Canção preferida pode ser grande aliada
nos tratamentos contra câncer e outras doenças
Que
música faz bem pra alma todo mundo sabe! Mas, você sabia que ela também faz bem
para a saúde e é grande aliada dos pacientes em tratamento contra o câncer?
Diversos centros de atendimento pelo mundo já fazem uso da musicoterapia para
ajudar no combate à doença. Um bom exemplo é o Radiocare – Centro de
Radioterapia do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte/MG, que resolveu
aliar sessões de radioterapia à música. “Ela não tem o poder de curar ou
prevenir o câncer, mas pode reduzir muito o nível de ansiedade do paciente e
melhorar sua qualidade de vida”, conta Leonardo Pimentel, radio-oncologista.
O
médico cita um estudo feito
na Alemanha, no qual pacientes que faziam quimioterapia apresentavam um alto
grau de ansiedade, náuseas e vômitos por causa do tratamento. E, quando
submetidos à musicoterapia, os níveis de toxidade, dor, náuseas e vômitos
reduziam muito.
Da
mesma forma, pacientes que se submetiam à radioterapia também apresentavam
graus bem mais reduzidos de ansiedade. Com a música, eles também passam a se
sentir mais confiantes, o que auxilia bastante o tratamento.
Durante
as sessões de radio ou quimioterapia no Radiocare, os pacientes passam agora a
ter música ambiente ao seu dispor, através de um playlist da clínica e,
caso prefiram, podem levar celulares ou pen drives para ouvir suas
canções preferidas. “Aliando inovação e bem-estar, pretendemos que os pacientes
se sintam mais confortáveis e confiantes durante o tratamento”, ressalta
Pimentel.
Também
faz bem ao coração!
Uma pesquisa
divulgada pela Sociedade Europeia de Cardiologia prova isso cientificamente.
Foi feito um experimento com pacientes que tinham problemas cardíacos,
divididos em três grupos: um que faria exercícios com música, outro exercícios
sem música e um terceiro que só escutaria músicas e não faria exercícios. Ao
final de três semanas de acompanhamento, quem fez exercícios ao som de sua
música favorita aumentou em 39% a capacidade física, enquanto quem não escutou
músicas aumentou 29% e os que só escutaram música e não praticaram exercício
físico, conseguiram, ainda assim, melhorar a capacidade física em 19%.
Com o ritmo certo, a música estimula a
liberação de endorfina, hormônio responsável pela sensação de bem estar e
prazer, o que reduz a percepção de dor e o estresse, segundo o cardiologista
Antônio Alceu dos Santos. "A endorfina ainda age inibindo o sistema
nervoso simpático e regulando a liberação de outros hormônios, como adrenalina
e cortisol que, em certas concentrações no organismo, podem ser maléficas ao
coração", explica. E complementa: "Um coração alegre é um coração com
mais vida!".
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