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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Dor crônica pelo corpo é o principal sintoma da fibromialgia





 Frio pode ser responsável por agravar as dores


Ao contrário do que muitos pensam, a fibromialgia não acomete um órgão específico e nem pode ser detectada por meio de exames. De modo geral, ela é uma síndrome que provoca dores crônicas intensas no corpo, que podem ser acentuadas de acordo com cada paciente.

Entre seus principais sintomas estão: dores de cabeça e corpo em geral, perda de sono e de memória, dormência nas mãos e fadiga constante. "A dor é contínua, mas pode se agravar em casos de muito estresse, ansiedade ou queda de temperatura. Vale ressaltar que essa síndrome tem uma importante relação com o humor. A depressão e a ansiedade são muito comuns nos quadros clínicos de pacientes que sofrem com a fibromialgia", afirma o Dr. Dawton Yukito Torigoe, professor de Reumatologia da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.

O perfil da pessoa acometida pela síndrome também é característico, sendo, em geral, composto por indivíduos perfeccionistas, com múltiplas atividades e que têm dificuldade em delegar funções, ou seja, vivem sobrecarregadas e sofrem com estresse diário.

"A fibromialgia é expressivamente mais comum em mulheres do que nos homens. A cada dez pacientes, nove são mulheres, a sua maioria entre 30 e 40 anos. Como não é identificada por meio de exames, seu diagnóstico é basicamente clínico. São analisados os sintomas do paciente, bem como seu histórico, perfil e faixa etária", explica o Dr. Torigoe.

Apesar das dores, às vezes, não serem eliminadas completamente, uma vez detectada a síndrome, o paciente inicia tratamento farmacológico combinado com atividades físicas.

"Provavelmente, a parte mais importante está ligada aos exercícios físicos como os aeróbicos, os de fortalecimento de musculatura e alongamento. O paciente é orientado a fazer caminhada, corrida, natação, hidroginástica, musculação, ou pilates", exemplifica o especialista.

No tratamento farmacológico, são receitados remédios analgésicos, relaxantes musculares e os que provocam o sono, já que as maiores queixas são, além das dores, a perda total ou parcial do sono. "Outro fator importante é o acompanhamento desse paciente por um psicólogo ou psiquiatra para que se evitem grandes alterações de humor e a pessoa sofra com uma crise de intensificação da dor", finaliza o Dr. Torigoe.  


 Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo  www.fcmsantacasasp.edu.br.




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