Sem
sintomas no início, DRC é a perda progressiva da função dos dois rins e pode
causar insuficiência renal, que, somente em 2015, foi responsável pela morte de
quase três mil brasileiros
Como não apresenta sintomas nas fases iniciais, a
doença renal crônica, se não diagnosticada precocemente e tratada corretamente,
pode levar o paciente ao tratamento com diálise (hemodiálise ou diálise
peritoneal) e transplante de rim – nos estágios finais.
No Brasil, a insuficiência renal, que é a fase mais
avançada da DRC, foi responsável por 2.949 mortes em 2015, segundo dados do
Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS), fornecidos pelo
Ministério da Saúde. Os números levam em conta a Lista Morb CID-10, publicada
pelo órgão.
Os homens representam 58,6% do total de óbitos no
período (1728 casos), enquanto as mulheres são responsáveis por 41,4% do
montante (1221 óbitos). Os números mostram ainda que, em relação a 2011, o
número de mortes aumentou 9,3% entre os homens. Já os números femininos apontam
crescimento de 8,8%.
Para o doutor Aderbal Angelo Nastri, nefrologista do
Hospital Santa Catarina (SP) “em alguns casos a pessoa pode perder 50% da
função renal sem notar qualquer alteração em sua qualidade de vida. E, pelo
fato de ser ‘silenciosa’, a doença renal crônica esconde um grave risco à
saúde, já que apenas exames de urina e de sangue podem detectar o início do
problema”.
Principais sintomas
O médico esclarece que os principais sintomas da
doença renal crônica são a falta de apetite, cansaço, palidez cutânea, inchaço
nas pernas, aumento da pressão arterial, alteração dos hábitos urinários, como,
por exemplo, urinar mais vezes durante a noite ou notar a urina com sangue e/ou
‘espumosa’.
Especialista elenca os riscos para a doença renal
crônica:
- §Risco elevado: hipertensão arterial, diabetes mellitus, histórico familiar de doença renal crônica.
- §Risco médio: enfermidades sistêmicas, infecções urinárias de repetição, litíase renal e uropatias. Crianças com menos de cinco anos de idade e pessoas acima de 60 anos, além de mulheres grávidas, requerem atenção redobrada.
Recomendações para evitar que o caso se agrave
As recomendações para reduzir o risco ou para
evitar que o quadro se agrave incluem manter hábitos alimentares saudáveis,
controlar o peso, praticar atividade física regularmente, controlar a pressão
arterial, beber água, não fazer uso de medicamentos sem orientação médica, não
fumar, controlar a glicemia quando houver histórico na família e avaliar
regularmente a função dos rins em casos de diabetes, hipertensão arterial,
obesidade, doença cardiovascular e histórico de doença renal crônica na
família.
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