A congestão nasal é um problema muito comum nesta época do ano,
devido às infecções virais frequentes. Outras causas são o aumento da poluição,
bruscas quedas de temperatura, ar seco e o fato de que roupas e cobertores são
retirados dos armários depois de muito tempo guardados. Com o nariz
"entupido" com mais frequência, muitas pessoas acabam optando
pela automedicação, com o uso de descongestionantes nasais para se
livrarem do desconforto.
Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa,
Dra. Luciane Mello, este incômodo acontece quando os vasos sanguíneos
na membrana mucosa nasal ficam "inchados", afetando a
respiração. Os descongestionantes, por sua vez, têm o papel de
vasoconstricção, ou seja, diminuem o calibre dos vasos, permitindo uma maior
sensação de alívio na respiração.
Entretanto, o uso deve ser realizado com moderação e supervisão
médica, já que ele pode causar graves problemas à saúde, como taquicardia,
elevação da pressão arterial, dependência e a chamada rinite medicamentosa. O
uso constante do vasoconstrictor gera um efeito rebote na mucosa, aumentando os
calibres dos vasos, com retorno as sensação de congestão.
“Em casos de problemas para respirar, a melhor opção ainda é lavar
as narinas com soro fisiológico. Além disso, os medicamentos só devem ser
prescritos após uma avaliação médica pois a congestão nasal também pode ser
sinal de doenças inflamatórias, alterações anatômicas, como o desvio de septo,”
finaliza a especialista.
Dra. Luciane Mello - Otorrinolaringologista graduada pela
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Especialista do Sono pela
Sociedade Brasileira de Sono. Fez estágio na Universidade Stanford, na
Califórnia, no setor de Sleep Surgery. Membro da Associação Brasileira de
Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia
Americana de Medicina do Sono, é médica Responsável pelo Ambulatório do Ronco e
Apneia e pelo Serviço de Polissonografia, ambos no Hospital Federal da Lagoa
(RJ).
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