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sábado, 25 de junho de 2022

Cuidado: a automedicação pode levar à morte

O Dr. Gustavo Eder Sales, Intensivista do Hospital Albert Sabin, explica os riscos de se automedicar por meio de pesquisas na internet


Uma recente pesquisa do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ) em parceria com o Datafolha revelou que 89% dos brasileiros adultos fazem uso de substâncias sem qualquer orientação ou prescrição médica. No país, de acordo com Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), são registrados, por ano, mais de 30 mil casos de internação por intoxicação medicamentosa. Estima-se que 20 mil pessoas morrem em função dessa atitude anualmente.

Atualmente, 5 bilhões de pessoas acessam diariamente a internet no mundo. A grande maioria utiliza ferramentas de busca como forma de acesso a informações sobre os mais diversos assuntos e interesses, e muitos desses internautas procuram respostas sobre variadas doenças.

“É sabido que a internet possui muitas inverdades para diversos assuntos, sendo esse o principal risco a que se expõe a pessoa que procura orientação no "Dr. Google" ou até mesmo em sites especializados, porém, a coleta e interpretação das informações não serão eficazes como as feitas por profissional médico”, adverte o Intensivista Coordenador da UTI do Hospital Albert Sabin, Dr. Gustavo Eder Sales.

Como principal risco da utilização de tais informações está a automedicação, sempre gravíssima, pois, pode-se desenvolver intoxicações, prejudicar diagnósticos e ainda lesionar órgãos, não acometidos até o momento, pelo uso indevido de fármacos.

“Como exemplo, cito um fato ocorrido na UTI do nosso hospital. O paciente apresentava um quadro de cefaleia (dor de cabeça) e se medicava em domicílio por meio de “dicas” adquiridas na internet e outras fontes. Após dois ou três dias de automedicação procurou o hospital, pois, não apresentava melhora do quadro e, pior, havia evoluído. Foi então diagnosticado com meningite bacteriana, insuficiência renal aguda e outras patologias que culminaram com o óbito em menos de 24 horas de internação. Se este paciente procurasse atendimento médico no início dos sintomas, fosse diagnosticado e medicado adequadamente, certamente teria sua vida salva”, desabafa o Dr. Sales.

Muitas vezes, o paciente faz a busca pelos sintomas e, de imediato, encontra o suposto diagnóstico. Porém, não leva em consideração que um mesmo sintoma pode estar associado a diferentes patologias e que cada pessoa é única. A coleta de informações a respeito de doenças em sites especializados não deixa de ser válida, contudo, desde que seja por pura e tão somente fonte de conhecimento, deixando o diagnóstico e a prescrição de remédios sempre a cargo de um médico.

“Quando o paciente nos procura trazendo informações de suas pesquisas na internet, em nada nos atrapalhará, pois, detendo o conhecimento adequado e específico, não nos influenciaremos. Porém, se o indivíduo se utiliza de tais informações para modificar o tratamento, colocará sua saúde e até sua vida em risco”, finaliza o Dr. Gustavo.

 

  

Hospital Albert Sabin

HAS Clínica

Rua Barão de Jundiaí, 485 – Lapa - São Paulo – SP

Central de atendimento:  (11) 3838 4669

Site*http://www.consultaaqui.com.br/

Instagram: https://www.instagram.com/has_clinica/ 

Agendamento on-line: https://app.agenda.globalhealth.mv/agendar/?key=hasabin 


Dia Nacional do Diabetes: o que faz crescer o número de casos no Brasil?

O endocrinologista Leonardo Álvares e a nutricionista Adriana Pellogia, professores do Centro Universitário São Camilo – SP, falam sobre a dificuldade da população em prevenir o diabetes e quais hábitos devem ser adotados no tratamento e também para a prevenção da doença



O intervalo de 10 anos é tempo suficiente para ver transformações em um cenário tão mutável quanto o da Saúde. Nem todas, porém, são positivas. Foi ao longo deste tempo que a quantidade de pessoas com diabetes no Brasil aumentou em 26,61%. A informação foi divulgada pela Federação Internacional de Diabetes, em seu décimo Atlas do Diabetes, de 2021. 

 

Agora, com a proximidade do Dia Nacional do Diabetes, em 26 de junho, abre-se espaço para uma dúvida: o que pode ter influenciado a alta de novos diagnósticos? Em casos de diabetes do tipo 2, de acordo com o endocrinologista Leonardo Álvares, o aumento está ligado à maior dificuldade da população em realizar medidas preventivas.  

 

“Na maioria das vezes, os alimentos contendo carboidratos simples e açúcar refinado são mais baratos do que aqueles mais saudáveis e com baixo índice glicêmico, sendo, portanto, mais acessíveis para certa parte da população”, explica Álvares, que também é professor de Medicina do Centro Universitário São Camilo – SP.  

 

A falta de prática de exercícios físicos aliada às atividades habituais do dia a dia e lazer cada vez mais passivas, segundo ele, são fatores contribuintes para o baixo gasto energético – padrão este que foi fortalecido pelos dois anos de pandemia, devido tanto às restrições de mobilidade e atividades, como pela piora dos índices socioeconômicos da população. “Ao se sobreporem, o excesso do ganho calórico e baixo gasto energético resultam em aumento de peso e, consequentemente, obesidade, que é um grande fator de risco para o diabetes”, diz o médico.  

 

As consequências  

 

O especialista avalia que, no cenário de saúde pública do País, esse aumento de casos é alarmante em virtude das complicações trazidas pelo diabetes, como doenças oftalmológicas, renais, infarto agudo do miocárdio, e acidente vascular cerebral, entre outras. “Essas são importantes causas de incapacitações e afastamentos relacionados ao trabalho, e até mesmo de aumento de mortalidade. Da mesma forma, mais gastos no sistema público de saúde são observados na população mais doente”, pontua.  

 


Recomendações  

 

Nesse contexto, o endocrinologista reforça que a melhoria do padrão alimentar e a prática de atividade física são fundamentais para a prevenção da doença. “De forma muito interessante, a Ciência já mostrou que a realização de atividade física reduz a chance de desenvolvimento de diabetes tipo 2, mesmo que não haja grande impacto no peso”, observa Leonardo Álvares.  

 

Para aqueles que utilizam medicações para tratamento do diabetes tipo 2, o uso regular conforme prescrição médica é fundamental, além de visitas periódicas aos profissionais de saúde.  

 


Novos hábitos  

 

Como o tratamento de pessoas com diabetes e pré-diabetes está diretamente ligado à alimentação, é necessário que pacientes recém-diagnosticados revejam alguns de seus hábitos. Uma das práticas indicadas pela nutricionista Adriana Pellogia, professora de Nutrição do Centro Universitário São Camilo – SP, é o fracionamento das refeições diárias. Segundo ela, para estabilizar a glicemia (nível de açúcar no sangue) é preferível que essas refeições sejam menores e distribuídas ao longo do dia, para que não ocorram picos de glicemia elevada.  

 

“Se olharmos o cuidado que as pessoas com diabetes têm, deveria ser o mesmo cuidado de toda a população brasileira. Então, a alimentação não deve divergir do que deveria ter a população geral”, destaca.  

 

A nutricionista recomenda intercalar as principais refeições do dia – café da manhã, almoço e jantar – com pequenos lanches. Para estes, “é bom optar sempre por frutas, que são fáceis de transportar, ou sementes como nozes, castanhas e avelãs em pequenas quantidades; e frutas secas como damasco ou uva-passa. Esses alimentos ajudam na saciedade porque possuem fibras”, diz.  

 


Refeições principais  

 

“Não precisa abandonar arroz e feijão no almoço ou no jantar. Preferencialmente é para optar por uma proporção de duas medidas de arroz para uma de feijão. Recomenda-se essa medida porque as proteínas que faltam no feijão estão presentes no arroz e vice-versa. Assim, eles se complementam”, detalha Pellogia.  

A professora reforça que metade do prato deve ser composto por vegetais coloridos, principalmente os escuros e amarelos, seja na forma de salada ou vegetais cozidos. “Deve-se evitar vegetais com molhos que podem ser muito calóricos e gordurosos, como molho branco ou gratinado, porque acaba perdendo a essência do alimento. Carnes magras e variadas, como frango, peixe, carne suína e bovina também podem ser incluídas, fazendo o rodízio entre elas ao longo da semana, e ovo também”.


Herpes Ocular: estresse pode favorecer a doença

O problema pode levar à perda visual, segundo a oftalmologista Juliana Laneaux Ribeiro do CBV - Hospital dos Olhos

 

A herpes ocular é uma infecção causada pelo vírus do herpes simples e entre os sintomas estão o olho vermelho e lacrimejante, dor ocular, visão turva e sensação de corpo estranho nos olhos. De acordo com a Academia Americana de Oftalmologia (AAO), depois do episódio inicial, há 27% de chance de acontecer novamente dentro de um ano e, assim como o herpes labial, pode surgir quando a imunidade está baixa. 

A doença é causada por um vírus muito comum, o mesmo da catapora, e quase todas as pessoas já tiveram contato com ele em alguma fase da vida. Fica latente no organismo e pode reativar, principalmente quando a pessoa passa por episódios traumáticos ou de grande estresse, que causam baixa do sistema imunológico. Lesões na pele, mucosas e nos olhos são sintomas comuns que, de acordo com a médica Juliana Laneaux, podem ser confundidos com a conjuntivite. “Porém, a dor da ceratite herpética geralmente é muito intensa o que faz o paciente procurar assistência médica com urgência”, diz. 

Em geral, as manifestações da doença aparecem apenas em um dos olhos, podendo incidir na pálpebra, como pequenas vesículas que secam e criam crostas; na conjuntiva, com sintomas semelhantes aos da conjuntivite e na córnea. Além disso, quando ocorre no fundo do olho, pode ainda causar necrose da retina, explica Juliana. “Os casos graves costumam ser mais frequentes em pacientes imunocomprometidos, como os portadores de AIDS”, completa. 

O tratamento da doença deve ser realizado de acordo com o aspecto, o local e a extensão das lesões, e grande parte dos pacientes responde bem ao uso de medicamentos antivirais por via oral, colírios ou pomadas. É importante lembrar que o diagnóstico precoce aumenta a eficiência do prognóstico, evitando o agravamento do caso.


OTORRINOLARINGOLOGIA PEDIÁTRICA E AS DOENÇAS DO INVERNO

Inverno é mesmo a estação de gripes e resfriados? Principalmente para os bebês e crianças? Quais são os vírus respiratórios que ficam mais ativos durante essa época? Tem como evitar? A Dra. Renata Di Francesco, otorrinolaringologista pediátrica do HC-FMUSP explica como cuidar dos pequenos para evitar doenças infantis de inverno.

 

Se os pais se preocupam com os filhos pequenos durante o ano todo, nessa época, especialmente, os cuidados com a saúde dobram por causa do frio e das doenças infantis de inverno. “É um período em que as doenças causadas por vírus respiratórios estão no ar e as crianças em faixa etária pré-escolar ficam expostas a eles. E as infecções virais podem ser complicadas por infecções bacterianas com otites e rinosinusites”, diz Dra. Renata Di Francesco, otorrinolaringologista pediátrica do HC-FMUSP. 


As alergias respiratórias também tendem a aumentar nessa época do ano, fora a infecção pela Covid-19. “Os pais - ou responsáveis - devem estar atentos aos quadros virais que aparecem com coriza e tosse. A febre e a dor de garganta surgem junto e, se outros sintomas, como dor de ouvido ou de cabeça, cansaço e falta de ar acontecerem também, a criança deve ser avaliada por um médico”, diz ela. São sintomas que podem ocorrer nas infecções virais.


  Segundo a médica, os pais devem sempre estar atentos à febre, dificuldade respiratória e prostração. E os pais devem levá-lo ao médico. A criança não deverá ir à escola. “O contato, nessa época do ano, é muito perigoso. Em uma sala de aula, uma criança doente pode transmitir o vírus da gripe para seus colegas de classe. E, em casa, os familiares não devem compartilhar objetos, além de lavar as mãos sempre”, continua Dra. Renata.

 

 

Cuidados “pós” pandemia


Todos devem estar atentos aos cuidados dessa quase pós-pandemia em relação à imunidade dos filhos. “Não temos detalhes sobre mudanças na imunidade das crianças. Porém, como elas ficaram afastadas durante quase dois anos, agora, sem máscaras nas escolas, estão expostas a grande variedade de vírus. As orientações de lavar as mãos e não compartilhar objetos continua tão atual quanto há dois anos”, comenta.


Nessa época do ano o ar é seco e a poluição aumenta. A Dra. Renata recomenda a lavagem nasal, que ajuda na prevenção das doenças respiratórias de inverno. “Os pais devem fazer com os bebês para que aprendam desde pequeninos. Lavar as narinas duas vezes ao dia com soro fisiológico, com volumes adequados ao tamanho e idade da criança - sempre evitando muita pressão”, diz ela.

Agasalhos são outro item importante na prevenção de doenças de inverno. “As crianças devem estar tão agasalhadas quanto os seus pais. E se o frio aumentar muito, o uso de gorros, meias grossas e luvas é indispensável. Tudo para proteger as crianças nessa época de tempo seco e frio!”, finaliza Dra. Renata.



Dra. Renata Di Francesco pertence ao grupo de otorrinolaringologistas da Disciplina de Otorrinolaringologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e é especialista em otorrinolaringologista pediátrica.


Celular pode causar a síndrome de text neck

A inclinação da cabeça durante o uso pode lesionar a cervical e piorar dores já existentes

                    Especialista orienta para posição correta do celular

 

Celular é lazer, trabalho, estudo e até paquera. O que muitos esquecem é que celular também pode ser nocivo para a coluna cervical. O modo como inclinamos a cabeça para olhar para o aparelho causa a síndrome text neck, que em português significa, literalmente, síndrome do pescoço texto. De acordo com o médico neurocirurgião Dr. Marcelo Amato, essa posição incorreta pode causar alterações irreversíveis na curvatura da coluna.

 

Por causa de uma projeção que mal percebemos da nossa cabeça ao olhar o celular constantemente, desenvolvemos dor cervical crônica, torcicolos recorrentes, hérnia de disco cervical, bicos de papagaio etc. “Fletir a cabeça para a frente e, consequentemente, a coluna cervical traz mais pressão à parte anterior dos discos intervertebrais, o que pode gerar dano a essas estruturas. Nossa coluna não é reta, existem curvaturas fisiológicas que facilitam o seu bom funcionamento. Ao fletir a cabeça, perdemos a lordose fisiológica, podendo ficar retificada e mesmo com inversão da curvatura, ou seja, uma cifose cervical”, explica Dr. Amato. 


Mas é importante lembrar que a má postura cervical acompanha o ser humano antes dos celulares. A postura adotada para leitura ou estudo em mesa plana por estudantes por tempo prolongado, por exemplo, sempre trouxe prejuízo à coluna cervical. Com o boom dos celulares, a queixa aumentou. Dr. Amato conta que todas as faixas etárias estão sofrendo com essa questão. Estão cada vez mais presentes no consultório queixas de adolescentes e crianças com dores na coluna cervical. “Situação nitidamente associada à hábitos ruins como sedentarismo, tempo prolongado em jogos eletrônicos e postura inadequada para estudo ou lazer”, enfatiza o neurocirurgião.

 

Dica

De acordo com Dr. Amato, a regra principal é manter o pescoço neutro, ou seja, os braços devem levar o celular ou tablet para a frente dos olhos. Essa posição pode levar à fadiga dos braços e, consequente, tensão cervical, portanto, sempre que possível deve-se apoiar os braços ou cotovelos, o que é mais fácil na posição sentada. 

E se a pessoa já possui algum problema na coluna, deve ter atenção redobrada ao usar o celular e, ainda, praticar atividade física orientada para prevenir lesões na cervical, como indica Dr. Amato.

 


Dr. Marcelo AmatoGraduado e doutor pela USP Ribeirão Preto, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em cirurgia de coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Diretor do Hospital Dia Amato, centro especializado em cirurgias minimamente invasivas da coluna.  

Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros.

www.neurocirurgia.com, www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato

 

Maioria não vai ao oftalmologista, mostra DATASUS

Muitas doenças nos olhos passam despercebidas e podem causar
graves sequelas, alerta oftalmologista.

 

Dados do DATASUS, banco de dados do Sistema Único de Saúde (SUS), mostra que   em 2021 9,2 milhões ou só 5% dos brasileiros que são atendidos exclusivamente pelo serviço público de saúde foram ao oftalmologista.  Pior que representam 80% da população. Em 2020 o número de consultas foi ainda menor. Totalizou 7,2 milhões, uma redução de 34% em relação aos 10,8 milhões atendimentos realizados em 2020. 

Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, este cenário é bastante preocupante. Isso porque a OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que a maior causa da deficiência visual no mundo é a falta de óculos 

No Brasil, afirma, não existe uma política pública de saúde ocular para crianças e em um programa social dirigido pelo médico 70% nunca tinham ido ao oftalmologista. Os erros de refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo respondem por 75% dos problemas de visão na infância, comenta. mas é a miopia que mais cresce alavancada pelo maior uso das telas digitais. O oftalmologista conta  que no consultório tem sido cada vez mais frequente receber crianças já em risco de desenvolver alta miopia que nem desconfiam estar enxergando mal de longe porque passam a maior parte do tempo olhando para uma tela de computador ou celular. ”Até a idade de 8 anos os olhos estão em desenvolvimento e ganham maior plasticidade de acomodação quando são expostos às atividades ao ar livre  em que são exercitados para focalizar nas várias distâncias. Isso explica o resultado de uma pesquisa publicada na The Lancet que aponta o aumento de 40% na miopia entre as crianças brasileiras  durante a pandemia.

 

Óculos de fábrica são prejudicais

O risco da falta de acompanhamento a partir dos 40 anos se tornam ainda mais graves, pontua. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) estima que hoje 40% da população ou 87 milhões estão nesta faixa etária. Queiroz Neto ressalta que nossos olhos mudam conforme envelhecemos e a mais expressiva alteração a partir dos 40 anos é a presbiopia ou vista cansada que diminui a visão de perto. Isso acontece, explica, porque o cristalino do olho perde a flexibilidade que permite a troca automática de foco para enxergarmos de perto, meia distância e à distância. “Os óculos de fábrica não substituem os confeccionados nas óticas e só podem ser usados temporariamente”, afirma. Isso porque, explica, a graduação nas duas lentes é igual e todos nós temos um olho dominante que enxerga melhor. Além disso, para permitir a boa visão o centro óptico das lentes corretivas deve coincidir com a distância entre as pupilas, o que não é possível encontrar em prateleiras. “Muitas dessas lentes genéricas também podem induzir ao astigmatismo porque têm  irregularidades  que provocam  distorção nas imagens, dor de cabeça, náusea e tontura.  Para uma emergência, quando você esquece ou perde os óculos numa viagem é aceitável. Além disso não”, salienta. 

Queiroz Neto alerta que algumas alterações nos olhos podem passar despercebidas por não terem sintomas. Este é o caso do glaucoma, doença que degenera o nervo óptico e em 90% dos casos é causada pelo aumento da pressão intraocular decorrente da dificuldade de escoamento do humor aquoso, liquido que preenche o globo ocular. Outras como a degeneração macular que causa perda irreparável da visão pode esta relacionadas a alterações metabólica como o diabetes, hipertensão, aumento do colesterol que nem sempre recebem acompanhamento. Não é brincadeira. “É comum pacientes descobrirem que têm estas alterações durante um exame de fundo de olho”, comenta.

 

Catarata

O levantamento no DATASUS indica a retomada da cirurgia de catarata que no anos passado  liderou as cirurgias oculares realizadas pelo SUS. Maior causa de cegueira tratável no mundo, a catarata responde por 49% das perdas de visão no Brasil. A principal causa a catarata é o envelhecimento que vai tornando o cristalino, lente interna do olho, opaco. O único tratamento é a cirurgia que consiste em implantar uma lente dentro do olho que substitui o cristalino. Dados do DATASUS mostram que em 2020 o foram realizadas 358 mil cirurgias, 37% abaixo das 575 mil em 2019. Em 2021 586 mil brasileiros foram operados de catarata ante 358 mil cirurgias em 2020. Apesar da recuperação em relação ao período de grande disseminação do covid, para Queiroz Neto este montante ainda é pouco. Isso porque, a cada ano surgem mais de 120 mil casos no Brasil e algumas doenças dobram o risco de desenvolver catarata, como por exemplo, o diabetes que já atinge 10% dos brasileiros segundo o Ministério da Saúde e a alta miopia.

 

Prevenção

A OMS estima que 80% dos casos de cegueira são evitáveis. As dicas do oftalmologista para você se prevenir da deficiência visual são:

1.    Consulte um oftalmologista anualmente. Se não tem plano de saúde faça uma pequena reserva mensal.

2.    Consuma ovos, folhas verde escuro, frutos alaranjados, sardinha e abacate.

3.    Pratique exercícios físicos. Melhoram toda a saúde, inclusive dos olhos.

4.    No computador pisque voluntariamente e descanse os olhos focando pontos distantes

5.    Mantenha o corpo bem hidratado bebendo mais água.

6.    Proteja-se da radiação ultravioleta usando lentes com filtro ultravioleta inclusive no inverno

7.    Higienize as pálpebras com xampu neutro para evitar inflamação e olho seco.

8.    Não use colírio sem prescrição médica.

9.    Durma de 6 a 8 horas/dia.

 

Mapa mental para planejar carreira ajuda a definir metas

Foto: Karolina Grabowska/Pexels
O diagrama hierarquizado de informações ajuda a estruturar o pensamento e criar um roteiro para a vida profissional


Ter um plano de carreira ajuda um profissional a direcionar seu crescimento, traçar seu caminho a percorrer e visualizar as metas a serem alcançadas. Dessa forma, por ser um eficaz método para o planejamento, o mapa mental pode ajudar na percepção e na visualização dessas estratégias, que devem ser adotadas ao longo da busca por determinado objetivo.

A perspectiva de carreira é o principal fator que faz os profissionais escolherem o ambiente de trabalho em que desejam permanecer. De acordo com uma pesquisa feita no Núcleo de Pesquisa em Carreira da Produtive, 46% dos entrevistados veem a possibilidade de crescimento como um fator decisivo para permanecer ou não numa organização. 

Outro estudo, realizado globalmente pela consultoria Gartner, revelou que a possibilidade ou não de se desenvolver é a questão preponderante para os pedidos de demissão, sendo que 52% afirmaram que saíram da última empresa por falta de espaços para o desenvolvimento profissional. 

Sendo assim, traçar um plano de carreira, mesmo que seja por conta própria, pode ajudar o profissional a perceber anseios, enxergar o próprio perfil, identificar pontos positivos e negativos, traçar e alcançar metas por meio de planejamento. 

O mapa mental, por ser um diagrama hierarquizado de informações baseadas numa ideia principal, é uma maneira de estruturar o pensamento e praticar a concentração perante o excesso de informações da rotina de trabalho ou, até mesmo, diante da necessidade de criar um roteiro que organize a vida profissional. 


Como funciona o mapa mental?

Elaborar um mapa mental agiliza a tomada de decisões, já que possibilita ao profissional reconhecer quais são as suas prioridades e encontrar soluções para desafios e problemas com maior facilidade. 

A criação do mapa mental se dá a partir de um tronco central em que são colocadas raízes e galhos com ideias ou tarefas. O esquema opera de forma semelhante ao cérebro humano, fazendo a organização dos dados por associação.

Essa disposição garante flexibilidade para que os registros sejam agrupados por temas e possam ser transferidos de um campo para outro do mapa. É possível, ainda, usar recursos como status de tarefas, uso de diferentes cores, imagens e layouts para uma melhor compreensão do conteúdo. Sendo assim, trata-se de uma ferramenta voltada para a organização de ideias e para a visualização geral de temas de um modo simples. 

A técnica foi criada pelo psicólogo e escritor inglês Tony Buzan e apresentada por ele, pela primeira vez, em 1974, durante um capítulo da série “Use Your Head”, da rede de televisão BBC. O mapa mental ganhou repercussão entre estudantes de todo o mundo, sendo utilizado até hoje. Atualmente, além do modelo tradicional feito em papel, há plataformas e aplicativos que permitem montar um mapa mental online.


Fazendo mapas mentais para o plano de carreira

Como divulgado pelo criador da ferramenta, a elaboração do mapa mental atravessa etapas como definir o tema principal, elencar subtópicos para memorizar as informações de maneira clara, escrever os assuntos relacionados à cada subtópico, usar cores diferentes para palavras-chave e sequenciar a ordem dos agrupamentos. 

Em relação ao planejamento de carreira, os mapas podem ser usados para gerenciar a direção, as habilidades e os conhecimentos que devem ser adquiridos durante o percurso profissional. Além de estipular prazos para que as atividades sejam realizadas. 

Considerar o momento profissional do indivíduo é o primeiro passo para definir um plano de carreira, podendo este ser o tema central do mapa, que pode se ramificar, por exemplo, em objetivos, visão, ações percebidas e mensuração de resultados.

Seja qual for a situação – pessoa ainda sem profissão definida, trabalhador já atuante, mas que deseja crescer ou profissional que aspira mudar de área –, organização, planejamento e metas reais e possíveis devem ser prioridade. 

Um aspecto funcional é usar palavras-chave para destacar agrupamentos de fatores, como tempo disponível para cursos e qualificações que o perfil demanda e ações que possam dar resultados em curto, médio e longo prazos, por exemplo. 

Outro grupo do mapa pode ser direcionado para definir quais são as habilidades já adquiridas pelo profissional e quais ele precisa desenvolver ou aprimorar. Listar motivações, valores e ideais também pode ser uma forma de se manter leal aos desejos profissionais.

De modo geral, é importante que o profissional pense cuidadosamente nas suas aspirações, para que possa traçar um planejamento assertivo. Uma dica é manter o mapa sempre atualizado e flexível para que novas ideias e rumos possam ser inseridos e adaptados à realidade que se apresenta a cada momento.

 

As sabotagens do bom desempenho no mundo de hoje e como combatê-las

Elimine as desculpas e premie o bom desempenho, com seu próprio exemplo

 

Muitos empresários e líderes vivem em meio as desculpas da sua equipe:

“ eu não sabia”

“não fui avisado”

“não tive tempo”

“estou aguardando a resposta”

“não temos um bom sistema”


Essas são alguns exemplos relatos pelo autor João Cordeiro, no livro Desculpability.
E pior que isso, é quando o próprio gestor, em vez de dar exemplos, dá desculpas. Essa mentalidade é contagiosa e com o passar do tempo se incorpora à identidade da pessoa, além de desanimar, roubar a autoestima dos outros e sua própria e diminuir a percepção sobre a própria capacidade.


É necessário que os empresários e líderes tenham consciência de que a equipe é reflexo do líder e esse tem como função principal desenvolver as pessoas. Em um ambiente contaminado por justificativas, não há crescimento, há estagnação. Isto ocorre, em primeiro lugar, para a própria pessoa se convencer de que não foi responsabilidade dela não fazer o que deveria ser feito. Esse conceito se opõe ao conceito de “Alta Performance”, que é fazer o melhor possível com os recursos que tem naquele momento.


"A alta performance é pegar para si a responsabilidade e não parar no meio do caminho, fazendo o que se propôs sem abandonar a situação pela metade. Isso vai desde o atendimento ao cliente por whatsapp ou telefone, até grandes negociações, que podem ser perdidas, por negligência, por não querer deixar a zona de conforto e por desculpas" afirma Sirlei Mendes, diretora e Master Trainer da Evolua Treinamentos e Desenvolvimento Humano, uma empresa inovadora, dedicada à melhoria do desempenho dos profissionais emtodas as áreas.


"O empresário e líder precisa estar atento primeiramente às suas narrativas: será que ele está fazendo sua História com letra maiúscula acontecer?" pergunta ela. "Ou está constantemente contando “historinhas” para ele próprio e para sua equipe? Em segundo lugar, pelo seu exemplo: precisa ensinar sua equipe a ter a cultura da alta performance, fazendo seu melhor com os recursos que dispõe naquele momento e até que se esgotem todas as possibilidades".


Esse comportamento, se levado a sério e com disciplina, tem ajudado empresários e líderes a terem melhores resultados, gerando maior lucratividade para a empresa. Ensine, mostre e, acima de tudo, escolha não dar desculpas, não contar justificativas vazias que diminuem o seu poder de realização e o que você acredita ser merecedor. Decida fazer da sua História, uma História de verdade, abolindo da sua vida as “historinhas” que minam sua responsabilidade, sua competência e seus resultados.

 

 

Evolua Treinamentos e Desenvolvimento Humano Ltda

Sirlei Mendes - Diretora e Master Trainer  -
voluatreinamento.com.br
Instagram: @sirleimendestreinadora
Facebook: Sirlei Mendes Treinadora


Tecnologia e controle financeiro: Por que elas devem usar o cartão de crédito corporativo

O cartão de crédito corporativo é uma das ferramentas mais eficientes que podem ser utilizadas para facilitar o controle financeiro do seu negócio.

 

A falta de controle e planejamento financeiro está entre as principais causas de falência entre startups e novos negócios no Brasil.

Por isso, o empresário que busca crescimento e deseja consolidar seu negócio no mercado precisa, antes de tudo, manter as contas em dia e monitorar os gastos.

Uma das ferramentas que podem ser utilizadas para alcançar esse objetivo é o cartão de crédito corporativo.

Com ele, startups e novos negócios conseguem monitorar e controlar despesas relacionadas ao trabalho de forma mais fácil e eficiente.

Porém, para que essa ferramenta realmente produza resultados positivos, você precisa utilizá-la da forma correta.

Quer descobrir como? Então, acompanhe os próximos tópicos.

Controle financeiro: o calcanhar de Aquiles dos empresários brasileiros

Antes de falar sobre a importância do cartão corporativo, precisamos lembrar alguns dados importantes sobre a mortalidade das empresas no Brasil.

De acordo com o Sebrae, a falta de planejamento prévio, os problemas na gestão empresarial e o comportamento inadequado do empresário diante do negócio são as principais causas de falência das empresas brasileiras.

Mas você sabe o que essas três causas têm em comum?

Todas elas são influenciadas por problemas no controle e planejamento financeiro do negócio. Isso explica porque quase 50% das empresas brasileiras fecham as portas antes de completar 5 anos de vida.

E quando o assunto é startup, o problema não é muito diferente. Apesar desse modelo de negócio estar em alta, quem investe nesse tipo de empresa também enfrenta desafios.

De acordo com outro estudo realizado pelo Sebrae, cerca de 50% das startups brasileiras fecham antes de completar 4 anos de vida.

Esses números são reforçados por outra pesquisa realizada pela PwC Brasil. O estudo mostrou que a falta de planejamento financeiro é considerada a segunda principal causa de falência de startups no país.

Essas informações só confirmam o que muita gente já sabe. Não basta ter uma excelente ideia, bons produtos ou serviços e até um excelente aporte de investimento, se a sua empresa não tiver controle financeiro.

Afinal, a falta de dinheiro e o endividamento comprometem o orçamento e ainda afasta potenciais investidores.

Porém, com as ferramentas certas e o controle financeiro adequado, é possível sair dessas estatísticas e consolidar seu negócio no mercado. Para isso, você vai precisar da ajuda de um cartão corporativo.

Como o cartão de crédito corporativo pode ajudar seu negócio?

O cartão de crédito corporativo funciona do mesmo jeito que um cartão de crédito comum, desses que você utiliza no seu dia a dia.

A grande diferença é que, como o próprio nome indica, o cartão corporativo deve ser utilizado apenas para pagar contas e despesas relacionadas às atividades empresariais.

Por exemplo: compras de materiais de divulgação, custeio de jantares com clientes, pagamento de despesas com viagem corporativa, entre outros objetivos.

Dessa forma, a empresa consegue centralizar os gastos corporativos numa única fatura ou em faturas relacionadas.

Além disso, ela tem um controle maior sobre as despesas, já que consegue acompanhar quais foram as compras e despesas pagas com o cartão de crédito.

Assim, fica mais fácil identificar problemas com gastos excessivos mais rápido e advertir o usuário do cartão sobre essas despesas inadequadas.

Na prática, isso permite que a empresa tenha um maior controle financeiro sobre seus gastos e melhore suas estratégias de uso de recursos.

Com isso, fica mais fácil definir onde investir dinheiro e o que fazer para economizar, sem abrir mão dos resultados.

Por conta dessas vantagens, a tendência é que o uso de cartão de crédito corporativo continue crescendo e que essa ferramenta se torne indispensável para o controle financeiro das empresas, inclusive das startups.

 

A maior vantagem do cartão de crédito corporativo

 

Com os cartões corporativos pré-pagos, fica bem mais fácil gerir os gastos da empresa, além disso, não é preciso uma análise de crédito. Sendo assim, não será preciso toda aquela burocracia dos bancos tradicionais ou o risco de ter o pedido do cartão negado. 

5 dicas para controlar os gastos da sua startup com cartão de crédito corporativo

Agora que você já conhece os benefícios do uso do cartão corporativo, está na hora de entender como essa ferramenta pode ser utilizada para beneficiar seu negócio. A Vexpenses preparou 5 dicas para você começar o seu planejamento de controle de gastos! 

Para isso, confira as dicas abaixo!


1- Centralize todas as despesas de trabalho num só lugar

Ao invés de reembolsar cada colaborador com o pagamento de despesas relacionadas ao trabalho, a própria empresa faz isso por meio do pagamento da fatura do cartão de crédito.

Isso facilita o trabalho do setor financeiro e o monitoramento de despesas.

Sendo assim, permita que seus funcionários utilizem o cartão corporativo para pagar as despesas de alimentação, hospedagem, passagens aéreas, traslados, km rodados, entre outros custos relacionados ao trabalho desses profissionais.


2- Monitore os gastos dos colaboradores

Não espere a fatura mensal chegar para acompanhar as despesas de quem usa o cartão de crédito corporativo.

O ideal é acompanhar as compras com o cartão à medida que ele for utilizado. Para isso, ative o recebimento de notificação sempre que alguma compra for realizada com esse cartão.

O alerta pode ser enviado para o e-mail do setor administrativo e/ou financeiro da empresa. Essa é uma forma simples e prática de monitorar as transações, evitar despesas inesperadas e se proteger de fraudes e golpes.

Afinal, o monitoramento permite a identificação e solução desses problemas com antecedência.


3- Faça a análise das despesas

Não basta monitorar, tem que analisar os gastos. Dessa forma, a empresa consegue verificar quais despesas são recorrentes para melhorar seu planejamento financeiro.

Se o departamento de marketing precisa fazer compras mensais de materiais para publicidade off-line, por exemplo, então essa despesa deve ser incluída no planejamento orçamentário do negócio.


4- Construa sua política de uso de cartão corporativo

Se você quer que seus funcionários utilizem o cartão corporativo da forma como a startup deseja, então precisa criar uma política de uso com regras objetivas e fáceis de entender.

É possível estabelecer limites de gastos e determinar quais despesas podem ser pagas com o cartão, por exemplo.

Além disso, é importante definir penalidades para os colaboradores que desobedecerem a essas regras.

Assim, essa política de uso incentiva o cumprimento das normas e ainda serve como material de consulta caso o colaborador tenha alguma dúvida sobre o uso do cartão.


5- Use a tecnologia para facilitar o controle de gastos

Associe o uso de cartão corporativo com ferramentas de gestão de despesas, que aumentam a segurança de dados e o processamento de informações.

Essas ferramentas podem ser utilizadas na forma de aplicativos, armazenar dados em nuvem, agilizar o fluxo de informações e até aprovar o pagamento de despesas.

Com isso, fica muito mais fácil fazer o gerenciamento financeiro das despesas e definir estratégias para economizar.

Seguindo essas dicas, o uso do cartão corporativo vai facilitar a gestão financeira da sua startup ou novo negócio e te ajudar a escalar seu negócio.

 

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