Vírus é um dos
principais responsáveis pelo câncer de colo de útero, um dos tipos da doença
mais comuns entre as mulheres. Freepik
Segundo dados do Ministério da Saúde, 80% das pessoas
sexualmente ativas serão infectadas por um ou mais tipos de HPV ao longo da
vida. O vírus está associado ao desenvolvimento do câncer de colo de útero, um
dos tipos da doença mais comuns entre o público feminino. Ainda conforme o
órgão, estima-se que mais de 17 mil novos diagnósticos foram registrados no país
em 2023, representando um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil
mulheres.
Uma das formas mais indicadas para frear a
transmissão do HPV e agir na prevenção de câncer no colo do útero é a
vacinação. De acordo com a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia
e Obstetrícia (Febrasgo), a vacina consegue reduzir em até 80% as chances de
retorno da infecção causada pelo vírus em pessoas que já foram atingidas pelo
HPV.
Outros dados, também divulgados pela Febrasgo,
mostram que 99,6% das mulheres sexualmente ativas com até 45 anos podem se
beneficiar da vacinação, já que muitas apresentam resultado negativo para o
vírus ou são positivas para apenas um subtipo.
A vacina contra o HPV é essencial para a saúde
feminina. No entanto, ainda há mulheres que desconhecem a eficácia e a
importância da imunização. Por esse motivo, é necessário realizar consultas
periódicas com um especialista em ginecologia que possa dar as
orientações corretas para a paciente.
As autoridades de saúde também defendem a
realização de campanhas que ajudem a disseminar a informação e contribuir para
a conscientização do público feminino acerca dos cuidados para evitar o
contágio do HPV
Vacinas estão disponíveis no
Brasil
O HPV, sigla em inglês para Papilomavírus Humano, é
o responsável pela infecção sexualmente transmissível mais frequente no mundo,
segundo o Ministério da Saúde. O contágio ocorre, sobretudo, por meio da
relação sexual, causando verrugas na região oral, genital, anal e na uretra,
assim como cânceres.
A vacinação contra o vírus é o principal meio para
a prevenção de doenças e, até mesmo, óbitos. Segundo o Ministério da Saúde, o
imunizante pode ser aplicado em homens e mulheres com idades entre 9 e 45 anos.
Todas as vacinas contra o HPV estão disponíveis no Brasil, e não há registros
de reações adversas graves relacionadas à vacinação em nenhuma faixa
etária.
Dados divulgados pelo Instituto Butantan de estudos
conduzidos em 14 países, com 60 milhões de pessoas, mostram que com o uso da
vacina houve uma queda de 83% dos caso de HPV responsáveis por episódios de
câncer de colo de útero; de 67% no aparecimento de verrugas genitais; e de 51%
no surgimento de lesões pré-cancerosas, em meninas de 15 a 19 anos.
Quem pode se imunizar?
Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde
(OPAS), a vacina contra o HPV pode ser aplicada a partir dos 9 anos, sendo
recomendada para todas as pessoas até os 26 anos. Os países devem assegurar que
todas as meninas com até 14 anos recebam o imunizante.
A obrigatoriedade é defendida, pois a vacina tem se
mostrado mais eficaz nessa faixa etária, quando as meninas ainda não são
sexualmente ativas e, consequentemente, não tiveram contato com o vírus.
O Ministério da Saúde anunciou que a vacina contra
o HPV passará a ser oferecida em dose única para as crianças e adolescentes de
9 a 14 anos. Antes a vacinação podia ser feita em duas doses, mas a mudança
veio após as recomendações da OMS, que mostrou evidências de que a dose única,
em ambientes de alta cobertura vacinal, proporciona os mesmos níveis de
proteção conferidos por duas ou três doses.
A dupla dosagem do imunizante continua sendo
oferecida para pessoas vítimas de violência sexual, com idades entre 9 e 14
anos, enquanto a tripla dosagem é destinada para aquelas entre 15 e 45
nos.
Além disso, as pessoas que convivem com HIV/Aids,
são pacientes oncológicos em quimioterapia e/ou radioterapia ou que passaram
por cirurgias importantes, como
transplantes de órgãos sólidos e medula óssea, devem receber três doses da
vacina, independente da idade.
Pessoas adultas de 27 anos ou mais que não estão
nestas condições também podem se vacinar, mas antes devem se consultar com um
profissional da área da saúde e seguir as orientações fornecidas por ele.
Onde se vacinar?
A vacina contra o HPV está disponível no Sistema
Único de Saúde (SUS). Ela protege contra quatro subtipos do vírus. A vacinação
oferecida na rede pública é eficaz ao HPV de baixo risco 6 e11, responsáveis
pelo surgimento de verrugas anogenitais, e pelo de alto risco 16 e 18, que causam
câncer de colo de útero, de pênis, anal e oral.
Na rede particular, é possível encontrar outros
tipos de imunizantes contra o HPV. A vacina nonavalente, chamada Gardasil 9, é
oferecida em alguns hospitais e clínicas médicas com valor que pode variar de
R$ 840 a R$ 910 por dose.
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