Pesquisar no Blog

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

Novas Tecnologias e Seus Impactos nas Relações de Consumo: Propostas para Garantir Direitos no E-commerce, Aplicativos e Inteligência Artificial

A evolução tecnológica tem alterado significativamente as relações de consumo, ampliando o acesso a produtos e serviços e promovendo maior comodidade ao consumidor. Contudo, essa transformação não ocorre sem desafios, sobretudo no que diz respeito à proteção de direitos em um ambiente de constante inovação. O comércio eletrônico, os aplicativos e a inteligência artificial não apenas redefiniram a interação entre consumidores e fornecedores, mas também exigem a adaptação de normas, mecanismos de fiscalização e educação digital. Este artigo explora os impactos dessas tecnologias e apresenta propostas concretas para garantir a proteção do consumidor.

 

E-commerce: Expansão e Riscos nas Relações Digitais 

O e-commerce, principalmente após a pandemia de COVID 19, consolidou-se como uma das principais formas de comércio, oferecendo praticidade e uma vasta gama de opções. Porém, os consumidores enfrentam desafios específicos nesse ambiente. 

Os fornecedores devem garantir que as informações sobre produtos e serviços sejam claras, completas e acessíveis, em conformidade com o Código de Defesa do Consumidor (CDC) o que nem sempre ocorre nos sites e aplicativos que oferecem produtos e serviços. 

Para aprimorar as relações de consumo on line entendemos que é premente o desenvolvimento de normas específicas para a descrição de produtos em plataformas digitais, com exigências sobre qualidade de imagem e detalhamento técnico. Por sua vez, é importante contar com a fiscalização ativa por parte de órgãos de defesa do consumidor, utilizando ferramentas de análise automatizada para monitorar sites e identificar irregularidades. 

Quanto ao direito de arrependimento, embora haja previsão legal os consumidores muitas vezes enfrentam dificuldades práticas, como custos inesperados de devolução ou resistência de fornecedores. Com vistas a mitigar tais dificuldades algumas propostas seriam benéficas, entre elas:

  • Regulamentação específica para o direito de arrependimento em compras digitais, incluindo a obrigação de que os custos de devolução sejam previamente informados.
  • Criação de selos de conformidade para plataformas que implementem políticas de devolução claras e justas.
  • Incentivo ao uso de ferramentas digitais para automatizar processos de devolução e reembolso, aumentando a transparência e reduzindo o tempo de espera. 

É fato que o crescimento do e-commerce levou ao aumentou dos casos de fraudes e vazamento de dados. A proteção ao consumidor nesse contexto requer a aplicação rigorosa da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e mecanismos de segurança digital, exigindo-se que as empresas invistam em sistemas mais robustos e em parcerias entre órgãos públicos e empresas para o desenvolvimento de campanhas educativas sobre segurança em transações digitais.

 

Aplicativos: Praticidade e Novos Desafios Jurídicos

Os aplicativos de serviços (como transporte, delivery e hospedagem) ampliaram a oferta e acessibilidade de serviços, mas também criaram relações mais complexas entre consumidores, plataformas e fornecedores 

Frequentemente, as plataformas  alegam atuar apenas como intermediárias na tentativa de se eximirem de responsabilidade, mas os consumidores muitas vezes não têm clareza sobre quem deve ser responsabilizado em casos de falhas. 

Para evitar tais alegações é importante que as normas vigentes reforcem a responsabilidade solidária entre plataformas e fornecedores, especialmente em setores como transporte e delivery. 

O uso de precificação dinâmica em aplicativos, como transporte e hospedagem, pode levar a práticas abusivas se não for devidamente regulado, e por isso deveria ter maior fiscalização. 

Quanto aos sistemas internos de resolução de conflitos, oferecidos pelas plataformas, muitas vezes carecem de transparência e imparcialidade e se tornam pouco efetivos. Para aprimorar estes mecanismos, seria necessário melhorar a transparência, imparcialidade e a garantia de acesso ao Poder Judiciário. 

Tendo este artigo se estendido nestas questões abordaremos o tema da IA e educação e letramento digital na 2ª parte deste artigo.

 

 2ª. parte do artigo 

Na 1ª parte do presente artigo debatemos acerca da expansão do comércio on line via e-commerces e aplicativos digitais, sugerindo algumas medidas para aprimorar as garantias dos consumidores. 

Nesta 2ª parte do artigo iremos discutir sobre uma novidade que tem potencial para causar uma verdadeira revolução em vários aspectos das relações sociais e de consumo, a IA. Como ela já está impactando o dia a dia dos consumidores e quais as medidas devemos adotar para mitigar os danos.

 

Inteligência Artificial: Oportunidades e Riscos no Consumo 

Certo é que a inteligência artificial está transformando a experiência de consumo, permitindo personalização, automação e maior eficiência. Contudo, também apresenta riscos significativos. Entre os mais importantes estão os relacionados à discriminação algorítmica, a falta  de privacidade e responsabilidade por decisões automatizadas, como já vimos em casos que se espalham pelo mundo. 

Assim, o uso de IA pode gerar discriminação, mesmo que não intencional, prejudicando consumidores com base em perfis criados a partir de dados. Por isso é importante a implementação de auditorias obrigatórias para algoritmos utilizados em serviços de consumo, com foco na prevenção de discriminação e práticas abusivas. A criação de um órgão regulador especializado em IA no consumo, ou a ampliação da competência da ANPD, seria bastante salutar, visando estabelecer padrões éticos e técnicos para o uso de IA.

E por falar na ANPD, a LGPD prevê o direito à revisão humana em decisões automatizadas que impactem os consumidores, mas a aplicação prática desse direito ainda é limitada. 

Portanto, é de grande importância que todas as plataformas que utilizem IA informem claramente ao consumidor quando suas decisões forem automatizadas, permitindo a solicitação de revisão humana de modo mais simples e prático. 

Em situações de danos causados por IA, a atribuição de responsabilidade ainda é um desafio que foge às regras do direito civil, e mesmo do direito do consumidor. Esta é uma realidade não prevista pelo legislador e merece uma análise e disciplina específica. 

Necessário se faz o estabelecimento de normas específicas sobre responsabilidade civil em casos de danos causados por IA garantindo que o fornecedor seja responsabilizado independentemente de culpa. 

Já em casos em que haja consumidores afetados por danos de larga escala causados por falhas de sistemas de IA, podemos avaliar a criação de fundos de compensação coletiva para indenização daqueles que forem prejudicados. 

As mudanças ocorridas nos últimos anos nos levam a repensar as relações de consumo com o padrão até hoje estabelecido, se a atual regulação atende aos novos desafios e quais as medidas e políticas públicas devem ser tomadas para trazer mais segurança e transparência para os consumidores. 

Neste sentido, propostas de longo prazo devem ser implementadas. Entre elas a promoção da educação financeira e para o consumo. Promover a conscientização sobre direitos e riscos no consumo digital também é essencial. 

Assim, seria importante o desenvolvimento de programas nacionais de educação digital, incluindo cursos e materiais educativos sobre segurança, privacidade e direitos do consumidor. 

Por outro lado, o poder público deve acompanhar continuamente o impacto das tecnologias e propor atualização das normas através dos órgãos de defesa do consumidor, com foco exclusivo em e-commerce, aplicativos e IA. 

O uso de tecnologia para monitorar práticas de mercado pode fortalecer a proteção ao consumidor, evitando e coibindo  práticas abusivas, identificando padrões de violação de direitos em larga escala. 

O avanço tecnológico pode e deve ser um aliado na construção de relações de consumo mais justas, transparentes e acessíveis. Contudo, a proteção do consumidor exige ações concretas por parte do legislador, do Judiciário, de órgãos de defesa e das próprias empresas. A implementação das medidas propostas neste artigo pode não apenas mitigar os riscos associados às novas tecnologias, mas também transformar o Brasil em referência global na proteção ao consumidor no ambiente digital.

 

 Andrea Motolla - advogada, com especialização em direito empresarial, em processo civil e direito do Consumidor


CNJ suspende provimento 172 e restaura alienação fiduciária plena

João Teodoro, presidente do Sistema Cofeci-Creci, apresenta um texto que incita a refletir sobre a importância de valorizar as pequenas coisas, estabelecer limites e cultivar a gratidão. Assim podemos fazer de nossas vidas uma jornada muito mais leve e cada dia mais feliz!

 

O texto a seguir ouvi em vídeo pela internet. Supostamente, ele teria sido gravado por um ex-candidato à presidência da República. Como ele revela profundidade de sentimentos, merece ser analisado. Eis o seu conteúdo: "Tem gente que só se aproveita da doçura dos outros. Então, escute e reflita: eu já vi bicho na goiaba, na manga, mas nunca vi bicho no limão. Isso me ensinou uma coisa importante: evite ser doce demais com algumas pessoas. Tem gente que só se aproveita da doçura dos outros. Então, seja doce na medida certa e saiba impor seus limites”. 

E o texto assim continua: “Sabe aquela pessoa que sempre esteve do seu lado, mesmo quando você errou? Pois é! A dor de perdê-la lhe ensina que a pessoa errada nunca vai lhe dar o valor que você merece. Então, valorize quem ama você de verdade, porque só ela sabe o que você vale. A verdadeira riqueza não está em ter mais, mas em ser grato pelo que já temos. A gratidão transforma o que temos em suficiente e o que somos em plenitude. Quando você reconhece o valor das pequenas coisas, a vida se torna mais leve e feliz!". 

Assim é! A vida, em sua infinita sabedoria, oferece lições valiosas, às vezes camufladas em metáforas simples e cotidianas. O texto acima nos incita a refletir sobre a importância de valorizar as pequenas coisas, estabelecer limites e cultivar a gratidão. A imagem do bicho na fruta é bastante evocativa. A goiaba e a manga, frutos adocicados e suculentos, representam a nossa vulnerabilidade, a nossa disposição em sermos bons com os outros. No entanto, a presença do bicho nos lembra que a doçura pode atrair pessoas de indesejados matizes. 

O limão, por seu turno, com sua acidez característica, simboliza a necessidade de estabelecermos limites, de nos protegermos daqueles que buscam apenas tirar proveito de nós. A vida nos ensina, não raro por acontecimentos dolorosos, a identificar as pessoas que realmente nos valorizam. A perda de quem sempre esteve ao nosso lado, mesmo quando estávamos errados, é um grande sofrimento. Entretanto ela pode constituir-se em transformadora experiência, porque permite compreender que nem todos merecem nosso afeto e nossa confiança. 

A gratidão é outro elemento fundamental para uma vida plena e feliz. Ao cultivarmos a gratidão, reconhecemos o valor das pequenas coisas, que muitas vezes passam despercebidas em nosso dia a dia. Um sorriso, um abraço, um momento de paz e tranquilidade. Nestes pequenos gestos e momentos encontramos a verdadeira riqueza. A gratidão nos ajuda a transformar o que temos em suficiente e a entender a nossa plenitude. A busca pela felicidade é uma jornada individual e única. Cada um de nós a encontra em diferentes aspectos da vida. 

Porém a felicidade não está nas conquistas nem nos bens materiais. Ela nasce dentro de cada um! Depende da nossa capacidade de saber apreciar aparentes insignificâncias, de cultivar relacionamentos saudáveis e de viver em harmonia com nosso próprio ser e com o mundo ao redor. Cabe a nós aprender a lidar com as adversidades e, assim, construir a própria felicidade. Ao valorizar as pequenas coisas, ao estabelecer limites saudáveis e ao cultivar a gratidão, podemos fazer de nossas vidas uma jornada muito mais leve e cada dia mais feliz!

 



João Teodoro - iniciou a carreira de corretor de imóveis em 1972. Empresário no mercado da construção civil, graduado em Direito e Ciências Matemáticas. Foi presidente do Creci-PR por três mandatos consecutivos, do Sindicato dos Corretores de Imóveis do Paraná de 1984 a 1986, diretor da Federação do Comércio do Paraná e é presidente do Conselho Federal de Corretores de Imóveis desde 2000.


Sistema Cofeci-Creci
site do Cofeci


Qual o papel da assistência social para romper com a desigualdade?

Dados de 2023, do CadÚnico, revelam um retrato alarmante da realidade social no Brasil: das mais de 240 mil pessoas em situação de rua, 69% são negras. A trajetória desses indivíduos, muitas vezes, se entrelaça com a exclusão social, refletindo a falta de acesso a serviços essenciais, como educação, saúde e emprego. Essa situação não é apenas uma questão de escassez de recursos, mas de um sistema desigual que restringe as oportunidades e o potencial de indivíduos e comunidades ao longo do tempo. 

Diante deste cenário, o fortalecimento de serviços de assistência social deve ser entendido não apenas como uma ação corretiva, mas como uma estratégia vital para romper com este ciclo vicioso. Existem organizações dispostas a oferecer uma saída para essas pessoas, com soluções que não atendem apenas suas necessidades pontuais e urgentes como alimentação e moradia, mas que dão autonomia e constância. 

A história da desigualdade racial enraizada no Brasil e no mundo não se limita a condições econômicas. Envolve aspectos culturais e sociais que afetam a percepção e o tratamento da população negra. Por isso, além das iniciativas voltadas para assistência imediata, é crucial que haja um reconhecimento profundo da interseccionalidade que permeia as questões raciais da nossa sociedade. Programas que promovem a cultura e o conhecimento, como oficinas de arte e educação em direitos humanos, podem empoderar essas comunidades, ajudando a desconstruir estigmas e preconceitos que contribuem para a marginalização. 

Além disso, é indispensável que as políticas públicas se alinhem com a promoção da equidade racial. Investimentos em educação, saúde e capacitação profissional devem ser direcionados com um olhar atento para as especificidades das comunidades negras, assegurando que tenham acesso igualitário a oportunidades de desenvolvimento. Além disso, a criação de políticas que incentivem a inclusão no mercado de trabalho e que garantam direitos fundamentais, como moradia digna, podem catalisar uma mudança significativa nas condições de vida dessas populações. 

O fato é que a transformação social não é alcançada de maneira isolada. É essencial que a sociedade civil, os governos e as instituições tenham esforços conjuntos em prol dessa causa. O diálogo aberto e contínuo sobre as injustiças que perpetuam a marginalização é fundamental para a construção de um futuro mais inclusivo. Cada iniciativa para o fortalecimento das políticas públicas e a promoção de oportunidades representa uma contribuição significativa para o avanço de uma sociedade mais equitativa.



Rodrigo Souza - Coordenador do Perfeita Alegria Tanguá do Rio de Janeiro.


Marco Legal dos Seguros impactará o desenvolvimento e a adoção de tecnologias no setor

 Recentemente sancionado, o Marco Legal dos Seguros estabelece um novo conjunto de regras para o setor no Brasil visando modernizar e estimular a inovação e a competitividade. A nova lei deve gerar diversos impactos no desenvolvimento e na utilização de tecnologias pelo mercado segurador. Abaixo, apresento oito consequências que o Marco deve trazer a nossa indústria:

 

1. Adoção de novas soluções e crescimento das insurtechs 

Como o Marco Legal facilita a criação de novos produtos e serviços que atendem a nichos de mercado - como seguros baseados no comportamento do usuário ou seguros micro (para períodos curtos) - a legislação deve impulsionar o crescimento das insurtechs. Com a maior liberdade para operarem, essas empresas podem usar soluções como inteligência artificial, análise preditiva, e big data para melhorar a personalização dos produtos, otimizar processos e criar modelos de negócios, como seguros sob demanda.

 

2. Aumento da digitalização no setor 

Outro ponto importante é que o Marco Legal dos Seguros fomenta a digitalização dos processos no setor. Dessa forma, as seguradoras terão que investir em tecnologias para automatizar o processo de cotação, venda e sinistro, o que pode resultar em uma experiência mais ágil e personalizada para o cliente. Além disso, as plataformas digitais de seguros se tornarão mais comuns, possibilitando a venda e a gestão de apólices totalmente online, com uso de aplicativos e ferramentas integradas.

 

3. Melhoria na experiência do cliente 

      A nova lei também permitirá que as seguradoras adotem tecnologias avançadas para coletar dados dos clientes, melhorar o relacionamento e aprimorar a experiência do usuário. Por exemplo, o uso de chatbots, sistemas de recomendação, e serviços automatizados de atendimento ao cliente poderá ser intensificado, garantindo respostas rápidas e personalizadas.

 

4. Segurança de dados e proteção ao consumidor 

Como a tecnologia no setor de seguros vai envolver um grande volume de dados sensíveis, o Marco Legal traz implicações também para a segurança cibernética. As seguradoras terão que investir em infraestruturas tecnológicas seguras para proteger dados de clientes e garantir a conformidade com as leis de privacidade de dados (como a LGPD, Lei Geral de Proteção de Dados). A transparência no uso de dados será um ponto crucial e as seguradoras terão que adotar tecnologias para garantir que o consentimento dos consumidores seja claro e que seus dados sejam utilizados de maneira ética.

 

5. Novos modelos de negócio e parcerias tecnológicas 

A regulamentação pode favorecer a formação de parcerias estratégicas entre seguradoras e empresas de tecnologia, incluindo fintechs, insurtechs e até gigantes de tecnologia. Isso possibilitará a criação de novos modelos de negócios baseados em blockchain, smart contracts (contratos inteligentes) e big data. Com a regulamentação mais flexível, as empresas poderão explorar modelos colaborativos e até integrar serviços de seguros com outras ofertas digitais, como plataformas de mobilidade ou de saúde.

 

6. Monitoramento e regulamentação das tecnologias emergentes 

Embora o Marco Legal dos Seguros busque modernizar o setor, também traz desafios regulatórios relacionados ao uso de tecnologias emergentes. A atuação da Superintendência de Seguros Privados (Susep) será fundamental para garantir que tecnologias disruptivas, como Inteligência Artificial e machine learning, sejam usadas de forma ética e segura. A regulamentação também precisará acompanhar os avanços rápidos da tecnologia, como por exemplo, ao lidar com questões como a automação de decisões nas seguradoras (como aprovações de sinistros e cálculos de risco).

 

7. Acessibilidade e inclusão 

      O Marco Legal pode contribuir para uma maior inclusão financeira, especialmente para públicos que não têm acesso a seguros tradicionais. A tecnologia pode ser uma ferramenta chave para a distribuição de produtos mais acessíveis, especialmente por meio de microseguros e modelos de pagamento flexíveis. A utilização de aplicativos e plataformas online pode ajudar a atingir uma maior parte da população, oferecendo soluções simples e de baixo custo.

 

8. Desafios na implementação e adaptação 

Apesar das oportunidades, as empresas do setor de seguros enfrentarão desafios significativos na adaptação às novas exigências regulatórias. O desenvolvimento de novos sistemas tecnológicos que atendam aos requisitos do Marco Legal pode demandar investimentos significativos em TI e treinamento de pessoal. A interoperabilidade entre sistemas e a integração de tecnologias de diferentes players será um fator determinante para o sucesso da modernização. 

Como podemos perceber, o Marco Legal dos Seguros oferece um terreno fértil para a inovação tecnológica no Brasil, especialmente no que diz respeito à transformação digital, ao fomento das insurtechs e à melhoria da experiência do cliente. 

No entanto, também traz desafios relacionados à segurança dos dados, à necessidade de regulação adequada para novas tecnologias e à adaptação das seguradoras às novas exigências do mercado. O impacto da tecnologia será profundo, mas a evolução dependerá da habilidade do setor em lidar com as oportunidades e os desafios que surgem com esse novo marco regulatório.

 


Weliton Costa - diretor de Desenvolvimento de Negócios América Latina do InsureMO

InsureMo

 

Setor farmacêutico e de saúde lideram a adoção de Inteligência Artificia

De acordo com relatório recente do Capgemini Research Institute, as aplicações incluem o gerenciamento de serviços de saúde, como agendamento de consultas e monitoramento de pacientes


De acordo com relatório recente do Capgemini Research Institute, 82% das empresas planejam integrar agentes de IA nos próximos 1 a 3 anos, com o setor farmacêutico e de saúde liderando a adoção dessa tecnologia (23%). As aplicações incluem o gerenciamento de serviços de saúde, como agendamento de consultas e monitoramento de pacientes. 

"A personalização do tratamento é uma das maiores promessas da IA na saúde. Com a análise de dados, podemos adaptar intervenções às necessidades específicas de cada paciente", afirma Fabio Tiepolo, CEO da PsycoAI, healthtech que desenvolve agentes de IA para otimizar operações no setor. “Algoritmos avançados são ainda capazes de identificar padrões em exames e históricos médicos, facilitando a detecção precoce de doenças como câncer e diabetes”, diz. 

Além de melhorar diagnósticos, a IA também está se tornando uma aliada na medicina preditiva. Com a capacidade de analisar dados em tempo real, a tecnologia pode prever surtos de doenças e identificar pacientes em risco, permitindo intervenções preventivas que podem salvar vidas. "A abordagem proativa é fundamental para reduzir complicações e melhorar a saúde da população", destaca. 

Os avanços em robótica assistida também estão transformando o campo cirúrgico. Robôs equipados com IA estão realizando procedimentos complexos com uma precisão que supera a capacidade humana, reduzindo o tempo de recuperação dos pacientes e minimizando complicações. "Essas tecnologias não substituem os médicos, mas os capacitam a realizar intervenções mais seguras e eficazes", explica. 

Apesar dos benefícios, a implementação da IA na saúde não está isenta de desafios. Questões éticas, como privacidade de dados, viés algorítmico e responsabilidade nas decisões tomadas por máquinas, precisam ser abordadas. "É fundamental que as instituições de saúde estabeleçam diretrizes claras e robustas para o uso da IA, garantindo que a tecnologia seja utilizada de forma responsável", alerta. “O futuro da saúde, impulsionado pela IA, não é apenas uma questão de tecnologia, mas uma oportunidade de transformar vidas e melhorar a qualidade do atendimento médico em todo o mundo”, complementa Fabio Tiepolo.


Balanço anual: como avaliar os resultados do ano e planejar 2025 com sucesso?


Com a chegada do fim do ano, diversas empresas enfrentam o desafio de avaliar o que deu certo e onde é preciso ajustar o rumo. Esse obstáculo pode ser ultrapassado através do balanço, uma das principais análises que devem ser feitas dentro das organizações. Essa prática considera indicadores como receitas, lucratividade, produtividade, eficiência, satisfação do cliente, entre outros. Tendo em vista que há diversos pontos a serem avaliados, outra dúvida pode surgir: como fazer isso de forma correta?

Antes de responder ao “como”, é importante entender o “por que”. O balanço não é apenas um exercício de retroceder no tempo, mas uma ferramenta fundamental na construção de um planejamento estratégico adaptável. Especialmente em cenários incertos, como os que enfrentamos com mudanças políticas e econômicas, o balanço permite ajustar a rota da empresa, refletindo de maneira precisa sobre o que precisa ser melhorado para garantir a sustentabilidade e o crescimento nos próximos anos.

Ao compreender as métricas de desempenho, o balanço não apenas esclarece o cenário atual, mas também orienta as decisões para alinhar o futuro da empresa com suas metas estratégicas. Essa análise deve considerar dois aspectos principais: fluxo de caixa, que inclui receitas, despesas, margem de lucro e outros elementos voltados à rentabilidade; linha operacional, que engloba produtividade, eficiência, indicadores de performance e outros itens de desempenho.

Compreendendo a realidade atual, é possível ajustar os indicadores e tomar decisões mais assertivas. O balanço é um exercício que vai além da avaliação do passado; ele é o ponto de partida para o planejamento estratégico. Ao analisar o que deu certo e onde é possível melhorar, a empresa consegue direcionar seus esforços de forma alinhada com as tendências de mercado, buscando não apenas sobrevivência, mas uma vantagem competitiva.

Levantar todos esses dados pode ser uma tarefa desafiadora, principalmente quando se trata de informações geradas ao longo de um ano. Nesse cenário, a tecnologia é uma aliada imprescindível, pois otimiza o uso do tempo, automatiza processos e garante maior precisão na geração de dados.

Por exemplo, segundo uma pesquisa da Panorama Consulting Solutions, empresas que implementam sistemas ERP podem reduzir seus custos operacionais em até 23% e aumentar a eficiência dos processos em até 22%. Na prática, isso resulta em decisões mais ágeis e assertivas, uma vez que o uso de sistemas de gestão centraliza as informações, proporciona um controle rigoroso das operações e garante dados confiáveis, fundamentais para ilustrar o cenário real da empresa.

No entanto, apesar das vantagens claras da tecnologia, muitas empresas ainda enfrentam resistência cultural na sua implementação. Isso leva algumas a traçar planos sem uma análise estratégica fundamentada. Para superar esse obstáculo, contar com o apoio de uma consultoria especializada pode ser uma solução eficiente. Os especialistas ajudam a identificar pontos cegos e a analisar aspectos que merecem atenção, garantindo que as ações estejam alinhadas com as demandas do mercado.Ao considerar todos esses elementos, o balanço não apenas ajuda a entender o presente, mas também a se preparar para o futuro. O ano de 2025 promete ser desafiador, com a transformação digital e a competitividade do mercado em alta. Por isso, não espere até janeiro para agir. Invista em tecnologia, capacite seu time e conte com especialistas. Empresas que planejam hoje garantem não apenas a sobrevivência, mas também o crescimento sustentável amanhã.




Cássio Menezes - Sales Manager na H&CO Brasil

Ser multitarefa prejudica a produtividade

Especialista em Neurociência alerta que fazer diversas tarefas ao mesmo tempo prejudica a produtividade, a concentração e gera estresse

 

 

A neurocientista Caroline Garrafa alerta que muitas pessoas que acham que sofrem de alguma doença relacionada à falta de foco, podem, na verdade, estar treinando o cérebro errado, alternando repetidamente atividades e, consequentemente, gastando mais energia e perdendo a concentração. 

Ela lembra que acreditar que fazer mil coisas ao mesmo tempo é estar sendo produtivo é um mito, ou Neuromito, como ela gosta de chamar. A Neurociência comprova que não conseguimos fazer duas atividades que demandam atenção cognitiva ao mesmo tempo de forma plena. Ao alternar de atividade, perdemos até 20% de produtividade, destruindo nossa capacidade de concentração e sobrecarregando o cérebro. 

Ela chama atenção para outro hábito destrutivo: o de acelerar áudios em 2x. Este hábito que parece inofensivo pode estar acelerando também a ansiedade. Embora pareça uma forma eficiente de ganhar tempo, ouvir mensagens em alta velocidade sobrecarrega o cérebro, ativa o sistema de estresse e aumenta os níveis de cortisol. Isso não só prejudica sua concentração como também alimenta a sensação constante de urgência. 

“A neurociência já mostrou que o excesso de estímulos rápidos pode piorar a ansiedade e reduzir sua produtividade no longo prazo”, reforça a especialista que finaliza: "repense seus hábitos, às vezes, desacelerar é a melhor forma de avançar".

 

Caroline Garrafa - fundadora da Santé, idealizadora do método que já impactou e transformou inúmeras vidas, tornando muitas empresas mais lucrativas e líderes mais realizados. É mentora, palestrante e conselheira de empresas. Formada em Engenharia de Produção, tem especialização em Neurociência na Santa Casa de São Paulo, Master de Programação Neurolinguística (PNL) e Liderança. Possui MBA em Finanças pela FIA-USP e MBA em Lyon na França, com extensão na China e em Dubai. Possui credenciais de reconhecidas instituições como Business Mastery - Tony Robbins, European Coaching Association (ECA) e Behavioral Coaching Institute (BCI), além de uma carreira sólida com passagem por empresas como Coca-Cola e mais de 10 anos em mercado financeiro no Itau-Unibanco.



Cartão de crédito: brasileiros gastaram em média R$ 1.434,74 no primeiro semestre de 2024, revela Serasa Experian

Homens gastaram 24% a mais que as mulheres no período, mas mulheres apresentam pontualidade maior

       Pontualidade de pagamento na modalidade no período teve  média de 81,2%

 

Segundo levantamento inédito da Serasa Experian, primeira e maior datatech do Brasil, a média das faturas de cartão de crédito dos brasileiros foi de R$ 1.434,74 no primeiro semestre deste ano. Durante o período, o mês de maio atingiu o maior valor R$ 1.464,25, enquanto janeiro teve o menor ticket médio com R$ 1.412, 43. O gráfico abaixo traz o detalhamento mês a mês dos primeiros seis meses de 2024. O estudo foi gerado com base nas informações do Cadastro Positivo. 

 


Em termos de gênero, o ticket médio masculino foi cerca de 24% maior que o feminino no período. Nesse semestre, as mulheres tiveram uma fatura média de R$ 1.293,53 enquanto a dos homens foi de R$ 1.601,28. Os meses de menores gastos foram, respectivamente, janeiro para o público feminino, com R$ 1.268,50, e março, para o masculino, com R$ 1.581,13. Já o mês de maiores faturas médias foi, nos dois gêneros, maio, com tickets de R$ 1.322, 63 (mulheres) e R$ 1.631,50 (homens). 

 


O estudo também mostra a correlação entre renda e valor de parcela durante o semestre. Na faixa acima de 10 salários-mínimos, o ticket médio ficou em R$ 3.847,23, enquanto na faixa de até um, R$ 408,19. Ainda na faixa de 10 salários, janeiro apresentou o maior valor de fatura no período, com R$ 3.968,94 e março o menor, R$ 3.745,67. Já na faixa até um salário-mínimo, o pico da quantia ocorreu em abril, no valor de R$ 436,28, enquanto o menor em janeiro, com R$ 380,61. 

Em relação às regiões do país, o maior ticket médio, nos primeiros seis meses do ano, foi no Centro-Oeste, com o valor de R$ 1.580,17. Já a região com o menor montante de gasto no cartão foi a Norte, com R$ 1.246,52. Em ambas as regiões os meses que tiveram os maiores e menores valores coincidiram. Janeiro apresentou a menor taxa no Centro-Oeste, com R$ 1.549, 12, no Norte, com R$1.217,68. Já as maiores taxas foram em maio, sendo respectivamente, R$ 1.615, 44 (Centro-Oeste) e R$ 1.273,66 (Norte).  

Por fim, o último presente no estudo referente ao valor da fatura é a faixa etária. Nesse quesito, as faixas de até 25 anos e acima de 60 anos tiveram as menores médias no período, com valores similares: R$ 1.226,53 e R$ 1.229,22, respectivamente. Já o maior montante, de R$ 1.550,60, foi gasto pela faixa etária de 36 a 50 anos. Considerando ainda essas faixas de idade, os destaques do período foram: até 25 anos, maior valor em maio, sendo R$ 1.325,64 e o menor em junho, R$ 1.123,87. De 36 a 50 anos, a maior fatura média ocorreu em maio de 2024, no valor de R$ 1.574,44 e a menor, em janeiro, com R$ 1.524,47. Na última faixa etária, acima de 60, janeiro concentrou o maior valor médio, atingindo R$ 1.250,14 e maio o menor, marcando R$ 1.219,87.  


Pontualidade de pagamentos  

O Cadastro Positivo permite identificar se os brasileiros estão pagando suas faturas do cartão de crédito em dia. De forma geral, a média da pontualidade nos pagamentos das parcelas ficou em 81,2% nesse primeiro semestre. No gráfico abaixo, é possível ver a pontualidade mês a mês no período.  


“A pontualidade de pagamento do cartão de crédito subiu em junho pelo terceiro mês consecutivo, encerrando, na média, o primeiro semestre deste ano em 81,2%. Isso mostra que o consumidor, de alguma forma, se esforçou para ficar em dia nesta modalidade crédito, a qual é extremamente onerosa. Porém, o aumento da inflação ao partir do segundo semestre pode impactar negativamente os níveis de pontualidade desta bem como das demais modalidades de crédito”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.  

Entre gêneros, a média da pontualidade apresentou um empate técnico. No período, o público feminino obteve uma pontualidade média de 81,2% enquanto o masculino, 81,3%. Olhando para os destaques durante os primeiros seis meses, os dados coincidem. A maior pontualidade, em ambos os gêneros, ocorreu em junho de 2024, empatados com 82,2% Já a menor também aconteceu no mesmo mês, março, com índices de 80,6% para as mulheres e 80,8% para os homens. 

 

 

Em termos de renda, o padrão se manteve. A maior pontualidade, de 92,5%, foi atingida pela faixa acima de 10 salários-mínimos e a menor, de 71,1%, na de até 1 salário. Considerando essas faixas, temos também os dados sobre os meses que apresentaram maior e menores pontualidades. Até 1 salário-mínimo, abril teve o percentual mais baixo do período, com 69,9% e junho o maior, com 74,0%. Já na faixa acima de 10 salários, janeiro teve a marca de menor pontualidade, com 91,9%, enquanto maio apresentou o maior pico, com 93,2%. 

Regionalmente, os maiores percentuais de pagamentos em dia acontecem no Sul e Sudeste, com dados praticamente empatados: 82,6% e 82,5%, respectivamente. Já o dado mais baixo de pontualidade, foi na regional Norte, com 76,6%. Os maiores picos de pagamentos em dia, no período, ocorreram todos em junho: Norte, com 77,8%, Sudeste com 83,1% e Sul, com 83,8%. Os menores índices nessas regiões aconteceram em janeiro, para a parte Norte do país, com percentual de 76,1% e, em março, para o Sudeste e Sul, com 81,9% e 82,0%, respectivamente.   

Por fim, o grupo acima de 60 anos apresentou o maior grau de pontualidade com 86,1%. Já os mais jovens, na faixa etária de até 25 anos tiveram menor taxa média no primeiro semestre de 2024, com 62,9%. Nos destaques mês a mês, a faixa acima de 60 anos, teve, em abril, seu menor grau de pontualidade, com 85,4% e em junho o seu maior, com 86,7%. Já os mais jovens, com até 25 anos, obtiveram, em junho, o percentual mais alto na pontualidade, com 70,5% e em fevereiro, o menor, com 61,0%. 

"Ter informações mais acuradas dos consumidores é um benefício para toda a cadeia de crédito, uma vez que amplia o acesso com base no perfil de cada consumidor, reduzindo índices de inadimplência”, finaliza Rabi.

 

Metodologia

Os Indicadores de pontualidade e de ticket médio têm como fonte exclusiva a base de dados do Cadastro Positivo, a qual fornece informações sobre transações, pagamentos e comportamento financeiro de milhões de consumidores. O indicador tem uma defasagem padrão, sendo este o dado mais recente.  

 

Experian
experianplc.com



Sistema de energia solar híbrido é alternativa aos impactos causados pelos apagões

 

Tecnologia que combina conexão a redes de fornecimento de energia e sistemas independentes, com armazenamento da energia elétrica em baterias, revela-se opção diante da frequência de eventos climáticos extremos 

 

Os desafios do setor energético nacional se intensificaram nos últimos anos, especialmente em 2021, quando a crise hídrica expôs as fragilidades de um sistema dependente de hidrelétricas para gerar 60% da energia consumida no País. Entre 2021 e 2023, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) calcula que a conta de luz ficou 20% mais cara para os brasileiros. Também os eventos climáticos extremos, como o temporal, que em outubro deste ano causou prejuízos humanos e materiais na capital paulista e Grande São Paulo, com mais de 2 milhões de domicílios sem fornecimento de luz por vários dias, reforçam a necessidade de diversificação da matriz energética do Brasil. Como uma das alternativas imediatas para segurança e autonomia de indústrias, comércio e outros estabelecimentos, além de residências, especialistas destacam a utilização de sistemas de energia solar híbridos.

De acordo com levantamento da FecomércioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), os prejuízos acumulados em vários dias de outubro pela falta de fornecimento de energia representaram para os setores produtivos da Capital e da Grande São Paulo mais de R$ 1,82 bilhão do faturamento bruto do mês. A isso se somam os transtornos enfrentados pela população, como perda de alimentos sem refrigeração, falta de acesso a redes de internet, que impactou principalmente quem trabalha em home office.

Para Rafael Santoro, gerente de Engenharia Elétrica na Ecobrisa Energia, referência nacional em sistemas fotovoltaicos, há mais de 30 anos no mercado, a frequência de eventos climáticos extremos e as sucessivas interrupções no fornecimento de energia elétrica por períodos mais prolongados têm demandado dos consumidores alternativas para minimizar danos e impactos no dia a dia.

Uma opção, segundo o engenheiro, é o sistema de energia solar híbrido, “por apresentar grande vantagem competitiva no mercado de fotovoltaicos, justamente por conciliar a geração de energia sustentável e também a segurança energética”.

As soluções de energia solar híbrida combinam a conexão a redes de fornecimento de energia (on-grid) e sistemas independentes (off-grid). Com isso, explica Santoro, é possível usar a energia solar durante o dia e armazenar o excesso em baterias para utilizar em momentos de falta de energia.

“Na prática, o sistema de energia solar híbrido proporciona alguns confortos a empresas e residências, como manter a iluminação local, acesso à internet, conservação de alimentos perecíveis em refrigeração, entre outros”, destaca. “Isso é possível porque as baterias do sistema entram em ação, garantindo o uso da eletricidade, independentemente da queda de fornecimento da rede.”

No consumo residencial, o sistema solar fotovoltaico proporciona uma economia de até 90%. “Sem dúvida, é um grande atrativo, ainda mais considerando os custos de instalação do sistema híbrido, que estão se tornando cada vez mais competitivos e tornam o investimento viável, diante do grande retorno em benefícios de segurança energética, economia e sustentabilidade”, conclui o engenheiro da Ecobrisa Energia.

 

4 tendências em tecnologia para 2025

Mercado de tech avança com transformações digitais, IA e iniciativas de inclusão, moldando a economia e preparando o terreno para novas oportunidades; CEO da startup de recrutamento e educação em tech DIO lista o que estará em alta


O setor de tecnologia no Brasil tem mostrado um crescimento acelerado, reflexo direto da digitalização e da busca por inovação em todas as áreas da economia. Segundo a IDC Brasil, o mercado de TI deve crescer 13,5% em 2024, com as empresas investindo em inteligência artificial, computação em nuvem e automação para transformar seus processos e oferecer experiências cada vez mais personalizadas aos consumidores. Globalmente, o mercado de tecnologia deve movimentar mais de US$ 5 trilhões até 2025, com a América Latina emergindo como uma região estratégica para investimentos em tecnologia. 

Iglá Generoso, CEO e Co-Fundador da DIO, destaca que o avanço tecnológico no Brasil está diretamente ligado à democratização do acesso ao aprendizado. A DIO, maior plataforma gratuita de educação e empregabilidade em tecnologia do mundo, já capacitou 1,7 milhão de pessoas, conectando 50 mil talentos a empresas no Brasil, EUA, Europa e Oriente Médio. 

"A missão da DIO é conectar a demanda crescente por profissionais de TI com pessoas que buscam oportunidades, oferecendo aprendizado acessível e alinhado às necessidades do mercado", explica Iglá. Desde sua fundação em 2018, a empresa distribuiu mais de 3 milhões de bolsas de estudo e lidera iniciativas que combinam capacitação técnica com inclusão social, como programas voltados para mulheres e grupos sub-representados. 

Confira 4 tendências em tec para 2025, segundo o CEO da DIO:
 

Inteligência Artificial: 

Entre as áreas em alta no ano que vem estão o uso de inteligência artificial e automação em setores como saúde, educação e manufatura, permitindo a otimização de processos e a criação de novos produtos. “A computação em nuvem, com a previsão de que metade das operações seja híbrida até 2025, continuará sendo o pilar central da infraestrutura digital. Em paralelo, a inteligência artificial terá um papel cada vez mais relevante, com aplicações voltadas para análise de dados, assistências virtuais e personalização de serviços em tempo real”, comenta Iglá.
 

Sustentabilidade e ética digital no setor de tecnologia: 

Além disso, sustentabilidade e ética digital despontam como preocupações centrais. Empresas estão cada vez mais comprometidas com práticas que combinam inovação e responsabilidade ambiental, como o uso de data centers verdes e tecnologias energeticamente eficientes. “Já o debate sobre governança de dados se intensificará, exigindo maior transparência no uso de informações sensíveis”, diz Iglá.
 

Diversidade e inclusão no mercado de TI: 

Na visão do CEO da DIO, a diversidade no mercado de TI será prioridade. Embora avanços significativos tenham sido alcançados, desafios permanecem. “Em 2024, a DIO, por exemplo, seguindo a tendência do mercado, registrou um aumento de 103,56% na participação de mulheres em seus cursos, resultado de parcerias estratégicas com empresas como a CAIXA, que viabilizou a concessão de 70% das bolsas a mulheres. Iniciativas como essas reforçam a importância de integrar inclusão e inovação para construir um mercado mais representativo”, avalia o CEO. 


Demanda crescente por talentos qualificados em tecnologia: 

Com a democratização do aprendizado e o fortalecimento da empregabilidade em tecnologia, o Brasil tem potencial para atender à crescente demanda por talentos qualificados. A Brasscom estima que o país precisará formar cerca de 800 mil profissionais na área de TI até 2025. “A DIO desempenha um papel crucial nesse contexto, preparando os profissionais para os desafios e oportunidades de um mercado em constante evolução”, ressalta o executivo.



Retail Media: quais os benefícios para as empresas?

O que sua empresa faz de diferente para atrair e reter cada vez mais consumidores? Atingir essa meta, em um mercado altamente competitivo, pode ser uma grande pedra no sapato de todo empreendedor. Mas, existem estratégias que estão se destacando e se mostrando fortemente benéficas neste sentido, como o Retail Media. Seu foco de divulgação no varejo pode elevar, significativamente, a conversão crescente de leads e aumento da produtividade, mas deve ser muito bem planejada para atingir este fim. 

Em sua definição, essa estratégia de marketing se refere ao ato de utilizar marketplaces e marcas de varejo, principalmente seus sites, como um local para apresentação da marca ou produtos, seja isso realizado por anúncios patrocinados dentro da página de resultados de busca, banners em categorias de produtos ou, até mesmo, anúncios na página home. Nesse sentido, cada varejista determinará o valor cobrado pela divulgação, o qual também utilizará seu banco de dados para realizar a segmentação dos anúncios, de forma que sejam direcionados para um público-alvo específico. 

Segundo uma pesquisa realizada pela Enext em parceria com a Newtail, 79% das empresas que contribuíram com seus dados acerca do tópico já investem em Retail Media, reconhecendo o modelo como uma forte tendência dentro da área de publicidade e marketing. E, não faltam motivos que justifiquem tamanho crescimento deste movimento.

Do ponto de vista legal, com a criação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), a forma como o marketing digital coletava seus dados para conseguir entender o comportamento dos consumidores por meio de seus históricos de navegação se tornou bem complicada. Houve um grande impacto no âmbito de mídia paga, que estava acostumada a ter vários dados dos consumidores de forma mais “fácil e prática”, o que mudou com a vigência da Lei. 

Para ajudá-las neste compliance sem prejuízo à coleta e análise de dados, o Retail Media começou a se destacar por apresentar dados first party (informações coletadas diretamente no site), além de funcionar como um filtro, uma vez que a pessoa que está em um site de varejo demonstra, claramente, interesse em algum produto. 

Junto a isso, tivemos também uma forte mudança nos hábitos dos consumidores ao realizar compras online, a qual foi amplamente sentida nos últimos anos. Na prática, ao invés de buscarem pelos produtos desejados no buscador geral, muitos começaram a preferir acessar os sites oficiais das marcas para esta seleção. Isso foi comprovado em um estudo da PowerReviews, o qual trouxe os dados de acesso dos usuários a algumas das principais plataformas do mercado para este sentido: Amazon (50%), Google (31.5%), varejo ou sites de marcas (14%), sites de análise (2%) e redes sociais (2%). 

Se analisarmos, ainda, o aumento nos valores de anúncios dentro do Google e da Meta, maior concorrência na utilização de palavras-chave nos buscadores, optar pelo investimento em divulgações nas plataformas de varejistas e marketplaces que, naturalmente, detêm uma grande força de marca na consciência das pessoas, bem como uma logística muito otimizada, pode trazer resultados melhores na visibilidade e destaque competitivo. 

Para incentivar ainda mais o campo do marketing e publicidade a utilizar de seus espaços disponibilizados, os detentores destas plataformas chegam a criar ferramentas que possibilitam a análise contínua das campanhas, checando dados que também são apresentados nas outras plataformas como Google Ads e Meta Ads. 

Tudo isso faz com que o Retail Media venha se tornando amplamente investido no mercado e, de fato, uma opção estratégica para a conquista de melhores resultados, acompanhando o movimento dos consumidores em buscar os produtos desejados diretamente nos sites de suas marcas. Aquelas que apostarem nesta ação, certamente tenderão a colher frutos maduros para vender cada vez mais. 




Renan Cardarello - CEO da iOBEE - Assessoria de Marketing Digital e Tecnologia.


iOBEE
https://iobee.com.br/


EUA atualizam regra de exames médicos e vacinação para o green card

Falha no envio dos documentos pode levar à rejeição do pedido

 

O Serviço de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) anunciou mudanças nos procedimentos para solicitação do green card – o documento de residência permanente para estrangeiros. A partir de agora, os imigrantes deverão incluir, junto ao pedido de ajuste de status, os resultados de seus exames médicos e registro completo de vacinação. A medida entrou em vigor no início de dezembro de 2024 e é obrigatória para os solicitantes elegíveis. 

“A novidade é que, agora, os documentos que comprovam os requisitos de saúde devem ser enviados juntos com a solicitação do green card. Caso contrário, o pedido de residência permanente pode ser rejeitado”, explica Leda Oliveira, CEO da AG Immigration, escritório de advocacia especializado em green cards para os EUA. 

Leda explica que era comum que esses documentos fossem requisitados posteriormente, durante a análise do processo, o que gerava atrasos ou pedidos adicionais de evidências por parte do USCIS. 

Com a nova regra, os solicitantes precisam agendar um exame médico com um médico credenciado pela imigração, que será o responsável por preencher e assinar os documentos necessários. No Brasil, apenas cinco médicos são autorizados para realizar esses exames. Contudo, a nova regra é destinada especificamente para os imigrantes que pedem o green card quando já estão em solo americano. Nestes casos, segundo Leda, há muito mais profissionais disponíveis.  

“O objetivo é garantir que o candidato não tenha condições de saúde que o tornem inadmissível, como doenças contagiosas, e que esteja em dia com as vacinações obrigatórias”, diz a CEO da AG Immigration.

 

Orientações práticas

·         Para evitar problemas no envio, os candidatos devem seguir estas etapas:

·         Agendar o exame médico com antecedência e garantir que o cirurgião autorizado preencha corretamente os formulários.

·         Enviar o relatório médico e o registro de vacinação junto com o pedido de ajuste de status.

·         Conferir as instruções atualizadas do USCIS para evitar erros que possam levar à rejeição do processo.

 

Impacto na comunidade brasileira

 

O anúncio é relevante para a comunidade brasileira que busca a residência permanente nos EUA, uma vez que o número de pedidos de green card e ajustes de status é significativo. 

 

Uma pesquisa da AG Immigration, feita com dados obtidos junto ao Departamento de Segurança Interna dos EUA (DHS), revelou que, em 2023, um total de 28.050 brasileiros receberam a residência permanente estadunidense – o famoso green card. Trata-se do maior volume da história e de uma alta de 16% em relação às 24.169 emissões de 2022 – o recorde anterior. 


Com isso, o Brasil foi o 10º país que mais recebeu o benefício imigratório. O ranking é liderado por México (179 mil), Índia (76 mil), Cuba (74 mil), República Dominicana (66 mil) e China (58 mil).


Posts mais acessados