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quarta-feira, 24 de abril de 2019

Angioplastia é eficaz, mas não definitiva: como evitar um segundo procedimento


Alternativa cirúrgica para o entupimento das artérias requer cuidados e mudanças de hábitos 


Dietas hipercalóricas, tabagismo e sedentarismo são os principais facilitadores para uma condição chamada de aterosclerose, que nada mais é do que o enrijecimento de artérias devido à formação de placas de gorduras em seu interior. Essa gordura pode tornar as artérias mais estreitas, atrapalhando o fluxo sanguíneo. Em casos mais graves, a aterosclerose pode levar à obstrução total da artéria e, consequentemente, à falência do músculo cardíaco, o famoso infarto. 

O infarto do miocárdio mata cerca de 70 mil brasileiros ao ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Em escala global, a Organização Mundial de Saúde calcula que sejam 17,5 milhões de pessoas vítimas do ataque do coração por ano. 

Segundo o cirurgião cardíaco e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Élcio Pires Júnior, quando as artérias estão estreitas, a angioplastia pode ser indicada. “Nesse procedimento é realizada a dilatação mecânica das artérias e, diferente de algumas outras alternativas, a angioplastia é atrativa por ser minimamente invasiva”, conta o médico. 


Como é realizada a angioplastia? 

Através de uma artéria da coxa, um cateter com um pequeno balão é inserido até a o local da aterosclerose. Quando posicionado, o balão é delicadamente inflado para expandir a área obstruída pela gordura. Em alguns casos, quando as artérias estão fragilizadas e não são capazes de se sustentar sozinhas, uma malha metálica pode ser usada.  

“Também chamado de stenta malha metálica é um implante definitivo que é usada como um suporte para as paredes dos vasos, mantendo-a aberta. O stent ajuda a manter a boa circulação sanguínea no ponto da estenose ou da oclusão”, explica o médico. 


Mas é definitivo? 

Apesar de ser um procedimento efetivo, a angioplastia não é definitiva. O alto nível de colesterol na corrente sanguínea pode levar o paciente a desenvolver aterosclerose novamente.  

“O paciente submetido à uma angioplastia deve adotar hábitos mais saudáveis para evitar que novos entupimentos nas artérias ocorram. Sair do sedentarismo, estar no peso normal, deixar de fumar e manter uma dieta saudável, além de garantir a saúde geral do organismo, também ajuda a proteger o coração”, finaliza o cirurgião.





Dr. Élcio Pires Júnior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.  

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