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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Angioplastia é eficaz, mas não definitiva: como evitar um segundo procedimento


Alternativa cirúrgica para o entupimento das artérias requer cuidados e mudanças de hábitos 


Dietas hipercalóricas, tabagismo e sedentarismo são os principais facilitadores para uma condição chamada de aterosclerose, que nada mais é do que o enrijecimento de artérias devido à formação de placas de gorduras em seu interior. Essa gordura pode tornar as artérias mais estreitas, atrapalhando o fluxo sanguíneo. Em casos mais graves, a aterosclerose pode levar à obstrução total da artéria e, consequentemente, à falência do músculo cardíaco, o famoso infarto. 

O infarto do miocárdio mata cerca de 70 mil brasileiros ao ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em escala global, a Organização Mundial de Saúde calcula que sejam 17,5 milhões de pessoas vítimas do ataque do coração por ano. 

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, quando as artérias estão estreitas, a angioplastia pode ser indicada. “Nesse procedimento é realizada a dilatação mecânica das artérias e, diferente de algumas outras alternativas, a angioplastia é atrativa por ser minimamente invasiva”, conta o médico. 


Como é realizada a angioplastia? 

Através de uma artéria da coxa, um cateter com um pequeno balão é inserido até a o local da aterosclerose. Quando posicionado, o balão é delicadamente inflado para expandir a área obstruída pela gordura. Em alguns casos, quando as artérias estão fragilizadas e não são capazes de se sustentar sozinhas, uma malha metálica pode ser usada.  

“Também chamado de stenta malha metálica é um implante definitivo que é usada como um suporte para as paredes dos vasos, mantendo-a aberta. O stent ajuda a manter a boa circulação sanguínea no ponto da estenose ou da oclusão”, explica o médico. 


Mas é definitivo? 

Apesar de ser um procedimento efetivo, a angioplastia não é definitiva. O alto nível de colesterol na corrente sanguínea pode levar o paciente a desenvolver aterosclerose novamente.  

“O paciente submetido à uma angioplastia deve adotar hábitos mais saudáveis para evitar que novos entupimentos nas artérias ocorram. Sair do sedentarismo, estar no peso normal, deixar de fumar e manter uma dieta saudável, além de garantir a saúde geral do organismo, também ajuda a proteger o coração”, finaliza o cirurgião.





Dr. Élcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.  

Depressão na terceira idade pode estar associada à diminuição da visão causada pela catarata, analisa psicóloga


No Brasil, 11,5 milhões de pessoas sofrem com a depressão; entre os pacientes há alta incidência de brasileiros com mais de 60 anos. Em 2020, a patologia se tornará a mais incapacitante do mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). A convite da Central da Catarata, a psicóloga clínica Eliane Mello analisou o possível impacto de doenças como a catarata na incidência da depressão.


O Brasil lidera os casos de depressão na América Latina. A doença acomete 5,8% da população, ou seja, 11,5 milhões de brasileiros – de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). No âmbito global, o número de casos cresceu mais de 18% nos últimos 10 anos; o avanço rápido impulsiona a previsão de que, em 2020, essa será a enfermidade mais incapacitante do mundo. A Pesquisa Nacional de Saúde, conduzida em 2013, apontou que no país, as pessoas com idade entre 60 e 64 anos – início da velhice – são as mais acometidas pelo mal psiquiátrico. A convite da Central da Catarata, a psicóloga Eliane Pereira Mello, especialista em Psicologia Hospitalar em Reabilitação pelo Hospital das Clínicas de São Paulo (HCFMUSP), analisou as possíveis causas da incidência da doença na maturidade e apontou a catarata como um dos fatores que pode debilitar a saúde emocional do idoso, podendo causar depressão.

De acordo com a psicóloga, somos seres influenciados, ou seja, recebemos estímulos do meio e reagimos; por isso, a perda da visão tem impacto na incidência da depressão, assim como a perda de outros sentidos. “Existe uma fala comum aos pacientes idosos sobre a constante perda na vida trazida pela idade, seja na convivência com os demais, relacionamentos ou atividades diárias”, afirma. Segundo a especialista, a alteração na visão gerada pela catarata influencia na dinâmica emocional do idoso, que passa a não ver as coisas como antes. “A visão opaca, ocasionada pela doença, com decorrer do tempo debilita a saúde emocional do indivíduo. Ele passa a ver a vida sem brilho e as relações sofrem alterações. Essa baixa qualidade da visão afeta a questão psicológica e a motivação para fazer as coisas que gosta como, por exemplo, assistir tevê. Em muitos casos, o idoso se queixa que o aparelho está com problemas, sem admitir que é a visão. Com isso, o indivíduo se isola, não tem a vivacidade para passear e ver os lugares bonitos”, afirma.

A especialista em Neuropsicologia Clínica afirma que, normalmente, a família não associa as mudanças de comportamento ocasionadas pelas limitações de saúde trazidas pelo envelhecimento. Dessa forma, generaliza a forma de agir do idoso sem saber quais são os reais motivos para ele se comportar de determinada maneira. O cuidador familiar do idoso também não entende que o isolamento pode ter inúmeras causas – e que, uma delas, pode estar relacionada à perda ou diminuição da visão. “O diagnóstico da catarata acarreta medo entre os pacientes idosos; eles ficam receosos em fazer a operação; e têm receio de ficarem cegos. Após o procedimento cirúrgico e melhora na visão, percebem que não correm risco de cair na rua; que podem sair e retomar as atividades que antes estavam esquecidas. Já aconteceu de um paciente relatar que, ao voltar a enxergar, passou a ir toda hora na padaria para tomar café com os amigos, conversar com os vizinhos e ter qualidade de vida”, relata Eliane, acrescentando que a família tem um papel fundamental na busca por um diagnóstico correto. “A grande questão do idoso é a dependência. São os filhos que levam o paciente ao médico ou avaliação psicológica. Mas, o idoso nega a velhice; nega que tem problemas de visão, porque não quer gerar incômodo para o filho ou ser acompanhado. Deseja realizar as atividades sozinho e nega as dificuldades para tal”, afirma.

Com medo de perder a autonomia e independência, o idoso vai protelando a busca por atendimento médico e se isola – tudo para evitar falar sobre o assunto com os filhos e não ter que assumir as dificuldades. “Na terapia, vamos trabalhando as questões do envelhecimento. Explico que em vários momentos podemos depender de alguém, mas a autonomia é algo nosso. É preciso empoderar o idoso para que possa fazer as próprias escolhas; para que tenha autonomia por um tempo maior. Para isso, existem ferramentas auxiliares como bengala, aparelho auditivo ou óculos, que muitas vezes, despertam um incômodo na utilização em sua rotina, mas que ajudam o idoso a interagir com o meio, sair do isolamento, ter qualidade de vida e se manter atuante e ativo no meio de convivência com os amigos e familiares”, finaliza.


Sobre a catarata e o negócio de impacto social

Maior sensibilidade à luz, visão embaçada, sensação de neblina nos olhos, ajuste constante no grau dos óculos e percepção que as cores estão desbotadas – esses são apenas alguns dos sintomas percebidos por pacientes com catarata. O brasileiro com mais de 50 anos que depende da rede pública de saúde aguarda, em média, 314 dias por uma avaliação de catarata. Na prática, quase um ano inteiro para verificar se há indicação para cirurgia, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo. A catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo; sendo a população idosa apresenta maior incidência da catarata senil –um processo natural de envelhecimento do cristalino e que pode ser reversível com a cirurgia. Estimativas apontam que 5% da população acima de 60 de anos deverá ter catarata no decorrer de um ano. Considerando que o Brasil já possui 30 milhões de idosos, isso representa uma demanda potencial de 1,5 milhão de cirurgias de catarata por ano. 

Entretanto, o volume de cirurgias realizadas é inferior à demanda. Para endereçar esse desafio, Guilherme de Almeida Prado criou a Central da Catarata – negócio de impacto social que realiza cirurgias a preços mais baixos, aproveitando horários ociosos de hospitais oftalmológicos de referência. Essa ideia simples tornou a iniciativa uma solução de acesso para a população de menor renda.



A Central da Catarata tem o objetivo de garantir acesso das pessoas de baixa renda à cirurgia de catarata. Fundada em 2017, o negócio social já realizou mais de 500 procedimentos para correção da opacidade do cristalino. www.centraldacatarata.com.br

Maio Vermelho: Câncer de Boca


Especialista do Hospital América de Mauá aponta as principais causas da doença


A campanha Maio Vermelho visa conscientizar, prevenir e lutar contra o câncer de boca, alertando a população sobre a gravidade, as necessidades de cuidados e o diagnóstico precoce da doença. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), para o Brasil, estimam-se 11.200 casos novos de câncer da cavidade oral em homens e 3.500 em mulheres para 2019. Esses valores correspondem a um aumento de 10,86 casos novos a cada 100 mil homens, ocupando a 5ª posição dentre os cânceres mais frequentes no sexo masculino; e de 3,28 para cada 100 mil mulheres, sendo o 12º tipo de câncer mais comum a acometer esse gênero. 

O câncer da boca, também conhecido como câncer da cavidade oral, é um tumor maligno que afeta lábios, estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua. “Cerca de 90% dos cânceres da cavidade oral são carcinomas de células escamosas. Esses cânceres começam em formas primitivas de células escamosas, que são células planas, do tipo que normalmente formam o revestimento da boca e da garganta. Temos também outros tipos menos comuns, como o carcinoma verrucoso e o de glândulas salivares”, explica o Dr. Rodrigo, cirurgião de cabeça e pescoço, prestador de serviços no Hospital América de Mauá.

Os principais sinais e sintomas do câncer de boca são: “Lesões (feridas) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias, que podem apresentar sangramentos e estejam crescendo. Também devemos suspeitar de manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas. O paciente também pode referir dificuldade para engolir, falar ou sentir aumento de linfonodos cervicais”, esclarece o doutor.

Os maiores fatores de risco para o câncer de boca são o tabagismo e o etilismo (alcoolismo), especialmente se associados. Aproximadamente 95 a 97% dos casos do câncer de boca estão relacionados a eles. Outros fatores de risco estudados são: fatores genéticos, exposição ao sol (válido para tumores de lábio), infecções virais e traumatismo crônico por uso de próteses. “Embora aproximadamente 97% dos casos estejam relacionados ao tabagismo, uma pequena parcela dos portadores dessa doença não fumam. Nesses casos existem alterações genéticas, ainda em estudo, relacionadas ao aparecimento do câncer”, alerta o especialista.

O diagnóstico do câncer de cavidade oral normalmente pode ser feito com o exame clínico, mas a confirmação depende da biópsia. Alguns exames de imagem, como a tomografia computadorizada, também auxiliam no diagnóstico e, principalmente, ajudam a avaliar a extensão do tumor. “O exame clínico associado à biópsia, com o estudo da lesão por tomografia, permitem ao cirurgião definir o tratamento adequado. Tanto a análise da biópsia, quanto a tomografia, são realizadas pelo Hospital América de Mauá, bem como outros exames que podem auxiliar o cirurgião, como ressonância magnética e nasofibroscopia. Todos esses exames são realizados por profissionais experientes e treinados e com tecnologia de ponta”, comenta o Dr. Rodrigo.

O tratamento para o câncer de boca, na maioria das vezes, é cirúrgico, tanto para lesões menores, com cirurgias mais simples, como para tumores maiores. “O cirurgião de cabeça e pescoço é o profissional que vai avaliar o estágio da doença. Essa avaliação, associada a exames complementares determinará o tratamento mais indicado. A radioterapia e a quimioterapia são indicadas para complementar o tratamento cirúrgico e também nos casos que a cirurgia não é possível devido a um quadro muito avançado ou um paciente sem condições clínicas para o tratamento cirúrgico”, pontua o cirurgião.

A melhor prevenção para a doença é não fumar e não beber. Além disso, é importante manter sempre uma boa higiene bucal e procurar atendimento médico sempre que houver alguma lesão persistente na boca. Para usuários de próteses mal adaptadas, deve-se procurar o dentista para ajuste. “A chance de cura é maior quanto mais cedo for identificado e tratado o tumor. Por isso é importante que as pessoas, em especial as fumantes, procurem atendimento médico em caso de lesões na boca por mais de 15 dias”, finaliza.




Dr. Rodrigo Perez Ranzatti - CRM132091 - Cirurgião de cabeça e pescoço e prestador de serviços no Hospital América de Mauá. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço.

Hipertensão arterial: problema acomete cerca de 30% da população brasileira


A hipertensão arterial sistêmica, conhecida popularmente como pressão alta ou somente hipertensão, ocorre quando a pressão sanguínea ultrapassa valores fisiológicos em repouso, de forma insidiosa, cronicamente, com valores acima de 130x80mmHg. “Esse desajuste progressivo vai deteriorando os nossos centros reguladores da tensão das artérias, que são as estruturas responsáveis por manter as artérias relaxadas ou constritas. Com a perda dessa regulação, aos poucos as artérias se enrijecem, exigindo do coração cada vez mais força para bombear o sangue, e prejudicando o aporte sanguíneo nos rins, olhos, cérebro e no próprio coração”, explica a médica Dra. Julyana Zaninelli Maiolino, cardiologista do Hospital VITA, em Curitiba.

Dados do Ministério da Saúde apontam que a hipertensão afeta hoje cerca de 40 milhões de brasileiros. De acordo com levantamento realizado pelo órgão 33 % dos adultos são hipertensos e apenas 15% desses indivíduos são diagnosticados, tratados e controlados. Dra. Julyana conta que isso acontece porque a hipertensão arterial essencial é de instalação crônica, só manifesta sintomas em fases mais avançadas quando já houve lesão de órgãos-alvo (cérebro, rins, coração).

“Muitos pacientes somente reconhecem o quadro na presença de urgências, quando a pressão aumenta a níveis muito elevados, colocando em risco a vida, podendo desencadear acidente vascular cerebral (AVC), infarto agudo do miocárdio, dissecção de aorta entre outras situações de risco” Alerta Dra. Julyana. Sintomas como cefaleia, nucalgia, náuseas e vômitos, visão turva ou com pontos cintilantes, dor no peito, tontura e desmaio podem alertar para uma situação mais grave.

Segundo a médica, pesquisas apontam que a hipertensão acomete 8% das pessoas com idade entre 18 e 24 anos, contra 50% para a faixa etária acima de 55 anos. Além disso, “a hipertensão arterial acomete mais as mulheres (25,5%) do que os homens (20,7%)”, e é um dos fatores de risco para infarto do miocárdio, aneurisma, acidente vascular cerebral (AVC), hipertrofia ventricular e miocardiopatia isquêmica, insuficiência cardíaca e renal, problemas estes que são responsáveis por um terço das mortes no Brasil”, destaca Dra. Julyana.


A cardiologista explica que faz parte do processo natural de envelhecimento o enrijecimento das artérias, portanto ao envelhecer todos teremos algum aumento da pressão, o que não significa que chegará obrigatoriamente a valores patológicos. Porém, algumas pessoas, mesmo mais jovens, apresentam maior predisposição genética para desenvolver a hipertensão, o que, associado aos fatores externos como: estresse, má alimentação, sedentarismo, tabagismo, obesidade, e presença de outras doenças que influenciam no controle da pressão de maneira indireta e que precisam de diagnóstico e tratamento,  a hipertensão pode ter seu desenvolvimento acelerado.

“Por isso, para monitorar o valor da pressão arterial, recomenda-se realizar a aferição mínima pelo menos uma vez ao ano para população geral, e com maior frequência em portadores de comorbidades cardiovasculares e metabólicas”, ressalta a especialista.

Quanto ao controle, Dra. Julyana explica que uma vez diagnosticado, deverá ser estratificado o estágio e risco do paciente, de forma individualizada, para assim traçar o plano de tratamento. Medidas não farmacológicas como atividade física regular, dieta balanceada rica em verduras, cessação do tabagismo, emagrecimento, redução da carga de estresse são indicadas em associação aos medicamentos. “Há diferentes classes de anti-hipertensivos disponíveis, e o tratamento depende do perfil clínico do paciente e da presença de outras comorbidades, como diabetes, dislipidemia, hipotireoidismo, doença renal crônica, entre outras”, ressalta.



Fatores de risco para desenvolver hipertensão arterial:

- Tabagismo

- Colesterol e triglicérides elevados;

- Diabetes;

- Excesso de peso e obesidade;

- Fatores genéticos;

- Idade (com o envelhecimento naturalmente há o enrijecimento das artérias);

- Excesso de consumo de sal - a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que não ultrapasse a quantidade de 2g de sódio por dia, o que representa o máximo de 5g de sal/pessoa/dia;

- Etnia (maior gravidade em afrodescendentes);

- Sedentarismo,

- Estresse



Dicas de prevenção e controle:

- Aferir a pressão arterial periodicamente, conforme orientação do médico;

- Praticar atividades físicas regular;

- Evitar o sobrepeso e obesidade;

- Optar por uma alimentação balanceada e saudável - ingerir mais frutas, verduras e legumes e preferir alimentos com pouco sal e que não sejam fritos;

- Reduzir ou, se possível, evitar o consumo de álcool;

- Não fumar;

- Evitar o estresse. Dedicar um tempo à família, aos amigos e ao lazer;

- Não abandonar o acompanhamento médico, pois o tratamento é para a vida toda;

- Seguir as orientações médicas.





Hospital VITA 

Obesidade exige acompanhamento de profissionais da área da saúde


Segundo a OMS, se nada for feito, em 2025 a obesidade pode atingir até 75 milhões de crianças no mundo


Feliz por fora, mas triste por dentro. É assim que muitas pessoas que estão acima do peso se sentem. Quando o corpo necessita de um maior equilíbrio na alimentação, seja para perda de peso ou mesmo para ganho, é importante buscar o acompanhamento de um profissional visando resultados saudáveis e uma melhor qualidade de vida.

Atualmente, o mundo possui mais pessoas acima do que abaixo do peso, de acordo com análise das tendências globais do índice de massa corporal (IMC) organizado pelo periódico médico “The Lancet”, em parceria com a Organização Mundial de Saúde (OMS).  A organização prevê que em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e mais de 700 milhões, obesos. Ainda segundo a OMS, se nada for feito, a obesidade pode atingir 75 milhões de crianças no mundo.

Com este cenário, a busca por emagrecimento se tornou uma corrida pela saúde. Para a rápida perda dos quilos a mais, a maioria das pessoas recorrem a remédios e procedimentos clínicos e cirúrgicos.

Segundo Henrique Eloy, médico especialista em cirurgia e endoscopia bariátrica e gastroenterologia, vencer a obesidade e até mesmo o preconceito têm sido alguns dos desafios da vida moderna. Uma das opções de fazer o paciente perder peso e também tratar as doenças associadas a este excesso de peso é a cirurgia bariátrica. “O principal objetivo da cirurgia bariátrica é promover uma acentuada perda de peso através da restrição da quantidade de alimentos que se consegue ingerir e/ou diminuindo a absorção desses alimentos”, explica.

A cirurgia é restrita para os pacientes entre 18 e 65 anos. Para se efetuar a operação fora desses limites de idade, deverá haver uma rigorosa avaliação de todas as especialidades médicas envolvidas. “A principal contraindicação é a não aceitação da operação pelo próprio paciente. Nos demais casos, a cirurgia bariátrica não deve ser realizada quando as avaliações das condições clínicas pré-operatórias demonstrarem que os riscos de complicações da operação não compensam os benefícios que ela pode oferecer”, ressalta Henrique Eloy.

28 de Abril – Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho


Pense Seguro: Não há colaborador seguro, mas sim indivíduo seguro


Preocupada com a saúde e qualidade de vida de seus colaboradores, a FMC Agricultural Solutions implanta diversas ferramentas para fomentar nos seus colaboradores a ideia de segurança. Partindo do princípio de que as pessoas não possuem um botão ON/OFF em que podem ligar e desligar seu comportamento de acordo com o local que está, estas práticas são aplicadas em todas as áreas da empresa, como campo, escritório, P&D e fábricas, feiras e eventos.

• Campo: Para o campo, foram implementados processos de segurança viária para todos os colaboradores. São realizados treinamentos práticos em pista, reuniões de segurança nas regionais de venda, gestão de indicadores de infrações, atualização dos itens de segurança para veículos, e palestras do Consultor de Segurança Viária, Cesar Urnhani, explicando o papel de cada condutor na transformação do comportamento no trânsito.

• Escritório: No escritório da FMC em Campinas-SP, estão sendo instaurados procedimentos para prevenção de acidentes e ações para parte cognitiva com foco em estresse e bem estar. Entre as ações, estão os programas de ginástica laboral, blitz de postura, avaliações de saúde, reuniões de segurança com todos os colaboradores, e a Semana Interna de Prevenção de Acidentes do Trabalho (SIPAT) com foco em apresentar que comportamento seguro deve ser seguido dentro e fora do escritório.

• P&D e Fábricas: Os métodos implantados nestes locais visam assegurar ainda mais a confiabilidade dos processos, mantendo seguro os equipamentos utilizados, e tomando precauções em relação à parte elétrica das estruturas. Também é realizado um treinamento contínuo com as equipes interdependentes, em que é propagada a segurança não só no ambiente corporativo.

• Feiras e Eventos: Um dos grandes desafios é fomentar nas empresas que realizam eventos e feiras a importância da segurança para seus colaboradores. A partir de 2018, a FMC iniciou um grande trabalho para que seus parceiros nas áreas de feiras e eventos sejam constantemente qualificados e avaliados da mesma forma que suas equipes.




Alessandro Fernandes Gôvea - Técnico em Segurança da FMC Agricultural Solutions

Hipertensos correm 3 vezes mais risco de internação e gastam 405% mais que a população geral


Levantamento da GESTO ainda aponta que mais de 50% das pessoas com pressão alta tem outra condição crônica associada


O calendário brasileiro da saúde marca o dia 26 de abril como o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença que atinge cerca de 30 milhões de pessoas no País segundo o Ministério da Saúde. Um dado bastante preocupante sobre essa parcela da população é a elevada probabilidade de internação: enquanto as das pessoas em geral ficam em torno de 12,65%, as dos hipertensos superam os 40%, muito em função de problemas cardiovasculares e gastroenterologicos. Além disso, outro dado clínico relevante é que 52% deles possuem mais de uma condição crônica associada, como diabetes e cardiopatia.

Como consequência, os custos médicos de alguém nessas condições são quatro vezes maiores do que de um cidadão sem pressão alta. Eles são o reflexo da necessidade de visitas mais constantes ao médico e de terapias para o cuidado com a saúde e controle da pressão alta, já que a tendência é que um paciente crônico nessas condições vá duas vezes mais a consultas de rotinas do que a média populacional, além de realizar o triplo de exames para receber o diagnóstico e realizar o acompanhamento dos níveis da hipertensão.

As informações são da GESTO, health tech com foco em corretagem de plano de saúde baseada em ciência de dados para cuidar de vidas e gerenciar de maneira inteligente todo o ciclo de saúde empresarial proporcionando equilíbrio entre o cuidado com as pessoas e a sustentabilidade financeira da empresa. Ela administra um banco de cerca de 6 milhões de vidas formado por titulares e dependentes da assistência prestada por empresas de diferentes portes que atuam em território nacional. Para o levantamento foi considerada uma amostra de 720 mil vidas no ano de 2018, maior do que a população de mais de 99% dos municípios brasileiros, por exemplo.

Dentre a população avaliada, os hipertensos somam 50 mil vidas, ou seja, são 7% do total e representaram um custo 28% maior no gasto do acumulado do ano passado, o que significam R$514 milhões no período. A internação de alguém com hipertensão também pode chegar a custar 40% a mais quando comparada com a média geral. A faixa etária que tem maior quantidade de pessoas com pressão alta está nos indivíduos com mais de 59 anos e essa proporção aumenta gradativamente conforme o envelhecimento da população.

“Os dados são bastante claros em nos apontar que a hipertensão a cada dia se torna um fator que não apenas deixa a nossa população menos saudável, como também contribui para encarecer os custos da saúde. Se levarmos em conta que a pressão alta tem tratamento antes desse estágio crônico e que 25% dos brasileiros são assistidos pela saúde suplementar, principalmente financiada pelas empresas, precisamos com urgência somar a eficiência da tecnologia na gestão da saúde para atuar de maneira preditiva na identificação de casos que possam se apresentar no futuro e também orientar e incentivar com práticas personalizadas esse beneficiário para que seja tirado o máximo do proveito do recurso que ele tem nas mãos”, explica a CEO da Gesto, Fabiana Salles.

Ou seja, os benefícios ao usuário de um plano de saúde empresarial podem ser maximizados com a utilização da tecnologia. Já que, ao identificar uma inclinação para um fator de risco, seja crônico ou não, pode ser acionada toda uma rede de acompanhamento multidisciplinar a fim de prover mais suporte a essa pessoa. Dessa maneira, pode ser evitado que ela não chegue a ficar doente ou trate corretamente o diagnóstico recebido, evitando assim gastos extras para empresas e beneficiários.

Conheça a importância da vacinação durante todas as fases da vida


 Na Semana Mundial da Imunização, entenda porque a carteira de vacinação deve ser atualizada em diferentes idades, da infância à senilidade, para evitar doenças e melhorar a qualidade de vida.


Segundo dados da OMS (Organização Mundial da Saúde), 1,5 milhões de mortes poderiam ser evitadas se a cobertura mundial de vacinação fosse melhorada.[i] Ciente disso, a organização lidera a Semana Mundial da Imunização, uma semana de conscientização da população acerca da importância da vacina e das conquistas já alcançadas graças a essa revolução da saúde.[ii]

Mas não só idosos e crianças precisam manter a vacinação em dia. “A vacinação pode e deve estar presente durante todas as fases da vida, da primeira infância à senilidade, e isso inclui os adultos”, conta a Dra. Sheila Homsani, diretora médica da Sanofi Pasteur, a divisão de vacinas da Sanofi. Cada fase da vacinação tem sua relevância na manutenção da proteção contra doenças que prejudicam a qualidade de vida dos indivíduos e podem até levar à morte[iii]. Conheça abaixo essas etapas e a importância da imunização em cada uma delas:


1.   Recém-nascidos:
Ao nascerem, os bebês são expostos a centenas de vírus e bactérias, e como possuem sistemas imunológicos ainda imaturos e frágeis, acabam ainda mais suscetíveis a doenças e infecções. Hepatite B, Influenza e Poliomielite são algumas enfermidades graves que impactam a saúde dos recém-nascidos e que podem ser prevenidas com vacinação i iii.

Para se ter uma ideia da importância da imunização, o número de casos de poliomielite, por exemplo, já diminuiu em 99% desde o começo da Iniciativa Global pela Erradicação de Pólio com a vacinação contra a doença[iv]. “Em 1980, o Brasil tinha uma incidência de um caso de poliomielite a cada 100 mil indivíduos quando houve o primeiro dia nacional vacinação contra a doença. No ano seguinte, em 1981, a incidência passou a 0,1 caso em 100 mil pessoas, uma queda extremamente significativa, que mostra a eficiência da iniciativa”, conta a diretora médica.[v]


2.    Infância:
Nesta fase, é importante que crianças de até 10 anos recebam vacinas para primovacinação e de reforço para evitar o aparecimento de doenças. Devido à maior exposição na escola, onde acontece o contato com um número maior de pessoas, e com o sistema imunológico ainda em desenvolvimento, as crianças podem estar mais propensas a doenças. Difteria, coqueluche, tétano e influenza são algumas das doenças que podem ser evitadas se as crianças forem vacinadas de acordo com o calendário vacinal. iii


3.   Adolescentes:
Os adolescentes são o grupo com maiores chances de ser afetado pelo vírus meningococo, causador da meningite meningocócica. A doença pode causar sequelas como perda de visão, audição e de membros e ser fatal. O reforço da vacina ocorre, inclusive, entre os 11 e 14 anos e pode reduzir o risco de transmissão da doença para outras pessoas não protegidas.[vi] É também nessa idade que pode ser administrada a vacina contra o HPV, vírus que pode causar câncer de colo do útero nas mulheres adultas [vii].


4.   Adultos:
“Vacinar-se quando adulto não é muito comum e as pessoas nem sabem que é necessário, mas algumas vacinas tendem a perder a eficácia ao longo do tempo e exigem uma dose de reforço para continuar protegendo o indivíduo”, revela Sheila. Continuar de olho na carteira de vacinação ao crescer é fundamental para manter a proteção contra certas doenças e manter a qualidade de vida. Protegidos, os adultos podem evitar a transmissão de doenças a seus familiares e colegas de trabalho.[viii]

Outro ponto é que infecções tendem a piorar o quadro clínico de doenças crônicas. “Se um paciente com doença crônica, como doença cardiovascular ou diabetes, é infectado com alguma doença que pode ser prevenida por vacina, ele pode ter seu quadro inicial agravado e ter uma descompensação ainda maior na saúde”, alerta a especialista, que recomenda ainda mais atenção à imunização nesses casos. Gestantes também devem ficar atentas, já que também são mais suscetíveis a complicações por terem um sistema imunológico mais deficiente do que outros indivíduos. viii

Vacinas contra gripe, hepatite B e tétano, entre outras, são indicadas na fase adulta, dependendo do status vacinal de cada um. Vi VIII


5.   Idosos:
As doenças podem causar mais complicações e até serem letais em idosos, que possuem um organismo mais suscetível e debilitado do que as outras faixas etárias. Considerados parte do grupo prioritário em campanhas de vacinação nacionais, os idosos são, por exemplo, as principais vítimas da Influenza.[ix] Além disso, a vacinação de idosos é estratégica para a saúde pública para aumentar a qualidade de vida da população. Isso porque, segundo estimativas da OMS[x], em 2020, o número de pessoas acima de sessenta anos será maior que o de crianças pela primeira vez na história.     





Sanofi





[i] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Immunization coverage.[Internet] WHO, 16 de jul. de 2018. Disponível em: <https://www.who.int/en/news-room/fact-sheets/detail/immunization-coverage>. Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[ii] World Immunization Week 2019. World Immunization Week. [Internet] WHO, 2019. Acesso em: 10 de abr. de 2019. https://www.who.int/news-room/events/detail/2019/04/24/default-calendar/world-immunization-week-2019
[iii] Centers of Disease Control and Prevention. Recommended Vaccines by Age. Internet. Disponível em: https://www.cdc.gov/vaccines/vpd/vaccines-age.html . Acesso 18abr2019.
[iv] WORLD HEALTH ORGANIZATION. 10 facts on polio eradication. [Internet] WHO, abr. de 2017. Disponível em: <https://www.who.int/features/factfiles/polio/en/> Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[v] MINISTÉRIO DA SAÚDE. Gráfico Série Histórica de Poliomielite Brasil 1968 a 1989. Ministério da Saúde, 26 de mar. de 2014. Disponível em: <http://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2018/marco/29/Grafico-Serie-Historica-Brasil-1968-a-1989.pdf >. Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[vi] Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). Calendário de Vacinação para adolescentes [Internet]. SBIm, 2018-2019. Disponível em:<https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adolescente.pdf>. Acesso em: 18 de abr. de 2019.
[vii] INSTITUTO NACIONAL DE CÂNCER. Perguntas Frequentes - HPV. Website INCA. Disponível em: <https://www.inca.gov.br/perguntas-frequentes/hpv> Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[viii] Centers of Disease Control and Prevention. What Vaccines are Recommended for You. [Internet]. CDC, 3 de mai. De 2016. Disponível em: <https://www.cdc.gov/vaccines/adults/rec-vac/index.html>. Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[ix] WORLD HEALTH ORGANIZATION. Fact sheet N°211 Influenza. WHO, mar. de 2003. Disponível em: https://www.who.int/mediacentre/factsheets/2003/fs211/en/ > Acesso em: 10 de abr. de 2019.
[x] WORLD HEALTH ORGANIZATION. “Ageing well” must be a global priority. WHO, 6 de nov. de 2014. Disponível em < https://www.who.int/mediacentre/news/releases/2014/lancet-ageing-series/en/> Acesso em: 10 de abr. de 2019.


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