Estima-se que, só no Brasil, serão
diagnosticados quase 30 mil novos casos de câncer de pulmão em 2016, prevenção
aparece como melhor forma de combate
Estimativas da
Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que cerca de um milhão e setecentos
mil casos novos de câncer de pulmão são diagnosticados anualmente. Só no
próximo ano, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer INCA, no
Brasil, serão 28.190 novos casos no país. O senso comum diz que, ao se pensar
em câncer de pulmão, imaginam-se sinais como tosse e falta de ar como primeiros
sintomas da doença. Mas não é bem isso que ocorre. "A patologia chega de
forma silenciosa e, quando descoberta, é responsável pela maior taxa de
mortalidade da doença", afirma Miguel Torres, radio-oncologista do
Radiocare Centro de Radioterapia do Hospital Felício Rocho, em Belo Horizonte.
Recentemente, a
apresentadora Ana Maria Braga foi diagnosticada com a doença. Em rede nacional,
ela revelou que descobriu o tumor durante um exame de rotina. Outro caso,
divulgado recentemente pela mídia, foi o da atriz Marília Pêra que não teve a
mesma sorte, falecendo em decorrência da doença, após dois anos de luta.
Quando o
diagnóstico é feito em uma fase inicial, o tratamento usualmente é
bem-sucedido, necessitando apenas de cirurgia para retirada do nódulo,
evitando-se tratamentos longos", conta Dr. Miguel.
O início do
tabagismo precoce é fator determinante para a doença", afirma. Esse tipo
de câncer é potencialmente evitado. Segundo o INCA, os tabagistas têm de 20 a
30 vezes mais chances de desenvolver a patologia. O risco é maior até mesmo
para tabagistas passivos, pelo menos três vezes mais que o de uma pessoa não
exposta à fumaça de cigarro. Logo, para prevenir a doença, o primeiro passo é
ficar longe dele.
Geralmente,
os sintomas decorrentes do câncer de pulmão aparecem apenas quando a doença já
está avançada. Por este motivo, parte pequena dos casos é identificada em fase
inicial. "Devemos estar bem atentos aos exames de saúde periódicos, é,
geralmente, neles que são detectadas anomalias no corpo antes que as mesmas
provoquem sintomas", afirma Miguel. Quando deixa de ser assintomático, os
sinais mais comuns do câncer de pulmão são rouquidão, perda de apetite,
dificuldade de respirar e tosse incessante. Uma vez que se espalha para outras
partes do corpo, o indivíduo pode sentir fraqueza, tontura e, até mesmo, dor
nos ossos.
O
tratamento, geralmente, ocorre por meio da cirurgia combinada com rádio e
quimioterapia. Em casos iniciais podem ainda ser abordados com uma nova
modalidade terapêutica: a Radioterapia Estereotáxica Ablativa.Trata-se da utilização
de radioterapia em campos muito localizados sobre a lesão, com alta doses
diárias. É um tratamento ambulatorial, realizado em poucos dias e que tem se
mostrado tão eficaz quanto as cirurgias tradicionais.
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