Sociedade Brasileira de Endoscopia
Digestiva faz alerta à população sobre os problemas que o fumo pode causar ao
aparelho digestivo
O cigarro é um agente causador de
câncer de pulmão, problemas no aparelho respiratório, cardíacos, psicológicos,
entre outras consequências, mas não são apenas essas as implicações de seu
consumo. Em referência ao Dia Nacional Mundial sem Tabaco, datado em 31 de
maio, a Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva (SOBED) alerta a população
sobre os malefícios do cigarro para o aparelho digestivo.
O endoscopista
Fauze Maluf Filho, membro da SOBED, explica que o hábito de fumar pode retardar
a cicatrização de úlceras do estômago e do duodeno, porque causa aumento da
acidez. Além disso, é carcinógeno e está relacionado ao câncer esofágico,
gástrico, colorretal e aumenta o risco de pancreatite crônica.
O desgaste que o cigarro causa começa desde a boca até o
intestino delgado (duodeno). Na boca, os problemas gerados são dentários e o
mau hálito (halitose). No esôfago e estômago, ele agride a mucosa, deixando o
trato gástrico propenso à gastrite e úlcera. As principais doenças relacionadas com o hábito de fumar são: câncer do tubo digestivo, refluxo
gastroesofágico, úlcera gastroduodenal e inflamação no pâncreas. “Os
fumantes podem cultivar outros hábitos danosos ao aparelho digestivo, tais
como consumo excessivo de café e álcool”, aponta Fauze.
A saída para evitar os malefícios
do cigarro é parar de fumar. Segundo o endoscopista, estudos atestam que com a
interrupção, após um ano, todos os problemas citados reduzem substancialmente.
“Quanto mais tempo se tem o hábito de fumar, mais difícil se torna a
recuperação dos danos causados. Na maioria dos casos em que o paciente
apresenta algum problema no aparelho digestivo e fumou por um longo tempo,
tende a ter uma recuperação muito tardia em relação àquele que não fuma”,
completa o especialista.
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