De acordo com o doutor em Biotecnologia, que há
mais de 10 anos coordena uma equipe de pesquisadores focada no controle e
diagnóstico de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, Fernando Kreutz, ainda levará
alguns anos para a vacina chegar à população, por isso a necessidade de
continuidade das atividades de prevenção
A notícia de que a vacina contra
vírus Zika entrará em fase de testes no mês de novembro, de acordo com o
Ministério da Saúde, foi saudada pela comunidade científica. "É
um passo importante que deve ser comemorado. No entanto, até a vacina chegar à
população, levará alguns anos e isso pode ser determinante para a epidemia
avançar no país e para outros continentes", adverte o
cientista Fernando Kreutz, que há mais de 10 anos coordena uma equipe de
pesquisadores focada no controle e diagnóstico de doenças transmitidas pelo
Aedes aegypti. A vacina estará disponível para os testes pré-clínicos, ou seja,
testes em primatas e camundongos.
Kreutz lembra
que a vacina faz parte de uma série de ações necessárias para o combate e
prevenção ao mosquito e suas consequências. Uma delas diz respeito aos esforços
da população para o controle dos focos. "A ideia é eliminar ou reduzir os
focos de infestação para conter a transmissão. Ou, no jargão científico,
controlar os "vetores" para bloquear a proliferação do vírus e o
adoecimento da população".
De acordo com o doutor em
Biotecnologia, apesar do controle do Aedes despontar como uma das prioridades no
Brasil, o sucesso das iniciativas nessa área ainda é limitado. "A
sociedade precisa ser constantemente alertada e orientada para a prevenção, já
que as condições urbanas facilitam a proliferação do Aedes".
Para evitar a propagação do
vírus, no Brasil e no exterior, é preciso adotar medidas permanentes, durante
todo o ano, a partir de ações preventivas de eliminação de focos. Eliminar água
parada, usar repelente, tela, roupas compridas e aplicar o larvicida biológico
para uso doméstico, em conjunto com as ações mecânicas, devem continuar fazendo
parte da rotina das famílias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário