em programas de beleza de TV.
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