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sexta-feira, 12 de maio de 2023

Indústria da música: a luta pelo destaque nas plataformas de streaming

Com milhões de faixas disponíveis nas plataformas digitais, e o crescimento contínuo do mercado, saber quando e como lançar um novo projeto é fundamental para alcançar o sucesso na indústria da música

 

De acordo com informações da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica), a indústria da música brasileira cresceu 15,4% em 2022. O número está acima da média global, que foi de 9% no mesmo período. Isso ocorreu especialmente devido ao impulso dos serviços de streaming, que atualmente representam 86,2% das receitas totais da indústria da música. Com isso, o Brasil chegou a 9ª posição no ranking global. 

O relatório do IFPI também indica que a indústria fonográfica nacional arrecadou R$ 2,5 bilhões em 2022. Além disso, segundo dados da Loud & Clear do Spotify, ano passado já haviam 158 milhões de faixas disponíveis na plataforma.

Dessa forma, conseguir destaque nos serviços de streaming é um desafio, e para contorná-lo diversos artistas apostam em estratégias de lançamentos constantes. Afinal, a própria estrutura dessas plataformas favorece o consumo de músicas novas. Contudo, publicar muitos conteúdos em um curto período de tempo nem sempre é o melhor caminho, ainda mais quando falamos em artistas independentes. 

“A constância dos lançamentos depende muito da capacidade criativa e financeira do artista. Ou seja, não adianta lançar com frequência sem ter um projeto artístico, e isso precisa ser avaliado caso a caso, de acordo com o perfil do artista e do seu público-alvo”, explica Eriton Bezerra, CEO da New Music Brasil. 

Empresa especializada na indústria da música, a New Music Brasil tem centenas de artistas independentes em seu catálogo. E para elaborar o plano de carreira de cada um, a empresa foca no potencial de crescimento de seus artistas, buscando auxiliá-los a construir uma “personalidade musical”, nas palavras do CEO. A partir daí, são elaboradas as estratégias de lançamento que melhor atendam às necessidades e condições do artista. 

Em outras palavras, não existe uma fórmula ideal que se aplica a todos os artistas. Ainda que os serviços de streaming favoreçam a lógica de lançamentos constantes, fatores como a condição financeira e personalidade musical do artista, além das características do público-alvo, precisam ser levados em consideração.

 

Quando uma música deixa de ser novidade na indústria?


Eriton Bezerra explica que a primeira semana após o lançamento de uma música é fundamental para atrair a atenção dos ouvintes pela novidade. Além disso, conforme análise da British Phonographic Industry (BPI), duas semanas é o tempo que uma faixa pode levar para atingir seu pico comercial após o lançamento. Ao mesmo tempo, faixas com mais de um ano são atualmente definidas pelos players de mercado (gravadoras e selos) como catálogo. 

No entanto, o desempenho das músicas nas plataformas digitais pode crescer em até 12 meses. “Se olharmos para os analíticos, a grande maioria das músicas de maior performance no meio digital chegam no seu melhor desempenho entre 5 e 10 meses após a publicação, praticamente no momento em que a música começa o seu caminho para virar uma faixa de catálogo”, comenta Eriton. 

Já no segundo ano, o desempenho de uma música cai em média 65%, e segue caindo até se estabilizar como faixa de catálogo, mantendo um consumo em torno de 10 a 15%, na comparação com o primeiro ano, segundo Eriton Bezerra.

 

Lançamentos ou catálogos: no que investir? 

Recentemente, um dos maiores players da indústria da música do mundo anunciou que não fará mais distinção entre lançamentos de músicas novas e músicas de catálogo. A proposta visa promover todas as faixas da empresa com o mesmo empenho.  

Para Eriton Bezerra, “são dois caminhos diferentes, ambos muito importantes. Investir em catálogos faz muito sentido quando pensamos em projetos de carreira. Já o repertório de artistas emergentes tem maior apoio nos lançamentos. A melhor estratégia é mesclar os dois caminhos, sempre segundo o perfil de cada artista e gênero musical”.


Uma agenda para o Brasil

 

Toda criança deveria receber, além da agenda da escola, uma agenda das suas responsabilidades com o país. E essa agenda deveria acompanhar a vida de todos os cidadãos, do Fundamental à Universidade, ao longo da vida profissional e depois, na aposentadoria. Para nunca esquecermos que o governo é o que dá a direção, mas quem faz as coisas acontecerem somos nós mesmos.

Nessa agenda, o compromisso número um deveria ser com o meio ambiente. Nas escolas, a limpeza, o cuidado com os móveis e com o prédio, a destinação de tudo o que se descarta, deveria ser prioritariamente dos alunos e professores. Uma equipe profissional de limpeza deveria ser encarregada apenas do que pudesse implicar algum risco para a saúde dos membros da comunidade escolar. O compromisso também deveria envolver o entorno da escola - calçadas, áreas verdes, fontes de água, animais, etc. E ser lição de casa para os pais e familiares.

O segundo compromisso, sem dúvida, deveria ser com as pessoas próximas: o respeito, o afeto, a solidariedade, fundamentos de qualquer relação civilizada e civilizatória. Direção, coordenação, professores, auxiliares, funcionários, alunos e alunas, pais, todos deveriam assumir esse compromisso comum de respeito e consideração, em torno de regras coletivas, democraticamente estabelecidas e periodicamente revisitadas. Da mesma maneira que o primeiro compromisso, essa prática de respeito e consideração deveria ser estendida à rua da casa e ao bairro onde se mora. Assim, a escola cumpriria um de seus papéis mais importantes: disseminar formas democráticas de convivência.

O terceiro compromisso deveria ser o respeito com a diferença. Talvez um dos maiores desafios da agenda, pois visa conciliar a liberdade individual, que é definida pela imaginação, com as exigências coletivas, que são definidas pelas demandas materiais. Por exemplo: diante de uma pandemia, não cabe discutir se eu “quero" ou não usar máscara ou tomar vacina. Se há um risco de incêndio ou desabamento, não faz sentido perguntar se eu desejo ou não permanecer no prédio. Daí o trabalho árduo e permanente de equilibrar o desejo e o exercício da liberdade com as necessidades e os limites impostos pela realidade. Aqui, trata-se de uma espécie de vasos comunicantes: quando a exigência pode ser menor, a liberdade pode ser maior, e vice-versa. Se falta água, racionamento. Se há água em abundância, banho de banheira. Não existe um direito a banho de banheira assegurado plenamente, mas balizado pelo Bem Comum. Essa, aliás, é a expressão chave de toda a agenda. A agenda existe para isso. Nossa formação deveria ser pautada por isso, o tempo todo.

É evidente que pensar dessa maneira causa um certo incômodo, não somente para quem tem muito, como para quem sonha em ter muito. Se eu sou rico, como eu não posso ter tudo o que eu quiser? Quem vai me impedir? Muitas teorias fizeram sucesso em torno desse conceito do egoísmo virtuoso, mas curiosamente, nunca garantiram a estabilidade prometida, muito menos a garantia mínima de uma vida digna para todos. E esse é o propósito de uma Nação. Ou então, que propósito poderia haver?

Todo brasileiro deveria ter uma agenda com essas prioridades em cima da mesa. E deveria olhar para esses compromissos frequentemente. Com o tempo, com paciência e, principalmente, com muita resiliência, quem sabe não conseguimos nos tornar uma Nação grande o suficiente para cabermos todos Nela? 



Daniel Medeiros é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo.
@profdanielmedeiros

Por que é tão importante aprender na idade certa?

Freepik
Se não há limite etário para o conhecimento, também é verdade que muitas aprendizagens são melhor desenvolvidas em determinadas etapas da vida

 

 

O cérebro humano é capaz de aprender ao longo de toda a vida, dizem inúmeras pesquisas realizadas ao redor do mundo. Para a ciência, sempre é possível falar um novo idioma, tocar um instrumento musical desconhecido ou dar os primeiros passos de dança. No entanto, embora tudo isso seja verdade, há um período mais adequado para cada aprendizado. 

De acordo com uma apresentação feita recentemente em encontro entre o Ministério da Educação (MEC) e a União Nacional de Dirigentes Municipais de Educação (Undime), em 2021 apenas quatro a cada dez crianças brasileiras concluíram o 2º ano do Ensino Fundamental sabendo ler e escrever. Atualmente, quase metade dos brasileiros não está aprendendo a ler e escrever na idade correta, que é até os sete anos, segundo especialistas. E a alfabetização não é o único caso em que a idade importa. 

Para a diretora pedagógica da Aprende Brasil Educação, Acedriana Vogel, “aprender na idade adequada é um direito de todas as crianças. Não quer dizer que elas não possam aprender depois, mas é papel da escola e da sociedade garantir que isso aconteça no momento correto”. Estimular crianças e adolescentes a serem protagonistas de seu aprendizado é fundamental para que esse direito seja assegurado. 


O papel dos professores

Ao longo da vida escolar, os marcos de desenvolvimento precisam ser bem definidos e respeitados. Somente assim será possível oferecer aos estudantes as ferramentas necessárias para que eles possam ter as mesmas oportunidades. Nesse sentido, os professores têm papel fundamental e o investimento na formação desses profissionais precisa ser priorizado para garantir o futuro das crianças. 

“Os professores, principalmente os da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, necessitam de constante formação e aperfeiçoamento. Também é muito importante observar práticas que tiveram sucesso e adaptá-las para cada contexto, de modo que se tornem referência”, destaca a especialista. Cada fase da vida escolar deve ser acompanhada de perto por profissionais capacitados para assegurar o melhor aprendizado possível aos alunos.


Recursos didáticos digitais

Atualmente, o uso da tecnologia é um importante aliado para a escola - e precisa ser encarado como tal. Entretanto, Acedriana lembra que esse tipo de recurso digital precisa estar em conformidade com os livros didáticos e alinhados a cada faixa etária. “Jogos, atividades colaborativas e simulações especialmente desenvolvidas para o ensino devem acompanhar os propósitos do que se pretende ensinar para que não disputem a atenção dos estudantes, mas os envolvam no processo de aprendizagem”, ressalta.

 

Sistema de Ensino Aprende Brasil
http://sistemaaprendebrasil.com.br/


Pacientes vêm pedindo cada vez mais socorro ao Judiciário nas questões de saúde no Brasil

Recente estudo do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) revela que o número de ações contra planos de saúde aumentou 23% em 2022. As principais reclamações são contra a recusa no atendimento ou em exames, falta de cobertura e reajustes abusivos. 

Sobre o mesmo efeito, o CNJ também apresentou um levantamento que, nos últimos anos, houve o aumento significativo no número de ações judiciais movidas contra o atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS). 

Somente no ano passado, foram abertos mais de 295 mil processos na justiça, apenas em 2021 e 2020, o total de ações distribuías foram de 250 mil e 210 mil, respectivamente, indicando, por vez, o aumento gradual, a cada ano. Já em relação à rede privada, o ano de 2022 registrou mais de 164 mil processos novos à medida que em, 2021 e 2020, foram abertos 137 mil e 135 mil processos judiciais em desfavor da rede privada de saúde, respectivamente. 

O reajuste abusivo das mensalidades dos planos de saúde tem sido uma das principais causas do crescimento das ações judiciais. Muitas vezes, os reajustes aplicados pelas operadoras não são justificados por um aumento equivalente nos custos de saúde. Esses aumentos tornam os planos de saúde inacessíveis para muitas pessoas, especialmente para as de baixa renda. 

Outra causa do aumento das ações processuais é a diminuição dos serviços oferecidos pelas operadoras. Muitas vezes, os planos de saúde limitam o acesso dos pacientes a determinados procedimentos, medicamentos e especialidades médicas, o que pode levar a tratamentos inadequados ou atrasos no diagnóstico de doenças. 

Quando isso acontece, os pacientes acabam buscando seus direitos na justiça, com o objetivo de garantir o acesso a um tratamento adequado. 

Além disso, a falta de transparência nas informações prestadas pelas operadoras também é um fator que contribui para o aumento das ações judiciais. Muitas vezes, os pacientes não entendem completamente os termos do contrato que assinam com as operadoras e acabam sendo vedados por cláusulas abusivas ou por negativas de cobertura injustificadas. 

Com efeito, o Poder Judiciário tem sido cada vez mais acionado para garantir o acesso aos serviços de saúde. No entanto, a intensificação das medidas judiciais, contribuem para novo gravame, como o aumento dos custos judiciais e a lentidão da máquina judiciária, sobretudo o aumento do tempo de espera para a resolução das demandas, que por vezes além da urgência requer celeridade no expediente. 

Sobreposto, o aumento das ações judiciais contra os planos de saúde favorece a elevação do gargalo no sistema de saúde no Brasil. De um lado a insatisfação dos pacientes com os serviços oferecidos. Do outro, notável descaso em melhorar o atendimento e fomentar a adoção de medidas em acertar questões financeiras-administrativas, que por fim, acabam sendo repassadas ao consumidor. Para dizimar tal demanda, se faz necessário a atuação das operadoras de planos de saúde de maneira mais transparente e ética, garantindo o acesso aos serviços de saúde de qualidade e respeitando os direitos de seus anuentes de acordo com os princípios constitucionais e os quais regem os contratos. E não é só, se faz substancial a atuação efetiva da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) na resolutiva de demandas administrativas para evitar que muitos casos cheguem a ser judicializados, sobretudo para que os pacientes tenham agilidade e suporte em suas reclamações.

 

José dos Santos Santana Junior - advogado especialista em Direito Médico e sócio do escritório Mariano Santana Advogados.

 

A era das demissões em massa: será que os robôs assumirão o controle?

A importância das habilidades humanas em um mundo cada vez mais automatizado

 

A evolução da tecnologia pode trazer benefícios e desafios para a sociedade. A possibilidade de a Inteligência Artificial (IA) substituir muitos trabalhos realizados por seres humanos tem gerado preocupações em todo o mundo.

 

A psicóloga, especialista em neurociência e CEO Shana Wajntraub comenta que embora a IA possa automatizar tarefas rotineiras e aumentar a eficiência das empresas, é importante lembrar que a tecnologia não pode substituir habilidades humanas essenciais para o sucesso em muitas áreas.

 

De acordo com o Fórum Econômico Mundial, estas são as 10 principais habilidades indispensáveis para se destacar nesse cenário cada vez mais tecnológico, confira:


1. Pensamento analítico: A habilidade de analisar informações e dados para identificar padrões e tendências, e utilizar essas informações para tomar decisões fundamentadas. 

 

2. Pensamento criativo: A habilidade de pensar fora da caixa, gerar ideias inovadoras e encontrar soluções criativas para problemas complexos.

    

3. Resiliência, flexibilidade e agilidade: A habilidade de se adaptar rapidamente a mudanças, lidar com pressões e desafios, e manter o foco em objetivos mesmo em situações adversas.

 

4. Motivação e autoconsciência: A habilidade de entender suas forças e limitações, manter-se motivado e comprometido com seus objetivos e buscar o autodesenvolvimento.

    

5. Curiosidade e aprendizado ao longo da vida: A habilidade de manter-se curioso e aberto a novas experiências e aprendizados, e buscar continuamente aprimorar suas habilidades e conhecimentos.

    

6. Alfabetização tecnológica: A habilidade de compreender e utilizar as tecnologias necessárias para executar seu trabalho de forma eficaz e eficiente.

    

7. Confiabilidade e atenção aos detalhes: A habilidade de manter a precisão e qualidade de seu trabalho, prestando atenção aos detalhes e entregando resultados confiáveis.

    

8. Empatia e escuta ativa: A habilidade de entender as necessidades e perspectivas dos outros, e comunicar-se de forma eficaz através de uma escuta ativa e uma postura empática.

    

9. Liderança e influência social: A habilidade de liderar equipes e influenciar outras pessoas através de habilidades de comunicação, gestão e resolução de conflitos.

    

10. Controle de qualidade: A habilidade de gerenciar e monitorar a qualidade de um projeto ou produto, garantindo que ele atenda aos requisitos e padrões necessários.

 

Além disso, vale ressaltar que a habilidade da intuição, é muito importante em áreas como a tomada de decisões em situações imprevisíveis, como em situações de emergência. E a compreensão de contexto é fundamental em áreas como a tradução e a interpretação, onde é necessário entender as nuances e sutilezas da linguagem e da cultura.

 

Novas oportunidades de trabalho estão surgindo em áreas como programação, análise de dados, robótica e inteligência artificial em si. Shana Wajntraub destaca que a substituição total dos empregos humanos pela IA é improvável. Portanto, é importante que as pessoas se preparem para essas mudanças no mercado de trabalho e busquem desenvolver as habilidades necessárias para se manterem competitivas e empregáveis.

 

“As empresas e organizações devem considerar a IA como uma ferramenta para complementar as habilidades humanas. Se utilizada de forma consciente e responsável, a IA tem o potencial de melhorar significativamente a vida das pessoas e a economia como um todo. Cabe a nós decidirmos como vamos usar a IA em nosso benefício e em benefício da sociedade.” Finaliza Shana Wajntraub.

 

Shana Wajntraub - psicóloga com MBA em Gestão de Pessoas pela Universidade Federal Fluminense, pós- graduada em neurociências pelo Mackenzie. Mestranda em comunicação e análise de comportamento pela Manchester Metropolitan University- UK (Paul Ekman). Professora da HSM, palestrante da HSM expo em 2021. também palestrou no CBTD em 2020 e 2021 e já impactou mais de 230 mil pessoas em treinamentos na América Latina para Nestlé, Galderma, Sanofi, GPA, Hypera, Locaweb, Seara, AstraZeneca, Dasa, Boehringer, Met Life, Grupo Boticário, Vivo, Amil, Magazine Luiza, Camil.

Mulheres ainda enfrentam tabus em relação à maternidade no mercado de trabalho

Na contramão das estatísticas, para algumas empresas, como a dbm Contact Center, ser mãe não é motivo de demissão ou obstáculo para contratação

 

Maio, reconhecido nacionalmente como Mês das Mães, é um convite sobre a discussão das dificuldades enfrentadas pelas mulheres no mercado de trabalho em relação à maternidade - que ainda é vista com maus olhos por parte dos empregadores, que questionam o desempenho das mães no trabalho por conta da necessidade de se dedicar mais ao pilar da família quando chegam os filhos. Para alguns, a maternidade e a carreira são papéis ainda difíceis de conciliar. E essa visão reflete nas pesquisas.

Uma delas, divulgada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas) em 2017, chamada “Licença-maternidade e suas consequências no mercado de trabalho do Brasil”, feita com 247 mil mulheres, mostrou que metade delas perderam seus empregos após a gravidez. O estudo também constatou que as trabalhadoras que saem de licença-maternidade são demitidas em até 24 meses após o nascimento da criança.

Esse fenômeno é chamado por pesquisadores americanos de “glass ceiling” (na tradução para o português “teto de vidro”) e é definido como uma barreira invisível que dificulta que as mulheres sejam promovidas para cargos importantes.

E em relação à realidade brasileira, vale destacar que a Lei 14.020/20 garante a estabilidade de emprego da mulher, a partir da confirmação da gravidez. No entanto, hoje ainda no mercado de trabalho, na hora de escolher um candidato para preenchimento de uma vaga, homens ou mulheres que não têm filhos têm preferência.

O estudo Estatísticas de Gênero, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que em 2021, apenas 54,6% das mães de 25 a 49 anos que têm crianças de até três anos em casa estão empregadas. A maternidade negra, nesta mesma situação, representa uma taxa ainda menor: menos da metade está no mercado de trabalho (49,7%).


Desigualdade e preconceito

Mesmo com a evolução do mercado e as mudanças que ele vem sofrendo, ainda assim, é permeado de desigualdades para as mulheres. Para Melina Lass, sócia diretora da dbm Contact Center, que possui mais de 3.000 mil colaboradores contratados em regime CLT, essa é uma questão cultural. “Por os filhos precisarem da mãe nesta primeira infância e a sociedade ainda acreditar que a mulher é a única responsável pelo cuidado deles, os empregadores têm preconceito em contratá-las. Além disso, é comum pensar que esses profissionais não entregarão o desempenho esperado quanto às demandas. Mas essa é uma visão míope”, opina a executiva.

Mãe de dois filhos, Melina deu oportunidade para Eliana Tartaglione, gerente de recursos humanos, que estava em licença maternidade do seu primeiro filho, que hoje tem 11 anos, quando foi contratada pela dbm Contact Center. Na ocasião, a própria Eliana se sentiu insegura em assumir um cargo de responsabilidade, numa nova empresa, quando tinha um bebê praticamente recém-nascido no colo. E o fato de ter sido entrevista por uma gestora de alto escalão, que seria sua superior direta e que também tinha um filho praticamente da mesma idade, a encorajou a aceitar o desafio.

“Me senti acolhida e imediatamente me identifiquei com uma gestora mãe, que entenderia essa situação. É inegável que a maternidade, inicialmente, carrega consigo um misto de mito e medo. E eu mesma tinha esse medo de não conseguir conciliar meu novo papel na estrutura familiar com a carreira, principalmente porque eu era mãe de primeira viagem. Imaginei que se ocorresse algum imprevisto com a saúde do meu filho, por exemplo, estaria amparada por uma gestora que estava vivendo a mesma situação. Fiz a aposta certa de vir para a dbm Conctact Center e interromper o plano de ficar em casa até que meu filho completasse seu primeiro ano de vida”, conta Eliana.

A gerente de recursos humanos ainda teve seu segundo filho, hoje com oito anos, e passou por uma segunda gestação e licença maternidade, sem medo de perder o emprego. E Eliana não romantiza a maternidade, admite que as mulheres - e homens também - precisam se organizar para encarar uma jornada dupla ou tripla, sobretudo quando a família é composta por filhos pequenos. “É uma fase desafiadora, contudo todos os membros das famílias têm capacidade de se adaptar para assumir todas as frentes. Não é fácil, mas também está longe de ser impossível, como pensam muitos empregadores. E quando a mulher se sente segura e amparada pela empresa, é muito mais fácil conciliar as mudanças que a maternidade traz para a vida das pessoas e a carreira”, avalia.

Na visão de Eliana, a pandemia ajudou mães e pais porque desmistificou a relação entre a improdutividade e o home office. “Hoje, quando as mães recebem um atestado médico porque o filho está com febre, conseguem se manter conectadas à empresa por meio do trabalho remoto. E as lideranças perceberam que a modalidade dá certo. Na dbm Contact Center temos essa visão, de que uma ausência física não traz impactos para os dois lados”.


Maternidade e maturidade

Para Eliana Tartaglione, que também é psicóloga, as próprias mulheres, mães e aquelas que desejam ter filhos, podem contribuir para a resolução da equação maternidade e carreira por meio do autoconhecimento. “É preciso adquirir maturidade para ser mãe, profissional, sem esquecer de ser mulher. Temos total capacidade de conciliar todos esses papéis, desde que haja organização e força de vontade. Antes de cuidar dos outros, precisamos cuidar de nós mesmas fisicamente e mentalmente, para evitar frustrações”, ressalta Eliana.

Na visão da gerente da dbm Contact Center, a própria maternidade é uma escola. “Quando nos tornamos mãe, acabamos descobrindo instintos e habilidades que não sabia que tinha, que chamamos hoje de soft skills, que são competências comportamentais cada vez mais valorizadas no mercado de trabalho. Naturalmente, a maternidade desenvolve resiliência, paciência, capacidade de se colocar no lugar do outro e todas essas características fazem bem para a rotina das organizações. No meu caso, como gestora de RH, isso se fortaleceu ainda mais. Tenho esse olhar empático com as mulheres que são mães na dbm Contact Center, para que os gestores não julguem uma falta por causa de um problema familiar”, analisa.

Aline Godoy é gerente de operações na dbm Contact Center, onde trabalha há 10 anos. Ela é mãe de duas crianças de 7 e 3 anos e concilia duas maternidades e a carreira na empresa e também atesta que é possível ser mãe e profissional ao mesmo tempo, sem prejuízos em um desses papéis.

Aline é mais uma mulher que enxerga a maternidade como sinônimo de aprendizado: é uma janela de oportunidades para a descoberta de novos dons na relação com os filhos, que são colocados em prática no seu dia a dia como líder. “A empatia, por exemplo, é uma dessas características das mães. A gente consegue entender o outro e ajudá-lo para que seja acolhido. Além disso, a maternidade é encantadora. E quando chegamos em casa, para a dupla jornada, recebemos o carinho dos nossos filhos, nos dedicamos a eles e esse tempo de qualidade da nossa vida pessoal é uma forma de reabastecer nossa energia para trabalhar melhor e mais feliz no dia seguinte. Ao contrário do que muitos pensam, a maternidade não é um peso. Ao contrário: traz leveza e uma outra forma de encarar os problemas profissionais”, finaliza.


Pesquisa aponta preocupação das empresas em diminuir a desigualdade de gênero

Especialista fala sobre aumento de mulheres no quadro de colaboradores após adotar uma cultura organizacional inclusiva

 

Trabalhar com colaboradores de diversos perfis não é mais uma opção, e sim uma necessidade essencial para as empresas. Além dos benefícios como inovação e enriquecimento institucional, com um quadro de colaboradores diverso as instituições cumprem seu papel social e incentivam outras empresas a fazer o mesmo. 

Segundo pesquisa da consultoria Robert Half realizada em 2022, está crescendo a preocupação das empresas em diminuir a desigualdade de gênero em seu quadro de funcionários. Atualmente, cerca de 55% dos recrutadores afirmam que a sua empresa adota políticas claras para promover a igualdade de gênero no ambiente corporativo. No último levantamento sobre o tema, realizado em fevereiro de 2021, essa porcentagem ficou abaixo dos 40%, o que indica um avanço das organizações.

Para Lucimara Mendes, Head de Pessoas & Cultura da Nexti, a inclusão deve ter início logo no processo seletivo. “Nós acreditamos que na abertura de cada vaga, o  time de RH deve se reunir e discutir as necessidades específicas das oportunidades e, por fim, alinhamos que, em casos de candidatas mulheres, elas serão priorizadas. Da mesma forma, nossa equipe inicia os processos de triagem e avaliações de perfis, filtrando pelo sexo feminino. E tem sido assim que temos conseguido aumentar significativamente o número de mulheres na Nexti, um crescimento de 500% no último ano”.   

Ainda segundo Lucimara, existem outras maneiras de consolidar a diversidade dentro das empresas, como:

  • Engajar a liderança e preparar a cultura organizacional para ser acolhedora e multiplicadora da diversidade no ambiente de trabalho;
  • Avaliar e mensurar o quadro de colaboradores;
  • Realizar ações práticas no dia a dia;
  • Trazer a tecnologia para o centro do processo;
  • Acompanhar indicadores de diversidade e inclusão.


Importância de desenvolver uma cultura organizacional inclusiva 

A cultura organizacional inclusiva trata-se de contratar e manter em seu quadro de colaboradores perfis diversos, ou seja, com crenças, valores, orientação sexual, etnias, religiões e gêneros distintos.

Todas essas diferenças, se alinhadas a um ambiente propício e acolhedor para os colaboradores serem quem realmente são, contribuem para que a organização se torne mais produtiva, criativa, e fortaleça a economia com diferenciais que as destacam no mercado.

Lucimara conta que na Nexti foi desenvolvida uma cultura organizacional inclusiva para garantir o desenvolvimento e destaque para mulheres. “Incluímos a igualdade de gênero em debates, colocamos mulheres em cargos de liderança e trazemos novas oportunidades para empoderar colaboradoras”, comenta Lucimara. 

Para desenvolver um ambiente igualitário e proporcionar um crescimento para todos, é fundamental fortalecer debates e treinamentos para apoiar o avanço na carreira. Com visão estratégica para as áreas de diversidade e inclusão nas empresas, o cenário para 2023 ficará promissor. 


Nexti
www.nexti.com


Como lidar em casos de assédio na sua equipe?

Contato Seguro fala sobre medidas preventivas e abordagem corretiva ao assédio nas organizações e como um Canal de Denúncias pode ajudar.

 

O assédio no ambiente laboral aparece de várias maneiras. 

O assédio moral caracteriza-se quando o agressor submete a vítima a situações degradantes, humilhantes e constrangedoras, em comportamentos como: gritar ou xingar, exigir tarefas impossíveis, obrigar o colaborador a trabalhar em ambiente inadequado, limitar acesso a recursos, espalhar boatos, etc.

 

O assédio sexual se manifesta por ofensas, palavras, gestos, insinuações e convites de caráter sexual e inapropriados, que pretendem levar a vítima a ter contato sexual com o agressor, com ameaça da perda de emprego ou posição na organização.

 

A Direção e a área de Recursos Humanos da organização têm um papel fundamental no cuidado dessas questões. Sendo responsáveis por seus trabalhadores, é imprescindível que esses departamentos criem, em primeiro lugar, uma cultura organizacional que previna o assédio e, em segundo, regras para manejo caso a irregularidade venha a ser identificada.


 

O papel da liderança 

As lideranças na organização — gerentes, supervisores e pessoas com cargos mais estratégicos — devem ser os promotores dos valores da empresa e funcionar como pontos de referência para a resolução de problemas.

 

Por isso, esses atores são pontos de articulação e consolidadores da cultura organizacional. Deles, devem partir o exemplo e o suporte, quando o assunto é ética e integridade. 

 

Nesse sentido, o trabalho preventivo do assédio no local do trabalho deve basear-se numa cultura de comunicação e feedback muito sólida, em que assuntos delicados são tratados de forma aberta e na qual o Código de Ética está sempre em pauta.

 

Tão importante quanto as instruções técnicas de trabalho são as instruções éticas, a forma que devem se dar as relações, os valores morais necessários à convivência e as tarefas cotidianas. Assim, pessoas em papel de liderança devem agir de forma ética e participar dos processos de capacitação e treinamento.

 

Quanto à abordagem corretiva, os líderes têm de estar preparados para acolher questões, queixas e mediar conflitos. E, quando necessário, orientar seus subordinados a recorrer aos instrumentos adequados para formalizarem uma denúncia.

 

Infelizmente, casos de assédio são frequentemente perpetrados por pessoas em posição hierárquica superior e, por isso, o Canal de Denúncias torna-se a solução mais efetiva (e agora obrigatória). Aliás, somente o canal terceirizado oferecerá a proteção necessária do colaborador e da organização. 

 

Mas, antes de entendermos o papel do Canal de Denúncias, vamos tratar sobre o papel do RH no tratamento de casos de assédio.


 

O papel do RH 

Sendo o setor de Recursos Humanos um aliado essencial para a sustentação do Compliance, normalmente é através dele que o planejamento estratégico contra o assédio no trabalho será posto em prática. 

Em conjunto com as pessoas do Compliance, o RH contribui para a disseminação dos conceitos, sensibilização e divulgação dos valores e regras da organização, por meio de códigos e políticas, além das campanhas de comunicação e treinamentos.

 

Ter um protocolo devidamente comunicado significa dar aos seus colaboradores um caminho a seguir, caso eles sejam vítimas desse tipo de violência. Assim, é preciso definir rotinas sistêmicas sobre o que fazer, respeitando as particularidades de cada instituição, de acordo com sua forma de funcionamento, cultura, natureza, tamanho, entre outros fatores.

Os treinamentos e campanhas servirão para informar os funcionários, por exemplo, sobre o que é o assédio, quais são suas características e formas de manifestação e, portanto, o que deve ser reportado ou denunciado.

 

Educar e conscientizar desta maneira tornará alinhados os valores e expectativas entre empregadores e empregados — é traçar uma linha objetiva sobre o que é aceitável e inaceitável e manter uma conversa e negociação vivas acerca dessas questões.

 

Com isso, todos saberão o que esperar, o que devem e podem fazer e, principalmente, ficarão atentos ao que aparenta ser irregular e ao que é claramente uma má conduta.


 

Utilizando um Canal de Denúncias para combater o assédio no trabalho 

Como ficou claro, idealmente a organização como um todo trabalha com diligência para combater irregularidades diversas, assédios e outras violências no trabalho.

 

A postura dos líderes e o trabalho do RH são fundamentais para levar a empresa a alcançar um grau de desenvolvimento que estabeleça um ambiente seguro e saudável para seus colaboradores.

 

Junto a este trabalho, o Canal de Denúncias aparece como uma ferramenta indispensável: por meio dele, previne-se a ocorrência de assédios, detectam-se casos indesejados e promove-se a remediação. 

Veja, a seguir, 3 motivos que o uso do Canal de Denúncias, oferecido pela Contato Seguro, corrobora o conteúdo desse artigo: 

 

  1. Ferramenta terceirizada: as denúncias ocorrem sem interferência das instâncias internas da empresa, reduzindo riscos de retaliação ao denunciante e, com isso, as pessoas passam a ter mais confiança e segurança no uso desse instrumento.
  2. Denúncias anônimas: sem o anonimato, o manifestante pode se sentir exposto, caso o denunciado seja um líder ou superior hierárquico. Além disso, há sempre o temor de ser classificado como “dedo-duro”. Embora não seja esse o contexto de uma denúncia, pois a organização deve incentivar sempre a sua utilização, a questão cultural pode interferir na decisão sobre denunciar ou não.
  3. Profissionais capacitados: os profissionais que recebem os relatos pelo Canal são uma equipe especializada: psicólogos ouvidores, especialistas em Compliance e profissionais do direito, com compromisso inegociável quanto à confidencialidade. Assim, o manifestante é acolhido, sente-se confortável em compartilhar suas informações e recebe todas as orientações, para gerar um relato completo, confiável e claro, a fim de facilitar os processos de apuração que virão a seguir.

Não à toa a Lei 14.457/22 tornou obrigatório para organizações com CIPA implementarem um Canal de Denúncias para receber, acompanhar e solucionar irregularidades.

O Canal de Denúncias propicia trazer à tona fatos até então desconhecidos pela organização e, dessa forma, medidas preventivas e corretivas podem ser aplicadas. 

Assim sendo, as irregularidades de toda ordem tendem a diminuir, melhorando o ambiente de trabalho e promovendo benefícios a todos: colaboradores e empresa.

Em outras palavras, o risco de ser denunciado inibe o comportamento do agressor — por isso é importante, como colocamos, que a liderança e o RH sejam ativos na divulgação do Canal e na capacitação, para utilizar a ferramenta. Dessa forma, o Canal de Denúncias torna-se um método efetivo tanto de prevenção quanto correção.

Na Contato Seguro, nós apoiamos todo o processo de implementação do Canal, instruindo e auxiliando gestores e líderes nas tomadas de decisão, organização e divulgação da ferramenta, juntamente com os treinamentos e campanhas que devem acompanhá-lo.

  

Contato Seguro
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Benefícios flexíveis: principais ganhos financeiros e de produtividade para empresas

Os benefícios flexíveis são todas as vantagens financeiras oferecidas aos funcionários além do salário e englobam, inclusive, as opções existentes dentro dos direitos trabalhistas, em modelo PAT ou CLT. A questão central dessas ofertas é humanizar as relações dentro das empresas por meio da valorização dos colaboradores e, especialmente, levar suas particularidades em consideração, já que cada um pode escolher entre os benefícios que preferir.   

E isso é amplo, inclui desde cursos, programas culturais, academia, auxílio-creche, combustível, cartão de viagem, plano de saúde, seguro odontológico, seguro de vida, entre outras opções. 

Porém, essas vantagens vão além da qualidade de vida e bem-estar da equipe. Uma empresa que oferece um pacote de benefícios completo, que efetivamente faz diferença na vida do colaborador, também consolida o posicionamento da sua marca, consegue ver um retorno direto no aumento da produtividade e no engajamento de seus funcionários. 

Profissionais estressados, cansados, pouco focados e muitas vezes sobrecarregados resultam em uma óbvia queda de produtividade, que consequentemente atinge a empresa de forma geral. Segundo a pesquisa The Employers Guide to Financial Wellbeing, o excesso de trabalho e pouco retorno reduzem em até 15% a performance no ambiente corporativo.  

Por outro lado, a pesquisa Happiness and Productivity, promovida pela Social Market Foundation, aponta que tais benefícios podem melhorar em até 20% a performance dos colaboradores. A conclusão dos especialistas envolvidos no estudo é de que a felicidade e satisfação das pessoas estão diretamente ligadas aos ganhos de longo prazo das empresas.  

As organizações que lideram o ranking de Melhores Empresas para Trabalhar no Brasil, promovido pela consultoria GPTW, têm áreas de atuação bem diferentes, mas uma coisa em comum: os benefícios flexíveis. A preocupação em como a dinâmica de trabalho é encarada é uma crescente e todo o mundo e, nesse cenário, os pacotes pré-determinados perderam a força para a personalização e liberdade promovida pelos benefícios flexíveis.  

Quando a corporação assume seu papel na jornada de vida da sua equipe, além de ajudar pessoas, também ajuda suas próprias operações a crescerem. Empresas que incorporam essa ideologia observam redução de absenteísmo, retenção dos trabalhadores, maior senso de pertencimento, colaboradores mais leais e assíduos e ainda passam a ser mais atrativas para atrair novos talentos. E o fato é que através de um olhar mais macro, isso tudo resulta diretamente na lucratividade e crescimento dos negócios.  

Empresas inteligentes já sabem disso. Um levantamento promovido pela Gallup mostra que o engajamento pode intensificar a produtividade dos colaboradores. Segundo os dados, funcionários confortáveis com seu cargo podem ter uma produtividade 21% maior do que os outros, promovendo um aumento de 22% na receita.  

A tendência é inegável e cada vez mais empresas vêm se atentando para a importância desses diferenciais. Pessoas felizes tendem a entregar mais e melhor e isso pode ser estratégico para turbinar seus negócios! 

 

Matheus Moretti Rangel - CGO da Niky


A colaboração do profissional do ESG e da sustentabilidade


Na rotina de aulas, palestras, consultorias e mentorias, o questionamento de como se tornar um profissional pelo desenvolvimento sustentável para trabalhar em um departamento de ESG ou sustentabilidade em uma grande empresa tem sido frequente.

Algumas empresas de cursos, inclusive, vêm investindo bastante para que mais e mais pessoas sejam formadas nas temáticas que abrangem as questões ambientais, sociais e de governança de uma empresa. E o mercado tem apresentado algumas oportunidades de trabalho, pois cada vez mais as altas lideranças das empresas estão entendendo que, em uma gestão complexa, a necessidade de um gestor que supervisione e controle estes fatores é fundamental.

Em um estudo da Deloitte de 2022, 75% dos executivos responderam que, no ano marcado pela guerra na Ucrânia, a economia mundial foi abalada e o preço das matérias primas disparou. Nesta pesquisa com mais de dois mil executivos C-level, 44% dos entrevistados colocaram que questões climáticas são um dos maiores desafios, à frente de inovação (36%) e o talento (34%). E que 75% das empresas aumentaram o investimento na sustentabilidade, apesar da guerra.

Para corroborar com este aumento de importância da temática, o Google Cloud, braço do Google de armazenamento na nuvem, fez um estudo com a consultoria The Harris Poll, em 2023, com mais de 1.400 executivos C-level em todo mundo. 69% dos entrevistados colocam que conhecer temas sobre sustentabilidade é necessário para o sucesso. Já 62% dos executivos brasileiros que participaram da pesquisa afirmam que a liderança forte é fundamental para que as organizações avancem nas metas internas de sustentabilidade. Neste ponto, a porcentagem dos C-levels brasileiros é maior que a média mundial, que é 50%. Porém, 45% destes entrevistados dizem que não têm acesso ao talento ideal para auxiliá-los na implementação.

Mas se temos muitos cursos no mercado atualmente, por que não temos profissionais capacitados para tal?

E nestes papos e debates com nossos colegas e estudantes sabemos que a grande dificuldade é a tal da experiencia. O conhecimento adquirido tecnicamente e conceitualmente, porém aplicado. Transformar o conhecimento em suor e trabalho!

A agenda 2030 que contém os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável é baseada em 5 P’s: Planeta, Pessoas, Prosperidade, Paz e Parceria. Mas porque estou retomando este ponto tão já “batido” para quem já conhece a temática?

É para frisar que neste momento o tema da Parceria será fundamental para todas as empresas e profissionais do ESG e para o desenvolvimento sustentável. É muito importante que façamos uma força tarefa para que as empresas possam contratar e treinar mais pessoas. Ou seja, que treinem os profissionais contratados, mesmo sem muita experiência, fazendo com que coloquem “as mãos na massa”. É necessário que as empresas de cursos, faculdades e universidades façam atividades que efetivamente tenham trabalhos experimentais em parceria com empresas. E que os futuros profissionais que queiram entrar na área comecem suas experiencias também fazendo trabalho voluntário em organizações de impacto positivo, como ONGs, escolas públicas, universidade, associações etc.

E que este movimento de parcerias seja de verdade.

Tenho encontrado muitos executivos e profissionais de ESG, sustentabilidade e desenvolvimento sustentável que aparecem muito bem no LinkedIn ou no Instagram como super interessados em parcerias e em ajudar o planeta e as pessoas. Mas sequer respondem mensagens ou simplesmente não conseguem lidar com a comunicação básica de uma empresa como o email ou o whatsapp. E não possuem um relacionamento de ‘ganha, ganha’ com um stakeholder de verdade. Só essas pessoas querem ganhar ou aparecer como no modelo tradicional de algumas firmas. Mas nos textos e nas fotos ficam super bem. É quase um ESG profissional washing ou salvador do planeta washing ou defensor do desenvolvimento sustentável washing.

Bom, pode ser ingenuidade minha achar que os profissionais que trabalham com este tema realmente queiram fazer um real desenvolvimento sustentável, incluir mais pessoas, minimizar os impactos ambientais ou fazer a diferença positiva nas empresas. Por esta crença, idealizei duas décadas atrás a Associação Brasileira dos Profissionais pelo Desenvolvimento Sustentável (Abraps) para que fosse possível reunir pessoas em parceria para esta missão e visão. Assumi novamente a presidência da Abraps para fomentar e fortalecer ainda mais o trabalho de todos os profissionais que buscam um verdadeiro desenvolvimento sustentável. E tentamos fazer o walk the talk no dia a dia com outros colegas, profissionais, estudantes e empresas. Vamos juntos no desenvolvimento profissional para a sustentabilidade. 



Marcus Nakagawa - professor doutor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e presidente da Abraps; idealizador da Plataforma Dias Mais Sustentáveis; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. Autor dos livros: Marketing para Ambientes Disruptivos, Administração por Competências e 101 Dias com Ações Mais Sustentáveis para Mudar o Mundo (Prêmio Jabuti 2019).
www.marcusnakagawa.com, www.diasmaissustentaveis.com;
@ProfNaka

 

Ginecologista apresenta opções eficazes de tratamento para a menopausa

Istock

A menopausa é uma fase natural da vida da mulher que pode causar sintomas desconfortáveis, como ondas de calor, insônia e mudanças de humor. No entanto, com avanços de tratamentos médicos, há várias opções de tratamento disponíveis para aliviar essas manifestações.

De acordo com um estudo recente, publicado na revista científica "Menopause", a terapia hormonal continua sendo a forma mais eficaz de tratar os sintomas da menopausa. No entanto, segundo a ginecologista Milena Pessoa, a terapia pode em casos específicos aumentar o risco de doenças cardiovasculares, coágulos sanguíneos e até câncer de mama. Por isso, é importante que as mulheres discutam os riscos e benefícios da terapia hormonal com seus médicos.

A médica lembra que, além da terapia hormonal, existem outras alternativas para aliviar os sintomas da menopausa. Os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, originalmente usados para tratar a depressão, também são eficazes para reduzir as ondas de calor. A terapia cognitivo-comportamental também pode ser útil para lidar com os sintomas emocionais, como ansiedade e depressão.

Outra opção que ganha notoriedade entre as mulheres é a terapia com hormônios bioidênticos. Esses hormônios são idênticos aos produzidos pelo corpo humano e podem ser prescritos de forma personalizada para cada paciente. No entanto, ainda há pouca pesquisa sobre a segurança e eficácia dessa abordagem.

Uma abordagem mais holística que vem ganhando popularidade nos últimos anos é a medicina integrativa, que combina tratamentos médicos convencionais com terapias complementares, como acupuntura, meditação e massagem. Embora os resultados da medicina integrativa sejam mistos, muitas mulheres relatam benefícios significativos para o seu bem-estar geral.

“Existem várias opções de tratamento para aliviar os sintomas da menopausa, no entanto, é imprescindível que as mulheres avaliem essas opções e escolham a mais adequada para suas necessidades individuais”, finaliza Milena Pessoa.

 

Cuidado ao contratar uma empresa de intercâmbio


O sonho de estudar ou trabalhar em outro país é algo muito desejado por muitas pessoas. Para realizar esse sonho, muitos optam por contratar empresas de intercâmbio, que oferecem pacotes de viagem com cursos de idiomas, programas de trabalho e outras atividades.

No entanto, é preciso ter cuidado ao escolher esse tipo de serviço. Infelizmente, existem muitas empresas que oferecem serviços de má qualidade, e até mesmo enganam os clientes. Por isso, é importante pesquisar bem antes de escolher uma empresa de intercâmbio.

Antes de contratar, é importante verificar a reputação no mercado. Uma boa forma de fazer isso é procurar por avaliações e depoimentos de outros clientes atendidos. Também é importante verificar se a empresa é credenciada por órgãos reguladores, como a Belta (Associação Brasileira das Empresas de Intercâmbio).

Além disso, é importante ler atentamente o contrato e entender todas as cláusulas antes de assiná-lo. Certifique-se de que todas as informações importantes, como o preço do pacote, estão claras e bem definidas.

Outra dica importante é evitar pagar tudo de uma vez. Opte por parcelar o pagamento, assim você tem mais segurança e pode verificar se a empresa está cumprindo tudo o que foi combinado antes de fazer o pagamento total.

Por fim, é importante ter em mente que o barato pode sair caro. Desconfie de empresas que oferecem preços muito abaixo do mercado. Muitas vezes, essas empresas cortam custos importantes, como acomodação e alimentação, o que pode colocar sua segurança em risco.

Em resumo, ao escolher uma empresa de intercâmbio, é importante pesquisar bem, verificar sua reputação no mercado, ler atentamente o contrato, evitar pagar tudo de uma vez e desconfiar de preços muito abaixo do mercado. Dessa forma, você pode ter uma experiência de intercâmbio segura e de qualidade.

 

 

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 180 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido,  consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional,  com foco em Imigração para os Estados Unidos.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

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