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sexta-feira, 10 de maio de 2024

Como lideranças podem agir para identificar depressão e ansiedade no trabalho

As doenças só podem ser diagnosticadas por profissionais da saúde mental, mas gestores e líderes têm papel fundamental de identificar sinais e oferecer apoio ao colaborador

 

Ansiedade e depressão são duas doenças que têm chamado atenção por sua crescente presença na população do Brasil e do mundo. Dados da Guia da Alma, startup com solução de saúde mental para empresas e pessoas, mostram que 62,6% da população brasileira sofre com algum nível de ansiedade. Um estudo da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) mostrou que a falta de saúde mental entre os colaboradores nas empresas provoca um prejuízo de R$ 397,2 bilhões por ano na economia brasileira. Nesse cenário, as empresas também se deparam com o aumento de colaboradores com adoecimento psicológico, necessitando de um olhar mais atento para essa questão. As lideranças podem ter um papel essencial, se estiverem preparadas para identificarem sinais de transtornos como depressão e ansiedade e direcionadas para auxiliar seus liderados nesses casos. 

O diagnóstico das doenças mentais deve, sempre, ficar à cargo de um profissional da saúde, como psiquiatras e psicólogos. De qualquer forma, os especialistas da Guia da Alma acreditam que há sinais comuns que indicam, no dia a dia de trabalho, se um ou mais colaboradores precisam de apoio psicológico. Desempenho, isolamento do resto da equipe, comentários que indicam desespero ou pessimismo em excesso são alguns exemplos. Confira os indicativos mais comuns:

 

Comportamento: mudanças no comportamento podem ser sinal de que algo está acontecendo na vida do colaborador. No caso da depressão, pode incluir sintomas como apatia, desinteresse por atividades que costumavam ser agradáveis, choro frequente ou explosões emocionais;

 

Baixa produtividade: uma das consequências do adoecimento mental é a redução da capacidade de concentração e produtividade. Os funcionários podem ter dificuldade em cumprir tarefas, prazos e cometer erros frequentes quando sua saúde mental não está em dia;

 

Isolamento social: pessoas com depressão ou ansiedade algumas vezes se isolam dos colegas de trabalho e amigos. Isso pode resultar em faltas no trabalho ou isolamento em situações sociais;

 

Crises no trabalho: algumas pessoas também podem experimentar crises no ambiente de trabalho, o que pode incluir sintomas como palpitações, tremores, desespero e choro;

 

Comentários ou indicações de desespero: alguns funcionários podem expressar sentimentos de desespero ou até mesmo mencionar pensamentos suicidas. Tenha atenção a frases como “eu sou inútil” ou “minha vida não tem sentido.”

 

Carlos Mayke, psicólogo do Guia da Alma, aconselha as lideranças que se depararem com esses sintomas. “Existem diferentes tipos de ansiedade e depressão e os sinais variam de pessoa para pessoa. Ao reparar em um padrão onde diferentes sintomas se repetem e prolongam, é hora da liderança conversar com o funcionário. De forma cuidadosa, o ideal é fazer perguntas, entender se o colaborador gostaria de compartilhar o que está sentindo e oferecer apoio. O gestor deve se colocar apenas como ouvinte e pode indicar formas da pessoa buscar ajuda profissional através de benefícios que a própria empresa oferece, ou então de meios que o colaborador possa acessar (como o CVV, por exemplo).

 

Um olhar para a cultura organizacional

Em novembro de 2023, o Ministério da Saúde atualizou a lista de doenças ligadas ao trabalho e adicionou no documento 165 novas doenças. “A percepção sensível das lideranças sobre os sinais e possíveis sintomas não é uma benfeitoria. Está além disso e aparece como uma necessidade na gestão de pessoas para reter e atrair talentos, ter uma atmosfera saudável no trabalho e nas equipes, além de trazer rendimento por causa do melhor desempenho em um ambiente que priorize a empatia e o cuidado”, diz Liana Chiaradia, CMO da Guia da Alma. Para ela, a saúde mental dos colaboradores deve ser prioridade na cultura organizacional. 

“Quando a gente fala em cultura organizacional precisamos considerar também que ambiente corporativo desejamos criar, pois ele também vai influenciar na visão da marca empregadora”, explica Rodrigo Roncaglio, CEO da Guia da Alma. “Criar ambientes colaborativos, com boas práticas de ESG, colocando o bem-estar como uma prioridade, podem evitar que casos de doenças de saúde mental no trabalho se tornem problemas gigantes”, finaliza Chiaradia.

 

Principais sinais de ansiedade e depressão

Para identificar os sinais de que a saúde mental de um colaborador não vai tão bem, é necessário conhecer os conceitos e principais sintomas. A ansiedade, por exemplo, é uma reação natural do ser humano, mas, quando é excessiva pode se tornar patológica, desencadeando preocupação excessiva, intensa e persistente, que pode levar ao medo de situações cotidianas, como: sair de casa, conversar com o gestor ou elaborar demandas do trabalho ou vida pessoal. Sintomas físicos também ocorrem, como: alta frequência cardíaca, dificuldade para respirar e formigamento. 

Já a depressão é uma doença mental que apresenta um estado de desencorajamento e perda de interesse duradouro nos atos cotidianos. Alguns sintomas são perda de interesse, fadiga, distúrbio do sono, mudanças no apetite, dificuldade de concentração, culpa excessiva, sentimento de inutilidade e, até mesmo, pensamento suicida. 

“Pessoas que lidam com depressão tendem a apresentar uma diminuição significativa de energia, sintoma que pode ser erroneamente percebido como ‘falta de vontade’. Quando conhecemos melhor sobre a depressão e seus sintomas, somos capazes de oferecer o apoio necessário aos nossos colaboradores e pessoas próximas. Esses sintomas são universais, mas podem se apresentar de formas específicas no contexto do trabalho, como desinteresse pelas tarefas, faltas frequentes, isolamento social e outros”, diz Carlos Mayke, psicólogo do Guia da Alma.

Liana Chiaradia ressalta ainda que depressão e ansiedade podem andar juntas. E, além delas, existem uma série de outras questões mentais, como o burnout e estresse. Por isso, apenas um profissional de saúde pode fazer um diagnóstico. Mas o líder e a empresa podem prestar apoio aos colaboradores e oferecer benefícios em terapias, além de ambientes acolhedores.


Dia das Mães: carência de nutrientes no organismo pode ser causa de fadiga e cansaço nas mulheres

 

Duas em cada três mulheres dizem se sentir cansadas; especialista dá dicas de nutrientes que podem restabelecer a vitalidade do organismo


Neste Dia das Mães, enquanto celebramos o amor e a dedicação materna, também é necessário reconhecer que ser mãe é uma jornada exigente e desafiadora. Muitas enfrentam não apenas o desafio emocional, mas também o físico, lidando com níveis significativos de fadiga. De acordo com pesquisa feita pelo Ibope, duas em cada três mulheres, de 20 a 29 anos, se queixam de cansaço. Embora seja comum atribuir esses sintomas ao estresse e à falta de sono, é fundamental compreender que a nutrição desempenha um papel crucial na vitalidade e no bem-estar físico de uma mãe.

 

A fadiga persistente e o cansaço extremo podem ser indicadores de que algo está faltando no corpo, e muitas vezes, essa lacuna está relacionada à ingestão insuficiente de nutrientes essenciais. Uma dieta desequilibrada, rotinas agitadas e as demandas constantes da maternidade podem levar à deficiência de vitaminas, minerais e outros elementos essenciais para o funcionamento adequado do organismo.

 

De acordo com o especialista em nutrologia, André Guanabara, a alimentação tem um papel fundamental na absorção de nutrientes que combatem a fadiga. “Não se trata apenas de uma alimentação balanceada, mas sim da escolha certa dos nutrientes. Existem alimentos ricos em propriedades essenciais para a nossa saúde, como as frutas cítricas, como laranja e limão, ricos em vitamina C, o abacate, fonte de gordura saudáveis. Esses exemplos são de alimentos que possuem nutrientes essenciais para a vitalidade do nosso organismo”, explica.

 

Ainda de acordo com o médico especialista, a suplementação desses nutrientes pode também ser um grande aliado das mães no processo de revitalização da energia. “A suplementação tem ganhado cada vez mais força, sobretudo para as pessoas que possuem uma rotina muito corrida e não têm tempo para regrar a alimentação e absorver os nutrientes necessários para a vitalidade do organismo. No entanto, esse processo precisa estar aliado a outros também, como a prática de atividades físicas, o equilíbrio entre as tarefas de trabalho, o lazer e o momento de descanso. Tudo isso é muito importante para que o paciente possa alcançar o resultado esperado através da suplementação”, conclui o Dr. André Guanabara.

 

Nutrientes essenciais 

Vitaminas do Complexo B: As vitaminas B, como B1, B2, B3, B5, B6, B9 (ácido fólico) e B12, desempenham papéis cruciais no metabolismo energético e na função cerebral. 

Vitamina C: Essencial para a saúde do sistema imunológico e também para a absorção de ferro, que é vital para evitar a fadiga. 

Vitamina D: Ajuda na absorção de cálcio, importante para a saúde óssea e pode desempenhar um papel na melhoria dos níveis de energia. 

Ferro: Essencial para a produção de hemoglobina, que transporta oxigênio para as células do corpo. A deficiência de ferro pode levar à fadiga.

 

Magnésio: Ajuda na produção de energia no nível celular e desempenha um papel importante na função muscular e nervosa. 

Potássio: Importante para a função muscular e nervosa, bem como para a regulação dos fluidos no corpo. 

Zinco: Essencial para o sistema imunológico e para a produção de energia. 

Proteínas: Os aminoácidos provenientes das proteínas são blocos de construção essenciais para os tecidos musculares e a reparação celular. 

Ômega-3: Gorduras saudáveis encontradas em peixes gordurosos, nozes e sementes, que podem ajudar na redução da inflamação e na promoção da saúde cardiovascular. 

Coenzima Q10: Um antioxidante que desempenha um papel na produção de energia celular e pode ajudar a reduzir a fadiga muscular. 

Creatina: Um composto natural encontrado nos músculos que ajuda a fornecer energia rápida durante atividades de alta intensidade. 

Cafeína: Um estimulante natural encontrado no café, chá e alguns suplementos, que pode melhorar temporariamente o estado de alerta e reduzir a sensação de fadiga. 

Taurina: Um aminoácido que pode melhorar a função muscular e a resistência durante o exercício.

Rhodiola Rosea: Uma erva adaptogênica que pode ajudar a aumentar a resistência ao estresse físico e mental, potencialmente reduzindo a fadiga.


Metilfolato e ômega 3: benefícios da suplementação em gestantes

 Metilfolato e ômega 3: benefícios da suplementação em gestantes


A maternidade começa muito antes do nascimento do bebê, principalmente quando há planejamento da gravidez. A gestação é um período de grande demanda metabólica do organismo e necessita de vários cuidados, entre eles o acompanhamento médico e nutricional. Estudos já comprovam, por exemplo, a eficácia de suplementos na saúde da gestante e criança.

A suplementação de vitaminas e minerais é necessária para garantir o desenvolvimento do feto, além de oferecer melhor qualidade de vida para a mulher. Segundo especialistas, há carência de nutrientes durante a gestação. Por isso, alguns suplementos suprem esses déficits.


Metilfolato

Forma ativa da vitamina B9, o metilfolato, mais conhecido como ácido fólico, é um micronutriente frequentemente recomendado para mulheres grávidas ou que desejam engravidar. Além de prevenir defeitos no tubo neural, que ocorrem nas primeiras semanas de gestação, o metilfolato auxilia na formação do sistema nervoso, do cérebro e da medula espinhal do feto. Também pode contribuir para a redução de síndromes, como o transtorno do espectro autista, e melhorar a concentração e o desenvolvimento cognitivo e motor da criança.

Já para a saúde da gestante, o suplemento está associado a um menor risco de desenvolver pré-eclâmpsia, redução da hipertensão gestacional e do risco de parto prematuro. O metilfolato pode contribuir também para a diminuição das chances de anemia megaloblástica durante a gravidez, condição que afeta as características dos glóbulos vermelhos e que tem como principais sintomas fadiga excessiva, dores musculares e palidez.


Ômega 3

O ômega 3 é um ácido graxo poli-insaturado que pode ser encontrado em alimentos como salmão, sardinha e sementes de linhaça e chia. Há benefícios nas duas formas mais abundantes de ômega 3: EPA (ácido eicosapentaenoico) e DHA (ácido docosahexaenoico). O suplemento auxilia na nutrição materno-infantil, além de garantir um desenvolvimento adequado do sistema nervoso fetal e da visão. Também é essencial para a formação de neurônios e conexões cerebrais.

O DHA é uma das gorduras essenciais encontradas na retina dos olhos, sendo importante também no auxílio da manutenção da saúde visual. Outro benefício diz respeito à saúde vascular da gestante. O EPA possui efeito cardioprotetor, auxiliando na redução dos níveis de triglicerídeos, além de atuar na redução inflamatória do organismo.

Apesar de inúmeros benefícios para a saúde, o metilfolato e ômega 3 devem ser recomendados individualmente por médicos e nutricionistas. A dosagem personalizada contribui para a segurança da suplementação em uma das fases mais importantes da vida da mulher. Se a gravidez está nos planos, não deixe de conversar com profissionais da área. 



Phillip Ji - Co-CEO da Orient Mix – orientmix@nbpress.com.br


Orient Mix
https://www.orientmix.com.br/


Como a saúde bucal pode influenciar no aprendizado de crianças

 

Dores agudas, decorrentes de cáries e infecções afetam o desempenho escolar dos pequenos, sobretudo em populações de baixa renda

 

Quem já teve que se ausentar de compromissos por estar com dor de dente, sabe como a experiência é desagradável. Quando as crianças são vítimas de dores agudas, é ainda mais difícil controlar as reações e isso pode impactar diretamente em seu processo de aprendizado. Um estudo realizado em Campinas mostrou que 46% do absenteísmo escolar no período foi decorrente de dor advinda de problemas bucais. Embora estudos e dados sobre o assunto ainda sejam escassos no país e no mundo, o tema já é observado com mais profundidade por profissionais da área. 

A Odontoprev, líder em planos odontológicos na América Latina, convidou especialistas para conversar sobre os principais desdobramentos que a falta de atenção à saúde bucal na infância pode causar no desenvolvimento social e intelectual da criança. Com desconforto e doenças bucais, é comum que alunos não queiram frequentar as aulas, ou desenvolvam problemas de concentração, comprometendo significativamente o aprendizado. 

O problema pode se agravar quando as famílias não têm condições financeiras para buscar um dentista particular ou precisam aguardar por longos períodos por uma consulta na rede pública. “Acreditamos muito na prevenção da saúde bucal como a melhor forma de evitar o absenteísmo escolar. A prevenção não só melhora a qualidade de vida infantil como também evita problemas graves no futuro. Consequentemente reduz o custo com tratamentos mais dispendiosos”, afirma Regina Juhas, Superintendente de Gestão de Qualidade da Odontoprev.


  • Estudo revela que problemas com a saúde bucal aumentam absenteísmo e prejudicam o desempenho escolar

Tamara Tedesco, professora de Odontopediatria da Faculdade de Odontologia da USP, mostra que um estudo* publicado por docentes da entidade em parceria com outras instituições, revelou que as crianças com problemas bucais relatam impacto negativo no seu cotidiano por apresentarem notas e frequência escolares menores do que os demais estudantes. "Essas doenças resultam em sofrimentos crônicos, tanto psicológico como físico, levando à ansiedade, ao estresse, à dificuldade em prestar atenção nas aulas, bem como piora significativa na qualidade de vida relacionada à saúde dos dentes e da boca", observa Tamara. 

O estudo Global Burden of Disease (GBD) demonstra que as lesões de cárie não tratadas em dentes decíduos (também conhecidos como dentes de leite) fazem parte dos dez problemas mais prevalentes, afetando cerca de 621 milhões de crianças em todo o mundo. Além disso, a cárie é a quarta doença crônica mais custosa em termos de tratamento, e está diretamente ligada à desigualdade social, sobretudo em países de baixa e média renda, uma vez que a falta de tratamento atinge pessoas menos favorecidas economicamente.


  • Problemas estéticos e aumento do bullying

Já o comprometimento estético é outra queixa frequentemente ouvida por profissionais da área, como relata a odontopediatra Nádia Salem. "As crianças ainda deixam de sorrir e de se alimentarem corretamente, ficam mais introspectivas ou faltam às aulas por sentirem dor ou desconforto", afirma. Os problemas de origem estética também estão relacionados ao aumento em casos de bullying, interferindo nas relações interpessoais e na autoestima da criança.


  • Hábitos de alimentação saudável e conscientização

Consenso entre os especialistas, hábitos como consumo excessivo de açúcar, falta de higienização correta e de acompanhamento preventivo com especialistas são as principais causas para o crescente problema na saúde bucal infantil, que compromete também seus estudos. Soma-se a isso fatores socioeconômicos e falta de assistência odontológica. 

"A população em geral precisa ter acesso à informação para que possa entender a realidade bucal infantil e, assim, consiga contribuir dentro do seu nicho de atuação. Além do mais, o comprometimento da família e dos responsáveis é a parcela mais importante da promoção de saúde bucal. Eles precisam estar envolvidos com a necessidade daquela criança, cuidando, orientando, incentivando e a levando às consultas periódicas", finaliza Nádia.

*Associação entre saúde bucal infantil e ambiente escolar no desempenho acadêmico de escolares de 12 anos de Quito, Equador, publicado por Community Dentistry Oral Epidemiol em Outubro, 2023.

 

Odontoprev


Mulheres na perimenopausa têm risco 40% maior de depressão, afirma estudo

Pesquisa realizada em diversos países destaca a importância do cuidado com a saúde mental no período antes e durante a menopausa

 

Um estudo recente da University College London (UCL) revelou que a perimenopausa, período que antecede a menopausa, está associada a um aumento de 40% no risco de depressão em mulheres. A pesquisa, que analisou dados de 9.141 mulheres de diferentes países, reforça a importância da atenção à saúde mental durante essa fase da vida.

A médica Alexandra Ongaratto, especializada em ginecologia endócrina e climatério e Diretora Técnica do primeiro Centro Clínico Ginecológico do Brasil, o Instituto GRIS, enfatiza a relevância dos resultados. “O estudo da UCL confirma o que muitas mulheres já vivenciam: a perimenopausa pode ser um período desafiador do ponto de vista emocional. É fundamental que as mulheres estejam cientes dos riscos e busquem ajuda profissional caso necessitem”, afirma.

Vanessa Oliveira, 43 anos, sempre foi uma mulher ativa e independente. Mas nos últimos meses, algo diferente estava acontecendo. Ela se sentia cada vez mais desanimada e sem energia. As tarefas do dia a dia pareciam um fardo, e seu dia a dia deu lugar a uma tristeza persistente.

Preocupada com sua saúde mental, Vanessa decidiu procurar ajuda médica. Durante a consulta, ela descobriu que estava na perimenopausa, período marcado por diversas mudanças hormonais.



Sintomas e diagnóstico

Alexandra explica que a perimenopausa é caracterizada por uma série de sintomas físicos e emocionais, como “irregularidades menstruais com ciclos anormais ou mais frequentes e alterações de humor com oscilações de humor, ansiedade, irritabilidade e até mesmo depressão”, cita. Outros sintomas incluem:

  • Secura vaginal: diminuição da lubrificação vaginal, podendo causar desconforto durante a relação sexual.
  • Insônia: dificuldades para dormir ou sono excessivo devido a suores noturnos e alterações hormonais.
  • Fadiga: cansaço persistente, mesmo após repouso adequado.
  • Ganho de peso: aumento gradual de peso, principalmente na região abdominal.
  • Problemas de memória: dificuldade de concentração e memória recente.

O diagnóstico da perimenopausa é feito por meio da avaliação médica, levando em consideração os sintomas, idade e histórico da paciente. A médica enfatiza que exames de sangue podem auxiliar na confirmação do diagnóstico e na avaliação dos níveis hormonais.



Tratamento e prevenção

Embora a perimenopausa seja um processo natural, o tratamento pode ser necessário para aliviar os sintomas e melhorar a qualidade de vida da mulher. As opções incluem:

  • Terapia hormonal: reposição de estrogênio ou estrogênio e progestógeno para equilibrar os níveis hormonais.
  • Antidepressivos: medicamentos para estabilizar o humor e combater a depressão.
  • Mudanças no estilo de vida: alimentação balanceada, rica em frutas, legumes e grãos integrais; prática regular de exercícios físicos; controle do estresse; consumo moderado de álcool e cafeína.


Riscos associados à menopausa:

Além da depressão, a menopausa também está relacionada a outros riscos à saúde, como:

  • Doenças cardíacas: aumento do risco de doenças cardíacas e AVC.
  • Osteoporose: perda óssea e maior risco de fraturas.
  • Alterações no colesterol: aumento do colesterol LDL ("ruim") e diminuição do HDL ("bom").
  • Ganho de peso: aumento da gordura corporal, principalmente abdominal.
  • Ansiedade e depressão: risco aumentado de desenvolver transtornos de ansiedade e depressão.


Prevenção e cuidados médicos

Manter um estilo de vida saudável e realizar acompanhamento médico regular são essenciais para prevenir e gerenciar os riscos associados à menopausa. Alexandra ressalta que "a menopausa não precisa ser um período de sofrimento. Com acompanhamento adequado e medidas preventivas, as mulheres podem enfrentar essa fase da vida com mais saúde e qualidade de vida".


Tratamento da menopausa pelo SUS

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou um projeto de lei que prevê tratamento para mulheres em climatério e menopausa pelo SUS (Sistema Único de Saúde). A iniciativa também institui a Semana Nacional de Conscientização para Mulheres na Menopausa ou em Climatério.

O projeto, agora encaminhado para análise na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), prevê que o SUS deve oferecer serviços de saúde específicos para mulheres que enfrentam esse período de transição, utilizando sua rede de unidades públicas ou conveniadas. Entre os serviços estão medicamentos hormonais e não hormonais, o SUS vai passar a disponibilizar os principais hormônios aprovados para a terapia de reposição hormonal, além de alternativas para mulheres com contraindicações.


Instituto GRIS


Todos estão vulneráveis a um transtorno mental, afirma especialista

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Desenvolver um transtorno mental é uma realidade mais próxima do que a maioria das pessoas imagina, afirma o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela


De acordo com a OMS - Organização Mundial da Saúde - em 2019 cerca de 1 bilhão de pessoas viviam com algum transtorno mental em todo o mundo, sendo 14% deles adolescentes. Isso mostra que mostra a grande prevalência de problemas de saúde mental na população mundial.

 

De acordo com o Pós PhD em neurociências e membro da Society For Neuroscience nos Estados Unidos, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, todos possuem algum nível de predisposição a transtornos mentais, o que muda é a forma como elas podem se manifestar.

 

Todos possuem predisposições para um ou mais transtornos mentais ao longo da vida. Mas desenvolver algum desses transtornos depende da manifestação dessas predisposições, influenciado por fatores como traumas, fatores ambientais ou outras doenças”, afirma.

 

Nossos comportamentos não só mostram quem somos, mas podem influenciar como agimos e como nos sentimos. Alguns deles nos deixam mais propensos a desenvolver transtornos, o que, combinado com predisposições genéticas, influencia as nossas tendências individuais. Esses transtornos geralmente são resultado de uma mistura de fatores.Todos nós nascemos com algumas tendências que, em determinadas circunstâncias, podem levar a transtornos, todos estão propensos a isso em algum nível”.

 

Por exemplo, se uma pessoa que tem insegurança, introversão, perfeccionismo, etc., ela pode levar uma vida sem necessidade de ajuda profissional e nem mesmo perceber que possui características que se encaixam no Transtorno de Personalidade Evitativa (TPE), ao mesmo tempo em que pode passar por um trauma e tudo isso se manifestar na forma do transtorno”, afirma o Dr. Fabiano de Abreu. 

 

Traços comportamentais de todos possuem semelhanças com transtornos


Se analisarmos isoladamente os traços comportamentais de uma pessoa, é possível identificar semelhanças com traços presentes em um ou mais transtornos de personalidade. Não necessariamente todos os traços precisam ser compatíveis, mas uma significativa maioria pode ser observada. Eu denomino isso como predisposição de personalidade, não de origem genética, que se assemelha à genética quando examinada através de sequenciamento de DNA ou imputação de dados brutos, dependendo do tamanho da amostra”.

 

Esse fenômeno pode levar alguém a acreditar equivocadamente que possui um transtorno mental, mas um transtorno se caracteriza quando esses traços se tornam nocivos. Isso deriva da intensidade desses traços, que é influenciada por fatores ambientais, como estilos de vida, estressores, traumas e outros elementos que intensificam esses traços ao ponto de causar prejuízos que podem ser diagnosticados como um transtorno. Portanto, este conceito abrange não apenas a predisposição genética per se, mas também uma predisposição que emerge da personalidade”, explica Dr. Fabiano de Abreu.


Este estudo, fundamentado no conceito do Dr. Fabiano de Abreu, está sendo desenvolvido no CPAH - Centro de Pesquisa e Análises Heráclito com o apoio de diversos profissionais da saúde. A pesquisa está em processo de revisão para futura publicação em uma revista científica.


Dr. Fabiano de Abreu Agrela - Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos , membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA - American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ. Autor de mais de 240 artigos científicos e 17 livros.


Dentes e mau hálito: como a saúde bucal pode fechar ou abrir portas no mundo corporativo

 


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Especialista mostra como um sorriso genuíno e bem cuidado pode ser um diferencial na carreira profissional


Em um mundo onde as primeiras impressões são decisivas, um sorriso pode ser muito mais do que uma simples expressão de felicidade. Segundo o cirurgião-dentista e diretor técnico da Dental Beauty Walter Solter, um sorriso genuíno e bem cuidado não só melhora a autoestima, mas também pode ser o diferencial na carreira profissional. “Com estudos demonstrando que sorrisos atraentes e saudáveis são frequentemente associados à competência e confiabilidade, não é surpresa que esse simples gesto possa influenciar significativamente as oportunidades profissionais e de networking”, afirma Solter.

Segundo o especialista, um sorriso atraente é uma composição harmoniosa de dentes bem alinhados, gengivas saudáveis e um equilíbrio estético que complementa as características faciais. Além da estética, a funcionalidade de um sorriso saudável também desempenha um papel fundamental na comunicação não verbal, sendo uma ferramenta poderosa em interações profissionais. “O sorriso que você oferece pode desarmar tensões, criar ambientes amigáveis e até mesmo fomentar uma cultura de trabalho positiva. Em funções de liderança, por exemplo, sorrir não é apenas uma maneira de parecer acessível, mas também uma estratégia eficaz para inspirar confiança e fidelidade na equipe”, afirma o cirurgião-dentista.

A importância de manter uma boa saúde bucal vai além da estética. Problemas como mau hálito ou dentes malcuidados podem prejudicar não apenas a saúde física, mas também a imagem profissional. “Investir em tratamentos odontológicos de qualidade não é apenas uma questão de vaidade, mas um componente decisivo para o sucesso em um ambiente corporativo competitivo. Com a popularidade crescente de procedimentos como clareamento dental e facetas, nunca foi tão acessível manter um sorriso que não só promova uma boa saúde, mas também reforce a confiança e o profissionalismo”, diz o diretor técnico da Dental Beauty.

De acordo com Soler, um sorriso é mais que um gesto de felicidade ou uma resposta amigável, é uma ferramenta de comunicação poderosa que reflete aspectos fundamentais da personalidade e do profissionalismo de uma pessoa. “Um sorriso pode não garantir o sucesso por si só, mas sem dúvida, abre portas e cria um ambiente onde o sucesso é mais acessível. Em um mundo onde a imagem pessoal pode influenciar tanto a percepção quanto a realidade profissional, cuidar do seu sorriso é, sem dúvida, um investimento inteligente”, afirma Solter.

O cirurgião-dentista diz que os procedimentos comuns que podem fazer parte de uma reforma de sorriso incluem branqueamento dentário, facetas dentárias, tratamentos ortodônticos e implantes dentários. “A reforma do sorriso abrange uma variedade de tratamentos odontológicos projetados para melhorar o apelo estético do sorriso. É uma abordagem personalizada, considerando fatores como características faciais, tom de pele, cor do cabelo, dentes (cor, largura, comprimento, formato e exibição dos dentes) e tecido gengival. Esse processo abrangente visa não só melhorar a saúde dentária, mas também servir como um impulsionador da confiança por meio de um sorriso mais atraente”, finaliza Walter Solter.


Dental Beauty
Rua Almirante Ary Rongel, 511, Recreio dos Bandeirantes - Rio de Janeiro – RJ
Instagram: @clinicadentalbeauty


Crianças não têm manual, mas os marcos do desenvolvimento podem ser um guia útil para os pais

Com quantos anos a criança deve firmar o pescoço? Quando ela começa a rolar e engatinhar? E a andar? Quando isso geralmente começa? Será que meu filho está atrasado ou adiantado? Essas são exemplos de perguntas que muitos pais fazem, principalmente quando têm o primeiro filho.


Com quantos anos a criança deve firmar o pescoço? Quando ela começa a rolar e engatinhar? E a andar? Quando isso geralmente começa? Será que meu filho está atrasado ou adiantado? Essas são exemplos de perguntas que muitos pais fazem, principalmente quando têm o primeiro filho.

São Paulo, abril de 2024 – Os Marcos do Desenvolvimento Infantil foram estabelecidos para fornecer aos especialistas uma referência do que é considerado desenvolvimento típico, abrangendo marcos motores, cognitivos, sociais e emocionais.

Esses marcos são determinados com base em pesquisas científicas e observações clínicas de crianças em diversas idades e culturas, com instituições como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Academia Americana de Pediatria (AAP) desempenhando papéis importantes em sua definição e atualização. Além de orientar os especialistas, essas diretrizes também ajudam os pais e cuidadores a responderem questões sobre o desenvolvimento infantil.

Porém, como explica a Prof.ª Dra. Juliana Bilhar, fisioterapeuta com doutorado e mestrado em Ciências pela USP, especialista em Fisioterapia Neurofuncional, embora os marcos do desenvolvimento sejam úteis como referência geral, é importante notar que cada criança se desenvolve em seu próprio ritmo, e pode haver variações individuais dentro do espectro do desenvolvimento.

“Os marcos servem como um guia geral para pais e cuidadores, mas também é muito importante  observar e responder às necessidades únicas de cada criança. Afinal, embora muitos aspectos do desenvolvimento infantil sejam semelhantes entre crianças típicas e atípicas, existem diferenças importantes que exigem uma abordagem individualizada para entender e apoiar o desenvolvimento saudável de cada criança”, explica a Prof.ª Dra. Juliana.

 A especialista destaca três diferenças entre os marcos do desenvolvimento em crianças típicas e atípicas:

Padrões de Tempo: Crianças típicas alcançam marcos específicos, como sorrir, rolar, sentar, engatinhar, andar e falar, dentro dos marcos do desenvolvimento "padrão". Enquanto isso, crianças atípicas podem apresentar dificuldades em alcançar certos marcos ou alcançá-los de forma diferente. Por exemplo, uma criança com autismo pode desenvolver a fala mais tarde do que o esperado, ou uma criança com paralisia cerebral pode não atingir os marcos motores típicos.

Variações Individuais: As variações individuais das crianças atípicas são amplas e podem afetar diferentes áreas de desenvolvimento, como habilidades motoras, cognitivas, sociais e emocionais. Algumas podem apresentar atrasos em certas áreas, enquanto outras exibem habilidades avançadas em outras. Fatores como gravidade da condição, intervenções precoces e ambiente familiar influenciam essas variações. Portanto, é importante reconhecer e apoiar essas diferenças para garantir que cada criança, típica ou atípica, receba o suporte necessário para alcançar seu potencial máximo de desenvolvimento.

Necessidades de Suporte: Crianças típicas geralmente não precisam de intervenções específicas para atingir marcos do desenvolvimento, enquanto crianças atípicas podem exigir suporte adicional, incluindo terapia ocupacional, fonoaudiologia, fisioterapia ou outras intervenções, para ajudá-las a alcançar marcos e atingir seu potencial máximo de desenvolvimento.

Para a Prof.ª Dra. Juliana Bilhar, o mais importante é compreender os marcos do desenvolvimento e oferecer o apoio necessário a cada criança em sua jornada de crescimento. “Reconhecer as variações individuais, promover a inclusão e fornecer intervenções adequadas são essenciais para garantir que todas as crianças, típicas ou atípicas, tenham a oportunidade de alcançar seu potencial máximo, independentemente de suas trajetórias de desenvolvimento”, finaliza a fisioterapeuta.

 

Prof.ª Dra. Juliana Bilhar – Fisioterapeuta especialista em neurodesenvolvimento Fisioterapeuta, Doutora e Mestre em Ciências pela USP, especialista em Fisioterapia Neurofuncional pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em Doenças Neuromusculares pela Unifesp.


Maio Amarelo: vai de carro? Ortopedista dá sete dicas simples para viagem segura e confortável

Mês dedicado à prevenção de acidentes de trânsito: seguir medidas básicas evitam distrações 

 

Excesso de velocidade, uso de celular ao volante, mexer no som, atenção dividida em passageiros e/ou crianças no banco de trás, dentre outros fatores, contribuem para 18% dos acidentes de carro em todo o mundo. O estudo, divulgado pela Agência Brasil, é da revista científica canadense Journal of Bone and Joint Surgery, uma das mais renomadas da área de ortopedia. O levantamento também indicou que a cada 25 segundos, uma pessoa morre e outras 58 ficam feridas por conta de distrações. Neste ano, a campanha “Maio Amarelo”, com foco na prevenção de acidentes de trânsito, traz o tema “A paz no trânsito começa por você”. Por isso, o Prof. Dr. José Luís Zabeu, chefe do Serviço de Ortopedia do Vera Cruz Hospital, em Campinas (SP), e membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) traz dicas que auxiliam a reduzir o estresse na direção e a promover a segurança. 

No final deste mês teremos o feriado de Corpus Christi e, em julho, a temporada de férias. Se a ideia é viajar com a família ou os amigos, use sem moderação:

 

1 - Descanse bem antes de pegar a estrada: o dia anterior a uma longa viagem é decisivo para a qualidade e segurança em todo o percurso. Então, a orientação é uma noite de sono longo e profundo; junto a uma boa alimentação.

 

2 -Defina seu caminho antes de partir: mesmo com a ajuda de aplicativos de GPS, saber previamente o caminho gera menos estresse e evita que se fique o tempo todo olhando para a tela. “Prestar a atenção ao trânsito e manter os olhos atentos à tela gera um grande cansaço e representa um risco. Compartilhe com alguém de sua família ou amigos seu itinerário; caso surja algum imprevisto, isso pode ser útil e a pessoa ao lado auxiliar no caminho correto”, indica o médico.

 

3 - A posição do banco, da direção e dos espelhos precisam ser muito bem checadas. Conforto e visibilidade são prioridades de segurança e prevenção de dores e cansaço excessivo.

 

4 - Se seu carro tem piloto automático, use e abuse. “O acelerar e frear diante do risco de radares acaba por sobrecarregar o carro e o motorista, gerando fadiga e estresse desnecessários. O recurso é uma boa opção para evitar multas e o risco da alta velocidade”, sugere.

 

5 - Paradas para descanso e abastecimento: ajudam muito a prevenir desconfortos pelo corpo e a despertar o cérebro diante de um trajeto muito monótono. “Idealmente, deve-se parar a cada 2 horas e 10 minutos bastam para o corpo dar uma boa despertada. Aproveite para caminhar e fazer um pouco de alongamento nesses intervalos”.

 

6 - Itens fundamentais para uma boa atenção ao trânsito: deixe ajustada sua playlist de música, seu trajeto no aplicativo de GPS, sua garrafinha de água, seu lenço de papel, seu lanche rápido. Muitos acidentes ocorrem nessas distrações. E, obviamente, jamais fique checando o celular ao longo do trajeto. Isso é para ser feito nas paradas.

 

7 - Minimize problemas prévios: se você tem problemas de circulação nas pernas, principalmente varizes, uma boa ideia é usar meias elásticas e procurar exercitar bastante os pés ao longo da viagem. Se seu problema é na coluna, um bom apoio lombar (algo que “empurre” levemente o abdome para frente), é fundamental. “Caso tem problemas nos ombros, busque uma postura em que os cotovelos fiquem apoiados, e os braços não muito abertos. Por fim, use o encosto da cabeça em alguns momentos para evitar a sobrecarga aos músculos do pescoço”, conclui Zabeu.

 

Vera Cruz Hospital


O que o seu “catarro” quer dizer?

 

Especialista explica as principais doenças que podem causar a secreção na garganta e como tratar

 

As mudanças climáticas causadas pela chegada do outono aumentam a incidência de um conhecido sintoma: a secreção na garganta popularmente conhecida como “catarro”, que é produzida pelo sistema respiratório como resposta a irritações, infecções ou inflamações. Podendo ser branco, amarelado ou esverdeado, as secreções ou mucos podem ser causados por diversos fatores. 

“As principais doenças que causam secreção na garganta são a faringite, que é um edema na parte posterior da garganta e que pode causar o muco e dor de garganta; a laringite, que acomete as cordas vocais e pode causar secreção, tosse e rouquidão; os resfriados ou sinusites, que causam secreções no nariz que podem gotejar para a garganta causando tosse e incômodo”, explica o Doutor Paulo Mendes Jr, otorrinolaringologista do Hospital IPO, maior referência da América Latina em otorrinolaringologia, com sede em Curitiba (PR).
 

Paulo comenta o fato de que a primeira ação da maioria das pessoas para tentar eliminar o catarro é o ato de “pigarrear”. Apesar de efetiva à primeira vista, a ação tende a causar prejuízos a longo prazo. “A repetição do pigarro pode traumatizar e causar uma lesão próximo às cordas vocais chamada granuloma ou úlcera de contato. A região inflama, fica machucada e a tendência é sempre piorar”, comenta. A solução mais eficaz para eliminação do muco é a lavagem nasal, que pode ser realizada de várias formas. “Ao observar a secreção vindo do nariz para a garganta, principalmente em resfriados, deve-se realizar a lavagem nasal com soro fisiológico, que pode ser em jato contínuo ou em garrafinhas com alto volume de soro. Outras opções são a inalação com soro em temperatura ambiente e a ingestão de bastante água para deixar o muco mais fluido e fácil de ser eliminado”, explica. 

A lavagem nasal, inclusive, é indicada não apenas quando existe a presença de secreção na garganta, mas também como uma forma de prevenção e limpeza no dia a dia. “O nariz filtra poluição do ar, ácaro, pólen e epitélio de animais, podendo obstruir as vias e evoluir para uma sinusite. A lavagem, se feita diariamente, vai remover possíveis secreções, sujeiras e hidratar a mucosa nasal”, argumenta o especialista.

Em Jr.relação à coloração do muco, inicialmente é normal que seja clara e aquosa. “A secreção inicial, chamada de coriza, é comum em crises de rinite, resfriados e gripes. O equívoco mais comum dos pacientes é acreditar que caso a coloração mude para amarelada ou esverdeada, já deve fazer uso de antibióticos”, explica o médico. “A coloração não vai indicar a necessidade de antibiótico, e sim o tempo que ela está ocorrendo e outros sintomas. Por isso é importante que um médico sempre seja consultado para o diagnóstico correto”, completa o Dr. Paulo Mendes.


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