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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Ciber-resiliência: a chave para proteger os dados no setor de saúde

 

Durante 2023, foi registrado um recorde de ciberataques a hospitais. De acordo com um relatório da Agência de Cibersegurança da União Europeia (ENISA), os ciberataques dobraram no primeiro trimestre do ano, atingindo 40 incidentes, em contraste com uma média de 22 nos primeiros três meses de 2021 e 2022. Esses ataques não apenas afetaram os hospitais, mas também direcionaram seus objetivos para os provedores de serviços no setor da saúde.

O relatório também destaca a preocupação com vazamentos de dados na área da saúde, apontando que têm sido os mais custosos por 12 anos consecutivos em comparação com outros setores, com um valor médio de aproximadamente 300.000 euros em toda a Europa. Na Espanha, temos o caso do Hospital Clínic de Barcelona, que sofreu as consequências de um ataque de ransomware que criptografou seus sistemas, levando várias semanas para recuperar sua atividade normal. Essa situação não apenas causou grandes perdas econômicas, mas também a exposição de dados pessoais sensíveis.

Esse tipo de ataques geralmente visa atingir sistemas de computadores vulneráveis, criptografando ou roubando seus dados, antes de enviar uma nota de resgate exigindo um pagamento em troca da descriptografia ou para não os tornar públicos.

Mas, por que esses ataques são direcionados a centros de saúde? O acúmulo de dados pessoais com informações sensíveis por parte dos hospitais e o fato de desempenharem um papel determinante no bem-estar social tornaram essas instituições alvos atrativos para cibercriminosos. De fato, segundo a Accenture, os dados de saúde são até 20% mais valiosos do que as informações de cartões de crédito comuns. Portanto, é imperativo abordar a crescente preocupação com a segurança no âmbito da saúde neste mundo cada vez mais digitalizado.

Sem uma estratégia de proteção adequada, a cibercriminalidade se aproveita da rápida digitalização. De acordo com um estudo da Deloitte, apenas 6,25% das empresas afirmam não terem sido vítimas de um ciberataque. Ameaças mais comuns, como phishing e ransomware, impactam diretamente na segurança dos nossos dados: estima-se que um ataque de ransomware pode custar às empresas uma média de 1,8 milhão de dólares, e o tempo de inatividade e a recuperação representam a maior parte desse custo.


Adoção de estratégia preventiva

As agências governamentais nos Estados Unidos já estão reconhecendo a gravidade desses ciberataques e estão adotando abordagens mais proativas, implementando estratégias preventivas centradas na ciber-resiliência. O recente desmantelamento da infraestrutura do Qakbot, um malware usado para roubo de dados financeiros e criptomoedas, serve como exemplo dessa nova estratégia. Ele se espalhava por e-mails com links ou hiperlinks maliciosos, através dos quais conseguia infectar o dispositivo informático da vítima, chegando a afetar cerca de 700.000 computadores em todo o mundo.

A ciber-resiliência não apenas envolve proteção contra ataques, mas também assegurar a privacidade e a governança dos dados. A adoção de tecnologias como inteligência artificial e aprendizado de máquina pode detectar anomalias em tempo real, enquanto cópias imutáveis de dados podem facilitar a recuperação rápida diante de um evento de ransomware.

Nesse sentido, tecnologias como inteligência artificial ou aprendizado de máquina podem detectar anomalias em tempo real, além de criar cópias imutáveis dos dados para auxiliar as entidades na recuperação rápida de um evento de ransomware.

A chave deste conceito é ter uma infraestrutura de dados inteligente, que combine um armazenamento unificado, livre de silos, complementado por uma ampla gama de serviços de dados adicionais e ferramentas que permitam observar e operar de maneira automatizada.

Essa infraestrutura deve estar integrada em todos os locais onde as empresas possuem seus dados, seja em um centro de dados próprio ou na nuvem. Além disso, as empresas de saúde devem aproveitar as vantagens da inteligência artificial para proteger os dados, preservar sua privacidade ou auxiliar em sua governança, garantindo que os departamentos de TI estejam um passo à frente dos criminosos.

Em última instância, a segurança na saúde representa um desafio coletivo que requer uma ação colaborativa. Ao adotar estratégias preventivas e tecnologias avançadas, podemos fortalecer nossa resiliência diante das crescentes ameaças cibernéticas. A proteção de nossos dados não é apenas uma responsabilidade empresarial, mas um compromisso com a saúde e a segurança de todos.

 

Marcos Gaspar - District Manager da NetApp Brasil


Por que a geração Z está fugindo dos cargos de liderança?

Divulgação
   A “Quiet Ambition” é a tendência que vem preocupando o mundo corporativo

 

Nos últimos meses, uma tendência tem vindo à tona, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. A Quiet Ambition (Ambição Silenciosa), termo que apareceu pela primeira vez em uma reportagem da revista americana Fortune, publicada no ano passado, representa o fenômeno que descreve um comportamento presente, principalmente entre jovens da Geração Z (nascidos entre 1996 e 2010), a falta de ambição em assumir novos cargos, especialmente se isso envolve liderar equipes. 

Muitos profissionais que entram no mercado de trabalho parecem estar se afastando da tradicional busca por liderança dentro das carreiras empresariais. Para Leila Santos, coach e especialista em comportamento humano, a geração Z não está disposta a assumir os altos custos que vêm junto com a posição de gestão tais como: sobrecarga de trabalho, pressão, responsabilidades e liderar equipes. “Infelizmente, o modelo de liderança vigente e sustentado pelas gerações anteriores nas maiorias das empresas, não consegue seduzir a nova geração que enxerga no papel de liderança mais prejuízos do que benefícios. De acordo com um relatório da plataforma de people analytics canadense Visier – com 1000 entrevistados, a maioria dos profissionais está evitando cargos de gestão para ter mais tempo livre. Dos entrevistados, 38% estão interessados ​​em se tornar gestores de equipes na empresa em que trabalham e 62% preferem permanecer como estão”.

Embora a geração Z lidere esse movimento, a valorização do equilíbrio entre vida pessoal e profissional passou a ser objeto de desejo de muitos profissionais no mundo pós- pandemia. A mesma pesquisa cita ainda que dentre as principais ambições desse público estão: passar tempo com a família e amigos (67%), ter saúde física e mental (64%) e viajar (58%). Apenas 9% colocam como prioridade se tornar um gerente de pessoas e 4% afirmam se tornar um executivo de alto escalão.

É improvável que o quiet ambition leve a um futuro totalmente sem líderes. A ambição é uma força poderosa que pode ser usada para alcançar grandes objetivos. Mesmo que as pessoas com ambição silenciosa sejam mais inclinadas a cumprir suas metas de forma discreta e reservada, elas ainda poderão se tornar líderes. “Essa é uma questão crucial para as organizações e por isso, o planejamento do pipeline da liderança deve ser incluído na pauta estratégica da alta direção uma vez que os processos de sucessão interna e atração de novos talentos tendem a ficar cada vez mais comprometidos com a baixa ambição na nova geração. Uma pergunta que todo líder deveria se fazer é: o meu sucessor já está na minha equipe ou na minha empresa? Se a sua resposta for não, você já vive uma crise de gap de liderança”, reforça Leila.

O universo corporativo já começou a sentir os desafios que essa tendência traz. Grandes empresas, que costumam atrair talentos jovens ansiosos por liderar, estão sentindo os efeitos, o que levanta uma questão fundamental: o que as empresas podem fazer para se adaptar a essa nova realidade? “O RH deve desenvolver e apoiar a estratégia da empresa na construção do pipeline de liderança que garanta a sustentabilidade da liderança no futuro da organização. Tornar a posição de liderança atrativa, não apenas pelos benefícios materiais e financeiros, mas também por estar imbuída de senso de propósito. Além disso, cultivar uma cultura que priorize o bem estar, a diversidade, inclusão e que seja vivenciada na prática, especialmente pela liderança, desenvolver líderes de líderes e capacitá-los para identificar e mentorar talentos internos e por fim, apoiar novos líderes na construção das competências essenciais de liderança”, indica Santos.

É claro que nem todas as pessoas com ambição silenciosa serão líderes. No entanto, a quiet ambition pode ser uma força positiva e se bem aproveitada, pode fortalecer as empresas que possuem culturas mais cooperativas e menos verticalizadas. “As novas gerações precisam enxergar que a empresa ou a nova posição proposta estão em congruência com os valores que pregam e com os valores que buscam” finaliza. 


Leila Santos - Coach de líderes e empresas há mais de 20 anos, atende clientes com renome no mercado como Grupo WLM, L’Occitane, Grupo Boticário, Sephora, Itaú, Biolab, Pfizer, Roche, Astellas, Ache, AstraZeneca, Farmoquímica, Fitec, Pierre Fabre, Uni2, Gencos, dentre outras. Atua com foco no cliente corporativo, sempre valorizando e investindo em profissionais e empresas que já estão preparados para essa mudança de cultura e mindset.


Trump inelegível: Suprema Corte decide caminho do ex-presidente republicano nas eleições

Especialista em Relações Internacionais do CEUB comenta o caso, que pode interferir no futuro político dos EUA


A Suprema Corte americana iniciou o processo para analisar se o candidato Donald Trump deve ser excluído das primárias presidenciais republicanas do Colorado, devido ao suposto papel no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021. Danilo Porfírio, professor de Relações Internacionais do Centro Universitário de Brasília (CEUB), avalia os desdobramentos do caso. Segundo ele, independentemente da decisão que for tomada, levantará questionamentos sobre a imparcialidade da Suprema Corte. 

 

Confira a entrevista, na íntegra:

 

Qual é o fundamento legal da decisão da Suprema Corte do Colorado para excluir Donald Trump das primárias no estado, com base na 14ª Emenda da Constituição dos EUA?

DP: A controvérsia levantada pelo Estado do Colorado e sua justiça gira em torno da inelegibilidade de Trump para participar das primárias. Argumenta-se que ele teria violado a 14ª Emenda da Constituição Americana, especificamente sua Seção 3, que estipula que qualquer indivíduo que atente contra a ordem democrática e republicana dos Estados Unidos comete praticamente um crime de traição, tornando-se inelegível. Em essência, é a ideia de que alguém que não reconhece ou conspira contra a ordem democrática não pode se beneficiar dela, especialmente no âmbito eleitoral. No entanto, é importante ressaltar que Trump ainda não foi condenado por seu suposto envolvimento nos eventos de 6 de janeiro de 2021. Assim, essa é a questão central em debate.

 

Como avalia a probabilidade da Suprema Corte dos EUA decidir a favor ou contra a participação de Trump nas eleições presidenciais de 2024, considerando a composição atual do tribunal e os argumentos apresentados?

DP: A probabilidade de uma decisão condenatória que impossibilitaria Trump de concorrer parece bastante remota, por três razões principais. Primeiramente, a falta de uma condenação judicial é crucial. Sem essa condenação, Trump não pode ser categorizado como um conspirador ou apoiador de rebeliões. Na perspectiva eleitoral, é improvável que ele seja privado do direito de votar e ser votado. Em segundo lugar, a Constituição Americana é uma carta principiológica aberta, o que significa que ela contém interpretações difusas e lacunas.  

Essas lacunas podem permitir a candidatura de Trump, mesmo em circunstâncias como essa. A 14ª Emenda, por exemplo, não fala explicitamente sobre a proibição de direitos eleitorais, mas sim sobre as implicações penais e civis associadas ao apoio ou participação em insurgências e conspirações contra a ordem democrática e republicana. Portanto, há margem para interpretação e possíveis brechas legais, dadas a natureza difusa da Constituição. Por fim, a composição majoritariamente republicana da Suprema Corte também deve ser levada em consideração. Esta dinâmica política pode influenciar a interpretação e aplicação da lei em casos controversos como este.

 

Quais são os possíveis desdobramentos políticos e legais caso a Suprema Corte decida que Trump pode ser impedido de concorrer às primárias republicanas?

DP: A questão central reside no seguinte: embora Trump possa ser impedido de concorrer nas primárias republicanas, ainda poderia se candidatar de forma independente à presidência. Esta é uma das brechas a serem consideradas. Além disso, em uma situação em que não há condenação penal ou civil que ligue Trump diretamente aos eventos de 6 de janeiro de 2021, surge uma cadeia de inseguranças jurídicas. Essa decisão poderia ter repercussões alarmantes para os direitos políticos dos cidadãos comuns, até mesmo abrir precedentes para a relativização da liberdade de expressão e de manifestação. Portanto, há implicações a serem consideradas para além do caso específico de Trump.

 

Como a decisão da Suprema Corte sobre a elegibilidade de Trump pode influenciar a dinâmica política nos Estados Unidos, especialmente no que diz respeito à polarização existente?

DP: Qualquer decisão, seja contra ou a favor de Trump, inevitavelmente intensificará retóricas e ações polarizadoras. Se Trump for condenado, surgirá uma narrativa de martírio em torno de sua liderança proeminente, gerando descrédito entre seus seguidores e questionando a legitimidade do regime americano, conforme idealizado pelos Founding Fathers. Isso poderia justificar ações de radicalização da Direita por uma parcela da população republicana, que se sentiria excluída do processo democrático. 

Por outro lado, se a decisão for favorável a Trump, os democratas e outros setores críticos do partido questionarão a integridade do sistema judicial americano, especialmente em relação à participação de Trump nos eventos de 6 de janeiro. De qualquer forma, as decisões da Suprema Corte servirão como sintomas expressivos de uma crescente fragmentação política nos Estados Unidos, refletindo as profundas divisões dentro da sociedade.

 

O papel de Trump no ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021 é central nas discussões sobre sua elegibilidade. Como essa situação impacta a interpretação da DP: 14ª Emenda e sua aplicação no caso específico?

DP: Essa questão deve ser decidida pela Suprema Corte. É importante compreender que a Seção 3ª foi concebida para preservar a unidade e a integridade do Estado americano, juntamente com seus fundamentos constitucionais. Não se pode permitir que uma autoridade política atente contra a própria ordem que a legitimou. Aqueles que conspiram contra o cenário político e jurídico não devem ser permitidos a participar dele.  

No entanto, cabe destacar que não houve condenação judicial efetiva que colocasse Trump nesta situação. Esta questão é levantada no contexto eleitoral, não em termos legais, penais ou civis. Seguindo uma lógica simples, ninguém pode ser considerado culpado sem um julgamento justo e uma condenação adequada. Portanto, é crucial respeitar o devido processo legal, incluindo o direito à ampla defesa, ao contraditório e ao duplo grau de jurisdição, que ainda não foram plenamente exercidos neste caso. Por isso acredito que, em princípio, Trump não será condenado e deverá manter o direito de participar das eleições.

 

Como avalia os argumentos da defesa de Trump de que os eventos de 6 de janeiro de 2021 não constituíram uma "insurreição"? Essa interpretação tem mérito jurídico?

DP: Em sua essência, uma insurreição implica em uma revolta, uma postura contrária que busca a ruptura da ordem estabelecida, muitas vezes com intenções golpistas e conspiratórias. Visa desacreditar a ordem política e jurídica vigente para estabelecer uma nova ordem, geralmente de maneira arbitrária e excepcional. No entanto, é importante diferenciar uma mera manifestação de descontentamento e uma verdadeira intenção de subverter o governo ou a ordem jurídica, como se viu na invasão ao prédio público. O âmago da questão reside no aspecto penal, especialmente relacionado ao ataque ao bem público. 

Quanto ao mérito jurídico, há argumentos a serem considerados de ambos os lados, inclusive em outras partes do mundo, como no Brasil. Por exemplo, as manifestações de 8 de janeiro de 2023 são interpretadas como uma tentativa de golpe por alguns e como violação do patrimônio público e destruição de bens públicos por outros. Apesar da manifestação inicialmente pacífica ter se transformado em tumulto, não havia um plano explícito de golpe. No Brasil, esse tipo de manifestação pode evocar memórias de invasões e depredações do Supremo Tribunal Federal, do Congresso Nacional e do Palácio do Planalto, bem como de patrimônio público por movimentos sociais que reivindicavam direitos sociais, como ocorreu com o MST na década de 90 e 2000.

 

Qual é a importância do princípio da imunidade presidencial em relação aos processos criminais que Trump enfrenta, e como isso pode influenciar a decisão da Suprema Corte sobre sua elegibilidade?

DP: Outro ponto de controvérsia diz respeito à argumentação dos advogados de Trump, que sustentam que todas as suas ações, eventos e manifestações ocorreram enquanto ele ainda ocupava o cargo de presidente dos Estados Unidos, e, portanto, estaria protegido pela imunidade presidencial. Por outro lado, aqueles que se opõem alegam que a imunidade não pode servir de justificativa para conspirar ou agir arbitrariamente contra a ordem política e jurídica dos Estados Unidos. Se a Suprema Corte reconhecer a imunidade presidencial, fortalecerá a posição de que Trump não tem nada a responder e mantém as condições de elegibilidade para concorrer ao pleito presidencial.

 

Além das implicações legais diretas, qual é o impacto potencial, em termos de estabilidade política e confiança nas instituições, de uma decisão da Suprema Corte que possa ser percebida como uma interferência nas eleições?

DP: Qualquer que seja a decisão tomada, inevitavelmente levantará questionamentos sobre a imparcialidade da Suprema Corte. Embora as decisões judiciais devam ser respeitadas, se a decisão for contrária a Trump, poderá fortalecer a retórica de descrédito do regime americano, sugerindo que a América já não reflete os ideais dos pais fundadores. 

Do mesmo modo, se a decisão favorecer Trump, poderá abrir uma caixa de Pandora, especialmente se ele voltar ao poder e intensificar essa retórica. Também pode gerar preocupações sobre a relativização do direito à livre manifestação e a validade de certos tipos de protestos. Os Estados Unidos estão passando por um momento especialmente sensível, em que questões sobre a democracia e a justiça estão sendo amplamente debatidas.

 

Considerando a possibilidade de a Suprema Corte decidir contra Trump, quais seriam os próximos passos políticos e legais que ele e seus apoiadores poderiam tomar?

DP: A primeira opção seria, de alguma forma, tentar impedir que Trump concorresse na condição de candidato independente. Antes disso, ele poderia adotar medidas para buscar uma revisão da decisão pela própria Suprema Corte no caso de uma decisão desfavorável. Como último recurso, poderia buscar um terceiro associado a Trump para ser eleito como porta-voz de seu projeto político. No entanto, essa última opção não tende a ser ideal, considerando o perfil e ego do candidato.


A pedido do Idec, Justiça derruba decisão da Anvisa e indústria é obrigada a se adequar ao selo da lupa


A Justiça Federal de São Paulo concedeu medida liminar na ação civil pública (ACP) apresentada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) contra a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação à prorrogação de prazos da rotulagem de alimentos e bebidas com o selo da lupa indicando altas quantidades de sódio, açúcar adicionado e gordura saturada. 


Uma decisão provisória do juiz Marcelo Guerra Martins, da 13ª Vara Cível Federal de São Paulo, suspende imediatamente os efeitos da Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 819/2023 e determina que a Anvisa se abstenha de adotar novas medidas que, direta ou indiretamente, autorizem o descumprimento de prazos de implementação da RDC nº 429/2020 e Instrução Normativa (IN) nº 75/2020 (leia mais abaixo).


Além disso, a decisão determina que as empresas fabricantes de alimentos processados e produtos ultraprocessados que se valiam da autorização de esgotamento de embalagens e rótulos antigos pela RDC nº 819/2023, passem a utilizar adesivos para adequar as embalagens com o selo da lupa e a tabela nutricional, em um prazo máximo de 60 dias. 


A decisão do magistrado Marcelo Guerra Martins considera que "é preciso resistir ao lobby de agentes econômicos que tentam compensar a própria incapacidade por meio de um protecionismo estatal que prejudica a coletividade, seja em relação aos consumidores, seja em termos de retardar a prevalência, na economia, das empresas dotadas de maior agilidade, eficiência, produtividade e capacidade de adaptação."


Em outro trecho, ao analisar o processo de tomada de decisão da prorrogação dos prazos no último dia para adequação dos rótulos, a liminar expõe que a "guinada perpetrada pela Anvisa em relação ao novo marco regulatório para as embalagens dos alimentos processados e ultraprocessados causa, no mínimo, estranheza. Como explicar que a partir de 57 (cinquenta e sete) solicitações isoladas se altere, em poucos dias, uma política pública destinada a abarcar milhares, quiçá milhões, de empresas produtoras dos alimentos enquadrados na RDC nº 429/2020?". 


Para o advogado Leonardo Pillon, do Programa de Alimentação Saudável e Sustentável do Idec, a decisão liminar é uma resposta muito positiva a fim de neutralizar as estratégias de influência política para o controle das decisões regulatórias pelos próprios agentes econômicos regulados. Ao mesmo tempo, ela ressalta a nocividade à saúde do consumo de ultraprocessados com lupas frontais, o que convenceu o magistrado a acolher os argumentos sólidos do Idec. 


"A imoralidade administrativa da Anvisa ao ter submetido sua função regulatória aos interesses da indústria, como já havíamos alertado em outubro passado, é extremamente danosa à reputação de uma agência conhecida por ser técnica e independente. Há uma dupla perda de credibilidade da agência: interna, ao ter desconsiderado as posições da sua própria área técnica, e externa por ter suprimido a participação social. De qualquer modo, essa decisão demonstra que o lobby de corporações reguladas e suas coalizões, grupos de fachada, entre outros, precisa ser devidamente depurado pelo sistema jurídico-institucional ante o déficit democrático fruto dessas atividades", afirma Pillon. 


Para o advogado do Idec, a decisão liminar consolida o direito das pessoas consumidoras de realizarem escolhas mais bem informadas sobre os potenciais efeitos nocivos à saúde decorrentes do consumo de produtos ultraprocessados e processados com o aviso da lupa frontal. 


 

Entenda as regras da rotulagem nutricional de alimentos

 

Com a aprovação da RDC nº 429 e da IN nº 75 da Anvisa, em 2020, a indústria alimentícia teve três anos para se adequar às novas regras de rotulagem, com a inclusão do selo da lupa e da nova tabela de informação nutricional. 


A maioria dos alimentos e bebidas processados e ultraprocessados devem apresentar o selo da lupa na parte da frente, com o aviso "alto em" açúcar adicionado, gordura saturada e/ou sódio. Os produtos devem apresentar também a nova tabela nutricional, incluindo a informação de nutrientes por 100 ml ou 100 gr, para que a comparação entre produtos seja mais fácil para o consumidor. 


A regra já estaria valendo para a maioria dos produtos alimentícios; apenas pequenos produtores e bebidas não alcoólicas em embalagens retornáveis teriam mais tempo. 


Porém, no fim do prazo de adequação, em outubro do ano passado, a Anvisa emitiu a RDC nº 819/2023, permitindo que as indústrias esgotassem o estoque de rótulos e embalagens ainda não atualizadas às novas regras, até outubro deste ano. 


Ao mesmo tempo, as próprias regras da Anvisa já permitiam a adequação de rótulos e embalagens existentes com adesivos, para evitar o descarte e o desperdício de materiais. 


Com a decisão liminar a pedido do Idec, a parcela da indústria que vinha se aproveitando da RDC nº 819/2023 terá de se adequar às regras de 2020, como já fizeram muitas empresas do setor alimentício nos últimos três anos. O novo prazo é de 60 dias para a adequação ou atualização dos rótulos e embalagens. 


Desde 2014, o Idec participa dos debates para garantir o direito das pessoas serem corretamente informadas sobre os ingredientes presentes nos alimentos e bebidas, com a definição de normas mais rígidas para a rotulagem. E isso inclui a luta pela criação do selo da lupa. 



5 dicas para bancários impulsionarem suas carreiras

Especialista em mercado financeiro explica como destacar-se no início da carreira no banco


No mercado de trabalho, o início de carreira e as transições profissionais são escolhas essenciais para alcançar o sucesso. Para os bancários que começam sua jornada ou exploram novos caminhos, desvendar estratégias é a chave para construir uma trajetória sólida. 

 

1 - Mantenha-se informado sobre a instituição

 

De acordo com Jorge Cardoso, CEO da Ensina Banco, iniciar a carreira bancária exige clareza e convicção na escolha profissional. “Conhecer a cultura da instituição, alinhar valores e missões pessoais, e desenvolver habilidades são passos fundamentais para se destacar no ambiente de trabalho”.

 

2 - Conheça os produtos do banco

 

Para tornar-se um bom consultor de negócios, é necessário uma compreensão profunda dos produtos bancários. Dominar as características e benefícios, saber contornar objeções e entender o perfil do cliente são elementos-chave para diferenciar-se como vendedor e consultor”, alega o especialista em mercado financeiro.

 

3 - Faça networking

 

Além disso, o networking é fundamental para bancários iniciantes. Jorge explica que compreender onde os profissionais estão, o que estão fazendo e estudando, facilita o acesso a mentores e referências no mercado, abrindo portas para aprendizado e crescimento profissional.

 

4 - Busque conhecimento

 

Outra dica importante, que serve tanto para iniciantes quanto para profissionais mais experientes, é manter-se informado sobre as últimas tendências do setor bancário. “Em um cenário onde clientes buscam especialistas atualizados, a falta de conhecimento pode afetar a confiança e credibilidade do profissional, impactando negativamente sua trajetória de carreira”, relata.

 

5 - Supere os desafios

 

Importante dizer que bancários iniciantes enfrentam desafios, desde o primeiro contato com o mercado financeiro até a gestão eficiente do tempo. No entanto, o especialista afirma que superar esses obstáculos envolve habilidades de vendas, gestão de tempo e o estabelecimento de metas claras de desenvolvimento profissional.

 

O autodesenvolvimento contínuo também é extremamente importante. Conhecer o próprio perfil, investir em estudos e dedicar tempo à carreira são pilares essenciais para transformar sonhos em realidade e ascender na carreira bancária”, conclui Jorge. 

 



Fonte:
Jorge Cardoso - Ensina Banco - Especialista em mercado financeiro
@jorgecardosobr | @ensinabanco


A comunicação no combate as pandemias


A associação entre saúde pública e comunicação é crucial para reduzir os efeitos econômicos e sociais de epidemias. Quanto mais rápida for a adoção de medidas que combatam a transmissão de doenças e incentivem a busca por tratamentos adequados, menor é o desgaste de comunidades. A atuação conjunta das áreas possibilita que as políticas públicas cumpram com o seu papel em um contexto complexo da competição entre mensagens de utilidade pública, mudanças de comportamentos e desinformação.  

Ao longo do tempo, o Brasil registra casos que refletem esse cenário, como a Revolta da Vacina, no início do século XX, que já expunha a preocupante consequência da desinformação. Um dos medos que circulava era manifestar feições de vaca, devido ao método de fabricação da vacina na época. A comunicação pública neste caso gerou ainda mais instabilidade pelo seu tom coercitivo. Ao contrário, o combate à poliomielite envolveu a população com o Zé Gotinha, incluindo a escolha do seu nome. Hoje, ainda é um símbolo não apenas de uma vacina, mas de todo o Plano Nacional de Imunização.  

A pandemia da Covid-19 e a Dengue são dois casos recentes que evidenciam a importância da integração nacional, ao mapear as regiões mais necessitadas, e coordenar ações e comunicações entre União, estados e municípios. O investimento em desenvolvimento de vacinas nacionais e a orientação para prevenção foram suprimidas pelo próprio Poder Executivo na pandemia, terceirizando aos estados ações isoladas, com baixo investimento em propagandas. Acompanhamos, agora, uma tentativa de controle da epidemia da Dengue, ainda de forma tímida em sua propaganda para a prevenção. Desde 2016 em pesquisa, o crescimento de casos levou ao investimento no desenvolvimento da vacina nacional e ao incentivo de práticas para reduzir o agente transmissor.  

Aplicativos foram desenvolvidos, como o AETrapp e o CaçaMosquito, para acompanhar focos em tempo real, mas o uso de dados e a ação de agentes sanitários devem ser complementares com uma maior frequência da atual campanha nacional de combate ao mosquito, ainda pouco veiculada. Quando há um mesmo discurso entre diferentes instâncias, as mensagens se somam, potencializando o entendimento mais homogêneo sobre a situação. Seguimos para mais de 350 mil casos de Dengue em 2024, ainda sem a oferta em grande quantidade de vacinas. Nesse contexto, a comunicação pública deve ser aliada ao desenvolvimento de tecnologia. Assim, a prevenção de doenças e os seus combates podem se tornar tão atrativos, quanto a facilidade de compartilhamento de desinformação.   

 

Clóvis Teixeira Filho - Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo e Coordenador dos cursos de pós-graduação na área de comunicação no Centro Universitário Internacional, UNINTER. 

 

Diversidade será um dos pilares para empresas que buscam inovação em 2024

Para Alexandre Slivnik, especialista em excelência de serviços no Brasil, investir nessa filosofia é o caminho ideal para estabelecer equipes mais inovadoras, colaborativas e bem-sucedidas 


A discussão em torno da diversidade, equidade e inclusão (DEI) tem ganhado cada vez mais espaço no cenário corporativo, impulsionando organizações a repensarem suas práticas e políticas internas. Em 2024, a expectativa é que esses temas não apenas se mantenham em evidência, mas também se tornem prioridades estratégicas para empresas em todo o mundo.

De acordo com Alexandre Slivnik, vice-presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil, a diversidade deixou de ser apenas uma tendência para se transformar em um pilar fundamental no sucesso empresarial. “As empresas perceberam que ambientes diversos promovem a inovação, aumentam a criatividade e impulsionam o desempenho geral. As organizações não devem ver a diversidade apenas como uma obrigação ética, mas como uma vantagem competitiva, afinal, pensamentos divergentes, desde que respeitados, levam à inovação e a inovação acelera o crescimento em busca de resultados”, revela.

 

Desafios e oportunidades na jornada pela inclusão

Apesar do progresso nos últimos anos, a jornada rumo à inclusão ainda enfrenta desafios. “Estereótipos e preconceitos podem criar barreiras. No entanto, em meio aos desafios, surgem oportunidades para criar ambientes de trabalho mais dinâmicos e acolhedores. Com isso, empresas que investem na capacitação e conscientização de suas equipes estão se destacando como líderes na promoção da diversidade”, relata.

A implementação de políticas e práticas eficazes é crucial para a promoção da diversidade, equidade e inclusão. “Em 2024, espera-se que as empresas se comprometam não apenas com declarações de intenção, mas com ações tangíveis. Programas de recrutamento inclusivos, treinamentos de sensibilização e medidas para combater o viés inconsciente são exemplos de estratégias que podem fazer toda a diferença”, pontua.

 

O impacto nos resultados empresariais

Além dos benefícios éticos e culturais, a diversidade impacta diretamente os resultados financeiros das empresas. “Estudos mostram que organizações com equipes diversas têm maior probabilidade de superar seus concorrentes. As empresas estão atentas a esse fato, buscando não apenas cumprir cotas, mas criar ambientes onde todos os colaboradores possam contribuir plenamente”, declara o especialista.

Para Slivnik, a diversidade, equidade e inclusão surgem como pilares inegociáveis para as organizações que desejam prosperar em um ambiente de negócios cada vez mais inclusivo. “Ao investir nessa filosofia, as empresas não apenas atendem às demandas da sociedade, mas também colhem os frutos de equipes mais inovadoras, colaborativas e bem-sucedidas. Ainda assim, a verdadeira transformação empresarial ocorre quando a diversidade não é apenas uma meta, mas uma realidade vivenciada por todos”, finaliza. 



Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias na área de palestras e treinamentos (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando-FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA/USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, Europa, África e Ásia, tendo feito especialização na Universidade de Harvard (Graduate School of Education - Boston/EUA).
Para mais informações, acesse o site oficial.

 

Especialista revela como superar os desafios burocráticos proporcionados pelos planos de saúde

 

De acordo com o Rodolfo Damasceno, autoridade em estratégias para autorizações cirúrgicas, superar esses obstáculos facilita a prestação de cuidados mais qualificados e centrados no paciente

 

Profissionais da saúde, muitas vezes, enfrentam desafios significativos ao lidar com as burocracias dos seguros, especialmente na obtenção de autorizações para procedimentos cirúrgicos, causando desconforto para médicos e pacientes que se veem imersos em um processo lento que impacta diretamente a qualidade e a eficiência do atendimento.

De acordo com Rodolfo Damasceno, especialista em estratégias de autorizações cirúrgicas, a demora na obtenção das autorizações torna-se um desafio crítico, pois pode levar a atrasos no tratamento e, em casos mais sérios, agravamento das condições de saúde do paciente. “Esse problema se tornou uma fonte crescente de frustração para profissionais de saúde”, lamenta.

 

Superando as barreiras burocráticas

O especialista acredita que a chave para deixar os desafios burocráticos para trás reside em uma comunicação eficiente entre os profissionais de saúde e as empresas seguradoras. “Estabelecer canais de comunicação claros e diretos pode agilizar o processo de autorização, minimizando atrasos desnecessários no atendimento. Além disso, é preciso orientar os pacientes sobre a importância de fornecer as informações necessárias, criando uma parceria que pode acelerar esses procedimentos”, pontua.

 

Tecnologia como aliada

A implementação de sistemas integrados entre os hospitais e as seguradoras pode simplificar significativamente os processos burocráticos. “Isso reduzirá o retrabalho de atividades e eliminará erros comuns associados à papelada. A documentação eletrônica também pode facilitar o compartilhamento rápido e seguro de informações. Esse movimento não apenas agiliza a obtenção de autorizações, mas também contribui para uma prática médica mais eficiente”, declara.

Vale lembrar que a falta de padronização nos procedimentos e na documentação exigida pelas seguradoras é um dos maiores problemas enfrentados nesses cenários. 

 

Um guia para navegar em meio a burocracia

Frente à crescente complexidade dos procedimentos exigidos para a obtenção de autorizações, a busca por uma assessoria especializada surge como uma estratégia valiosa. “Profissionais dedicados a esse papel podem oferecer orientações mais precisas, entendendo os requisitos específicos de cada seguradora e agilizando o processo para os médicos. Essa abordagem não apenas reduz a carga sobre os profissionais de saúde, mas também garante que os pacientes recebam o atendimento adequado”, revela Damasceno.

Enfrentar as burocracias dos planos de saúde, especialmente no contexto de autorizações para procedimentos cirúrgicos, é um desafio contínuo para os profissionais da área. “Mesmo assim, com alguns movimentos na direção certa, é possível não apenas superar esses obstáculos, mas também promover uma prestação de cuidados de saúde mais qualificados e centrados no paciente”, finaliza.

Além de ser o criador do Método RD3x, um impulsionador para a qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões que pode triplicar o número de cirurgias autorizadas, o especialista também criou o Método RD+, um processo de consultoria que auxilia diretamente os pacientes que buscam a realização de determinados procedimentos cirúrgicos. 



Rodolfo Damasceno - Empreendedor com uma década de atuação na área de saúde, Rodolfo possui ampla expertise em estratégias de autorizações cirúrgicas junto às operadoras de saúde. Destaca-se por sua significativa contribuição, destravando mais de 1.000 processos cirúrgicos e auxiliando médicos cirurgiões em diversas especializações. O especialista também é criador do Método RD3x, um impulsionador para a qualidade de vida dos Médicos Cirurgiões, evidenciado pelo seu impacto notável em triplicar o número de cirurgias autorizadas.
Para mais informações, acesse o instagram.


Falta de manutenção em veículos é causa de 30% dos acidentes de trânsito

Créditos: Envato
Avaliação periódica do sistema de freios é essencial para evitar problemas


Segundo a Polícia Rodoviária Federal, foram registradas mais de 4.400 infrações por conduzir veículo em mau estado de conservação entre janeiro e abril de 2023. Automóveis sem a manutenção em dia causam 30% dos acidentes em estradas. Dentre os itens que requerem cuidados e atenção dos condutores, é crucial lembrar da importância do sistema de freios, pois uma falha pode levar a acidentes graves e colocar em perigo a vida do condutor, passageiros e outros usuários da estrada.

Com isso, é fundamental agir rapidamente ao identificar qualquer sinal de mau funcionamento dos equipamentos de frenagem. Para ajudar, o chefe de oficina da concessionária Ford Slaviero, Mauro Cezar Cândido, recomenda alguns cuidados que garantem o bom funcionamento do sistema.


Inspeção regular

A inspeção regular é fundamental para identificar qualquer desgaste prematuro ou problemas potenciais. “É recomendável que os proprietários de veículos realizem inspeções visuais periódicas nos componentes do sistema de freios, incluindo discos, pastilhas, tambores e sapatas. Essas peças precisam ser inspecionadas ou substituídas conforme recomendado pelo fabricante do veículo. Ignorar pode resultar em danos aos discos ou tambores, aumentando os custos de reparo”, explica Mauro.

O especialista lembra ainda que é essencial checar o fluido de freio, que é uma espécie de óleo lubrificante responsável por transmitir a pressão do pé para as rodas do carro, fazendo o veículo frear. No entanto, quando esse fluido está vencido ou com um nível abaixo do indicado, o sistema fica comprometido. Esse é outro problema que pode ocorrer por falta de manutenção preventiva ou por algum vazamento.


Testes de freio

Para avaliar a eficácia do sistema, os testes de freio devem ser feitos regularmente. O teste padrão inclui a verificação do pedal do freio, ruídos incomuns, trepidação durante a frenagem e a distância de parada do veículo. “Quando o motorista pisa no pedal de freio e ele está duro, com dificuldades para ser acionado, o problema é no servo-freio. Isso faz com que seja necessária uma força maior para que o sistema de frenagem funcione, o que pode levar a acidentes, principalmente quando a situação demanda uma rápida resposta dos freios”, explica o chefe da oficina. Ele também destaca a situação contrária, quando o sistema de frenagem está com falhas no cilindro mestre. Embora o motorista consiga acionar facilmente o pedal do freio até o fim, o mesmo não responde da maneira correta, o que ocorre por conta do superaquecimento de algumas peças.


Sinais 

Alguns sintomas que podem indicar problemas no sistema de freios são o chiado ao frear, a necessidade de adicionar fluido de freio constantemente em curto espaço de tempo, a falta de potência nos freios e as luzes que eventualmente podem se acender no painel. “É importante que o motorista fique atento aos sinais, para procurar a ajuda necessária e evitar possíveis problemas”, reforça Mauro.


Dicas extras

Frenagens bruscas aumentam a possibilidade de empenamento do disco e faz com que os freios se desgastem mais rapidamente. “Uma dica importante é que o motorista tenha sutileza na hora de frear. A durabilidade do sistema de frenagem de um carro está diretamente ligada à capacidade do motorista em saber pisar no pedal dos freios de modo correto. Portanto, é preciso manter a atenção no trânsito e na direção para evitar que esse tipo de ação brusca ocorra”, auxilia o chefe da oficina. Ela ainda aconselha a usar mais o freio motor, deixando o carro sempre engrenado em marchas mais curtas nos declives, quando o modelo for manual. Isso limita a aceleração do veículo, alivia os freios e ainda diminui o consumo de gasolina.

Outro ponto de atenção é evitar trafegar com excesso de peso, além da capacidade indicada no manual do veículo. “O carro foi projetado para trafegar com o próprio peso, além dos ocupantes e da bagagem. Não é aconselhável exagerar, pois o sistema de freios precisa ser capaz de superar a força inercial para parar o veículo. Quanto mais exceder o peso limite, mais difícil será brecar, aumentando também o risco de danificar algumas peças como pneus e amortecedores."

“A segurança veicular é uma responsabilidade compartilhada e a manutenção adequada do sistema de freios é crucial nesse aspecto. Ao seguir essas orientações, os condutores contribuem significativamente para a segurança nas estradas e garantem uma experiência de direção mais segura para todos”, finaliza. 



Ford Slaviero
Mais informações: fordslaviero.com.br


Eleitores Democratas de Chicago abrem processo contra a cidade devido ao fluxo de imigrantes ilegais

Segundo Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, o movimento destaca a necessidade de uma abordagem imigratória que favoreça a população local


Embora Chicago não seja uma cidade fronteiriça, tem enfrentado um aumento notável na imigração ilegal, o que, segundo relatos de moradores locais, está impactando negativamente o desenvolvimento da comunidade. A população, incluindo Democratas locais, expressa preocupação com a falta de medidas eficazes para lidar com esse influxo e abriu um processo contra a prefeitura do município.

Conhecida por suas questões socioeconômicas complexas, Chicago agora lida com a gestão do crescente número de imigrantes ilegais, e a falta de ações eficazes para controlar esse quadro está gerando o descontentamento dos cidadãos.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o prefeito de Chicago, Brandon Johnson, é conhecido por seu apoio a políticas de imigração menos agressivas. “Sua abordagem, no entanto, tem sido criticada por parte da população, que alega que as políticas de Johnson não estão proporcionando a devida atenção aos cidadãos americanos que residem na cidade”, revela.

 

Impactos na comunidade local

Toledo acredita que a crescente onda de imigração ilegal em Chicago não apenas desencadeia questões legais, mas também impacta a vida cotidiana dos residentes. “Setores como emprego, moradia e serviços públicos estão sendo afetados, levando até mesmo os apoiadores locais do Partido Democrata a agirem em resposta a essa crise emergente”, declara.

Alguns cidadãos lideram uma ação judicial contra a cidade, argumentando que a gestão inadequada do fluxo de imigrantes ilegais viola princípios fundamentais de segurança e bem-estar da comunidade. “Eles afirmam que é dever da administração municipal proteger não apenas os imigrantes, mas também os cidadãos locais que enfrentam as consequências diretas desse problema”, pontua Toledo.

 

Repercussões na Administração Biden

Esse movimento, que conta até mesmo com o apoio de pessoas que se intitulam Democratas, cria um cenário desafiador para a administração do Presidente Biden, que já enfrenta críticas em relação à sua política de imigração mais liberal. “A insatisfação local destaca a complexidade do equilíbrio entre a humanidade na abordagem de imigração e a responsabilidade com as comunidades dos EUA”, relata.

O especialista em Direito Internacional acredita que enquanto o partido continua a buscar políticas mais inclusivas para imigrantes ilegais, os americanos sofrem com os mais diversos problemas derivados dessa abordagem. “A experiência local em Chicago destaca a necessidade de uma metodologia mais agressiva contra a filosofia de abertura das fronteiras”, finaliza. 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse o site. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 200 mil seguidores com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
Para mais informações, acesse o site ou entre em contato por e-mail contato@toledoeassociados.com.br.

 

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