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quarta-feira, 22 de junho de 2016

Doenças respiratórias causadas no inverno trazem alerta sobre o uso de descongestionantes nasais



A congestão nasal é um problema muito comum nesta época do ano, devido às infecções virais frequentes. Outras causas são o aumento da poluição, bruscas quedas de temperatura, ar seco e o fato de que roupas e cobertores são retirados dos armários depois de muito tempo guardados. Com o nariz "entupido" com mais frequência,  muitas pessoas acabam optando pela automedicação, com o uso de descongestionantes nasais para se livrarem do desconforto.

Segundo a otorrinolaringologista do Hospital Federal da Lagoa, Dra. Luciane Mello, este incômodo acontece quando os vasos sanguíneos na membrana mucosa nasal ficam "inchados", afetando a respiração. Os descongestionantes, por sua vez, têm o papel de vasoconstricção, ou seja, diminuem o calibre dos vasos, permitindo uma maior sensação de alívio na respiração.  

Entretanto, o uso deve ser realizado com moderação e supervisão médica, já que ele pode causar graves problemas à saúde, como taquicardia, elevação da pressão arterial, dependência e a chamada rinite medicamentosa. O uso constante do vasoconstrictor gera um efeito rebote na mucosa, aumentando os calibres dos vasos, com retorno as sensação de congestão.

“Em casos de problemas para respirar, a melhor opção ainda é lavar as narinas com soro fisiológico. Além disso, os medicamentos só devem ser prescritos após uma avaliação médica pois a congestão nasal também pode ser sinal de doenças inflamatórias, alterações anatômicas, como o desvio de septo,” finaliza a especialista.



Dra. Luciane Mello - Otorrinolaringologista graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Especialista do Sono pela Sociedade Brasileira de Sono. Fez estágio na Universidade Stanford, na Califórnia, no setor de Sleep Surgery. Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF) e da Academia Americana de Medicina do Sono, é médica Responsável pelo Ambulatório do Ronco e Apneia e pelo Serviço de Polissonografia, ambos no Hospital Federal da Lagoa (RJ).


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