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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Conheça os principais sinais do Alzheimer e saiba lidar com o familiar afetado

 

Neste Fevereiro Roxo, especialista indica como agir no cuidado com o paciente

 

O Fevereiro Roxo é uma campanha dedicada à conscientização do Alzheimer, fibromialgia e lúpus, doenças crônicas incuráveis. A ação resgata a importância da identificação precoce das três doenças, uma vez que a progressão dos sintomas pode ser identificada precocemente e amenizada, proporcionando maior qualidade de vida aos pacientes.

 

Dentre as doenças mencionadas, o Alzheimer merece destaque. Segundo a Abraz (Associação Brasileira de Alzheimer) 1,7 milhão de brasileiros a partir dos 60 anos, têm algum tipo de demência, sendo 55% dos casos correspondentes ao diagnóstico de Alzheimer.

 

O Alzheimer é um transtorno neurodegenerativo progressivo, que afeta as funções cerebrais, causando sintomas iniciais relacionados à perda de memória. “Entre os principais estão os problemas com a execução de tarefas diárias, linguagem, irritabilidade e, principalmente, a perda de memória recente”, alerta René Padovani, psicólogo e coordenador de filantropia da Pró-Saúde.


 

O que fazer ao identificar os primeiros sinais

 

O Ministério da Saúde indica que o Alzheimer evolui em estágios, sendo eles:

 

Estágio 1 (inicial): alterações na memória, na personalidade e nas habilidades visuais e espaciais;


Estágio 2 (moderado): dificuldade para falar, realizar tarefas simples e coordenar movimentos. Agitação e insônia;


Estágio 3 (grave): resistência à execução de tarefas diárias. Incontinência urinária e fecal. Dificuldade para comer. Deficiência motora progressiva;


Estágio 4 (terminal): estrição ao leito. Mutismo. Dor à deglutição. Infecções intercorrentes.

 

Amigos e familiares podem notar os sintomas da doença antes do indivíduo. “Ao identificar os sinais, é importante buscar uma avaliação médica, com neurologista, psiquiatra e geriatra, para a realização de exames físicos e neurológicos, acompanhados de uma avaliação do estado mental do paciente”, indica o profissional.

 

O Alzheimer é uma doença que não possui cura e é progressiva, podendo causar um grande sofrimento no núcleo familiar e, principalmente, no paciente acometido pela doença “é importante possuir um suporte emocional e maiores informações de conduta com fontes seguras” conclui.


 

Como lidar com o familiar afetado

 

A Abraz indica que contar ou não ao paciente sobre a doença é uma decisão que cabe à família, mas os profissionais de saúde envolvidos no caso podem discutir e auxiliar nesse processo. Para René, uma das formas de lidar com a situação vai de encontro à orientação da Associação.

 

“Para além de pensarmos se a família deve ou não contar, é primordial resgatar a biografia do familiar diagnosticado. Como esse familiar agiu em toda a sua vida? Ele busca ativamente decidir sobre suas condutas ou se afasta de informações médicas? Devemos ter em mente que o Alzheimer proporciona perdas ao longo dos meses e anos. Cada caso é único e deve ser avaliado considerando os desejos do paciente”, explica René. 

 

Caso a família queira contar sobre o diagnóstico, é melhor que seja feito na fase inicial para que o familiar compreenda. Caso a reação seja positiva o familiar pode participar de decisões futuras. Além do cuidado e sensibilidade para informar o familiar afetado, também é importante que os familiares tenham acompanhamento psicológico para lidar com as dificuldades da doença e possível perda do ente”, completa.


Para mais informações sobre as doenças que compreendem o Fevereiro Roxo, acesse o site do Ministério da Saúde: https://www.gov.br/cetene/pt-br/assuntos/noticias/campanha-fevereiro-roxo-e-laranja



Escorpiões: Cartilha orienta hospitais para atendimento de caso

 

Altas temperaturas favorecem o aparecimento de escorpiões 


Em 2023, foram mais de 48 mil ocorrências em SP; Fehosp disponibiliza material de orientação para instituições filantrópicas

 

As altas temperaturas favorecem o aparecimento de escorpiões, o que pode resultar em acidentes envolvendo picada por esses animais. Em Votorantim, por exemplo, uma menina de seis anos está internada desde o dia 28 de janeiro, após ser picada enquanto dormia. Além da criança, um menino de 12 anos, que mora na mesma rua, também foi picado, recebeu atendimento médico e foi liberado.

 

Segundo a Secretaria estadual de Saúde, em 2023 o estado registrou 48.205 acidentes causados por picada de escorpião, além de sete mortes. Já em 2024, até 16 de janeiro, de acordo com a Divisão de Zoonoses do Centro de Vigilância Epidemiológica (CVE), foram registrados 317 casos.

 

No atendimento às vítimas, cada minuto é valioso e os profissionais de saúde devem estar preparados para atender a essas situações. Por isso, a Fehosp (Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo) dispõe de E-book, em parceria com a Secretaria estadual de Saúde, para orientar as instituições da rede filantrópica para atendimento a essas ocorrências, já que elas são responsáveis por mais de 50% das demandas totais do SUS (Sistema Único de Saúde) e os únicos equipamentos de saúde em muitos municípios.

 

O material é voltado a gestores de saúde, Unidades Básicas de Saúde, hospitais, Pronto Atendimentos (PA’s), profissionais de saúde, lideranças de atendimento ao usuário, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Departamentos Regionais de Saúde (DRS) e Conselho dos Secretários Municipais de São Paulo (COSEMS).


 

Crianças

 

As crianças são vítimas preocupantes, uma vez que nesse público o risco de óbito é maior. “As crianças pequenas, quando picadas, choram muito, mas não sabem explicar o que aconteceu, que foram picadas e muito menos qual foi o animal. Os pais ou responsáveis só suspeitam quando encontram o animal no local onde a criança está ou quando há outros acidentes com escorpião na família”, fala o diretor-presidente da Fehosp, Edson Rogatti. “Em caso de suspeita, as crianças devem ser encaminhadas rapidamente para um ponto estratégico ou unidade centro de referência que ofereça o soro antiescorpiônico”, completa. No link https://cievs.saude.sp.gov.br/soro/ é possível encontrar os pontos de distribuição de soro.

 

Os sintomas variam de acordo com a quantidade do veneno e a massa corporal do paciente. Em crianças, ocorrerá inicialmente choro intenso e abrupto, e, dependendo da idade, a identificação do local da dor (normalmente dedos das mãos e pés).

 

O local da picada poderá (porém, nem sempre) apresentar inchaço e vermelhidão. Posteriormente, há evolução de quadro clínico para sudorese (suor), sonolência (criança fica letárgica) com alternância de agitação (devido à dor intensa).

 

Passado mais algum tempo, iniciam-se alguns vômitos, que vão se intensificando ao longo do tempo com aumento dos batimentos cardíacos e da respiração. O vômito mostra a necessidade de que se administre o soro antiescorpiônico o quanto antes na criança.

 

“Pediatras também podem fazer parte dessa campanha, orientando profissionais de saúde a desconfiarem de picada de escorpião e encaminharem as crianças de forma correta e ágil para as unidades de referência”, ressalta Rogatti. “Quanto mais esclarecimentos, tanto para a população, quanto para os profissionais de saúde, mais vidas podem ser salvas”, conclui.

 

Fehosp - Federação das Santas Casas e Hospitais Beneficentes do Estado de São Paulo


10 dicas para pessoas com diabetes aproveitarem o Carnaval com segurança

 

Sociedade Brasileira de Diabetes alerta que é preciso cuidado para evitar problemas durante os dias de folia


Pessoas com diabetes podem e devem aproveitar o Carnaval. Afinal, andar, pular e dançar são ótimas atividades físicas. Porém, a Sociedade Brasileira de Diabetes alerta para alguns cuidados que devem ser observados a fim de evitar o comprometimento da saúde durante a festa.


Veja, abaixo, dicas de como aproveitar a folia:


1 - Antes do início do Carnaval, é importante cuidar de gripes, viroses e infecções que podem descompensar o diabetes. O ideal é passar pelo médico para verificar seu estado de saúde.


2 – Leve sempre o cartão de identificação de quem tem diabetes e as medicações que usa. Aqui você pode pegar a versão digital ou impressa: Link


3 – Em casa ou viajando é muito importante cuidar da alimentação. Dê preferência a alimentos saudáveis e mantenha os horários habituais das refeições.


4 – A hidratação é essencial. Beba preferencialmente água ao longo do dia. Caso vá ingerir sucos, o melhor é dilui-los em água e contabilizar as frutas na sua cota diária, conforme orientação da nutricionista.


5 – Se o médico liberar bebida alcoólica, consuma pequena quantidade. Mas fique atento, pois o álcool aumenta o risco de hipoglicemia. Por isso, faça a monitoração constante.


6 – Use roupas leves e confortáveis, de preferência de algodão, que não retêm a transpiração e são as mais indicadas para altas temperaturas.


7 – Redobre a atenção com os pés. Calce sapatos confortáveis e que protejam os pés, pois as lesões costumam ser comuns no Carnaval. Nunca ande descalço. Ao voltar da folia, examine seus pés com atenção. Também não se esqueça da hidratação.


8 – Avalie sua glicemia periodicamente caso seja dependente de insulina.


9 – Se ocorrer algum mal-estar, meça imediatamente a glicemia capilar. De acordo com os valores obtidos, siga estas orientações:

Hipoglicemia (menor que 70mg/dL): fazer correção com açúcar, refrigerante normal, balas, suco de frutas nas quantidades indicadas para cada pessoa. Após 15 minutos, verificar se a sua glicemia voltou ao normal. Em caso positivo, faça um pequeno lanche e pode voltar a aproveitar a festa.

Hiperglicemia (maior que 180mg/dL ou de acordo com orientação médica): descansar um pouco e hidratar-se com água. Quem faz uso de insulina rápida ou ultrarrápida pode fazer a correção.


10 – Use protetor solar.


Estudos confirmam eficácia dos aparelhos auditivos na prevenção à demência

 

No mês em que é celebrado o Fevereiro Roxo, especialista do Hospital Paulista alerta sobre a necessidade de investigação e tratamento da surdez, que pode por ser fator de predisposição ao Alzheimer e outras doenças degenerativas similares

 

O que há muito tempo já vem sendo observado pelos médicos, cada vez mais ganha respaldo científico por meio de estudos publicados na mídia especializada. 

Mais uma vez, a comunidade médica internacional teve comprovações de que o uso de aparelhos auditivos pode, sim, ser decisivo para evitar quadros de demência, como o Alzheimer. 

Artigo recente, publicado na revista científica The Lancet, destaca pesquisa realizada por cientistas ingleses, que analisou os dados de 440 mil pessoas do UK Biobank - banco de dados que contém informações biomédicas. 

O levantamento concluiu que cerca de 25% desse universo apresentava alguma deficiência auditiva, mas apenas 11,4% utilizava aparelho auditivo – o que chamou atenção dos pesquisadores, especialmente após observarem que, nesse pequeno contingente, o risco de ter algum tipo de demência seria igual ao das pessoas com audição normal. Ou seja, não haveria uma propensão maior ou menor entre esse público. 

Por outro lado, na análise das pessoas que têm deficiência auditiva e não fazem uso do aparelho, os cientistas concluíram que o risco de terem demência é 42% maior em relação aos demais. 

O estudo também avaliou se fatores como solidão, isolamento social ou sintomas depressivos poderiam ter algum impacto na correlação entre perda auditiva e demência. Nesse aspecto, foram identificadas eventuais melhorias nas situações psicológicas e sociais dos indivíduos analisados. Mas, com pouco efeito na conexão entre demência e perda auditiva, motivo pelo qual os pesquisadores atribuíram, exclusivamente, ao aparelho auditivo o diferencial observado. 

Para o Dr. José Ricardo Gurgel Testa, otorrinolaringologista no Hospital Paulista, o estudo reforça o entendimento, já consensual entre os médicos, de que a perda auditiva, quando não tratada, pode contribuir para o agravamento do Alzheimer. A principal razão, segundo ele, estaria justamente no isolamento do convívio social, que afeta de sobremaneira as funções cognitivas. 

“A necessidade de esforço para ouvir cria uma tensão capaz de interferir no funcionamento padrão do cérebro, e a condição tende a levar ao isolamento social, solidão, depressão e preocupação, gerando estagnação mental. A combinação desses fatores contribui para o esgotamento da energia mental, tirando a vitalidade necessária para funções cruciais, como lembrar, pensar e agir”, explica. 

Conforme o especialista, a falta de estímulo sonoro ao cérebro afeta diretamente o desenvolvimento de funções cognitivas e da memória, pois o córtex auditivo, responsável por processar as informações e entender os sons, fica debilitado. 

O som enviado para o cérebro chega desordenado e, no lugar de ativar áreas responsáveis pela compreensão de linguagem, ativa regiões do lobo frontal, relacionadas ao raciocínio, memória e tomada de decisão. 

As pessoas que fazem uso de aparelhos auditivos, conforme o médico, não apresentam a mesma incidência no desenvolvimento de Alzheimer, pois o equipamento estimula as vias auditivas periféricas e centrais, beneficiando a cognição e melhorando a qualidade de vida.

“A surdez não deriva do Alzheimer, mas toda surdez pode ser reabilitada com aparelhos de amplificação sonora (aparelhos de surdez). O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são importantes para que o declínio nas habilidades auditivas não comprometa a atividade cerebral. Também é importante passar por avaliações audiológicas regulares”, finaliza.



Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

 

Aumento Alarmante: Casos de Dengue Triplicam em 2024, Brasil se Prepara para Campanha de Vacinaçã


O Brasil enfrenta uma preocupante escalada no número de casos de dengue neste início de 2024, com um aumento significativo em relação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde nesta terça-feira (30), o país registrou mais de 217 mil casos de dengue nas quatro primeiras semanas do ano, mais que triplicando o número de notificações em comparação ao mesmo período em 2023, que foi de 65.366 casos.

Este cenário alarmante levou o governo brasileiro a intensificar suas medidas de combate à doença, incluindo o lançamento de uma campanha nacional de vacinação contra a dengue, prevista para começar em fevereiro. A campanha terá como público-alvo crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e contemplará cerca de 500 municípios em 16 estados do país.

Além disso, o Ministério da Saúde também está monitorando de perto os casos de óbito relacionados à dengue. Até o momento, foram confirmadas 15 mortes pela doença em 2024, enquanto 149 óbitos permanecem em investigação. Em comparação, o ano de 2023 registrou 41 mortes decorrentes da dengue.

A dengue é considerada pelo ministério como a arbovirose urbana mais prevalente nas Américas, com destaque para sua alta incidência no Brasil. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, especialmente das fêmeas, a doença continua representando um sério desafio para o sistema de saúde do país, demandando esforços contínuos para sua prevenção e controle.

Para ajudar na prevenção da dengue, a Dra. Marcela Rodrigues, Diretor da Salus Imunização, destaca seis dicas importantes:

1 - Elimine possíveis criadouros de mosquitos, como recipientes com água parada.
2 - Mantenha caixas d'água, piscinas e outros reservatórios de água fechados e limpos.
3 - Utilize telas de proteção em janelas e portas para evitar a entrada de mosquitos.
4 - Utilize repelentes corporais regularmente, especialmente durante os períodos de maior atividade dos mosquitos.

Use roupas que cubram a maior parte do corpo, principalmente durante o amanhecer e o entardecer, quando os mosquitos são mais ativos.
Busque orientação médica ao apresentar sintomas de dengue, como febre alta, dor de cabeça e dores musculares, para um diagnóstico e tratamento adequados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil mantém uma posição alarmante no cenário global em relação aos casos de dengue. O país ocupa o primeiro lugar no ranking mundial de incidência da doença, destacando-se como uma das regiões mais afetadas pelo vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti.

O elevado número de casos de dengue no Brasil reflete não apenas a presença endêmica do mosquito transmissor, mas também desafios significativos no controle e na prevenção da doença. Essa classificação reforça a urgência de medidas eficazes e coordenadas para combater a propagação do vírus e proteger a população contra os riscos associados à dengue. Afima Dra Marcela Rodrigues. 

 

Clínica de Vacinas Salus Imunizações


10 dúvidas frequentes sobre o exame de mamografia

 



Em entrevista, especialista do CEJAM fala sobre o procedimento, que pode ser realizado gratuitamente pelo SUS


 No Dia Nacional da Mamografia (05), torna-se fundamental reforçar a importância da prevenção e detecção precoce do câncer de mama, uma das principais causas de morte entre as mulheres.

Segundo o Ministério da Saúde, esse é o tipo que mais acomete a classe em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. No Brasil, foram estimados mais de 73 mil casos novos de câncer de mama apenas em 2023.

Nesse contexto, a realização do exame é essencial para identificar possíveis alterações nas mamas. No entanto, ainda existem questionamentos entre a população a respeito do procedimento.

Pensando nisso, em entrevista, a Dra. Maria Eugenia Romanutti, médica de Estratégia da Saúde da Família do AMA/UBS Parque Novo Santo Amaro, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, esclarece as principais dúvidas sobre o tema.
 

Confira abaixo:
 

1- O que é a mamografia?

R: A mamografia é um exame de Raio-X do tecido mamário, realizado por meio de um aparelho chamado mamógrafo. Trata-se de um procedimento não invasivo, no qual as mamas são posicionadas entre duas placas, sendo que uma delas aplica pressão no órgão para obter uma espessura mais uniforme.

Embora a etapa de aplicação de pressão seja temida por muitas mulheres, devido ao receio de dor ou desconforto, ela é crucial para permitir a detecção de lesões suspeitas que poderiam estar "escondidas" no tecido mamário.

 

2- A mamografia é direcionada apenas para quem já demonstra sintomas de câncer de mama?

R: A mamografia pode sim ser considerada um exame diagnóstico, quando solicitada devido à suspeita de alguma lesão ou alteração, que foi identificada durante o exame físico. Porém, também pode ser empregada como um exame de rastreamento, no qual mulheres assintomáticas e sem alterações no exame físico realizam o procedimento para detectar possíveis lesões suspeitas de câncer de mama. Mas é sempre importante lembrar, existe uma idade recomendada para a realização do procedimento.

 

3- Qual a sua periodicidade?

R: Quanto à periodicidade para fins de rastreamento, o Ministério da Saúde sugere que, em mulheres sem fatores de risco, o exame seja realizado a cada dois anos, dentro da faixa etária recomendada, que é de 50 a 69 anos.

 

4- Então mulheres só podem realizar o exame a partir dos 50 anos?

R: Essa é a recomendação, no entanto, há algumas exceções que se aplicam a pacientes que já apresentaram alguma alteração em mamografia prévia. Nesses casos, a periodicidade também pode diminuir, variando para exames semestrais ou anuais, dependendo de cada situação.

Outra exceção abrange o grupo de mulheres consideradas de alto risco para câncer de mama. Esse grupo inclui aquelas mulheres com histórico familiar em parentes de primeiro grau, com mutação nos genes BRCA 1 ou BRCA 2 comprovados, ou portadoras de síndromes que aumentam o risco desse tipo de câncer, como Li-Fraumeni e Cowden.

Nesses casos, a mamografia pode ser recomendada a partir dos 35 anos.

 

5- E mulheres mais jovens, com menos de 35 e 50 anos, como podem se cuidar nesse sentido?

R: Como mulheres mais jovens tendem a ter a mama mais densa, ou seja, com mais tecido glandular do que tecido de gordura, isso acaba dificultando a visualização de lesões pela mamografia. Nesses casos, é preferível a realização de outro método para avaliação do tecido mamário, como a ultrassonografia.

 

6- Qual é a diferença entre a mamografia e a ultrassonografia da mama?

R: A mamografia é um exame que captura uma imagem da mama por meio de radiação (Raio-X), enquanto a ultrassonografia utiliza um transdutor para emitir e receber ondas sonoras, refletidas pelos órgãos ou tecidos avaliados. Geralmente, a ultrassonografia é usada como complemento à mamografia para rastreamento, exceto em casos como pacientes menores de 35 anos, como mencionado anteriormente.

A ultrassonografia mamária não é indicada para o rastreamento do câncer de mama e não substitui a mamografia. No entanto, é um método eficaz para avaliar outras condições da mama, como distinguir entre cisto e nódulo sólido, examinar doenças inflamatórias da mama, realizar avaliações durante a gestação e puerpério e investigar implantes mamários, entre outras aplicações.

 

7- No geral, como a paciente deve se preparar para realizar a mamografia?

R: Não há um preparo específico para o exame, apenas é solicitado que não se utilize produtos como cremes, desodorante ou talco nas mamas e axilas, pois esses podem deixar resíduos na pele que comprometem a qualidade do exame. Lembrando que o procedimento é contraindicado em gestantes devido à exposição à radiação.

 

8-Quem tem silicone também pode fazer a mamografia?

R: Sim! As mulheres que têm prótese de silicone podem fazer o exame tranquilamente, mas, claro, é essencial avisar seu médico.

É importante salientar que, mesmo que a ultrassonografia seja um exame adequado para avaliar a integridade da prótese, se há rupturas ou degenerações, por exemplo, ela não substitui a mamografia para rastreamento de câncer de mama. Ou seja, essas pacientes também devem realizar mamografia, caso estejam na faixa etária para rastreio.

 

9- Como a mulher pode realizar esse tipo de exame de forma gratuita?

A paciente que deseja ser atendida pela rede pública deve procurar a UBS de referência da sua região para realizar o seu cadastro, que pode ser feito com o Agente Comunitário de Saúde, se o território contar com Equipe de Estratégia Saúde da Família.

A partir desse momento, essa paciente cria um vínculo com aquela unidade, e já tem direito a ser atendida pelos profissionais e usufruir dos benefícios da atenção primária à saúde, que visa a promoção e proteção à saúde e prevenção de agravos.

As Unidades Básicas de Saúde que não contam com Programa de Saúde da Família também têm o mesmo acompanhamento, com diferencial no cadastro, que deverá ser realizado pelo usuário na própria UBS de referência.

 

10- Existe algum programa específico para cuidar de mulheres nesse sentido via SUS?

R: Sim! Nas unidades gerenciadas pelo CEJAM, por exemplo, contamos com a Linha de Cuidado da Saúde da Mulher, em que proporcionamos assistência integral a todas as pacientes.

Nesse caso, o processo inicia-se com a solicitação de exames, seguido de consultas com enfermagem, onde as pacientes contam com escuta qualificada e, se necessário, realizam o exame de mamografia. Caso alguma alteração seja identificada, a paciente é encaminhada para consulta médica, que avalia a necessidade de exames complementares ou encaminhamento a especialidades como mastologia ou oncomastologia.

Em situações de exames altamente sugestivos de câncer, a solicitação da biópsia já pode ser realizada pelo médico da Estratégia Saúde da Família na unidade de atendimento, agilizando, assim, o processo de diagnóstico. Mesmo quando encaminhadas para serviços secundários, as pacientes continuam sendo acompanhadas pela equipe da Linha de Cuidado.

Esse acompanhamento mensal pelos profissionais visa garantir que a paciente esteja aderindo ao acompanhamento e tratamento proposto pelo clínico ou especialista.



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
Cejamoficial


9 dicas para manter a imunidade elevada durante os dias de foli

A imunidade é uma barreira de defesa do nosso corpo contra infecções e doenças. Durante os períodos festivos, como o carnaval e outras comemorações, nosso sistema imunológico pode ser desafiado por diversos fatores, como mudanças na rotina, variações na dieta e menor quantidade de horas de sono. Por isso, é fundamental adotar estratégias para manter a imunidade elevada. O primeiro passo para uma boa imunidade é a hidratação adequada. Beber água regularmente é fundamental, pois ajuda na eliminação de toxinas e no bom funcionamento do organismo. Além de água, bebidas hidratantes como água de coco podem ser alternativas saudáveis.

Priscila Gontijo, nutricionista da Puravida, traz nove dicas para você adotar durante as datas comemorativas. 


Dicas para manter uma imunidade forte:

  1. Hidratação adequada: a água é essencial para o funcionamento do sistema imunológico. Ela ajuda a transportar nutrientes e oxigênio para as células do corpo, além de ser vital na eliminação de toxinas. Beber água regularmente, especialmente em dias de alta temperatura e atividade intensa, é essencial.
  2. Nutrição balanceada: uma dieta rica em vitaminas e minerais é crucial. Incluir uma variedade de frutas e vegetais coloridos na alimentação diária garante a ingestão de nutrientes como vitaminas A, C, E e minerais como zinco e ferro, essenciais para a manutenção do organismo saudável.
  3. Multivitamínicos e suplementos: em alguns casos, a dieta pode não fornecer todos os nutrientes necessários. Nesta situação, multivitamínicos e suplementos podem ser úteis. Eles ajudam a garantir que o corpo tenha todos os nutrientes necessários para manter a imunidade forte
  4. Proteínas de qualidade: as proteínas são os blocos de construção das células do sistema imunológico. Incluir fontes de proteínas magras como peixes e aves, ovos ou leguminosas é recomendado para fortalecer as defesas do corpo.
  5. Fibras e probióticos: alimentos ricos em fibras e probióticos, como iogurtes, kefir, frutas e vegetais, ajudam a manter a saúde do intestino, que é um órgão chave no sistema imunológico.
  6. Sono reparador: o sono tem um papel fundamental na regulação do sistema imune. Durante o sono, o corpo produz células de defesa e realiza reparos essenciais. A falta de um sono de qualidade pode enfraquecer as defesas naturais do corpo. Portanto, mesmo em períodos festivos, é importante tentar manter uma rotina de sono adequada.
  7. Exercícios moderados: a prática regular de exercícios físicos ajuda a fortalecer o sistema imunológico. Atividades como caminhada, natação ou yoga não apenas melhoram a resistência física, mas também contribuem para reduzir o estresse, um conhecido inimigo da imunidade.
  8. Redução do estresse: o estresse prolongado pode prejudicar a resposta imune. Práticas como meditação, mindfulness e atividades de lazer ajudam a manter a mente e o corpo em equilíbrio.
  9. Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool: fumar e consumir álcool em excesso têm efeitos negativos sobre a imunidade. Estes hábitos podem enfraquecer a capacidade do corpo de combater infecções.

“Durante os dias de folia, nosso corpo é submetido a um ritmo diferente, o que pode afetar a imunidade. Além de seguir estas dicas, é importante ouvir o seu corpo e respeitar seus limites. Uma alimentação balanceada, rica em nutrientes, aliada ao uso adequado de suplementos como multivitamínicos, pode fazer uma grande diferença. Lembre-se de que a verdadeira celebração da vida inclui cuidar da sua saúde”, finaliza a nutricionista Priscila Gontijo.


Puravida

 

Início de ano é um importante momento para planejamento de check-up, aponta profissional da FIDI

Veja como escolher as especialidades que devem ser priorizadas e quais exames são mais indicados

 

Início de ano, época de fazer a lista de metas. Fazer check-up está nessa lista? Se não tiver, é bom colocar, porque a saúde deve sim ser prioridade.  

Importante destacar que a pessoa interessada em realizar check-up está preocupada em manter uma boa saúde, com a prevenção de doenças ou diagnóstico precoce de alguma patologia. “O check-up começa na consulta com um especialista médico que primeiramente irá orientar o paciente em relação à hábitos saudáveis, dieta equilibrada, prática regular de exercícios físicos, além de questões como redução do consumo de álcool e tabagismo. Em seguida, baseado em diversos fatores como idade, sexo e históricos pessoal e familiar, o profissional irá solicitar uma lista de exames, laboratoriais e de imagem”, explica Dr. Marcos Cohen Schwartz, gerente médico da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (FIDI). 

É necessário entender que doenças que poderiam ser facilmente tratadas e prevenidas acabam sendo diagnosticadas em fases mais avançadas com graves consequências. “Uma grande parte da população não tem o hábito de realizar consultas médicas ou exames de forma regular e quando chegam para o médico a situação pode estar mais séria”, explica o Dr. Marcos. Os exames de check-up constituem uma importante ferramenta utilizada na medicina preventiva. É possível também diagnosticar doenças em fases iniciais, porém ainda sem grandes sinais ou sintomas. 

Por isso, Dr. Marcos Cohen, gerente médico da  FIDI, a maior prestadora de serviços de diagnóstico por imagem do SUS, realizando aproximadamente 5 milhões de exames por ano, destaca quais pontos são importantes ao decidir como será esse check-up.

 

- Veja a frequência: não existe uma periodicidade definida, mas normalmente a recomendação é o check-up médico uma vez ao ano. Algumas pessoas com doenças específicas podem ter que realizar em menor tempo.

 

- A escolha da especialidade: geralmente os pacientes realizam esse controle com médicos clínicos, cardiologistas, endocrinologistas, geriatra, ginecologistas ou médicos de confiança da família. No caso do Sistema Único de Saúde, o primeiro passo a ser tomado é procurar uma Unidade Básica de Saúde, onde médicos e enfermeiros irão conversar com o paciente sobre exames periódicos

 

- Doença diagnosticada anteriormente: mesmo curado, não deixe de ir ao médico na periodicidade determinada pelo especialista para verificar como o corpo respondeu ao tratamento e se não terão novos focos da doença.

 

- Histórico familiar: se seus parentes apresentam problemas de saúde recorrentes, como neurológico, cardíaco ou osteoporose, por exemplo, agende com médicos especialistas. Eles são os mais indicados para determinar quais os melhores exames a serem realizados e, se necessário, fazer uma pesquisa mais detalhada do corpo.

 

- Mulheres, preventivo é sim, anual: O corpo feminino reúne particularidades que devem ser acompanhadas com maior periodicidade. Especialidade de ginecologia para fazer todos os exames previstos, incluindo mamografia, ultrassom e exames complementares, incluindo dosagens hormonais, são essenciais.

 

- Fez o tratamento, mas não voltou ao médico: sabe aquele médico que passou medicamento e pediu para voltar com três meses, mas nunca retornou? Coloque esse profissional na lista do check-up para ver se o tratamento deu certo ou se precisa evoluir para outros métodos. 

 

- Escute seu corpo: está sentindo com certa frequência uma dor no joelho? Estômago doeu? Seus batimentos cardíacos aparentam estar mais rápidos que o normal? A respiração já foi mais fácil? Começou a ter desconfortos na vista enquanto está no computador? Procure um médico enquanto está no início! Ele poderá trazer hipóteses de lesões e investigar com mais detalhes, chegando assim ao tratamento adequado.

 

- Saiba o que é emergência e o que é check-up: ir rapidamente para um hospital é somente em caso extremo, quando algo fora do normal acontecer. Evitar emergência é importante para não sobrecarregar o local, para não consultar médicos que não são especialistas no ocorrido e diminuir a disseminação de doenças virais e bacterianas, que podem estar contaminando o espaço. Ir a um profissional que atua no seu caso em específico terá mais sucesso em um tratamento.

 

- Peça exames de laboratório: ao ver que o médico solicitou exames de sangue, peça para ele complementares básicos, como, por exemplo, hemograma completo, urina, fezes, taxas glicêmicas e colesterol. Esses são básicos, mas extremamente importantes para ver como a saúde básica está e são termômetros para doenças tanto de tratamento simples quanto complexos.

 

A principal mensagem é não deixar de fazer acompanhamento e sempre observar o próprio corpo. “Com certeza o indivíduo que realiza o check-up regular terá impacto positivo na sua saúde e também na qualidade de vida. Todos nós precisamos encontrar tempo para nossa saúde, pois o saldo positivo virá mais à frente", reforça o Dr. Marcos.




FIDI -Fundação privada sem fins lucrativos que reinveste 100% de seus recursos em assistência médica à população brasileira, por meio do desenvolvimento de soluções de diagnóstico por imagem, realização de atividades de ensino, pesquisa e extensão médico-científica, ações sociais e filantrópicas.
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Até que ponto roncar pode ser normal


O médico otorrinolaringologista Bruno Borges de Carvalho Barros da capital paulista, explica que quando o ronco é esporádico e não faz a pessoa acordar cansada, pode ser normal sim. “O ronco é um som produzido pela vibração das estruturas da garganta durante o sono devido à passagem de ar restrita. Em muitos casos, o ronco é considerado normal e não representa uma questão mais séria”, diz. 

Se a posição de dormir for a de barriga para cima, o ronco pode ocorrer mais frequentemente já que deste modo, pode levar à obstrução parcial das vias respiratórias por ação da gravidade que empurra a língua e outras estruturas para trás. Se a pessoa consumiu álcool também pode acontecer já que o álcool relaxa os músculos, incluindo os da garganta, o que pode aumentar a probabilidade de ronco. 

Dr. Bruno fala ainda que se o nariz estiver entupido e essa congestão nasal for devido a alergias, resfriados ou outros problemas respiratórios, o ronco também pode aparecer. “No mais, pacientes com sobrepeso, especialmente ao redor do pescoço, pode contribuir para o estreitamento das vias respiratórias, aumentando o ronco”, afirma. 

Entretanto, é é preciso atenção mesmo nos casos acima já que o ronco pode ser um sintoma de um distúrbio do sono mais sério chamado apneia do sono que ocorre quando a pessoa para de respirar temporariamente durante o sono. Em torno de 30% das pessoas que roncam tem apneia e não sabem. “As pausas , sensação de sono não reparador e cansaço diurno são sintomas preocupantes, que precisam de investigação médica e intervenções para sanar a questão”, finaliza o otorrino.  



FONTE:

Bruno Borges de Carvalho Barros - Médico otorrinolaringologista pela UNIFESP Professor Medcel Pós-graduação pela UNIFESP. Especialista em otorrinolaringologia pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e cirurgia cervico-facial. Mestre e fellow pela Universidade Federal de São Paulo.


NA VOLTA ÀS AULAS, ESPECIALISTA ENSINA OS PAIS A LIDAR COM A DIFICULDADE DAS CRIANÇAS DE DORMIR E ACORDAR CEDO

Na idade escolar, a duração de sono deve ser de 9 a 11 horas.


O pediatra Gustavo Moreira, pesquisador do Instituto do Sono, explica que evitar sonecas, realizar atividades relaxantes à noite e não se expor às telas antes de ir para a cama são fundamentais para o descanso da garotada.


As férias escolares estão chegando ao fim. E, com o início do ano letivo, vai começar a luta dos pais para tirar seus filhos da cama cedo para ir à escola, principalmente porque boa parte deles passou 2 meses dormindo e acordando tarde. Para tornar este recomeço menos traumático, o pediatra Gustavo Moreira, diretor clínico do Instituto do Sono, dá algumas orientações aos pais. Uma estratégia é adiantar de forma gradual os horários de dormir e despertar dos filhos na última semana de férias. “Se, a cada 1 ou 2 dias, eles passarem a ir para cama e levantarem 1 hora mais cedo, ao final da semana, já estarão ajustados à rotina escolar”, afirma o médico. 

Caso a adaptação seja inviável, os pais devem concentrar as atividades das crianças no período diurno, evitando que tirem uma soneca à tarde e tenham dificuldade em dormir à noite. Próximo à hora de ir para a cama, elas precisam fazer atividades relaxantes para sinalizar ao cérebro que chegou a hora de desacelerar o ritmo e descansar.

Os pais podem contar histórias, brincar ou interagir de outras formas com seus filhos pequenos. Os jogos de carta ou de tabuleiro são uma boa forma de entretenimento familiar envolvendo as crianças maiores. E os adolescentes podem ser incentivados a ouvir música ou se dedicar à leitura.

 

Longe das telas

As crianças e os adolescente devem ficar longe dos celulares, computadores, tablets e a televisão 2 horas antes de dormir. É que as telas desses aparelhos emitem luz, capaz de interromper a produção da melatonina, o hormônio responsável pelo sono. Além disso, os jogos online e as mídias sociais e suas interações mantêm as crianças e adolescentes muito ativos, dificultando o relaxamento que deve preceder o sono. 

Durante a pandemia da Covid-19, o uso de telas aumentou muito por causa do confinamento. Um estudo italiano1 com pais de 1.084 crianças e adolescentes entre 2 e 18 anos mostrou um aumento de 72% no uso de telas para estudo e 49,7% para lazer. Neste período, a prevalência de distúrbios de sono subiu para 33,9%, muito acima dos 22,1% registrados antes da crise sanitária. O principal distúrbio de sono verificado foi a dificuldade em iniciar ou manter o sono.
 

A importância da rotina

Crianças e adolescentes precisam ter horários estabelecidos para dormir e acordar todos os dias, incluindo os finais de semana. “Se eles acordarem e dormirem tarde no sábado e domingo, não conseguirão levantar cedo para ir à escola na segunda-feira”, pondera Gustavo Moreira. A definição de horários é importante para o cérebro entender a rotina e a necessidade do descanso naquele período, tornando o momento do sono mais natural e proveitoso. 

A duração de sono varia de acordo com a faixa etária. A Fundação Nacional do Sono2, entidade norte-americana sem fins lucrativos especializada no tema, recomenda que crianças de 1 a 2 anos durmam de 11 a 14 horas por dia. Na fase pré-escolar, a duração ideal é entre 10 e 13 horas. Na idade escolar, esse período deve ser de 9 a 11 horas. Já os adolescentes devem dormir entre 8 e 10 horas por dia. 

A privação de sono3 pode comprometer o desempenho escolar porque tem impacto no córtex pré-frontal, que executa funções cerebrais superiores, incluindo linguagem, memória de trabalho, raciocínio lógico e criatividade. A privação de sono reduz o estado de alerta e prejudica a atenção, tornando o processamento cognitivo mais lento. Além disso, provoca alterações de humor, como irritabilidade, conflito social e depressão.


 

Referências

1. Moavero R, Di Micco V, Forte G, et al. Screen exposure and sleep: How the COVID-19 pandemic influenced children and adolescents - A questionnaire-based study. Sleep Medicine. 2023; 107: 48-54.

2. Hirshkowitz M, Whiton K, Albert SM, et al. National Sleep Foundation's updated sleep duration recommendations: final report. Sleep Health. 2015; 1(4): 233-243.

3. Alhola P, Polo-Kantola P. Sleep deprivation: Impact on cognitive performance. Neuropsychiatr Disease and Treatment. 2007; 3(5): 553-67.
 

Instituto do Sono

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