Especialista
do Instituto de Neurologia Santa Paula dá dicas aos portadores da doença que
acomete 2,3 milhões de pessoas no mundo
O Dia Mundial da Esclerose Múltipla é comemorado
oficialmente na última quarta-feira de maio de cada ano desde 2009. Trata-se de
uma iniciativa da Federação Internacional de Esclerose Múltipla para
compartilhar histórias e sensibilizar a população com um tema diferente a cada
ano. Conhecido mundialmente como World MS Day, o tema de 2016 é 'Independência' e tem
como objetivo mostrar como as pessoas com esclerose múltipla podem ser
independentes sem que a doença afete as chances de ter uma vida normal e mais
ativa.
A
esclerose múltipla é uma doença silenciosa que ataca o cérebro e causa danos na
audição, fala, visão e movimentos. É uma doença autoimune, ou seja, o sistema
imunológico ataca e destrói tecidos saudáveis do corpo por engano. Ela afeta o
cérebro e a medula espinhal (sistema nervoso central) e acomete, na maioria das
vezes, mulheres brancas e indivíduos jovens.
O
problema atinge 2,3 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 30 mil delas no
Brasil. Pode atingir pessoas de qualquer idade, com maior frequência em indivíduos
de 20 a 40 anos.
A
doença manifesta-se sempre de forma isolada, não sendo hereditária. O problema
tem diversas causas como gene de suscetibilidade, dieta inadequada, problemas
hormonais e infecção com o vírus Epstein-Baar,
responsável pela mononucleose – mais conhecida como Doença do Beijo.
Sintomas
De
acordo com a coordenadora do Instituto de Neurologia do Hospital Santa Paula,
Renata Simm, os sintomas são variados e duram mais que 24 horas: turvações da
visão, pequenas alterações no controle da urina, fraqueza em partes isoladas do
corpo, formigamento das pernas ou de um lado do corpo, visão dupla ou perda
visual prolongada, desequilíbrio, tremor, falta de coordenação motora, perda de
audição, fadiga, entre outros. A esclerose múltipla se manifesta por surtos que
começam de repente, atingem o ápice e cessam.
O
diagnóstico é clínico, baseado no relato do paciente e em exames como a
ressonância magnética do cérebro e o exame do líquido da espinha. Eles são
importantes para sua confirmação e também para afastar outras doenças que podem
simular a esclerose múltipla. Entre os principais sintomas estão:
-
Turvações e perda da visão;
-
Pequenas alterações no controle da urina;
-
Fraqueza em partes isoladas do corpo;
-
Formigamento das pernas ou de um lado do corpo;
-
Desequilíbrio;
-
Falta de coordenação motora;
-
Fadiga.
Independência
e qualidade de vida
A
descoberta da doença pode afetar de forma significativa a autoestima do
paciente. Para superar o problema, o ideal é buscar uma vida mais
saudável e independente conforme os relatos encontrados no site oficial do Dia
Mundial da Esclerose Múltipla Worldmsday (http://www.worldmsday.org/pt-pt/stories/).
Para
enfrentar o diagnóstico, Renata explica que é necessário manter uma vida ativa
por meio de atividades físicas e experiências agradáveis. “A descoberta da
doença pode impactar. Portanto, a melhor maneira de lidar com isso é ter um
estilo de vida mais leve. As pessoas que vivem de forma mais ativa sofrem menos
com a doença”, afirma.
Tratamento
A
esclerose múltipla ainda não tem cura, mas existem meios de diminuir a
progressão da doença. Veja algumas recomendações da especialista:
-
Tenha acompanhamento médico regular e tome a medicação corretamente;
-
Mantenha um estilo de vida saudável, com boa alimentação, repouso e qualidade
de vida, considerando uma parte do dia para relaxar;
-
Evite temperaturas extremas, pois elas podem piorar os sintomas pré-existentes
ou até induzir novos surtos;
-
Faça fisioterapia quando os movimentos forem comprometidos;
- Em
surtos agudos fique em repouso;
-
Faça exercícios físicos para auxiliar o processo de recuperação após um surto.
Hospital Santa Paula
Av. Santo Amaro, 2468 – Vila Olímpia - (11) 3040-8000
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