Procedimento é alternativa às pacientes
que não possuem tempo hábil para congelar óvulos ou embriões ou que não podem
fazer estimulação hormonal
A
medicina reprodutiva evolui a cada dia e uma técnica recentemente aplicada em
outros lugares do mundo, em benefício de pacientes com câncer, chegou ao
Brasil. O congelamento do tecido ovariano é uma possibilidade para preservação
da fertilidade de mulheres que passarão por tratamentos oncológicos – que podem
deixá-las inférteis. Essa é uma das opções que estas pacientes têm para manter
o sonho da maternidade depois de vencer a doença
O
novo procedimento é uma alternativa às pacientes que não possuem tempo hábil
para congelar óvulos ou embriões após o diagnóstico do câncer, ou que receberam
contraindicações para receber estimulação ovariana com hormônios. “A técnica é
muito recente, e seus resultados são bastante promissores. Mais de 60 bebês já
nasceram através do reimplante de tecido ovariano em diversos locais do mundo”,
explica o Dr. Maurício Chehin, especialista em reprodução assistida do Grupo
Huntington.
“O
Grupo Huntington é pioneiro e já realizou procedimentos de congelamento de
tecido ovariano com sucesso”, conta o Dr. Chehin. A avaliação de cada caso é
realizada individualmente, sempre respeitando todas as orientações do
oncologista responsável, com o objetivo de sucesso no tratamento oncológico e a
possibilidade de preservar a fertilidade futura.
As
técnicas de congelamento de embriões e de óvulos, que já são estabelecidas há
mais de uma década, não são possíveis em alguns casos. “Alguns cânceres não
permitem que se realize a estimulação ovariana, necessária para os outros
procedimentos. A criopreservação de tecido ovariano é uma inovação que é a
única chance de uma gestação no futuro a estas mulheres”, explica o
especialista.
Como
é o congelamento de tecido ovariano?
A
técnica tem início com um procedimento cirúrgico, feito por meio de uma
videolaparoscopia (com visualização através de microcâmeras). Uma parte, ou, a
depender do caso, todo o ovário, é retirado, sendo submetido posteriormente ao
processo de preparo e congelamento do tecido em nitrogênio líquido, a uma
temperatura de -196º C. Depois de congelado, podem permanecer assim por tempo
indeterminado. “Para o procedimento, a paciente fica internada de um a dois
dias, o que é bastante rápido e não interfere no início do tratamento contra o
câncer, que é prioritário sempre”, explica o Dr. Maurício.
Após
a liberação do oncologista para uma gravidez, realiza-se outra
videolaparoscopia, esta para reimplante do tecido armazenado. Caso obtenha
sucesso, este procedimento pode proporcionar uma gestação natural, induzida por
hormônios, ou, na impossibilidade, por meio da técnica de Fertilização in Vitro (FIV).
Huntington Medicina
Reprodutiva - www.huntington.com.br
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