A falta de ventilação nos
ambientes e a aglomeração de pessoas causam sensibilidade nos olhos e facilita
a transmissão de doenças
Queda da temperatura, baixa
umidade e resfriamento do ar são fatores que podem desencadear problemas nos
olhos, deixando-os sensíveis e suscetíveis a doenças. Entre as mais comuns,
neste período, estão a Síndrome do Olho Seco e as conjuntivites alérgicas. “A
falta de ventilação nos ambientes e o ajuntamento de pessoas em lugares
fechados facilita a transmissão de doenças”, ressalta o
oftalmologista Dr. Marco Canto, diretor da Clínica Canto.
A exposição a
aparelhos de ar-condicionado, aquecedores, ventiladores, poluição, uso
excessivo de computadores e até algumas medicações podem levar à Síndrome do
Olho Seco. “A doença é causada pelo baixo volume na produção de lágrimas ou por
uma disfunção, que acarreta má qualidade da lágrima”, completa o médico.
Sensação de cisco no
olho, queimação, ardor, sensibilidade à luz, embaçamento visual e olhos
vermelhos podem ser indícios da Síndrome. “O lacrimejamento excessivo também é
um sintoma, pois quando a qualidade da lágrima não é boa, a resposta do
organismo é produzir mais lágrima”, considera o oftalmologista Geraldo Canto,
da Clínica Canto. O médico esclarece que esses sintomas são piores ao final do
dia, em locais com pouca umidade.
O tratamento para o
problema pode ser feito com o uso de colírios ou gel, higiene das pálpebras,
dieta alimentar para estimular a produção de lágrimas, correção cirúrgica das
pálpebras e medicamentos anti-inflamatórios. “Procurar piscar frequentemente,
evitar ambientes com ar-condicionado, aquecedores, fumaça e poluição, ou usar
umidificadores de ambiente também ajudam no tratamento e na prevenção da
doença”, lembram os oftalmologistas.
Dr. Marco Canto
lembra que é possível prevenir o surgimento da Síndrome do Olho Seco. “As pessoas
devem dormir em locais ventilado e umedecido e evitar ambientes climatizados e
com poeira."
Conjuntivite
bacteriana e viral
Outro
problema mais comum durante o frio é a conjuntivite, que é a inflamação da
conjuntiva, membrana que reveste a parte branca do olho e a superfície interna
das pálpebras. A doença pode ser causada por vírus ou bactérias. “Na
conjuntivite bacteriana o comprometimento é mais externo e os olhos ficam
vermelhos, congestionados, com secreção purulenta (aspecto amarelado, grosso)
que gruda nos cílios, sem lesões corneanas em geral”, explica.
Já
na conjuntivite viral, a infecção atinge internamente o tecido conjuntival e a
córnea. “Esse tipo de conjuntivite lesiona a célula, o que é muito mais grave,
pois deixa mais sequelas e o tratamento leva muito mais tempo”, acrescenta.
Quando
a doença se manifesta nas crianças
os pais devem ficar ainda mais atentos, pois causa bastante irritação.
“Geralmente o maior problema é mesmo o incômodo. A doença também pode alterar
temporariamente a visão, ou seja, prejudicar a qualidade da visão do paciente”,
alerta Dr. Marco Canto.
O médico ainda faz um
alerta, principalmente, para aquelas pessoas com histórico da doença. “É
necessário que os ambientes estejam sempre limpos. Mantas, cobertores e blusas
de lã devem ser lavados e secos ao sol”.
Clínica
Canto -www.clinicacanto.com.br
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