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terça-feira, 17 de outubro de 2023

Pfizer lança campanha ‘Minha Vida Dá Uma História’ para ampliar conscientização sobre meningite no mês de combate à doença

 Com arte da quadrinista Carol Ito, a campanha foi lançada no dia mundial de combate à meningite e conta a história do influencer Ivan Baron e da mãe Thaynara Vertelo

 

De 2007 a 2020, só no Brasil, foram confirmados mais de 265 mil casos de meningite[i], doença prevenível por vacina. Além disso, no último ano, o país registrou uma taxa de 76,90%[ii] na cobertura vacinal contra a doença pela rede pública de saúde, número abaixo da meta de 90%[iii] estipulada pelo Ministério de Saúde como sendo a ideal. Sabendo da importância de realizar ações para ajudar na mudança desse cenário, a Pfizer Brasil lançou no último dia 5 (Dia Mundial de Combate à Meningite) a campanha Minha Vida Dá Uma História, com apoio da Associação Brasileira de Combate à Meningite (ABCM), e que ganha vida pelas mãos da quadrinista Carol Ito. 

Por meio de relatos pessoais do influenciador Ivan Baron e de Thaynara Vertelo, mãe de paciente que superou a meningite, que serão retratados em formato de quadrinho e divulgados ao longo do mês de alerta contra a doença, a campanha busca reforçar a necessidade da vacinação contra a doença, disponível nas redes pública e privada. 

De acordo com a diretora médica da Pfizer Brasil, Adriana Ribeiro, “falar sobre vacinação, aproveitando canais digitais e a força de parceiros para realizar as ações, é decisivo para ajudar a diminuir o desconhecimento sobre vacinas no País, que, infelizmente, vem crescendo junto com a grande onda de fake news sobre o tema. Por isso, conscientizar sobre os perigos da meningite, doença que tem vacinas efetivas disponíveis no Brasil, em um mês tão importante quanto esse, é também salvar vidas.”

 

Meningite está entre doenças mais temidas por brasileiros 

Embora os brasileiros tenham apontado a Covid-19 como a doença que mais preocupa, a meningite segue no topo de preocupações de pais e mães. Segundo dado de pesquisa realizada pelo Ipec, a pedido da Pfizer, 56% dos responsáveis por crianças e adolescentes temem a doença no Brasil. 

Ao passo em que o temor se mostra elevado, o levantamento indicou que quase metade dos participantes (46%) desconhece que as vacinas possam prevenir formas graves de meningite, doença associada a altas taxas de letalidade. 

Para Ivan Baron, influenciador convidado para ter sua história ‘desenhada’, no Brasil, “poucas pessoas falam sobre meningite em outros momentos, então precisamos sempre alertar a população sobre a doença, sobre vacinação para sua prevenção, e, ao mesmo tempo, sempre trazer exemplos de pessoas que conseguiram vencê-la”. 

Na mesma linha, Suelen Caroline, fundadora da Associação Brasileira de Combate à Meningite (ABCM), comenta que dar voz a pacientes, contando suas histórias, faz com que mais pessoas busquem informações sobre a doença, e, principalmente, acerca de como preveni-la. 

“A realidade de uma família que passa pela doença não muda somente nos dias de internação, mas muda uma vida inteira. Entendemos que informação salva vidas. Por isso, sabemos que conscientizar e apoiar a quem já passou pela doença, além de informar que há vacina contra ela, são ferramentas poderosas para recomeçar, prevenir e superar a meningite!”, destaca.

 

Meningite bacteriana é a mais perigosa 

Embora a meningite viral também represente riscos à saúde, a forma bacteriana da doença é considerada a mais grave da enfermidade. Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas dessa segunda forma podem evoluir de forma rápida, levando a óbito[iv]. 

Dentre os sintomas mais comuns de doença meningocócica, estão febre (alta e moderada), mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo1. 

A transmissão da doença ocorre de forma semelhante à de outras doenças causadas por vírus e bactérias, sendo por meio de gotículas e secreções de vias respiratórias, ingestão de água e de alimentos contaminados1.

 

Vacinação é a melhor forma de prevenir 

Segundo preconizam autoridades de saúde internacionais e nacionais, a melhor forma de impedir formas graves da doença meningocócica, seja viral ou bacteriana, é a vacinação[v].

Na rede pública de saúde (SUS), a população pode encontrar imunizantes contra o sorotipo C (dado aos 3 e 5 meses, com um reforço aos 12 meses) e sorotipos A, C, W e Y para adolescentes de 11 a 14 anos[vi].

Além dessas, a rede privada conta também com a vacina meningocócica ACWY e meningocócica B para as demais faixas etárias.[vii],[viii] 

Canais de divulgação da campanha ‘Minha Vida Dá Uma História’ :

Instagram Pfizer Brasil: Link

Youtube: Link

 



Pfizer
Site Pfizer Brasil
Twitter: Pfizer e Pfizer News, LinkedIn, YouTube
Facebook Pfizer e Facebook Pfizer Brasil




[i] Brasil, Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Derrotar a meningite: 5/10 - Dia Mundial da meningite. Disponível em: Link. Acesso em 29/09/2023

[ii] Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI/CGPNI/DEIDT/SVS/MS).

[iii] Brasil, Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção Primária à Saúde. Disponível em: Link. Acesso em 10/10/2023.

[iv] Brasil, Ministério da Saúde. Biblioteca Virtual em Saúde. Meningite. Disponível em: Link. Acesso em 29/09/2023

[v] Sociedade Brasileira de Imunizações. Nota técnica SBIm -20/12/2022. Atualização sobre doença meningocócica e vacinas disponíveis no Brasil. Disponível em: Link. Acesso em 29/09/2023.

[vi] Sociedade Brasileira de Imunizações. Calendário de Vacinação – criança – 0 a <10 anos. Disponível em: >Link. Acesso em 26/09/2023

[vii] Sociedade Brasileira de Imunizações. Calendário de Vacinação – criança – 0 a <10 anos. Disponível em: >Link. Acesso em 26/09/2023.

[viii] Sociedade Brasileira de Imunizações. Calendário de Vacinação – adolescente 10-19 anos. Disponível em: Link. Acesso em 26/09/2023.

Estudo associa baixa atividade de enzima ao desenvolvimento de microcefalia em prole infectada pelo zik

A equipe analisou a atividade da enzima Ndel1
em animais infectados pelo vírus zika
(
imagem: João Nani/Criado com BioRender.com)
Pesquisadores da Unifesp e da UFRJ mostraram que a função da enzima Ndel1 – importante para a diferenciação e migração de neurônios – diminui no cérebro de camundongos infectados pelo vírus durante a gestação. O achado pode, no futuro, servir de biomarcador para o diagnóstico precoce da síndrome congênita associada à infecção


 Estudo publicado no Journal of Neurochemistry revela que camundongos infectados pelo vírus zika durante a gestação e que desenvolveram microcefalia apresentam menor atividade de uma enzima chamada Ndel1 – importante para processos de proliferação, diferenciação e migração dos neurônios durante o desenvolvimento embrionário.

A descoberta, já patenteada, pode, no futuro, servir de base para o desenvolvimento de um biomarcador para o diagnóstico precoce de microcefalia em bebês infectados pelo zika no período embrionário.

“Não temos bons biomarcadores para o diagnóstico precoce [ainda na fase embrionária] da síndrome congênita associada à infecção pelo zika. A descoberta dessa relação entre a atividade enzimática e o tamanho encefálico é só o começo do caminho, mas traz muitas esperanças. Atualmente, o diagnóstico se limita a medir o tamanho do cérebro por ultrassonografia ou tomografia. Ou então se baseia nas medidas imprecisas da circunferência do crânio após o nascimento, quando há poucas possibilidades de se reverter o quadro”, comenta Mirian Hayashi, professora do Departamento de Farmacologia da Escola Paulista de Medicina (EPM-Unifesp) e coordenadora da pesquisa.

Apoiada pela FAPESP, a investigação foi conduzida em parceria com o grupo liderado por Patrícia Garcez na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Os resultados também apontaram efeitos positivos do tratamento com o interferon-beta – fármaco utilizado para esclerose múltipla e que tem sido testado em animais infectados por zika. Nos experimentos com camundongos, o medicamento evitou problemas no desenvolvimento neuronal, além de restabelecer a atividade da enzima Ndel1 a níveis similares aos de roedores não infectados.


Modelo experimental

A equipe analisou a atividade de Ndel1 em animais infectados pelo vírus zika. Desenvolvido pelos pesquisadores da UFRJ, o modelo experimental permitiu que os pesquisadores correlacionassem a infecção com a atividade enzimática e a ação do interferon-beta em diferentes fases do desenvolvimento embrionário, determinando assim os riscos de distúrbios do neurodesenvolvimento.

“Observamos que a infecção está associada a uma redução na atividade da enzima Ndel1 no encéfalo dos animais. Pudemos variar condições como, por exemplo, injetar o vírus no ventrículo dos embriões ainda no útero da mãe. Também variamos a carga viral e os diferentes estágios de desenvolvimento do embrião, o que sugere que a atividade enzimática tenha um excelente poder diagnóstico”, afirma João Nani, bolsista da FAPESP e coautor do estudo.

O pesquisador ressalta ainda que não necessariamente uma atividade baixa da enzima significa menor expressão ou menor quantidade proteica da enzima. “Nesse estudo, sugerimos que a atividade enzimática pode estar relacionada a dois fatores: à quebra de substâncias químicas produzidas por células cerebrais [clivagem de neuropeptídeos, questão que ainda precisa ser comprovada em estudos in vivo], ou à capacidade dessa enzima de interagir com outras proteínas. Essa é uma enzima de grande interação com proteínas importantes e a diminuição de sua atividade pode alterar dinâmicas moleculares importantes”, diz.


Infecção materno-fetal

Como lembra Hayashi, a infecção pelo vírus zika durante a gestação pode causar uma série de malformações na prole, entre elas a microcefalia. No entanto, vale destacar que um conjunto de diferentes fatores pode culminar em microcefalia ou em outros danos cerebrais durante a gravidez, incluindo aqueles desencadeados por infecções como toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes simples, por exemplo.

“Por que decidimos investigar essa enzima em casos de infecção por zika? Porque ela é um excelente modelo para infecções materno-fetais no geral. Sabemos que a infecção tende a disparar uma série de respostas e, na gravidez, isso pode trazer complicações para a embriogênese”, explica.

Os pesquisadores contam que a enzima Ndel1 vem sendo muito estudada, sobretudo por sua importância para o desenvolvimento neurológico e de doenças como esquizofrenia e depressão. Isso porque, ressalta Hayashi, ela está associada à formação de complexos no citoesqueleto intracelular do neurônio e na proliferação, diferenciação e migração dos neurônios durante a embriogênese, que são processos cruciais para a formação do cérebro.

Exemplos dessa interação com proteínas do citoesqueleto foram demonstrados, como é o caso da sua associação à proteína LIS1, que leva a uma doença chamada lisencefalia, ou cérebro liso, em que a criança nasce sem os giros corticais. A Ndel1 também é uma das principais ligantes do gene de suscetibilidade de esquizofrenia mais estudado, denominado DISC1 (Disrupted-in-Schizophrenia 1).

Estudos anteriores demonstraram ainda que mutações no geneNDE1 (que codifica uma proteína semelhante à Ndel1, chamada de NDE1) foram associadas a casos graves de microcefalia. Experimentos com modelos animais evidenciaram que a inativação do gene NDE1 ou da enzima Ndel1 inibe a migração neuronal no começo da formação do embrião.

“Demostramos também uma atividade significativamente menor da Ndel1 em indivíduos com primeiro episódio de psicose sem tratamento prévio com antipsicóticos e em pacientes medicados com esquizofrenia crônica. O que sugere, mas ainda não foi possível comprovar, que a atividade da enzima Ndel1 é um potencial biomarcador de estágios iniciais e de resistência ao tratamento na esquizofrenia”, afirma Hayashi.

O estudo Assessing the role of Ndel1 oligopeptidase activity in congenital Zika syndrome: Potential predictor of congenital syndrome endophenotype and treatment response pode ser lido em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/abs/10.1111/jnc.15918.


Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-associa-baixa-atividade-de-enzima-ao-desenvolvimento-de-microcefalia-em-prole-infectada-pelo-zika/49976

O direito das mulheres com câncer de mama

 O câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países desenvolvidos quanto em subdesenvolvidos.

 

No mundo, são cerca de 2,3 milhões de casos novos que foram estimados em 2020 e, no Brasil, 66.280 casos novos em 2021, com risco estimado de 61.61 casos a cada 100 mil mulheres. De acordo com as últimas informações disponibilizadas oficialmente pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA)[1], o câncer de mama também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres brasileiras, sendo que as maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões sul e sudeste do país.
 

Apesar de ter maior incidência em mulheres entre 40/50 anos, pode atingir qualquer idade, inclusive crianças[2], o que justifica o cuidado preventivo e a rápida intervenção médica.
 

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor, pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja, alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região embaixo dos braços (axilas)[3].
 

Os fatores de risco mais comuns são: obesidade e sobrepeso; atividade física insuficiente (menos de 150 minutos por semana); consumo de bebida alcoólica; terapias de reposição hormonal inadequadas, fatores genéticos (histórico familiar de câncer de ovário e Histórico familiar de câncer de ovário e mama em mulheres, principalmente antes dos 50 anos, dentre outros).
 

Historicamente, o movimento internacional de conscientização para a detecção precoce do câncer de mama – Outubro Rosa – foi criado no início da década de 1990, quando o símbolo da prevenção do câncer de mama (laço cor-de-rosa) foi lançado pela Fundação Susan G. Komen for the Cure e distribuídos aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York (EUA) e, a partir de então, realizada anualmente.
 

No nosso país, o direito ao tratamento adequado e eficaz para mulheres com câncer de mama é assegurado pela Constituição Federal, que estabelece a saúde como direito fundamental de todos os cidadãos (art. 196). Mais especificamente, a Lei n° 12.732/2012 dispõe sobre o primeiro tratamento de paciente com neoplasia maligna comprovada e estabelece prazo de 30 dias para a realização dos exames necessários para confirmar o diagnóstico de câncer, nos casos em que “a principal hipótese diagnóstica seja a neoplasia maligna. A norma, prevê ainda, que o tratamento seja realizado em até 60 dias após o diagnóstico.
 

No caso específico do câncer de mama, o Ministério da Saúde estabelece as diretrizes de prevenção, diagnóstico e tratamento, incluindo a realização de exames preventivos, acesso a medicamentos necessários, quimioterapia, radioterapia, acompanhamento psicológico e suporte multidisciplinar. É importante ressaltar que o SUS é responsável por garantir tratamento gratuito e integral a todas as mulheres em território nacional através da rede pública de saúde.
 

Atualmente, é possível afirmar que as mulheres que se valem do Sistema Único de Saúde (SUS) representam 2/3 (dois terços) dos casos diagnosticados em estágio avançado, enquanto as mulheres que são atendidas pelo sistema de saúde privado detêm 1/3 (um terço) dos casos nos estágios 3 e 4.
 

Nesse cenário é que foi criado, em 21 de setembro de 2022, a partir da Lei 14.450/2022, o Programa Nacional de Navegação de Pacientes para pessoas com neoplasia maligna de mama que prevê o acompanhamento dos casos de suspeita ou de confirmação de câncer de mama, com abordagem individual dos pacientes para prestar orientações e ajudar a agilizar o diagnóstico e o tratamento da doença. Esse acompanhamento será feito por navegadores de pacientes, que são profissionais (em geral enfermeiros e assistentes sociais) treinados para facilitar a trajetória do doente.
 

No atual contexto, as mulheres com câncer de mama, além de lidar com desafios físicos e emocionais associados à doença, devem conhecer os direitos específicos que visam proteger e promover seu bem-estar durante o diagnóstico, tratamento e pós-tratamento a fim de transitarem por essa fase com maior respeito e dignidade.
 

Assim, a partir do panorama apresentado, importa, resumida e objetivamente, destacar as principais garantias legais, direito a acesso e cuidados de saúde adequados, apoio emocional e direitos no local de trabalho que as mulheres brasileiras vítimas de câncer de mama possuem:

  1. Garantias legais:

    1.1 Direito à informação: as mulheres têm o direito de receber informações claras e precisas sobre seu diagnóstico, tratamento e possíveis efeitos colaterais;
    1.2 Consentimento informado: as mulheres têm o direito de participar ativamente das decisões relacionadas ao seu tratamento, após receberem informações adequadas e compreensíveis;
    1.3 Confidencialidade: as mulheres têm o direito de ter suas informações médicas mantidas em sigilo e acesso à privacidade durante o processo de tratamento;
    1.4Direito à cirurgia reconstrutiva: além do tratamento, as mulheres que passam pela mastectomia (remoção total ou parcial da mama) têm o direito à cirurgia reconstrutiva - Lei n° 12.802/2013;

 

  1. Acesso a cuidados de saúde adequados:
     
  2. 1 Diagnóstico precoce: as mulheres têm o direito de receber exames de rastreamento regulares e acesso a programas de detecção precoce de câncer de mama;
    2.2 Tratamento compatível: as mulheres têm o direito de receber tratamento adequado e oportuno, incluindo cirurgia, quimioterapia, radioterapia hormonal e terapias-alvo, conforme indicado pelo seu médico;
    2.3 Acesso a medicamentos: as mulheres têm o direito de acesso a medicamentos essenciais para tratamento de câncer de mama;

 

3. Apoio emocional: 

3.1 Apoio psicológico: as mulheres têm o direito de receber apoio psicológico adequado durante todo o processo de tratamento, incluindo aconselhamento individual ou em grupo.

3.2 Grupos de apoio: as mulheres têm direito de participar de grupos de apoio formados por outras mulheres que também enfrentam o câncer de mama, proporcionando uma rede de suporte e compartilhamento de experiências.

 

4. Direitos no local de trabalho: 

4.1 Licença médica: as mulheres têm direito de tirar licença médica para realizar o tratamento de câncer de mama (independentemente do vínculo de trabalho: servidoras públicas, celetistas ou investidas em cargo comissionado), sem qualquer prejuízo profissional;

4.2 Flexibilidade no horário de trabalho: as mulheres têm o direito de solicitar ajustes no horário de trabalho para acomodar as necessidades de tratamento e recuperação;

4.3 Não discriminação: as mulheres têm o direito de não serem discriminadas no ambiente de trabalho com base em seu diagnóstico ou histórico de câncer de mama. 

Por todo o exposto, temos que os direitos das mulheres com câncer de mama são essenciais para garantir a igualdade, a justiça e a dignidade durante o processo de diagnóstico, tratamento e pós-tratamento. A aplicação efetiva desses direitos é fundamental para que as mulheres tenham acesso a cuidados de saúde adequados, apoio emocional e oportunidades igualitárias no trabalho. É responsabilidade de todos – profissionais de saúde, empregadores, legisladores e sociedade em geral – garantir que esses direitos sejam respeitados e promovidos.

 


Prof. Ms. Juliana Daher Delfino Tesolin - Professora e Coordenadora de Internacionalizão e Projetos da Faculdade Presbiteriana Mackenzie Brasília (FPMB)



[1] Link – Instituto Nacional de Câncer INCA – acessado em 05.10.2023.
[2] Recentemente diagnosticado câncer de mama em criança (menina) de 7 anos no Chile (fonte: oncoguia – acessado em 05.10.2023.
[3] Fonte: Link – Instituto Nacional de Câncer INCA – acessado em 05.10.2023.


10 livros para ler antes do vestibular

Editora Landmark disponibiliza coleção de clássicos brasileiros com foco em vestibulandos

 

O período de vestibulares está chegando e os participantes já estão buscando aprimorar os seus estudos. Este ano, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acontecerá entre os dias 5 e 12 de novembro de 2023. Diante disso, um dos conhecimentos mais cobrados pelo Enem é o de literatura nacional.

Em busca de acompanhar os estudos dos vestibulandos, a Editora Landmark, por meio do selo A+M, está lançando clássicos da literatura brasileira e portuguesa: O Ateneu, Quincas Borba, Dom Casmurro, dentre outros. As edições são em tamanho compacto (12cm X 17cm), em capa dura, com textos integrais e completos de cada obra em duas cores.

“Com a nova coleção, a qual será composta por obras essenciais da literatura brasileira e portuguesa – trazendo desde as mais populares em vestibulares até textos menos conhecidos pelo público –, o intuito é tornar o estudo dos jovens mais prático, mas também agradar os leitores mais ávidos e que necessitam de uma edição mais elaborada de cada livro”, comenta Fábio Pedro-Cyrino, diretor editorial na Editora Landmark, especializada edições bilíngues de clássicos da literatura mundial.

As provas de vestibulares normalmente abordam cada um dos movimentos literários do Brasil e do mundo. Entre 2018 e 2022, Machado de Assis foi o autor mais mencionado pelo Enem, com, pelo menos, cinco perguntas sobre suas obras. Para compor a lista de obras da literatura brasileira, conheça dez livros que costumam cair nas provas de vestibulares.


Quincas Borba, de Machado de Assis (1891)

Parte do movimento literário intitulado realismo – que se propõe a analisar as relações humanas de forma mais real –, o livro conta a história de Rubião, um professor de matemática que herda toda a fortuna de seu amigo, o excêntrico filósofo Quincas Borba. Após a morte do amigo, Rubião passa a viver uma realidade completamente diferente, cercado de luxo, e se torna objeto de manipulação por parte de seus “amigos”.


Triste Fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto (1915)

A obra narra a história de Policarpo Quaresma, um funcionário público apaixonado pelo Brasil e pelas tradições nacionais. Por meio da trajetória de Policarpo Quaresma, Lima Barreto faz uma crítica contundente à alienação, à falta de senso crítico e à dificuldade de adaptação de um indivíduo em um contexto social. O livro é um dos ícones do movimento pré-modernista, transição de escolas como realismo e naturalismo para o modernismo.


O Cortiço, de Aluísio Azevedo (1890)

Esse livro é um romance naturalista que conta a história de pessoas que vivem em uma espécie de habitação coletiva precária e superlotada, localizada no Rio de Janeiro durante o século XIX. A história se desenrola em torno de João Romão, um ambicioso comerciante português que, a partir da exploração dos moradores do cortiço, consegue acumular riqueza. Ao longo da trama, o autor apresenta uma ampla gama de personagens que habitam o cortiço, representando diferentes camadas sociais e etnias de forma crua e realista, a qual é uma das principais características do movimento naturalista.


O Ateneu, de Raul Pompéia (1888)

Parte do movimento realista, o livro acompanha a história de Sérgio, um jovem estudante que é enviado por seus pais para estudar em um prestigioso colégio interno chamado Ateneu. Por meio de simbolismos, o texto retrata as tensões e os conflitos existentes na sociedade brasileira do final do século XIX e apresenta uma análise da alma humana e das relações de poder que marcam o ambiente escolar. Nessa obra, ainda são apresentadas as ilustrações do próprio autor para o livro.


Dom Casmurro, de Machado de Assis (1899)

Sendo uma das obras iniciais do realismo brasileiro, o livro confirma o olhar certeiro e crítico que o autor estendia sobre toda a sociedade brasileira. Trazendo a temática do ciúme, o livro provoca polêmica em torno do caráter de uma das principais personagens femininas da literatura brasileira. Famoso por sua narrativa ambígua, a obra deixa em aberto a questão da infidelidade de Capitu e a paternidade de Ezequiel. Essa ambiguidade é uma das características marcantes de Machado de Assis, que explora as contradições da mente humana e a subjetividade da realidade.


Mensagem, de Fernando Pessoa (1934)

De autoria do poeta português Fernando Pessoa, o livro é uma compilação de poemas que apresentam uma visão épica da história de Portugal, explorando temas como a identidade nacional, o destino coletivo e o mito do herói. Por meio da poesia, o livro retrata a trajetória de Portugal desde os tempos antigos até o presente, explorando a relação entre o passado e o presente e a busca por um sentido de identidade nacional e o papel de Portugal no contexto mundial. Nesta obra também são apresentados textos de autoria do próprio poeta que explicitam o modo de composição, a produção e um breve relato biográfico.


Espumas Flutuantes (1870) e Os Escravos, de Castro Alves (1884)

Outro poeta da lista é o baiano Castro Alves com as obras Espumas Flutuantes e Os Escravos, finalmente reunidas em uma nova edição há tempos desaparecida no mercado editorial brasileiro. Abertamente abolicionista, o autor versa poemas sobre a escravidão, denunciando os horrores e injustiças de um período marcante da história do país. um dos mais importantes poetas do romantismo brasileiro. As obras, importantes legados do romantismo brasileiro, são marcadas pela intensidade lírica, pelos diálogos fortes e pela representação vívida das personagens e dos cenários. 


Iracema, de José de Alencar (1865)

A trama se passa durante a colonização do Brasil e retrata os conflitos entre os colonizadores europeus e as tribos indígenas. Iracema, filha do pajé da tribo dos tabajaras, é destinada a guardar um segredo, mas seu destino se cruza com o de Martim, um português, que se perde nas matas e é acolhido pela jovem. Entre eles, nasce um amor que desafia as barreiras culturais e sociais da época. O romance é marcado por uma linguagem poética, retratando a exuberância da natureza brasileira, os costumes indígenas e as paisagens do Ceará.


Brás, Bexiga e Barra Funda (1927) e Laranja da China (1928), de António de Alcântara Machado

As obras publicadas na primeira fase do modernismo são uma coletânea de contos que retrata a vida cotidiana dos imigrantes italianos em São Paulo. Trazendo o realismo e a crítica da realidade urbana, os contos exploram os desafios e as adversidades enfrentadas pelos imigrantes em busca de melhores condições de vida. Os contos abordam questões como o choque cultural, a marginalização, a exploração no trabalho e a luta pela sobrevivência, com uma linguagem rica em expressões típicas do dialeto italiano e em elementos do cotidiano dos imigrantes para dar autenticidade às histórias e às personagens. 


A Ilustre Casa de Ramires, de Eça de Queirós (1900)

Por meio da história de Gonçalo Mendes Ramires, um fidalgo provinciano que vive numa casa ancestral na região de Trás-os-Montes, em Portugal, a obra apresenta a complexidade da sociedade portuguesa do final do século XIX, revelando as fissuras e os desafios enfrentados por uma classe social em declínio. 

Gonçalo é um personagem idealista, fascinado pela história e pelo passado brilhante de sua família que busca restaurar a glória dos Ramires através da escrita de um livro sobre a história da casa e de suas memórias. No entanto, a trama se desenrola em torno dos desafios enfrentados por Gonçalo ao tentar conciliar suas ambições literárias com a realidade, além de intrigas políticas e românticas.

Com o lançamento da coleção “Essência: Grandes Clássicos da Língua Portuguesa”, a Editora Landmark apresenta em uma edição mais completa cada uma das dez obras, buscando acompanhar a rotina de estudos dos jovens e os momentos de lazer daqueles que amam literatura.

Disponível na Amazon, nas principais livrarias do país e no site oficial da Editora Landmark. Acesse aqui.

 

Black Friday: como a geração Z e as redes sociais, impactam as vendas no e-commerc

Freepik 
Jovens chegam ao mercado consumidor com novas prioridades; executivo aconselha estudar perfil de compra do grupo em datas comemorativas 

 

Com o passar dos anos, é possível observar que os consumidores estão cada vez mais exigentes, apresentando novos perfis de compras e, muitas vezes, mais interessados no acesso e na qualidade da experiência do que na posse dos produtos. Essa mudança reflete a entrada dos jovens da geração Z no mercado consumidor – nascidos entre 1995 e 2010 –, com prioridades diferentes e desafiadoras para os empresários. Estar preparado para atender esse novo público, focando no digital e investindo em melhorar a jornada do usuário, é um ponto crucial. 

 

Todos os aspectos particulares desse grupo devem ser levados em consideração em datas comemorativas do comércio, como a Black Friday. Para Eric Vieira, head de e-commerce da multinacional brasileira FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios, empresários precisam estar atentos para entender o público e não ficar para trás. “Essa geração, ao meu ver, é ainda mais exigente quando falamos de agilidade e prontidão, ainda mais no meio digital, pois são pessoas que já nasceram na era tecnológica e sabem tudo desde muito cedo”, pontua o executivo.

 

A geração Z, segundo a ONU, já é a mais numerosa do mundo, representando 32% da população. As principais análises de perfil e hábitos de consumo desse grupo sugerem que eles estão sempre em busca de novidades e dificilmente acabam sendo fiéis a produtos e marcas, pois gostam de pesquisar, inovar e se diferenciar. Além disso, são financeiramente mais atentos, sempre em busca de estratégias digitais que os beneficiem, como descontos e cashbacks


 

Geração Z omnichannel: requisito é ser phygital


É fato que essa geração é dependente dos celulares, e, inclusive, preferem dispositivos móveis aos computadores pela agilidade e rapidez. “Para a Black Friday, vale o comércio pensar em estratégias que englobem os smartphones, através de aplicativos, criando ferramentas e formas de captar a atenção deles e proporcionar uma experiência satisfatória”, comenta Eric.

 

Estimativas do mercado apontam, por exemplo, que esses jovens chegam a compartilhar cinco telas ao mesmo tempo, incluindo computador, celular, TV, consoles e até acessórios, como smartwatches. “Podemos concluir que é uma geração predominantemente omnichannel, que, apesar de nascerem no mundo digital, recebem o impacto também nas experiências físicas. Na medida em que os hábitos de consumo vão mudando, os clientes vão demonstrando mais receptividade às inovações e tendências vão surgindo, como o phygital. Ele é particularmente compatível com a geração Z”, afirma Vieira. 

 

Apesar de também envolver a integração do físico com o digital, o phygital e o omnichannel não são conceitos iguais. Além disso, para poder  entregar a experiência digital, faz uso de tecnologias imersivas como a realidade aumentada e virtual que habilitam engajar e mesmo testar os produtos de forma virtual, proporcionando uma experiência de maneira interativa e com grau maior de personalização. O omnichannel está relacionado à convergência dos canais na operação do varejo e no atendimento ao consumidor. Já o phygital está mais voltado à incorporação de tecnologias a experiências presenciais. É o caso, por exemplo, de sistemas de self-checkout em lojas físicas ou de um parque de diversões que disponibiliza uma pulseira digital para acesso aos brinquedos, ao quarto do hotel e a determinadas compras. Porém, para ser phygital, é preciso, antes, ser omnichannel.


 

Redes sociais ajudam a atrair a geração Z para o seu e-commerce

 

As redes sociais são responsáveis por melhor alcançar a geração Z. De acordo com o Instagram, a plataforma de lojas embutidas no próprio aplicativo foi responsável por 59% das vendas realizadas através de redes sociais – o aplicativo é o mais utilizado por 84% dos internautas entre 16 e 29 anos, janela que engloba a geração Z, segundo pesquisa da Opinion Box. Portanto, é crucial que haja investimento do empreendedor em influenciadores, publicidade, e marketing digital nas redes sociais, especialmente em datas sazonais de grande volume de vendas como a Black Friday, por exemplo. 

 

Isso sem mencionar o TikTok, um em cada quatro usuários (23%) afirmaram que descobriram algo na plataforma e foram comprar imediatamente, segundo a plataforma. “Já existem relatos no mundo todo capazes de afirmar o poder do TikTok na divulgação de marcas e produtos. As pessoas vão atrás deles por conta da rede social”, conta Eric. 

 

FCamara
www.fcamara.com


Mercado financeiro projeta inflação em 4,75%, teto da meta para 202

 

Freepik

A previsão para o IPCA divulgada no Boletim Focus, do Banco Central, mostra queda em relação à expectativa da semana anterior, quando era de 4,86%

 

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,86% para 4,75% neste ano.

A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira, 16/10, pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos. 

Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,88%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos. 

A estimativa para este ano está no limite do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%. 

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. 

A projeção do mercado para a inflação de 2024 está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. 

Em setembro, o aumento de preços da gasolina pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,26%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual ficou acima da taxa de agosto, que teve alta de 0,23%. 

A inflação acumulada este ano atingiu 3,50%. Nos últimos 12 meses, ela está em 5,19%, ficando acima dos 4,61% dos 12 meses imediatamente anteriores. 


JUROS

Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros - a Selic - definida em 12,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela segunda vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas. 

Ainda assim, em ata da última reunião, o Copom reforçou a necessidade de se manter uma política monetária ainda contracionista para que se consolide a convergência da inflação para a meta em 2024 e 2025 e a ancoragem das expectativas. As incertezas nos mercados e as expectativas de inflação acima da meta preocupam o BC e são fatores que impactam a decisão sobre a taxa básica de juros. 

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas. 

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021. 

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos. 

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. 

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica. 


PIB

A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,92%, a mesma das últimas três semanas. 

Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente. 

Por fim, a previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,05.

 

Agência Brasil

 

Dia Nacional da Agricultura (17/10): Agronegócio emprega 27% da população brasileira

 

Especialistas do escritório de advocacia ALE Advogados explicam quais são os direitos trabalhistas desses profissionais que a cada dia mais crescem no país, segundo o IBGE



Os agricultores desempenham um papel fundamental na sociedade, contribuindo significativamente para a produção de alimentos e recursos naturais. À medida que é celebrado o Dia Nacional da Agricultura (17/10), é essencial destacar a importância de reconhecer e garantir os direitos trabalhistas desses profissionais incansáveis. Visto que segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a taxa de trabalhadores com carteira assinada apresentou um expressivo aumento de 7,2% no setor de "Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura".

Agricultores, pecuaristas, produtores florestais, pescadores e aquicultores estão experimentando um avanço significativo na garantia de direitos trabalhistas. Dados apontam que parte da economia brasileira depende da agricultura, pois este é um setor que gera empregos para 22% da população ativa, 20% das exportações são de produtos agrícolas, 12% do PIB (Produto Interno Brasileiro) são representados pela agricultura.

Segundo estudo lançado pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) em parceria com o Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), o agronegócio emprega 27% da PO (população ocupada) atualmente no Brasil. As pessoas trabalhando no agronegócio brasileiro no 1o trimestre somam 28,1 milhões de brasileiros, número recorde desde o início do estudo em 2012. A população ocupada no setor aumentou em aproximadamente 237 mil empregos quando comparado ao mesmo período de 2022.

O advogado especialista em direito empresarial Henrique Esteves destaca que "esse aumento na taxa de trabalhadores com carteira assinada reflete um esforço contínuo na valorização do trabalho no campo, garantindo segurança e estabilidade aos profissionais que desempenham um papel vital na produção de alimentos e recursos naturais do país”, explica o especialista do escritório de advocacia ALE Advogados.

Leonardo César, também especialista na área, ressalta a importância de compreender quais são os direitos dos profissionais do setor. "O produtor deve estar sempre atento ao cumprimento das normas regulamentadoras do trabalho rural, uma vez sujeito à inspeção pelos auditores-fiscais do trabalho, que verificam a existência de EPI's, condições de higiene e salubridade do ambiente de trabalho, adequação do maquinário às normas de segurança, entre outros aspectos, que, se não cumpridos, podem acarretar a imposição de pesadas multas, sem prejuízos aos processos individuais, movidos pelos próprios trabalhadores", reforça.

Os especialistas também separaram mais direitos trabalhistas que os agricultores possuem. São eles:

1. Jornada de Trabalho Regulamentada: Assim como qualquer outro trabalhador, os agricultores têm direito a uma jornada de trabalho regulamentada, com limites de horas diárias e semanais.

2. Férias Remuneradas: Agricultores têm direito a férias remuneradas, permitindo-lhes descansar e recarregar suas energias.

3. Acesso a Benefícios Previdenciários: Eles têm acesso a benefícios como aposentadoria e auxílio-doença, fornecendo segurança financeira em tempos difíceis.

4. Salário Mínimo e Remuneração Justa: Os agricultores têm direito a um salário justo, e isso inclui o pagamento do salário mínimo estabelecido por lei.

5. Segurança no Trabalho: Garantir um ambiente de trabalho seguro é fundamental, e os agricultores têm o direito de trabalhar em condições que não coloquem sua saúde em risco.

6. Organização e Negociação Coletiva: Agricultores têm o direito de se organizar em sindicatos e negociar coletivamente, defendendo seus interesses e direitos.

7. Proteção contra Discriminação e Exploração: Como todos os trabalhadores, os agricultores têm o direito de serem protegidos contra discriminação, exploração e abuso no local de trabalho.


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