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quarta-feira, 11 de setembro de 2024

O dia em que o Mundo parou: Como os ataques de 11 de Setembro redefiniram a segurança global e o futuro das profissões

Era uma manhã comum. O sol nascia sobre Nova York e as pessoas se dirigiam ao trabalho, como em qualquer outro dia. Mas às 8h46 da manhã, o destino do mundo mudou de forma irrevogável. Um Boeing 767 da American Airlines, sequestrado por terroristas da Al-Qaeda, chocou-se contra a Torre Norte do World Trade Center. Dezessete minutos depois, às 9h03, outro avião colidiu com a Torre Sul. O caos se instalou, e o que antes parecia impossível estava acontecendo diante dos olhos de milhões de pessoas ao redor do planeta.

Naquele dia, 11 de setembro de 2001, o mundo assistiu, em tempo real, ao colapso de duas das estruturas mais emblemáticas do planeta. Mais do que prédios, as Torres Gêmeas representavam o poderio econômico e cultural dos Estados Unidos, uma nação vista, até então, como invulnerável. Os ataques não foram apenas contra prédios; foram ataques ao coração de uma superpotência e, de forma mais ampla, ao conceito de segurança no Ocidente.


O impacto imediato

Naquele instante, o mundo parou. Pessoas em todos os continentes assistiram, estarrecidas, aos eventos desenrolarem-se nas telas de televisão e computadores. Havia uma incredulidade coletiva; aquilo era real? Dezenas de milhares de pessoas estavam dentro das torres, e um número incontável de profissionais de emergência lutava para salvar o máximo de vidas possível, enquanto toneladas de aço e concreto desabavam.

Em meio ao pânico, surgiam histórias de heroísmo. Bombeiros e policiais, sem hesitar, correram para dentro das torres para ajudar, sabendo que a qualquer momento as estruturas poderiam ruir. Muitos não sobreviveriam, mas se tornariam símbolos de coragem e sacrifício.

Os efeitos dos ataques foram sentidos instantaneamente. Não só as torres colapsaram, mas a sensação de segurança nos Estados Unidos e em todo o Ocidente desmoronou junto com elas. A imagem de invulnerabilidade da América estava estilhaçada. Os cidadãos comuns, que até então acreditavam que estavam protegidos de grandes ameaças, viram que o perigo poderia chegar em qualquer lugar, a qualquer momento.


Onde você estava no 11 de setembro?

A maioria das pessoas consegue lembrar exatamente onde estavam e o que faziam quando souberam do ataque. É um daqueles momentos que se gravam na memória coletiva, semelhante ao assassinato de John F. Kennedy ou à queda do Muro de Berlim. Talvez você estivesse em casa, assistindo TV, no trabalho, ou mesmo na escola, como muitos da geração que cresceu durante os anos 2000. O que começou como um dia comum tornou-se um marco de dor e de choque.

Se você, como milhões de pessoas, estava diante da TV ou da internet naquele dia, certamente se lembra da sensação de perplexidade. As imagens eram hipnóticas, e o horror que elas transmitiam era difícil de processar. As torres, ícones de uma cidade que nunca dormia, desmoronavam diante de nossos olhos em um ritmo que parecia simultaneamente lento e inevitável. A fumaça, os escombros, os gritos e o caos — tudo isso criou uma sensação coletiva de impotência e de luto, não apenas pelas vítimas, mas pelo próprio conceito de segurança global.


O Mundo Pós-11 de setembro

Se o 11 de setembro foi um momento de choque, seus impactos a longo prazo foram ainda mais profundos. A resposta dos Estados Unidos foi rápida e decisiva. O então presidente George W. Bush declarou uma “guerra ao terror”, que culminaria em intervenções militares no Afeganistão e no Iraque. O mundo entrou em uma nova era de vigilância, segurança e militarismo.

A política global foi redesenhada. O medo do terrorismo passou a dominar as agendas governamentais. Aeroportos ao redor do mundo implementaram medidas de segurança mais rígidas, enquanto leis de vigilância se expandiram, muitas vezes à custa de liberdades civis. A doutrina de combate ao terrorismo transformou relações diplomáticas, resultando em alianças e conflitos novos.

Além disso, o ataque teve um impacto profundo na economia global. O mercado financeiro sofreu uma das maiores quedas da história nas semanas que seguiram os atentados. A confiança dos investidores foi abalada, e os setores de transporte e turismo enfrentaram desafios sem precedentes. Os custos da “guerra ao terror” também foram altíssimos, tanto em termos de vidas humanas quanto em recursos financeiros. Estima-se que os gastos militares dos Estados Unidos e seus aliados nas décadas seguintes ultrapassaram os trilhões de dólares.

Mas os impactos do 11 de setembro não se limitaram aos Estados Unidos. A Europa, a Ásia e outros continentes também sentiram os efeitos das novas medidas de segurança e da reconfiguração das alianças políticas. Países aliados foram arrastados para guerras e conflitos em nome da luta contra o terrorismo. E, para muitas nações do Oriente Médio, as consequências foram devastadoras, com um ciclo de violência e instabilidade que persiste até hoje.


O legado do 11 de setembro

Passadas mais de duas décadas, as feridas do 11 de setembro ainda estão abertas. Os atentados deixaram um legado de trauma, desconfiança e mudanças geopolíticas que continuam a reverberar. Os sobreviventes e as famílias das vítimas carregam uma dor que nunca desaparecerá completamente. Para muitos, o 11 de setembro não é apenas uma data histórica, mas uma lembrança constante de perda e de sacrifício.

Por outro lado, o mundo também se adaptou e evoluiu. A tecnologia avançou de forma exponencial, transformando a forma como a sociedade lida com segurança, vigilância e comunicação. Profissões relacionadas à segurança cibernética, análise de dados e inteligência artificial ganharam protagonismo no novo cenário global. A luta contra o terrorismo, embora longe de estar concluída, levou a uma cooperação internacional sem precedentes em termos de inteligência e defesa.

O 11 de setembro também provocou reflexões profundas sobre questões de identidade, liberdade e responsabilidade. Como devemos equilibrar segurança e privacidade em um mundo pós-11 de setembro? Até que ponto os governos devem intervir para proteger seus cidadãos? Essas são questões que continuam a moldar os debates globais.


A memória coletiva

Em 11 de setembro de 2001, o mundo testemunhou um dos eventos mais trágicos e marcantes da história moderna. O colapso das Torres Gêmeas representou o fim de uma era e o começo de outra, marcada pelo medo, pela incerteza e pela busca incessante por segurança. Desde então, cada aniversário da tragédia é um momento de reflexão, de homenagem às vítimas e de ponderação sobre como o mundo mudou.

No entanto, mesmo em meio ao caos e à devastação, o 11 de setembro também nos mostrou a resiliência do espírito humano. A solidariedade e a empatia que surgiram no rescaldo dos ataques, a coragem daqueles que arriscaram suas vidas para salvar outros, e a determinação de reconstruir um mundo melhor são lembretes poderosos de que, mesmo nos momentos mais sombrios, a humanidade tem a capacidade de se unir e se reerguer.

Assim, enquanto olhamos para o futuro, é vital lembrar das lições daquele dia. O mundo pode ter mudado, mas os valores de empatia, coragem e solidariedade continuam sendo nossas maiores forças diante das adversidades.


Francisco Carlos - CEO Mundo RH e Tec Login - Top 100 People 2023


Estudo identifica 51 mutações associadas à esclerose lateral amiotrófica, podendo ajudar no diagnóstic

As mitocôndrias possuem um DNA próprio (mtDNA),
herdado somente da mãe
(
imagem: Darryl Leja/NHGRI/Wikimedia Commons

Alterações foram mapeadas por grupo da Unifesp e colaboradores no genoma das mitocôndrias, as organelas que produzem energia para as células. Do total, 13 aumentam o risco para a doença e 38 são protetivas

 

 Usando técnicas de sequenciamento, pesquisadores conseguiram associar 51 mutações identificadas no genoma mitocondrial à esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença incurável que afeta o sistema nervoso provocando degeneração progressiva e paralisia motora irreversível. Do total das variações, 13 aumentam o risco para ELA e 38 são protetivas. O estudo sugere ainda que essas variantes podem ser importantes para futuros testes e pesquisas sobre a doença.

Vale lembrar que as mitocôndrias – organelas que produzem energia para a célula – possuem um DNA próprio (mtDNA), herdado somente da mãe. Mutações no mtDNA podem causar diversos tipos de doenças, quase todas afetando processos neuromusculares.

Publicado na revista Muscle & Nerve, o trabalho analisou 1.965 genomas de pacientes do banco do Centro de Genoma de Nova York – o consórcio ALS, uma parceria de cientistas de 45 instituições mundiais voltada ao sequenciamento e estudo genômico da ELA – e outros 2.547 do grupo de comparação (os “controles”).

“Identificamos que a nossa pesquisa é a primeira a associar as mutações no genoma mitocondrial à esclerose lateral amiotrófica. Fizemos uma análise interessante, com uma abordagem quantitativa. É difícil ter um volume grande de amostra para a doença. A nossa tem um perfil formado por pacientes americanos, de ascendência do Norte global. A literatura científica aponta que a ELA tem maior incidência em caucasianos e, no caso de afrodescendentes, apesar de não ser alta, geralmente é a forma mais grave, a bulbar”, afirma o biólogo Marcelo Briones, professor da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp).

Autor correspondente do artigo juntamente com o pesquisador James Broach, da Faculdade de Medicina do Estado da Pensilvânia (Penn State College of Medicine, Estados Unidos), Briones ressalta à Agência FAPESP a importância dos achados. “Não estamos dizendo que essas mutações causam a doença, mas sim que estão associadas. Podem agora fazer parte de painéis de diagnóstico e, quem sabe no futuro, serem usadas para estudos de terapia gênica. Fomos rigorosos nos dados e trabalhamos com valores de significância altos”, diz o professor, especialista em genômica e biologia molecular.

O trabalho teve o apoio da FAPESP por meio de dois projetos (13/07838-0 e 14/25602-6).


Olhar meticuloso

O grupo analisou o genoma mitocondrial, que é um “pedaço” de DNA encontrado nas mitocôndrias das células, as organelas responsáveis pela produção de energia. Também conhecido como DNA mitocondrial (mtDNA), ele é único por ser herdado exclusivamente da mãe, ao contrário do DNA nuclear que é uma combinação dos pais. Entre as causas da esclerose lateral amiotrófica estão fatores genéticos e hereditários – cerca de 10% dos casos são provocados por um defeito genético. Na prática, os neurônios dos pacientes se desgastam ou morrem, deixando de “mandar mensagens” aos músculos.

No Brasil, são poucos estudos epidemiológicos sobre a doença. Estima-se que o número de casos (prevalência) seja de 0,9 a 1,5 por 100 mil habitantes por ano, com o início dos sintomas ocorrendo, em média, a partir dos 55 anos.

Os pesquisadores usaram uma abordagem chamada de estudo de associação genômica ampla (GWAS, na sigla em inglês de genome-wide association study) para identificar pequenas variações genéticas – os polimorfismos de nucleotídeo único (SNVs ou SNPs). Ao comparar a frequência dos polimorfismos, se um SNP específico for significativamente mais comum nos pacientes do que no grupo de controle, ele pode estar associado à doença.

Com isso, as 13 variações com aumento de risco para a doença foram localizadas em dez genes – HV1, HV2, HV3, RNR1, ND1, CO1, CO3, ND5, ND6 e CYB. As 38 mutações protetivas apareceram nos genes HV1, HV2, HV3, RNR1, RNA2, ND1, ND2, CO2, ATP8, ATP6, CO3, ND3, ND4, ND5, ND6 e CYB. Todas as variações têm valor-p menor que 10-7. As que aumentam o risco têm odds ratio (OR ou razão de risco, medida epidemiológica que estima a chance de um evento ocorrer) maior que 1, e as que diminuem, menor que 1.

Na grande maioria dos casos, a ELA se caracteriza por não seguir um padrão “mendeliano” de herança genética. O principal fator nesse padrão é a herança citoplasmática, ou seja, fora do núcleo das células, cujo principal exemplo são justamente mutações nos genes do DNA mitocondrial. Essa é outra razão da relevância do trabalho.

“Como estávamos procurando associações, o objetivo ao aplicar GWAS foi realmente montar um painel de candidatos, dar um ponto de partida para quem vai procurar os alvos de terapia. Depois se faz um estudo de relação causal”, explica o matemático Fernando Antoneli, também professor da Unifesp e autor do trabalho.

Ao lado do então doutorando João Henrique Campos e da bióloga Renata Carmona e Ferreira, o grupo foi introduzindo a abordagem na pesquisa. “Na época em que o João entrou no laboratório, começamos a olhar novas técnicas, entre elas GWAS, que estava sendo muito usada. O João, que é formado em enfermagem, foi dominando essas ferramentas e introduzimos na pesquisa. Desde o início dos anos 2000 trabalhamos com uma equipe realmente multidisciplinar”, completa Antoneli.

Os pesquisadores brasileiros querem agora aplicar inteligência artificial para analisar os dados dos quais dispõem. Além disso, pretendem sequenciar amostras de uma coorte de pacientes do Brasil e comparar com as 51 mutações detectadas no estudo.

O artigo Mitochondrial genome variants associated with amyotrophic lateral sclerosis and their haplogroup distribution pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/mus.28230.

 


Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-identifica-51-mutacoes-associadas-a-esclerose-lateral-amiotrofica-podendo-ajudar-no-diagnostico/52727

 

Dia Mundial da Hipertensão: Como o Yoga ajuda a manter uma pressão arterial saudável?

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Estudos já indicam que a prática regular de Yoga aumenta em 85% das chances de ter pressão arterial normal em relação a quem não pratica
 

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde, realizada em 2019, aproximadamente 24% dos brasileiros maiores de 18 anos sofrem com pressão alta.

 

Como surge a hipertensão?

De acordo com o Médico Cardiologista Dr. Roberto Yano, a hipertensão é, grande parte das vezes, assintomática, por isso, os exames de rotina são essenciais para a prevenção do problema. 

"A hipertensão arterial ou pressão alta surge quando a pressão nas artérias está em níveis constantemente elevados, o que sobrecarrega o sistema circulatório, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, acidente vascular cerebral (AVC) e danos aos órgãos vitais". 

"Geralmente a hipertensão é assintomática e os sintomas surgem apenas em casos muito graves, podendo causar dores no peito, fraqueza, tonturas, visão embaçada, entre outros. Por isso, é importante realizar exames de rotina periodicamente para identificá-la e tratá-la", afirma o Dr. Roberto Yano. 

 

4 dicas para prevenir a hipertensão


01- Dieta equilibrada, evitando alimentos com alto teor de gordura saturada, optando sempre que possível por alimentos naturais;

 

02 - Pratique atividades físicas regularmente;

 

03 - Mantenha um peso saudável;

 

04 - Reduza o consumo de álcool;

 

05 - Controle o estresse. 

 

O Yoga e o controle da pressão arterial

O Yoga é uma prática com mais de 5 mil anos de existência que utiliza técnicas como os asanas, posições corporais, e pranayama, técnicas respiratórias, para manter a saúde integral. Ele traz benefícios para a saúde física, como melhora da mobilidade, e mental, como controle do estresse e ansiedade, mas também é um forte aliado no combate à hipertensão. 

De acordo com um estudo realizado em 2022 com uma equipe de pesquisadores da Universidade da Pensilvânia e do Cedars-Sinai Medical Center, a prática regular de Yoga aumenta em 85% as chances de ter pressão arterial normal em comparação com não praticantes. 

Segundo o criador do Método Kaiut Yoga, professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural, Francisco Kaiut, os efeitos da prática na saúde cardiovascular estão em tornar o indivíduo mais ativo fisicamente e controlar o estresse. 

O Yoga estimula o seu corpo na busca por um equilíbrio saudável, tanto do corpo, quanto da mente, por ter uma abordagem mais integral ele também traz consigo todo um estilo de vida saudável, que contribui para a saúde cardiovascular”. 

Além disso, ele também é muito indicado para o controle de um dos fatores mais perigosos fatores de risco para o aumento da pressão arterial, o estresse crônico. Ele ajuda a ter um melhor controle emocional e gestão de estresse, que quando desregulado, aumenta os níveis do hormônio cortisol no sangue, contribuindo para o aumento da pressão”, explica.

 


Francisco Kaiut - professor de yoga, quiroprata e terapeuta natural que dedicou sua vida a encontrar uma abordagem simples e fácil para lidar com os desconfortos no corpo, dores crônicas e ansiedade. Essa busca resultou na criação do Método Kaiut Yoga, um método moderno de yoga que proporciona saúde e bem-estar, especialmente frente aos problemas da vida contemporânea.


Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.


Médica alerta 5 dicas para cuidar da alimentação durante ondas de calor

Patrícia Santiago explica que ondas de calor são ainda mais perigosas para idosos, crianças e pessoas com condições médicas pré-existentes 

 

Com a chegada dos dias de muito calor e previsão de uma primavera ainda mais quente, cuidar da alimentação torna-se uma prioridade para manter o bem-estar e a saúde física. A médica Patrícia Santiago compartilha dicas essenciais para enfrentar as ondas de calor que frequentemente antecedem a estação mais quente do ano.

 

Evite alimentos pesados e gordurosos: Alimentos ricos em gordura podem aumentar o desconforto durante as ondas de calor. "Reduza o consumo de frituras, alimentos processados e carnes gordurosas. Eles podem sobrecarregar o sistema digestivo e aumentar a sensação de calor", aconselha Santiago.

 

Controle o consumo de sal: O sal em excesso pode levar à retenção de líquidos. "Evite alimentos muito salgados, como fast food e salgadinhos, e opte por temperos naturais para dar sabor às suas refeições", recomenda a especialista.

Hidratação é a chave: A Dra. Patrícia Santiago enfatiza a importância da hidratação durante dias quentes, "A água é essencial para regular a temperatura corporal e garantir o funcionamento adequado do organismo. Beba água regularmente, mesmo se não estiver com sede, e evite bebidas açucaradas ou com cafeína, que podem causar desidratação”, acrescenta a médica.



Opte por alimentos leves:
Durante o calor intenso, escolha refeições leves e de fácil digestão, "Frutas e vegetais frescos são excelentes escolhas, pois são ricos em água e nutrientes", diz a profissional. Saladas, sanduíches com proteínas magras e pratos frios são opções ideais.



Aproveite os horários mais frescos:
"Tente fazer refeições maiores durante as horas mais frescas do dia, como o café da manhã e o jantar. Isso ajuda a evitar o calor excessivo durante a digestão", explica a Dra. Patrícia Santiago.

Lembrando que as ondas de calor podem afetar a todos, mas são especialmente perigosas para grupos vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições médicas pré-existentes. Portanto, seguir as orientações da Dra. Patrícia Santiago é fundamental para manter a saúde durante os dias quentes que antecedem o verão.

 

Patrícia Santiago - graduada em medicina pela Universidade Estadual do Amazonas desde 2013, com pós graduação em Nutrologia. Atua na área de emagrecimento e performance desde 2015 com ampla experiência no acompanhamento de pacientes bariátricas. No momento desenvolvendo a comunicação digital para pacientes com foco em reeducação alimentar, mudança de estilo de vida e alta performance.

 

Insônia: novo foco de lucro contínuo das farmacêuticas

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Com lucros milionários e distribuição de dividendos crescentes, empresas farmacêuticas têm investido pesado nos medicamentos para dormir como zolpidem e benzodiazepínicos e no desenvolvimento de novos medicamentos e patentes envolvendo o sono. O uso contínuo de sedativos garante à indústria uma lucratividade bilionária e contínua com drogas que muitas vezes induzem dependência, ainda que afetem a arquitetura do sono e deixem o indivíduo com a falsa sensação de descanso.

A cultura do alívio sintomático imediato em detrimento do foco no bem-estar futuro ignora a necessidade de investigação clínica das causas dos transtornos do sono. Doenças que aumentam a inflamação do corpo, como diabetes e doença celíaca, se constituem em diagnósticos diferenciais causais e podem ter essa identificação atrasada pela ausência de análise. O paciente é quem será prejudicado.

Assim, as causas clínicas da insônia raramente são investigadas e as demais consequências do uso indiscriminado de benzodiazepínicos, como dependência e alterações de memória, embora relativamente comuns no abuso, dificilmente são associadas ao seu uso. Isso leva ao consumo de mais medicamentos para o tratamento dos efeitos colaterais dos sedativos, colaborando novamente para mais ganhos da indústria, num grande círculo vicioso. É necessário interromper esse ciclo, realizando a correta investigação das queixas dos pacientes, para que eles lucrem, não o acionista da farmacêutica.

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É comum que a causa do transtorno do sono esteja nos hábitos dos indivíduos. As soluções ditas naturais, ainda que com respaldo científico, são desacreditadas em detrimento dos produtos da moda. Utilizando-se da irracionalidade consequente a ativação dos circuitos do medo cerebral, um exemplo disso está nas reportagens alarmistas financiadas pela indústria, nas quais mães são orientadas a não dormirem perto do bebê, mas o uso de sedativos em puérperas aumenta a cada dia. 

Sempre houve a recomendação de que o uso dessas drogas fosse apenas para casos de exceção, assim como o utilizar medicamentos para emagrecer e a cirurgia bariátrica. No entanto, a sensação que se tem é que todo mundo virou uma exceção, onde o modelo econômico de receita continuada – similar aos streamings de séries e vídeos, com entrada de capital recorrentemente – chegou aos medicamentos e a alta lucratividade passou a ser a régua.


Isabel Braga - médica e doutora pela Fiocruz, com formação em Medicina e Direito, além de especializações em Medicina do Trabalho, Psiquiatria e mestrado em Saúde Coletiva. Autora de diversos artigos científicos contemplada pelo prêmio Eric Roger Wroclawski em 2017 autora do livro “Noites de Renovação”.


Especialistas trazem dicas para manter a saúde com o ar mais poluído do mundo

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População de São Paulo deve adotar medidas para manter a hidratação diante da classificação do ar como "muito ruim" 

 

A qualidade do ar em São Paulo atingiu níveis críticos esta semana, registrando o pior índice de poluição pelo segundo dia consecutivo entre 120 cidades monitoradas pelo site suíço IQAir. Segundo dados da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo), a região metropolitana está classificada como "muito ruim", o que significa que a população está exposta a altos níveis de poluentes no ar. Esse cenário resulta da suspensão de material particulado, fenômeno intensificado por condições meteorológicas desfavoráveis, como a estiagem prolongada e a baixa incidência de ventos.

Com o ar comprometido, os moradores de São Paulo têm enfrentado desconfortos como ardor nos olhos, nariz e garganta, além de sintomas como tosse seca e cansaço. A Defesa Civil emitiu alertas para toda a população, recomendando medidas como a redução de atividades físicas ao ar livre, especialmente durante os horários mais quentes.

Diante desse cenário, confira algumas medidas que podem ser incorporadas durante esse período no intuito de minimizar sintomas consequentes da mudança climática.

 

Crises alérgicas

A exposição prolongada à poluição pode agravar crises alérgicas, como explica a bióloga Julinha Lazaretti, cofundadora da Alergoshop. Segundo ela, a alta concentração de poluentes no ar e o clima seco potencializam reações em pessoas sensíveis. "Manter os ambientes bem ventilados, sem acúmulo de poeira, e higienizar frequentemente superfícies e roupas de cama são medidas importantes para evitar crises alérgicas", aconselha Julinha. A especialista também recomenda o uso de produtos hipoalergênicos, que minimizam a exposição a substâncias irritantes.

Além da prevenção, Julinha reforça a necessidade de tratar os sintomas quando eles aparecem. "Soluções como a lavagem nasal com soro fisiológico ajudam a remover partículas inaladas, aliviando irritações nas vias respiratórias. Manter a hidratação do corpo também é essencial para minimizar os efeitos do ar seco." A bióloga sugere que, em dias mais críticos, pessoas com histórico de alergias procurem se manter em ambientes internos sempre que possível.

 

Pele seca

No clima seco e poluído, a pele tende a perder umidade e ficar mais suscetível a ressecamento. Para lidar com isso, Kelly Nogueira, fundadora da Espaço Make, sugere o uso de produtos que formem uma barreira protetora na pele. "Hidratar a pele com cremes que contenham ingredientes como ácido hialurônico ou ureia ajuda a mantê-la macia por mais tempo", explica. Ela também destaca a importância de reaplicar os produtos ao longo do dia, especialmente em áreas mais expostas, como rosto e mãos.

Kelly alerta que banhos muito quentes podem piorar o ressecamento cutâneo, por isso, é recomendável usar água morna e evitar sabonetes agressivos. "Opte por fórmulas suaves e evite esfoliações intensas nesse período. A pele já está sensibilizada pelo clima, e procedimentos mais abrasivos podem agravar o ressecamento", afirma.

 

Cabelos quebradiços

Além da pele, os cabelos também sofrem com o clima seco e poluído. Marina Groke, especialista em beleza da Escova Express, sugere que os fios sejam tratados com máscaras capilares que ofereçam nutrição profunda. "A poluição adere ao cabelo, tornando-o mais frágil. O uso de máscaras com óleos vegetais, como óleo de coco ou argan, ajuda a selar a cutícula dos fios, protegendo-os da quebra", orienta Marina.

Ela também recomenda lavar os cabelos com menos frequência durante esse período, já que o excesso de lavagens pode retirar a proteção natural dos fios. "Lave os cabelos em dias alternados e use produtos específicos para o tipo de fio. Além disso, evite ferramentas térmicas, como secadores e chapinhas, que podem piorar o quadro de ressecamento", aconselha a especialista.

 

Unhas fracas

As unhas também podem ser afetadas pela baixa umidade do ar, ficando mais frágeis e suscetíveis à quebra. Marina Groke, também especialista em beleza da rede Unhas Cariocas, explica que é importante investir em produtos que fortaleçam as unhas. "O uso de bases fortalecedoras que contenham queratina e cálcio pode ajudar a manter as unhas mais fortes e saudáveis", afirma.

Para prevenir o ressecamento, Marina orienta hidratar as cutículas regularmente. "Óleos vegetais ou cremes específicos para cutículas ajudam a evitar que essa região resseque, o que, por consequência, mantém as unhas mais protegidas." Ela também sugere evitar o uso contínuo de esmaltes e acetona, permitindo que elas "respirem" e se recuperem.

 

Atenção aos idosos

Os idosos formam um grupo especialmente vulnerável diante das condições atuais de clima seco e poluição elevada. Jéssica Ramalho, cofundadora da Acuidar, rede de cuidadores, reforça a importância de cuidados redobrados com essa população. "Os idosos, por terem a pele e as vias respiratórias mais sensíveis, sofrem com mais intensidade os efeitos da baixa umidade do ar. Manter uma boa hidratação é essencial, assim como a utilização de umidificadores em ambientes fechados", afirma.

Jéssica ainda lembra que a atenção deve ser constante, principalmente em relação à alimentação e ingestão de líquidos. "Oferecer água e sucos com frequência é importante, além de evitar que os idosos fiquem expostos ao sol nos horários de pico. O uso de roupas leves e o acompanhamento constante de cuidadores são essenciais para garantir o bem-estar", conclui.

 

Necessaire para o dia a dia

Em meio às recomendações de cuidados com o clima seco e poluído, a população tem adotado novos itens no dia a dia. Rogério Zorzetto, da franquia Prioridade 10, comenta que houve um aumento considerável na procura por produtos que ajudem a combater os efeitos do clima. "As pessoas estão buscando toalhas umedecidas, borrifadores de água, hidratantes portáteis e até pequenos umidificadores para uso doméstico ou no trabalho", observa.

Além desses itens, Rogério destaca a importância de carregar acessórios como protetores labiais e óculos escuros, que ajudam a proteger a pele e os olhos da poluição. "A recomendação é se preparar para o dia a dia, pensando em como mitigar os efeitos do ar seco e da poluição de forma prática e acessível", finaliza.


Setembro Azul: Hand Talk lança campanha de conscientização sobre a cultura surda

De acordo com o IBGE, 5% da população brasileira, mais de 10 milhões de cidadãos, é composta por pessoas surdas. O Panorama de Acessibilidade Digital de 2023, realizado pela Hand Talk e pelo Movimento Web Para Todos, indica que, embora 79% das empresas priorizem o pilar social, 54% ainda carecem de conhecimento sobre o tema. 

Campanha destaca a urgente necessidade de inclusão e acessibilidade, e visa promover a inclusão, celebrando as conquistas da comunidade surda por meio de conteúdos inovadores e acessíveis.

 

Setembro é um mês emblemático para a comunidade surda, marcado por datas significativas como o Dia Nacional do Surdo, em 26 de setembro, e o Dia Internacional da Língua de Sinais, em 23 de setembro. Reconhecendo a relevância desses momentos, a Hand Talk, startup pioneira no uso de inteligência artificial para acessibilidade digital, lança a campanha de Setembro Azul: Rotina Azul - Histórias conectadas. Esta iniciativa propõe uma abordagem leve e divertida para discutir a cultura surda, promovendo uma reflexão sobre as conquistas e desafios enfrentados por essa comunidade, além de aumentar a visibilidade e o protagonismo das pessoas surdas. 

Este ano, a campanha traz um formato inovador, utilizando uma linguagem familiar e acessível ao público. Por meio de vídeos curtos e envolventes, a Hand Talk apresentará “pílulas” em suas redes sociais que retratam o cotidiano das pessoas surdas, respondendo as perguntas comuns e desmistificando preconceitos. Questões como “Como uma pessoa surda atende à campainha?” e “Como dirige?” são abordadas de maneira inspiradora, promovendo uma conexão genuína com a audiência. 

“Acreditamos que a educação e a conscientização são fundamentais para a inclusão. Com o Setembro Azul, queremos fortalecer nosso posicionamento como autoridade em acessibilidade e inspirar todos a conhecer e respeitar a cultura surda”, afirma Ronaldo Tenório, CEO e cofundador da Hand Talk. 

A Hand Talk também se prepara para o lançamento de um novo chatbot, previsto para o final do mês, que promete ampliar ainda mais as possibilidades de interação e aprendizado sobre a língua de sinais e a cultura surda. Acompanhe a Hand Talk nas redes sociais e participe dessa importante conversa.

 

Um em cada dois alérgicos diz sofrer crises com muita frequência, segundo estudo

Rinite (82%) e sinusite (65%) são recorrentes, segundo pesquisa encomendada pela Bayer

 

Nariz escorrendo, congestão nasal, coceira na garganta, no nariz e no ouvido são alguns dos sinais mais frequentes na lista dos alérgicos. Todos já passaram por isso ou viram alguém próximo com os sintomas – é o que aponta um novo estudo¹ encomendado pela marca Claritin, da multinacional alemã Bayer, sobre como os brasileiros lidam com a alergia. O recrutamento selecionou um time de pessoas que sofreram com alergia no último ano (100% dos entrevistados), mas o que mais supreende é que 76% deles passaram por um episódio no último mês. O dado vai em linha com outro fator: um em cada dois respondentes disse que crises alérgicas acontecem com muita frequência. 

Grande parte também acha que alergia não tem hora para aparecer (71%), que é uma doença (56%) e que não tem cura (57%). E, ainda, as crises acontecem com mais frequência que dor de cabeça (86%), gripe/resfriado (78%) e dores no corpo (74%). 

“O ideal é evitar a exposição ao que está desencadeando uma resposta alérgica”, comenta Dr. Augusto Vieira, Líder Médico da divisão de Consumer Health da Bayer Brasil. Ele explica que a alergia é uma resposta exagerada do sistema imunológico a substâncias que entram em contato com o organismo, seja pela via respiratória, cutânea ou ingestão. Quando o contato acontece, são produzidos anticorpos que identificam um alérgeno como prejudicial e a reação pode se manifestar de diversas maneiras: na pele, nos seios da face, nas vias aéreas ou até mesmo no sistema digestivo. 

Entre os gatilhos que levam a crises alérgicas, segundo o levantamento, pó (79%), mudança de temperatura (64%), mofo (63%) e ácaros (50%) são os mais comuns. Para evitá-las, os respondentes acreditam ser necessário manter uma boa hidratação com água (64%), deixar os cômodos da casa ventilados (62%) e limpar com frequência o ambiente (60%). Segundo dr. Vieira, “o médico alergologista, por meio de exames e testes, faz o processo de identificar que tipo de substância a pessoa é alérgica. Isso permite que o paciente evite o contato com esses materiais no futuro, prevenindo novas crises”. 

Rinite (82%) e sinusite (65%) são as alergias mais comuns, enquanto bronquite (17%) e asma (16%) as mais raras. Para o tratamento, dr. Augusto explica que os anti-histamínicos reduzem a coceira e a inflamação produzidas pela histamina, que é um mensageiro químico produzido pelas células que regulam a resposta imunológica e responsável por controlar as reações corporais. Os medicamentos podem ser tomados como pílulas, sprays nasais ou colírios. “Eles funcionam rapidamente, mas o ideal é tomar apenas quando necessário e sob orientação médica”, conclui. 

A loratadina é o princípio ativo mais conhecido pelos entrevistados (71%) e a maioria deles (65%) toma medicação assim que se iniciam os sintomas. Os efeitos colaterais são a principal preocupação na hora de escolher e tomar um medicamento antialérgico para 50% dos respondentes. Sentir sono após tomá-lo é a segunda preocupação, declarada por quase metade dos consumidores (47%). Ainda segundo Dr. Vieira, os anti-histamínicos orais, como loratadina, não deixam as pessoas sonolentas e agem no corpo por 24hrs após ingeridos.

 

1.    Metodologia pesquisa PROVOKERS: online com população internauta, 702 respondentes, homens (66%) e mulheres (34%), de 16 anos a 65 anos, das classes ABC, em janeiro de 2024. A amostra tem representatividade nacional e contempla as 5 regiões geográficas.

  

Bayer

 

Claritin® (loratadina 10 mg). Reg. MS – 1.7056.0110. CLARITIN® é indicado para o alívio dos sintomas associados com a rinite alérgica, como: coceira nasal, nariz escorrendo (coriza), espirros, ardor e coceira nos olhos; também é indicado para o alívio dos sinais e sintomas da urticária e de outras alergias da pele. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. CLA 2024-02-26-238. SAC 0800 723 1010 │sac@bayer.com

 

Poluição é um dos fatores de risco para o câncer de pulmão

Exposição crônica aumenta consideravelmente as chances de uma pessoa desenvolver a doença, alerta a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC)

 

No Brasil, o câncer de pulmão é o terceiro mais comum em homens, e o quarto em mulheres, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Apensar do tabagismo ser o principal fator de risco para essa doença, outros fatores como poluição, tabagismo passivo e exposição a radiação natural (radônio) e agentes químicos, como arsênico e asbestos, também merecem atenção. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 95% da população mundial respira ar poluído e a exposição crônica à poluição aumenta, consideravelmente, as chances de uma pessoa desenvolver câncer de pulmão. Isso acontece porque diversos agentes cancerígenos estão presentes na poluição do ar, tais como emissões de motores a diesel e gasolina, poeira de sílica e benzeno, processos industriais, combustão de carvão e emissão de materiais de construção e imobiliários. 

Oncologista clínico e membro do Comitê de Tumores Torácicos da SBOC, Dr. William Nassib William explica que a poluição atmosférica é, na verdade, definida pela presença de material particulado no ar. Quando este material é inalado, ele tem o potencial de causar danos no DNA das células, e, eventualmente, um processo inflamatório no pulmão, o que pode levar ao desenvolvimento de câncer mesmo em pessoas que nunca fumaram tabaco. 

Além do câncer, a poluição pode acarretar desconfortos como mal-estar, dores de cabeça, irritação nos olhos, garganta, coriza e tosse.

 

Sintomas 

Entre os sintomas percebidos nos casos de câncer de pulmão, o médico reforça que não há diferença entre pacientes com histórico de tabagismo ou sem histórico de tabagismo e, por isso, a atenção aos sinais é muito importante. “Infelizmente, a grande maioria dos casos de câncer de pulmão são diagnosticados tardiamente quando a pessoa apresenta sintoma”, comenta. “No caso de pessoas não fumantes, o diagnóstico pode levar ainda mais tempo porque o fator de risco principal, que é o tabaco, não está presente. Por não achar que corre risco, este paciente acaba procurando o médico tardiamente”, diz. 

Os principais sintomas do câncer de pulmão são tosse persistente, falta de ar, dor torácica, sangramento, emagrecimento involuntário e fadiga.

 

Rastreamento e diagnóstico 

Atualmente, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Torácica, a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia e o Colégio Brasileiro de Radiologia recomendam o rastreamento do câncer de pulmão por meio de tomografia de baixa dose de tórax apenas para pacientes que têm um histórico de tabagismo importante - um maço por dia por 20 anos. A seleção de pacientes também leva em conta a idade mínima de 50 anos. 

“O ideal seria nós detectarmos o câncer de pulmão antes mesmo dos sintomas se desenvolverem. Isso pode ser feito através das técnicas de rastreamento naqueles pacientes de alto risco que são as pessoas que têm uma carga tabágica importante”, explica. 

Uma vez detectado o câncer de pulmão por um exame de imagem – raio x ou tomografia, o diagnóstico precisa ser confirmado através de uma biópsia.

 

Tratamento 

Os tratamentos mais avançados para câncer de pulmão incluem cirurgia, radioterapia e tratamentos medicamentosos. A cirurgia evoluiu com o uso de equipamentos de cirurgia robótica, apesar de ainda haver dúvidas sobre suas vantagens. Na radioterapia, técnicas modernas permitem um tratamento mais localizado, minimizando os efeitos colaterais ao poupar o tecido pulmonar saudável. Isso é crucial, pois a exposição do pulmão normal à radioterapia pode causar efeitos adversos. 

Além da quimioterapia tradicional, os tratamentos medicamentosos incluem imunoterapia e terapia alvo. A imunoterapia fortalece o sistema imunológico para que ele combata o tumor, enquanto as terapias alvo bloqueiam moléculas específicas com alta atividade no câncer, geralmente administradas via oral. “Essas terapias têm mostrado resultados promissores com baixa toxicidade e controle prolongado da doença ao identificar e bloquear alterações moleculares específicas que impulsionam o crescimento do câncer”, afirma.


Procedimentos estéticos podem impactar na saúde bucal?

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Entenda como intervenções estéticas podem interferir no equilíbrio e simetria facial, e seu uso na Odontologia 

 

A procura por procedimentos estéticos realizados na área da face e dos lábios tem aumentado cada vez mais por grande parte da população. Para entender o crescimento na demanda por procedimentos faciais, é preciso analisar o contexto atual da sociedade, em que com a ascensão das mídias sociais, o padrão estético é amplamente influenciado pelas características faciais de artistas e influenciadores que estão em alta na mídia. 

Essas intervenções, entretanto, podem impactar a saúde bucal e alterar o funcionamento dos músculos que envolvem a mastigação, a fala e as expressões faciais “Procedimentos faciais podem contribuir para alcançar um equilíbrio e simetria facial, além de resolver questões funcionais como dores e disfunções mastigatórias, amenizando não apenas os efeitos do envelhecimento, mas também promovendo melhor qualidade de vida, passando a ser cada vez mais requisitado nos consultórios odontológicos, como solução não apenas para reverter ou adiar os sinais do envelhecimento, mas também para tratar aspectos funcionais no contexto terapêutico.” comenta a Dra. Brunna Bastos da GUM, mestre e cirurgiã-dentista pela Faculdade de Odontologia da USP. 

“É importante que os pacientes consultem seus dentistas antes de realizarem esses procedimentos para esclarecerem eventuais dúvidas e verificarem a recomendação dos mesmos. Destacando o uso funcional na Odontologia como terapia para condições como cefaleia tensional, disfunção temporomandibular, sorriso gengival, sorriso assimétrico, hipertrofia de masseter e bruxismo.” explica a Dra. Brunna Bastos. 

Entenda algumas das indicações, para além da estética:
 

Sorriso assimétrico

A toxina botulínica pode ser aplicada em casos de lábio superior mais fino em relação ao inferior, rugas periorais, excessiva exibição dental ou sorriso gengival. Os locais de aplicação variam de acordo com as particularidades de cada caso.
 

Hipertrofia do masseter

Caracterizada como expansão dos músculos da mandíbula ao redor do ângulo da mandíbula, é um quadro comumente acompanhado de dor e assimetria estética. A ação da toxina botulínica se baseia no bloqueio da liberação da acetilcolina, neurotransmissor que age na transferência do impulso nervoso dos neurônios para as células musculares, ocasionando assim uma diminuição da contratura muscular e redução de volume no local de aplicação.
 

Bruxismo

Hábitos para funcionais que envolvem o ranger dos dentes e contração de um ou mais grupos musculares envolvidos na mastigação de forma involuntária. O uso terapêutico da toxina botulínica, neste caso, baseia-se na capacidade de induzir o relaxamento destes músculos, reduzindo a potência de sua contração e, consequentemente, ajudando o paciente de forma direta em seu caso clínico. 

“De qualquer forma, sempre se lembre do básico: a saúde começa pela boca. Assim, para além de qualquer procedimento estético que pretenda realizar, é essencial priorizar a sua saúde, mantendo uma rotina adequada de higiene bucal, com escovação e o uso diário de fio dental, de forma de garantir não apenas uma boa estética, mas também prevenir a cárie e doenças gengivais e, promover assim sua saúde geral.” encerra a Dra. Brunna Bastos.
 

GUM®


Dia Internacional da Colangite Biliar Primária: doença rara do fígado causa coceira persistente e cansaço extremo

Afetando principalmente mulheres na meia idade, a enfermidade pode levar à cirrose e insuficiência hepática


A colangite biliar primária (CBP) é uma rara doença autoimune do fígado, caracterizada pelo ataque do sistema imunológico aos ductos biliares intra-hepáticos - que transportam a bile para o intestino. Isso resulta em uma inflamação crônica, que pode evoluir para cirrose e insuficiência hepática, com possibilidade de necessidade de transplante em estágios avançados. Os principais sintomas incluem coceira persistente, cansaço extremo e eventualmente pode haver presença de icterícia (coloração amarelada da pele e dos olhos devido ao acúmulo de bilirrubina).1 

A hepatologista Débora Terrabuio destaca que a CBP afeta de quatro a seis mulheres para cada homem, e que o diagnóstico precoce é um desafio. “Os sintomas muitas vezes são inespecíficos, confundidos com outras doenças, como depressão, alergias e muitas vezes predominam os sintomas de doenças reumatológicas associadas, como olhos e boca secos, o que dificulta que se pense no diagnóstico de uma doença hepática. Por isso, é fundamental aumentar a conscientização sobre a doença, tanto na sociedade quanto entre os profissionais de saúde”, enfatiza. Ela também ressalta a importância do Dia Internacional da Colangite Biliar Primária (10 de setembro), data que visa ampliar o debate e dar mais visibilidade ao tema. 

A especialista explica que a maioria dos pacientes com colangite biliar primária (CBP) está na meia-idade, embora a doença possa acometer também mulheres jovens. “Não é raro que pessoas com CBP também tenham alterações na tireoide, artrite reumatoide ou a síndrome de Sjögren, que são as três doenças autoimunes mais frequentemente associadas à CBP, por exemplo”, comenta a Dra. Débora. “Geralmente, a suspeita de CBP surge após exames de rotina que revelam alterações nas enzimas hepáticas, atuando como uma triagem inicial. Estima-se que 50% dos casos sejam diagnosticados nessa fase. Por isso, é importante que os profissionais de saúde como dermatologistas, ginecologistas e reumatologistas conheçam a CBP e levantem a possibilidade do diagnóstico desta doença nos pacientes que acompanham”, acrescenta. 

Para confirmar o diagnóstico de CBP, os critérios são bem estabelecidos, incluindo alterações laboratoriais como o aumento das enzimas hepáticas associadas à colestase e a presença de anticorpos antimitocôndria e/ou alguns padrões de anticorpos antinúcleo (AAN).1 “Em alguns casos, uma biópsia hepática pode ser necessária para confirmação”, explica Débora. Quanto à origem da CBP, a especialista destaca que há uma predisposição genética, o que torna o rastreamento familiar relevante. “Contudo, essa predisposição é ativada por fatores ambientais específicos, que ainda não estão totalmente esclarecidos”, complementa. 

Não há cura para a CBP, mas existem medicamentos que ajudam a controlar a doença e retardar a progressão dos danos ao fígado, aumentando a sobrevida do paciente. A Dra. Débora explica que o tratamento deve ser multidisciplinar e envolver, além de hepatologistas, outras especialidades como reumatologistas, dermatologistas, psicologia/psiquiatria, devido à associação com condições autoimunes e a ocorrência de prurido cutâneo, que pode ser de difícil manejo em 5-10% dos casos, com prejuízo da qualidade de vida. 

Entre as complicações mais comuns, está o aumento do colesterol e a diminuição da densidade óssea, que frequentemente requer suplementação de cálcio e vitamina D para prevenção de osteoporose. Também pode haver déficits de vitaminas, tais como vitamina A, D, E e K. O transplante hepático é recomendado em casos de cirrose descompensada, prurido intratável ou câncer de fígado associado à cirrose. “Atualmente, novas drogas estão sendo aprovadas, e diversos estudos estão em andamento, o que pode ajudar a controlar a doença e evitar a necessidade de um transplante”, afirma a especialista. 

A Dra. Débora ressalta que o diagnóstico precoce é crucial para o manejo eficaz da CBP, pois o tratamento é mais eficiente quando iniciado antes da perda significativa dos ductos biliares e da ocorrência de fibrose hepática. “Os sintomas da CBP impactam profundamente a qualidade de vida. A coceira incessante, que tende a piorar à noite, prejudica o sono dos pacientes e pode deixar marcas no corpo. Somada à fadiga, essa condição pode levar à depressão, afetando a vida social e profissional dos indivíduos”, conclui.

 

Referências 

1 AMERICAN LIVER FOUNDATION. Colangite Biliar Primária (PBC). Disponível em: https://liverfoundation.org/pt/doen%C3%A7as-do-f%C3%ADgado/doen%C3%A7as-hep%C3%A1ticas-autoimunes/colangite-biliar-prim%C3%A1ria-pbc/. Acesso em: 2 set. 2024.



Evite acidentes na hora de realizar agachamento com pesos na academia!

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Professor do curso de Educação Física da Una dá orientações para fazer o exercício com segurança 


Recentemente, uma mexicana de 22 anos morreu em uma academia após levantar muito peso durante um agachamento com barra. Mas, será que o agachamento é exercício assim tão perigoso? 

Acidentes durante agachamentos não são incomuns. O agachamento é um exercício indicado para quem busca aumentar a força e o tamanho dos músculos da parte inferior do corpo. A atividade também contribui para o desenvolvimento da força do core – conjunto de músculos que envolve a região do tronco, incluindo abdômen, costas, pelve e assoalho pélvico, que atua para estabilizar e dar suporte ao corpo. Entretanto, quaisquer exercícios físicos, se executados de forma inadequada, podem ocasionar lesões.
 

O que é o agachamento

Neste exercício de força, o praticante abaixa os quadris a partir de uma posição em pé e depois se levanta, com a opção de segurar pesos sobre os ombros para um maior esforço muscular. No movimento de descida, as articulações do quadril e do joelho flexionam enquanto a articulação do tornozelo dorsiflexiona (ângulo entre o dorso do pé e a perna diminui). E para voltar à posição de pé, as articulações do quadril e do joelho se estendem e a articulação do tornozelo flexiona. 

Os músculos que exercem a maior força e desempenham o papel principal na execução do agachamento são o quadríceps femoral, o adutor magno e o glúteo máximo. O agachamento também usa, isometricamente, os músculos eretores da coluna vertebral e os músculos abdominais, entre outros grupos musculares.
 

Tem perigo?

Yuri Windson, professor do curso de Educação Física do Centro Universitário Una, ressalta que “o agachamento é um movimento bastante complexo em vários sentidos. É um dos exercícios mais perigosos realizados nas academias quando feito da maneira incorreta”. 

A atividade em si não apresenta risco, salienta o especialista. “O problema está na pessoa não utilizar a técnica correta, ou seja, não saber fazer e exagerar principalmente na carga que coloca”. 

O docente enfatiza que é preciso passar por algumas etapas até chegar ao ponto de fazer o agachamento com peso fora do aparelho específico. “Antes de poder fazer o exercício livre, você passa por etapas de adaptação, como fazer com o apoio da bola e com o equipamento guiado, por exemplo”. 

Yuri indica um cuidado essencial para a execução do agachamento com segurança. “É importante manter uma alimentação correta. Não pode ir para a academia sem se alimentar, principalmente no dia de treino de perna. Na verdade, em treino nenhum, mas principalmente quando for realizar exercícios para os membros inferiores”. 

O professor aponta o principal perigo relacionado a essa atividade. “Por ser uma musculatura bastante grande, acaba tendo uma necessidade de energética muito alta no quadríceps. Isso pode levar algumas pessoas a sentir tonteira e deixar a barra/o peso cair sobre elas, caso o praticante esteja fazendo o exercício de maneira livre. Além disso, para prevenir acidentes, se for um treino de força que exija cargas mais altas não é adequado fazer sozinho.” 

Yuri Windson evidencia a necessidade da realização de uma avaliação médica antes de iniciar alguma atividade física. “É essencial saber se não há algum tipo de problema prévio de saúde”. E do acompanhamento do profissional de Educação Física, especialmente nas academias de musculação. “Para garantir a segurança na execução dos exercícios e o uso das técnicas corretas ao fazer algum movimento novo”.

 

Centro Universitário Una


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