De
acordo com a Entidade, aprovação de teto para crescimento de gastos públicos é
medida importante nesse sentido
Para a Federação do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as primeiras
medidas econômicas do novo governo anunciadas hoje estão no sentido correto. A
principal delas envolve o estabelecimento de um teto para o crescimento dos
gastos públicos igual à inflação do ano anterior. Isso garantiria a
estabilização das despesas primárias em relação ao PIB, e até a redução dessa
proporção diante de uma eventual retomada do crescimento.
A
expressão de ordem do novo governo tem sido a necessidade de se restabelecer a
confiança de consumidores, empresários e investidores, a qual, por sua vez,
está relacionada à capacidade da nova equipe de garantir a sustentabilidade da
dívida pública.
Segundo
a Federação, ainda que de forma incipiente, os indicadores de confiança parecem
estar respondendo positivamente ao desfecho da crise política. O Índice de
Confiança do Consumidor da FecomercioSP, por exemplo, subiu de 87,7 pontos em
abril para 90,9 pontos em maio. Apesar da queda no componente que mede a
avaliação em relação às condições econômicas atuais (que recuou 8,7% em maio e
atingiu 47,4 pontos, o menor valor da série histórica), o índice de
expectativas subiu 7,5% no mês e chegou a 119,9 pontos, o maior valor desde
novembro do ano passado.
Os
indicadores variam de 0 a 200 pontos, sendo que valores acima de 100 indicam
otimismo por parte dos consumidores. Ou seja, embora pessimistas em relação às
condições econômicas atuais - reflexo da inflação elevada, dos juros altos e do
aumento do desemprego -, cresceu o otimismo a respeito do futuro.
Outro
ponto importante observado pela Entidade é o comportamento semelhante que vem
sendo observado entre os empresários do comércio. Embora a avaliação das
condições atuais tenha ficado em 38,9 pontos em abril - último dado disponível
-, o índice que mede as expectativas atingiu 117,4 pontos no mês, o maior valor
desde julho de 2015.
Para
a FecomercioSP, a retomada consistente da confiança é fundamental para o
crescimento do consumo e dos investimentos, porém, depende principalmente da
aprovação do teto para os gastos públicos no Congresso, bem como do avanço em
outras medidas como a reforma da previdência, a modernização das leis
trabalhistas e a retomada das concessões.
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