Jovens chegam ao mercado consumidor
com novas prioridades; executivo aconselha estudar perfil de compra do grupo em
datas comemorativas Freepik
Com o passar dos anos, é possível observar
que os consumidores estão cada vez mais exigentes, apresentando novos perfis de
compras e, muitas vezes, mais interessados no acesso e na qualidade da
experiência do que na posse dos produtos. Essa mudança reflete a entrada dos
jovens da geração Z no mercado consumidor – nascidos entre 1995 e 2010 –, com
prioridades diferentes e desafiadoras para os empresários. Estar preparado para
atender esse novo público, focando no digital e investindo em melhorar a
jornada do usuário, é um ponto crucial.
Todos os aspectos particulares desse grupo
devem ser levados em consideração em datas comemorativas do comércio, como a
Black Friday. Para Eric Vieira, head de e-commerce da multinacional brasileira
FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de
negócios, empresários precisam estar atentos para entender o público e não
ficar para trás. “Essa geração, ao meu ver, é ainda mais exigente quando
falamos de agilidade e prontidão, ainda mais no meio digital, pois são pessoas
que já nasceram na era tecnológica e sabem tudo desde muito cedo”, pontua o
executivo.
A geração Z, segundo a ONU, já é a mais
numerosa do mundo, representando 32% da população. As principais análises de
perfil e hábitos de consumo desse grupo sugerem que eles estão sempre em busca
de novidades e dificilmente acabam sendo fiéis a produtos e marcas, pois gostam
de pesquisar, inovar e se diferenciar. Além disso, são financeiramente mais
atentos, sempre em busca de estratégias digitais que os beneficiem, como
descontos e cashbacks.
Geração
Z omnichannel: requisito é ser phygital
É fato que essa geração é dependente dos
celulares, e, inclusive, preferem dispositivos móveis aos computadores pela
agilidade e rapidez. “Para a Black Friday, vale o comércio pensar em
estratégias que englobem os smartphones, através de aplicativos, criando
ferramentas e formas de captar a atenção deles e proporcionar uma experiência
satisfatória”, comenta Eric.
Estimativas do mercado apontam, por exemplo,
que esses jovens chegam a compartilhar cinco telas ao mesmo tempo, incluindo
computador, celular, TV, consoles e até acessórios, como smartwatches. “Podemos
concluir que é uma geração predominantemente omnichannel, que, apesar de nascerem
no mundo digital, recebem o impacto também nas experiências físicas. Na medida
em que os hábitos de consumo vão mudando, os clientes vão demonstrando mais
receptividade às inovações e tendências vão surgindo, como o phygital.
Ele é particularmente compatível com a geração Z”, afirma Vieira.
Apesar de também envolver a integração do
físico com o digital, o phygital e o omnichannel
não são conceitos iguais. Além disso, para poder entregar a
experiência digital, faz uso de tecnologias imersivas como a realidade
aumentada e virtual que habilitam engajar e mesmo testar os produtos de forma
virtual, proporcionando uma experiência de maneira interativa e com grau maior
de personalização. O omnichannel está relacionado à
convergência dos canais na operação do varejo e no atendimento ao consumidor.
Já o phygital está mais voltado à incorporação de tecnologias a
experiências presenciais. É o caso, por exemplo, de sistemas de self-checkout
em lojas físicas ou de um parque de diversões que disponibiliza uma pulseira
digital para acesso aos brinquedos, ao quarto do hotel e a determinadas
compras. Porém, para ser phygital, é preciso, antes, ser omnichannel.
Redes
sociais ajudam a atrair a geração Z para o seu e-commerce
As redes sociais são responsáveis por melhor
alcançar a geração Z. De acordo com o Instagram, a plataforma de lojas
embutidas no próprio aplicativo foi responsável por 59% das vendas realizadas
através de redes sociais – o aplicativo é o mais utilizado por 84% dos internautas
entre 16 e 29 anos, janela que engloba a geração Z, segundo pesquisa da Opinion
Box. Portanto, é crucial que haja investimento do empreendedor em
influenciadores, publicidade, e marketing digital nas redes sociais,
especialmente em datas sazonais de grande volume de vendas como a Black Friday,
por exemplo.
Isso sem mencionar o TikTok, um em cada
quatro usuários (23%) afirmaram que descobriram algo na plataforma e foram
comprar imediatamente, segundo a plataforma. “Já existem relatos no mundo todo
capazes de afirmar o poder do TikTok na divulgação de marcas e produtos. As
pessoas vão atrás deles por conta da rede social”, conta Eric.
www.fcamara.com
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