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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Alerta Novembro azul: Planos devem cobrir prótese que custa 60 mil para tratamento pós câncer


Além da importância do diagnóstico precoce, novembro azul traz alerta sobre os direitos dos pacientes


Dados da Sociedade Brasileira de Urologia mostram que a incontinência urinária afeta 10 milhões de pessoas no Brasil, sendo que, no homem, a ocorrência está associada, na maioria dos casos, a cirurgia na próstata pós câncer. Muitos homens acreditam a única solução para esta condição crônica é o uso de fraldas, entretanto, todos os planos de saúde do país são obrigados pela ANS - Agência Nacional de Saúde Suplementar - a custear o tratamento definitivo: uma prótese para incontinência urinária.
Pesquisa realizada pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo apontou que 25% dos homens submetidos à remoção cirúrgica da próstata podem tornar-se incontinentes após a prostatectomia radical. "A incontinência urinária é a consequência que mais afeta a qualidade de vida do homem, até mais que a disfunção erétil. Além de prejudicar a sexualidade, também tem efeitos negativos na vida social, causando depressão, ansiedade, problemas de autoestima e nos relacionamentos interpessoais", explica o urologista do Hospital da Clínicas e um dos responsáveis pelo estudo, Cristiano Gomes.
Nos casos leves e moderados, o tratamento é feito com slings - malhas cirúrgicas que funcionam como um suporte reforçando a sustentação da uretra - e injeções endoscópicas.

Nos casos graves, o tratamento recomendado é a colocada de uma prótese, chamada de esfíncter urinário artificial - que é interna e substitui o papel do esfíncter - músculo em formato de anel que bloqueia a passagem da urina. Totalmente contida no corpo e imperceptível, a prótese importada é considerada o padrão ouro no tratamento, sendo eficaz em 90% dos casos.
Estudos mostram que a incontinência urinária é uma das condições mais degradantes para o homem - considerada o "câncer social". Para o urologista Valter Muller, chefe do serviço de urologia do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro, a condição pode causar até depressão. "O homem não consegue ter convívio social nem sexual. Acredita que está sempre cheirando urina, tem medo de sair de casa e passar por um sufoco. E essa situação pode sim causar uma depressão - porque ele acredita que aquilo não terá cura", explica o especialista. 

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