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sábado, 1 de abril de 2023

5 mentiras que atrapalham a sua vida financeira

Provu rebate algumas falácias financeiras para você eliminar da sua vida e não prejudicar a sua organização com o dinheiro

 

Algumas mentiras populares podem acabar atrapalhando a forma que nos relacionamos com o dinheiro, prejudicando a organização financeira de muita gente. Aproveitando o dia 1º de abril, data conhecida em muitos países como o dia da mentira, a Provu, fintech especializada em crédito pessoal, reuniu algumas frases equivocadas que são ditas  sobre finanças pessoais  para rebater com dicas e garantir uma melhora na saúde financeira.

 

1 “Lidar com o dinheiro é difícil”

A primeira mentira a ser rebatida é a que diz que lidar com dinheiro é difícil, afinal, não precisa ser assim. A organização financeira deve ser um hábito a ser adotado. Uma dica é  priorizar um tempo na sua rotina para organizar suas finanças. Atualmente, há muitos aplicativos que ajudam com essa organização. Outra opção é anotar em uma planilha ou caderno os gastos e planejar o dinheiro que recebe mensalmente e dividir em gastos fixos e gastos variáveis, para ter uma noção do quanto pode gastar e poupar a cada mês.

 

2 “Tudo bem gastar mais, eu mereço!”

Geralmente falamos essa frase quando estamos nos sentindo cansados ou insatisfeitos com alguma situação. Mas será que gastar excessivamente vai ajudar a resolver os problemas? Comprar como forma de prazer imediato, ou recompensa, mesmo que em valores baixos, pode trazer surpresas no final do mês, afetando a organização financeira. 


Ao invés de fazer uma compra, experimente buscar atividades prazerosas que não necessitem gastar dinheiro, como ouvir sua música favorita, praticar exercícios ou relaxar em casa. Assim, você consegue economizar para algum objetivo pessoal que realmente irá te satisfazer.

 

3 “Pedir empréstimo é sempre ruim”

Não temos total controle de nossas vidas, e imprevistos acontecem e podem nos pegar desprevenidos. Fazer um empréstimo pode ser uma boa solução nesses casos. Quando bem utilizado, o crédito é uma ferramenta que pode salvar pessoas em situações particulares.  


O bom uso do crédito também pode ser utilizado para trocas de dívida, onde é feito um empréstimo com juros mais baixos para quitar outros débitos com juros mais altos, como a do rotativo do cartão de crédito.


 

4 “Poupar é coisa de quem ganha muito dinheiro”

É importante ter em mente que economizar é uma questão de organização. Uma dica é colocar um valor para guardar na sua lista de despesas mensais, como se fosse mais uma conta a pagar.   


Poupar dinheiro nada mais é do que um hábito que precisa ser praticado mensalmente, mesmo que em pequenas quantidades, pois a longo prazo pode se tornar um grande realizador de sonhos. 

 

5 “Mês que vem eu começo a poupar”

Para finalizar, essa é uma das maiores mentiras que contamos a nós mesmos, sempre postergando para outro dia. Apesar de não haver dia certo para isso, o importante é poupar sempre que puder, seja na compra de um produto que você não precisa, ou em uma viagem de carro usando aplicativo de carona, que pode ser economizado por uma ida de transporte público. Tudo vai depender da importância que damos para as coisas. Por isso, é ideal tirar um tempo para pensar qual é o nosso objetivo, o que queremos conquistar, e buscar identificar quais compras são feitas por impulso, para assim conseguir economizar e realizar nossos sonhos.

 

Como o método investigativo do FBI pode auxiliar nas investigações de crimes contra a vida e sem autoria conhecida

O Criminal Profiling é a metodologia científica multidisciplinar aplicada pelo FBI que mapeia características subjetivas do criminoso através da materialidade de seu delito. Em outros termos, temos de um lado a comissão de um crime material e não transeunte de autoria desconhecida e de outro a cena de um crime expressada pelos aspectos multifatoriais (biológico, social, psicológico etc.) do agente criminoso. Cabe ao profiler interpretar a materialidade do delito e identificar o perfil do criminoso por seus aspectos multidimensionais.

Essa ciência tem por objeto o ser humano em sua complexa natureza, por isso, demanda abordagem multidisciplinar da polícia científica, isto é, a presença de diversos especialistas na investigação criminal. Nesse sentido, Tânia Konvalina Simas leciona que a abordagem multifatorial deve enfatizar separadamente os elementos biológicos, sociais e psicológicos do crime, concomitantemente articulando-os no perfilamento da sua respectiva autoria.

O ser humano exprime suas características sociais, biológicas, psicológicas, hereditárias e íntimas em todos atos que comete, inclusive os delituosos, assim, a cena de um crime expressa a razão e subjetividade inconsciente de quem o cometeu (aspectos endógenos e exógenos do agente criminoso). Por isso, o Criminal Profiling se baseia na personalidade do autor, significado e contexto do ato consolidado.

A exemplo desses perfilamentos, podemos extrair que de cenas criminosas mais desorganizadas a autoria é de alguém que atuou impulsivamente, possivelmente um jovem ou com ausência de formação acadêmica, ou ainda, usuário de entorpecentes. Assim como, de cenários mais organizados, temos que cometidos racionalmente, premeditados, cujo autor com instrução acadêmica básica, com maturidade e já distante do local.

Em resumo, quanto maior a organização da cena, mais racional é a mente criminosa, do contrário, mais impulsivo é o agente criminoso.

Nesse sentido, também podemos mencionar o fenômeno psicológico denominado “efeito lúcifer”, que se constitui na ruptura da “normalidade” por uma conduta objetivamente reprovável pelo Código Penal, por características endógenas e/ ou exógenas do agente criminoso. Para ilustrar o fenômeno, imaginemos a figura de um cidadão primário que por surto psicótico comete um homicídio. As razões de seu descontrole mental são multifatoriais, mas a cena do seu crime será desorganizada pela impulsividade de seu estado mental (aspecto endógeno).

Dessa multidisciplinariedade temos ainda a presença da vitimologia. Mesmo após o falecimento, o corpo ainda fala, então a forma como deixado no crime traz seus aspectos sociais (relação direta ou indireta com o autor do crime; pode indicar relação afetiva em crimes passionais; inimizade; perfil específico, etc.). Outrossim, a abordagem multidisciplinar concede à investigação forense norte em seu trabalho e subsídio ao promotor da justiça quando identificado o sujeito, pois vinculará a respectiva suspeição à critérios objetivos e científicos obtidos do criminal profiling.

Por isso, a Federal Bureau Investigation (FBI) através do Technical Working Group of Crime Scene Investigation (TWGCSI) adota essa ciência para identificação de crimes violentos, pois seus mecanismos e atuação conjunta permite a atuação assertiva da polícia investigativa, o que aumenta significativamente os índices de identificação em crimes violentos e sem autoria.

Já em nosso país, temos uma organização análoga pela polícia científica, porém, adstrita tão somente na caracterização da materialidade do crime, isto é, responsável pela reunião das evidências mais tangíveis do crime (evidências físicas, biológicas, sociais em amplo sentido), sem uma abordagem multidisciplinar específica para o perfilamento psicológico, hereditário, social em estrito sentido, etc. do agente criminoso.

Em outras palavras, não há um trabalho organizado multidisciplinar objetivado à investigação da autoria dos crimes violentos, a investigação policial fica ao encargo do delegado de polícia que o faz através do Inquérito Polícia, mas sem direcionamento específico científico.

A ausência do Criminal Profiling em nosso país limita o fundamento das investigações nas evidências da materialidade do crime, sem nota de suas peculiaridades mais tênues, como a impressão psicológica da cena do crime em seu aspecto psicológico, biológico, social da vítima, etc.

Com isso, há vasão para a acusação infundada, condenação injusta e insucesso nas investigações policiais. Os crimes sem autorias são arquivados com maior facilidade e quando convolada a investigação em denúncia, até a defesa pode se enfraquecer pela ausência dessa abordagem multidisciplinar trazida pelo criminal profiling.

Concluímos que, temos diversas ciências investigativas disponíveis para melhor aplicação da legislação penal, mas, por ausência de organização objetiva, são ferramentas utilizadas sem articulações entre elas. A reunião e tratamento dos dados levantados pelos especialistas podem permitir uma nova profissão na investigação forense, o profiler, que indica o sujeito pela reunião de todas as evidências, inclusive as imateriais, como as psicológicas.




FONTES BIBLIOGRÁFICAS:

FIORENTINO, Henrique Alencar; et all. CRIMINAL PROFILING: ANÁLISE TEÓRICA E PRÁTICA DE UM NOVO INSTRUMENTO DE SEGURANÇA JURÍDICA PARA O BRASIL. Disponível em: https://www.caedjus.com/wp[1]content/uploads/2020/08/

LIVRO_CRIMES_E_SOCIEDADE_EM_DEBATE.pdf, acesso em 16.03.23. INVESTIGATION, Federal Bureau of. What are the primary investi[1]gative functions of the FBI? s.d. Disponível em: https://www.fbi.gov/about/faqs/what[1]are-the-primary-investigative-functions-of-the-fbi. Acesso em: 13 mar. 2023

SIMAS, Tânia Konvalina. PROFILING CRIMINAL: Introdução à Análise Comportamental no Contexto Investigativo. Letras e Conceitos, Ltda., 2012.

JUSTICE, U.S. Department of. Crime scene investigation: A guide for law enforcement. Washington D.C.: National Institute of Justice, 2000. Disponível em: https://www.ncjrs.gov/pdffiles1/nij/178280.pdf. Acesso em: 17 mar. 2020.

JUSTICE, U.S. Department of Justice; INVESTIGATION, Federal Bureau. Serial Murder: Pathways for Investigations. 2000. Disponível em: https://www.fbi.gov/file-repository/serialmurder[1]pathwaysforinvestigations.pdf/view. Acesso em: 17 mar. 2020.

KOCSIS, Richard N. Criminal Profiling: Principles and Practice. PHD. Totowa, New Jersey: Human Press Inc, 2006.

LÓPEZ, Emílio Mira Y. Manual de Psicologia Jurídica. 3º edição. São Paulo: VidaLivros, 2013

Quatro tendências de inovação para o setor de energia

O Brasil é referência global em termos de energia. Dentre tantos motivos que justificam tamanha conquista, está a compreensão da importância do papel da inovação para o crescimento deste setor e, principalmente, para a busca de alternativas sustentáveis e econômicas que reduzam os custos de operação deste segmento sem que isso afete seu desempenho. E, apesar de ainda termos um longo caminho a ser percorrido, grandes tendências estão despontando como ferramentas valiosas a serem implementadas internamente nessa missão.

Independentemente se for aplicada no modelo de negócios, processos, serviços, produtos ou na organização como um todo, essa já se mostra como uma das principais ferramentas para que o setor de energia alcance resultados positivos – melhorando sua eficiência, aumentando a segurança e permitindo que sejam desenvolvidas soluções criativas tornando-a mais acessível para os consumidores.

Aqui no país, como exemplo, de R$ 6,7 bilhões em aportes entre 1999 e 2019 foram investidos em projetos desenvolvidos através do programa de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL. Muitas janelas de oportunidade podem ser exploradas em prol deste melhor desempenho e destaque no mercado, principalmente se as empresas se atentarem às seguintes tendências que estão moldando este cenário:


#1 Conectividade e digitalização: o uso de mecanismos inteligentes e modernos pautados na conectividade e digitalização permite que as empresas de energia desenvolvam uma verdadeira infraestrutura digital – criando formas de atender aos desafios da indústria e conseguindo, assim, diminuir o consumo de energia, tornar o processo mais eficiente e melhorar a relação entre o setor e o consumidor.


#2 Mercado Livre de Energia: essa é uma das maiores tendências deste setor, justamente por suas promessas de garantir uma maior sustentabilidade, economia, autonomia, acessibilidade e liberdade tanto para as indústrias quanto para os consumidores. Apenas em agosto de 2022, este mercado foi responsável por 38% da eletricidade consumida no país segundo dados da Abraceel – o que o torna uma importante alavanca para a transição energética nacional intensificando a diversidade de fontes energéticas mais ecológicas.


#3 Fontes Renováveis: uma das maiores conquistas do Mercado Livre de Energia foi impulsionar o setor nacional a investir em fontes mais renováveis, que gerem menor impacto ao meio ambiente sem comprometer a entrega da demanda à população. Além da matriz hidrelétrica e das fontes solar e eólica nas quais o Brasil já se destaca, muitos esforços estão sendo vistos na transição do setor em termos de descarbonização.


#4 Hidrogênio Verde: o Plano Nacional de Energia 2050 (PNE 2050) apontou o hidrogênio verde como uma das melhores tecnologias disruptivas no âmbito da inovação no setor de energia. Seu processo é 100% livre de carbono, considerada hoje como uma das fontes renováveis mais promissoras a ser investida nos próximos anos, capaz de promover resultados muito positivos para o mercado.

Mesmo diante de tantas opções de recursos inovadores a serem implementados no setor elétrico, iniciar essa jornada não é algo simples. Seu sucesso depende do desenvolvimento de um mindset de inovação, o estímulo em todas as equipes a inovar, a adoção de ferramentas que permitam o monitoramento dos resultados constantemente e, principalmente, contar com o apoio da ISO de inovação.

Essa metodologia inteiramente flexível aponta as diretrizes a serem seguidas pelas companhias conforme suas necessidades. Ao invés de burocratizar, ela oferece uma maior liberdade às empresas, analisando o grau de maturidade do negócio frente à inovação e os possíveis caminhos a serem percorridos. Assim, cabe à própria organização escolher aquela que faça mais sentido a suas demandas.

A inovação no setor de energia tem um papel fundamental na construção de uma economia limpa, sustentável e resiliente. Por isso, é essencial que o mercado invista vigorosamente essa prática – criando modelos de negócio irão impulsionar este segmento para um futuro mais limpo e econômico para a população.

 

Alexandre Pierro - mestrando em gestão e engenharia da inovação, bacharel em engenharia mecânica, física nuclear e sócio-fundador da PALAS, consultoria pioneira na ISO de inovação na América Latina.


ISO de inovação
www.isodeinovacao.com.br


Inadimplência no país volta a crescer em fevereiro e atinge 70,5 milhões de brasileiros, revela Serasa

.Brasil recebeu 433 mil novos inadimplentes em um mês; 

·Assim como aconteceu em dezembro, o Rio de Janeiro passa o Amazonas e volta a ser o Estado com maior representatividade da

população inadimplente; 

·O Estado do Amapá conta com o maior crescimento proporcional, de 6,33%, em relação ao mesmo período em 2022; 

·Feirão Serasa Limpa Nome já possibilitou a negociação de mais de 4 milhões de dívidas e espera conter a alta da inadimplência no relatório de março; 

·Consumidores têm até as 23h59min de sexta-feira, dia 31, para aproveitarem os benefícios do maior mutirão de dívidas do país. 


O mês de fevereiro voltou a registrar o crescimento da inadimplência no país. Segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas da Serasa, 70,5 milhões de brasileiros estão com o nome negativado.  

 


Responsável por 31,6% das dívidas, o Cartão de Crédito continua sendo o segmento com o maior número de brasileiros inadimplentes, seguido pelas Contas Básicas (21,7%) e pelo setor de Varejo (11,2). Em comparação a fevereiro de 2022, as contas com bancos e cartões contabilizaram aumento de 3%, enquanto os outros dois segmentos demonstraram queda.

“A inflação e os juros altos são os principais fatores que explicam o atual cenário, além da sazonalidade desfavorável de fevereiro, que vem acompanhado de despesas típicas de início de ano, como IPVA, IPTU, reajuste das mensalidades e outros”, aponta o Economista Chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi. “As pessoas ainda utilizam o cartão de crédito, por exemplo, para fazer compras básicas, como alimentação e remédios. Por isso, a relação com o parcelamento também deve ser pautada com base na organização financeira, para que não se torne mais uma dívida”, complementa. 

 

Somadas, o valor de todas as dívidas ultrapassou a quantia de R$ 326 bilhões em fevereiro, número que representa crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior (R$ 263 bilhões). No mais recente levantamento, o valor médio das dívidas de cada inadimplente, por sua vez, passou a ser de R$ 4.631,78 – no Distrito Federal, Santa Catarina e São Paulo, o valor médio alcançou R$ 7.071,26, R$ 6.489,30 e R$ 5.343,33, respectivamente, sendo os três maiores valores da série. 

 

Os 10 Estados mais inadimplentes  

Em fevereiro deste ano, o Rio de Janeiro alcançou a indesejada primeira posição no ranking de representatividade da população inadimplente no Brasil. Com 52,69% da população fluminense nessa situação, o Estado registrou um crescimento de 5,11% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando ainda figurava em terceiro lugar.   

“Com a menor renda per capita, a região Norte do país possui cinco dos seus sete Estados no top 10 de maior taxa de representatividade de inadimplência da população adulta”, aponta Rabi. São eles: Amazonas (52,67%), Amapá (52,41%), Roraima (47,52%), Tocantins (45,49%) e Acre (45,07%) – a região amapaense, por sua vez, conta com o maior crescimento proporcional, de 6,33%, em relação ao período de 2022.Na sequência, aparece o Centro-Oeste com Distrito Federal (51%), Mato Grosso (50,43) e Mato Grosso do Sul (47,83).  

De acordo com Luiz Rabi, o alto desemprego, que atinge milhões de brasileiros, ainda é um dos indicadores que contribuem para o crescimento da inadimplência nas regiões do país. “Alguns Estados que possuem grandes centros urbanos, como São Paulo, Rio de Janeiro e o Distrito Federal, também figuram nas primeiras posições do ranking, devido à falta de oportunidade e recolocação no mercado de trabalho”.   

Confira o Mapa da Inadimplência de Fevereiro completo: clique aqui. 

 

Balanço de acordos no Feirão Serasa Limpa Nome 


Em 27 de fevereiro, a Serasa iniciou mais uma edição emergencial do Feirão Limpa Nome, com descontos de até 99% e mais de 500 empresas parceiras. Neste período, foram mais de 4,1 milhões de acordos fechados em todo o Brasil, contabilizando mais de R$11 bilhões de descontos concedidos. A partir dos canais digitais e nas tendas físicas realizadas em Brasília (DF), São Paulo (SP) e Fortaleza (CE), mais de 3,8 milhões de consumidores conseguiram negociar suas dívidas. 

 

A partir dos recortes regionais, São Paulo aparece como o Estado que mais fechou acordos, com 1,2 milhões de negociações realizadas em pouco mais de um mês de Feirão. Mesmo representando a maior população inadimplente do país, o Rio de Janeiro foi o segundo Estado com maior número de renegociações, contabilizando mais de 419 mil acordos realizados no período.  

 

“Assim como aconteceu em janeiro, que registrou queda no número inadimplentes, nossa expectativa é que essa edição do Feirão também contribua para frear esse crescimento”, afirma Aline Maciel, gerente do Serasa Limpa Nome. “Com recorde em número de parceiros, contamos com a adesão de novas empresas participantes até essa última semana, que se uniram ao nosso propósito de ajudar os brasileiros a quitar seus débitos e retomar sua saúde financeira”. 

 

Negocie as dívidas no Feirão Serasa Limpa Nome 

 

O Feirão Limpa Nome está disponível até às 23h59 min de sexta-feira, 31 de março, pelos canais oficiais da Serasa: 

 

· Site: http://www.serasalimpanome.com.br 

· App Serasa no Google Play e App Store 

· WhatsApp 11 99575–2096 

· Ligação gratuita 0800 591 1222 

 

Também é possível realizar a consulta e a negociação presencialmente em mais de 11 mil agências dos Correios pelo país, que oferecem as mesmas condições mediante o pagamento de uma taxa de R$ 3,95. 

 

Veja como renegociar pelos canais da Serasa 

Aplicativo: https://youtu.be/too-JJ_6OCw 

Site: https://youtu.be/nLJrUpyDkSM 

WhatsApp: https://www.youtube.com/watch?v=DVyx1QY5xD0 

 

Serasa
www.serasa.com.br


Nova lei aprova comercialização de créditos de carbono em concessões florestais

 Câmara acaba de aprovar MP que permite novas atividades econômicas sustentáveis dentro das concessões florestais, como a geração de créditos de carbono.

 

A Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira, dia 30 de março, a Medida Provisória 1.151/2022, que amplia o rol de atividades econômicas sustentáveis permitidas dentro das concessões de florestas públicas. A MP tem base no Projeto de Lei 5.518, apresentado em 2020 pelo, então, deputado Rodrigo Agostinho, atual presidente do Ibama.

“A aprovação dessa MP é motivo de celebração, pois o texto está de acordo com o que foi proposto no PL 5.518”, comemora Jaqueline Ferreira, gerente de portfólio do Instituto Escolhas. “Lembrando que o Escolhas deu subsídios à elaboração do PL, que aprimora o instrumento das concessões florestais como estratégia de conservação da floresta amazônica e combate ao desmatamento”, pontua.

Previstas pela Lei de Gestão das Florestas Públicas (LGFP), as concessões florestais foram concebidas para incentivar o desenvolvimento de atividades econômicas a partir do manejo florestal sustentável. Em 2006, quando a Lei entrou em vigor, o Brasil esperava conceder até 44 milhões de hectares. Dezessete anos depois, no entanto, pouco mais de 1 milhão de hectares de floresta haviam sido concedidos.

“Com a aprovação da MP, as concessões ganham atratividade econômica real, podendo ir além do manejo sustentável de madeira. Um estudo do Escolhas já mostrou, por exemplo, que há casos em que a comercialização de créditos de carbono pode aumentar em 43% as receitas dos concessionários”, afirma Ferreira.

O texto aprovado (MPV) segue, agora, para apreciação do Senado.


Aprovação da MP destrava as Concessões Florestais

Os principais entraves encontrados pelos concessionários foram levantados pelo estudo Destravando a agenda da Bioeconomia: soluções para impulsionar as concessões florestais no Brasil. Em articulação com a Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura, o documento foi apresentado a integrantes da Frente Parlamentar Ambientalista na Câmara dos Deputados, que usou o material para elaborar o PL já citado – que, por sua vez, subsidiou a MP que acaba de ser aprovada na Câmara. 

Entre as mudanças apontadas pelo estudo como fundamentais para impulsionar o interesse de novos concessionários, e incorporadas pela MP, estão:

- a garantia de segurança jurídica e reforço da fiscalização das ilegalidades cometidas em áreas concessionadas;

- a celeridade no processo licitatório, com destaque para a ampliação do período de validade do Plano de Outorga Florestal para quatro anos e

- a equivalência da aprovação do Plano de Manejo Florestal Sustentável à obtenção de licença ambiental para a prática de manejo florestal.

 

Veja os cuidados necessários para contratar empresas terceirizadas

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Caso recente das vinícolas do Rio Grande do Sul põe em alerta a forma como os contratos devem ser feitos e como realizar a fiscalização dos serviços de terceiros


Até que ponto uma empresa deve ser responsabilizada judicialmente pelos atos de um serviço terceirizado? Esse assunto veio à tona neste mês depois que a empresa Fênix Serviços Administrativos e Apoio à Gestão de Saúde Ltda ganhou destaque por ser acusada de manter 207 pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão em um campo de colheita de uva em Bento Gonçalves, na Serra Gaúcha. A Fênix prestava serviços para as vinícolas Aurora, Salton e Cooperativa Garibaldi quando três trabalhadores fugiram do local de cárcere e procuraram a polícia.

As vinícolas alegam que não têm conhecimento da situação, que apenas realizavam o pagamento para a empresa terceirizada e que ela faria todo o trabalho de repasse. O fato é que a contratação de um terceiro para qualquer tipo de atividade não isenta a empresa contratante de corresponsabilidade.

Em uma possível ação judicial, ela será responsabilizada legalmente, tendo que arcar com todos os custos caso a terceira não o faça. Além disso, o empresário deve estar atento a toda documentação e deve fiscalizar frequentemente todos os processos para não ter surpresas no futuro.

Como explica o advogado trabalhista Renato Tripiano, antes da nova lei trabalhista de 2017, não era permitido terceirizar serviços da atividade principal de uma empresa, como por exemplo, motoristas para uma companhia de logística.

“Só se via terceiros contratados com mais frequência em serviços de limpeza, de segurança, de portaria etc. Mas agora, como isso é permitido, os cuidados devem ser redobrados porque pode envolver problemas graves de insalubridade, de higiene, de recolhimento de impostos, de falta de pagamento de salários e de tantas outras questões fundamentais que podem gerar ações criminais e judiciais para a empresa contratante”, explica.

E acrescenta: “Por mais que a terceirização seja permitida em qualquer atividade no âmbito da empresa, o tomador de serviços será responsabilizado em uma eventual ação trabalhista por irregularidades da terceirizada. É o que chamamos de responsabilidade subsidiária”, diz o advogado.

Se a prestadora de serviços não efetuar o pagamento dos créditos salariais devidos ao tomador, por exemplo, a responsabilidade deve ser transferida à tomadora de serviços, responsável subsidiária, como prevê, por exemplo, a Súmula nº 331 do Tribunal Superior do Trabalho (item IV). “Essa súmula diz que o inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços quanto as obrigações”, destaca Tripiano.

Mas afinal, quais cuidados o empregador deve ter? Para evitar esse tipo de problema, é fundamental algumas verificações prévias e uma minuciosa fiscalização de todas as empresas terceiras que forem contratadas. O especialista em gestão de negócios Cleber Brandão dá algumas dicas.

“A checagem inicial é imprescindível porque é onde pode-se verificar a idoneidade da empresa, mediante a certidão negativa de débitos e os documentos expedidos pelo INSS; a certidão negativa do Procon; a verificação de processos trabalhistas; e se há documentação societária, em caso de uma sociedade”, diz Brandão.

Além disso, é interessante pegar indicações sobre a empresa antes de contratá-la, ver como é o desempenho das entregas prestadas e a ambientação dos funcionários. Se não há um time motivado, a chance de alta rotatividade é grande, o que prejudica a contratante. E antes de contratar, o especialista recomenda que haja um treinamento para que os terceiros estejam alinhados com a cultura da empresa onde irão trabalhar.

O segundo passo é a elaboração do contrato. O advogado Tripiano explica que “a empresa tem que ter todos os pontos muito claros e as exigências de fiscalização garantidas por escrito para manter a prestação do serviço. E que a empresa tenha um advogado que possa analisar e conferir se tudo está sendo atendido conforme o contrato”.

Após essas duas etapas, entra a fase da fiscalização do trabalho que está sendo feito pela terceirizada, a fim de garantir que o objeto do contrato seja executado de forma correta. “Aconselho sempre manter uma constante atualização sobre as atividades e as questões jurídicas da empresa contratada para evitar problemas futuros”, destaca Tripiano.

E ele não relata apenas pagamentos de impostos, salários e benefícios. “Se o empresário terceiriza mão de obra fora da sua empresa, ele tem que estar atento se há condições de higiene adequadas ou insalubridade para essas pessoas, se os horários são respeitados para não exigir horas sem pagamento além do combinado e todos os direitos garantidos. Quando as pessoas estão dentro da sua empresa é mais fácil fiscalizar, mas nem sempre é assim”, afirma.

Parecem medidas óbvias, mas, como lembra Brandão, “hoje os empresários, principalmente os pequenos, estão tão atarefados que acabam delegando a responsabilidade para terceiros e não dão atenção aos detalhes contratuais. Isso pode gerar grandes problemas depois caso haja irregularidades”.


Cibele Gandolpho
https://dcomercio.com.br/publicacao/s/veja-os-cuidados-necessarios-para-contratar-empresas-terceirizadas



Oportunidade para estudantes: prefeituras do Paraná estão com processos seletivos para estágio

Vagas são para alunos de nível médio, técnico ou superior, regularmente matriculados em instituições de ensino


As prefeituras das cidades paranaenses de Palmas, São Mateus do Sul, União Vitória e Matelândia estão com processos seletivos abertos para a contratação de estagiários por meio do Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR).

As vagas variam entre nível médio, técnico, superior e pós-graduação, e possuem carga horária entre 20 e 30 horas semanais. Em União da Vitória, o processo seletivo será realizado para cadastro de reserva. Em todos os casos, o candidato deve estar matriculado em uma instituição de ensino para se inscrever.

“É uma ótima oportunidade para os estudantes que desejam ter uma experiência profissional conhecerem os processos de trabalho na gestão municipal. A prática do estágio é importante também para as instituições e prefeituras que podem contar com o olhar das novas gerações para a atuação. Uma troca sempre valiosa”, afirma a coordenadora do Setor de Seleção Especial do CIEE/PR,  Cilmara Paolini.

No município de União da Vitória, a prova será presencial, já em Palmas e São Mateus do Sul será realizada no formato on-line. Mais informações sobre as oportunidades estão disponíveis nos editais no site do CIEE/PR e o período de inscrição varia conforme a vaga. 


São mais de 4,2 mil vagas de estágio no Paraná

Além das oportunidades por meio de processo seletivo, o CIEE/PR ainda oferece mais de 4,2 mil vagas de estágio em todo o estado. Para conferir as vagas disponíveis para o perfil do candidato, é preciso se cadastrar no Portal do CIEE/PR. Os interessados ainda podem obter informações pelos telefones (41) 3313-4300 (moradores de Curitiba e  região metropolitana) e 0800 300 4300 (para demais cidades do estado).

 

Centro de Integração Empresa-Escola do Paraná (CIEE/PR

 

"Por Todas Elas": especialista em Direito Penal do CEUB avalia a aprovação da lei contra assédio sexual em casas noturnas

Nova lei contra assédio permite o acolhimento de mulheres em bares, restaurantes e eventos no DF


A Câmara Legislativa do Distrito Federal aprovou nesta semana o projeto de lei nº 103/2023, que cria o protocolo "Por Todas Elas" no Distrito Federal, visando prevenir, detectar e encaminhar situações de potenciais crimes contra mulheres em bares, boates, festas e eventos no DF. Inspirado no protocolo espanhol "No se calem", a lei estabelece procedimentos e treinamentos para impedir violências contra mulheres em ambientes de diversão noturna.

A medida garante que o primeiro acolhimento à vítima de violência seja feito pelos trabalhadores do local, que devem acionar a polícia e o atendimento médico. Victor Quintiere, especialista em Direito Penal do Centro Universitário de Brasília (CEUB), esclarece que o crime de importunação sexual é definido como qualquer ato libidinoso praticado contra alguém sem seu consentimento, como toques, beijos forçados ou exposição de partes íntimas. No Brasil, em casos que envolvam estupro, por exemplo, a pena pode variar de 6 a 30 anos de acordo com disposições iniciais do Art 213, do Código Penal.

Segundo a pesquisa ‘Visível e Invisível: A Vitimização de Mulheres no Brasil’, realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), 53,3% das mulheres brasileiras afirmaram ter sofrido algum tipo de violência sexual ao longo da vida. "O aumento no número de casos registrados pode indicar maior conscientização nas autoridades em relação ao tema e medidas mais eficazes para prevenir e punir esses crimes estão sendo tomadas", celebra.

Na prática, em casos de agressão e assédio sexual, a vítima será conduzida para um local seguro e reservado dentro do estabelecimento, onde receberá o acolhimento necessário. "A equipe do bar ou casa noturna deverá fornecer informações sobre o agressor e o crime, como imagens de câmeras de segurança e preservar o ambiente do crime", detalha.

Diante da aprovação do projeto de lei do DF, o professor avalia que, para evitar discussão sobre o princípio da legalidade, o protocolo poderá sofrer alteração em seu texto. Essa mudança seria no sentido de incluir expressamente locais com aglomeração, o que afastaria dúvidas sobre o seu uso em locais como metrô, por exemplo. "Dessa forma, as medidas se tornariam mais abrangentes, assegurando a segurança e o direito de ir e vir das mulheres. A ampliação seria muito bem-vinda e reforçaria o combate à importunação sexual".

 

Bacalhau não será protagonista no feriado da Páscoa, diz pesquisa IBEVAR-FIA Business School


A Páscoa é o principal feriado cristão. De acordo com o último censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2010, os cristãos somam 88.52% da população brasileira, divididos entre católicos apostólicos romanos (64.44%), evangélicos (22.1%), e o agregado das demais religiosidades cristãs (ex. ortodoxos, mórmons, testemunha de Jeová etc.), compondo cerca de 2% da população. Um mercado de quase 190 milhões de pessoas.  

 Um dos aspectos a serem observados por essa massa de indivíduos é a abstinência da carne no período da Quaresma, em especial, na Sexta Feira Santa. É neste contexto que o bacalhau aparece. Mas, pelos dados do estudo levantado pelo IBEVAR – FIA Business School, cobrindo o período 2016 a 2023, o mais tradicional substituto da carne está diminuindo sua presença na mesa das famílias nesta data.  

O trabalho realizado com recursos de IA – Inteligência Artificial apurou que as vendas desse produto vêm caindo acentuadamente desde 2017.  Na Páscoa de 2023 as vendas de bacalhau serão quase 40% menores que as ocorridas em 2017.   

Podem-se apontar diversas causas para essa queda, entretanto, a principal, que praticamente explica completamente esse movimento descendente tem relação com o preço do produto e as restrições de renda dos brasileiros. "Apenas para ter uma referência o bombom de bacalhau subiu 150%. Enquanto isso, nesse mesmo período, o rendimento médio real do pessoal ocupado encolheu 3%", comenta Claudio Felisoni, presidente do IBEVAR e professor da FIA Business School.   

Mas, nem só de bacalhau vive Páscoa. Essa data movimenta muitos setores do varejo. Certamente os mais importantes são da produção e comercialização de chocolates. Todas as grandes multinacionais do setor estão presentes em nosso território, gerando cerca de 39 mil empregos, entre ocupações diretas e temporárias durante o período da Páscoa. Dentre esses estabelecimentos, 85% são de pequeno porte, com até 19 funcionários, enquanto 46% dos empregos são gerados pelas empresas com mais de 500 funcionários. Estima-se que o valor bruto da produção industrial do setor chegue a R$ 12,2 bilhões, apresentando um aumento de 9% em uma década.  

 As vendas de ovos de chocolate, símbolo do feriado, para 2023 deve registrar o mesmo nível que o observado em 2020, 2021 e 2022, mas quase 17% maior que o registrado nos anos 2018 e 2019, período anterior a pandemia. Tal expansão vem acompanhado de mudanças significativas no hábito de compras dos consumidores. A pesquisa IBEVAR – FIA Business School identificou quatro grandes tendências. Confira:   

1.   Personalização: Uma das principais tendências do mercado brasileiro de Páscoa é a crescente demanda por produtos personalizados e customizados. Os consumidores buscam cada vez mais presentes exclusivos que reflitam seus gostos e preferências individuais, levando a um aumento na demanda por ovos de Páscoa de chocolate personalizáveis e outros itens de confeitaria. Isso reflete na força e espaço dos ovos não industrializados   

1.   Premiumização/Gourmetização: À medida que a economia brasileira continua crescendo e a classe média se expande, aumenta a demanda por produtos premium e de luxo para a Páscoa. Essa tendência é visível em várias categorias, desde ovos de chocolate artesanais com recheios requintados até conjuntos de presente de edição limitada com chocolates gourmet e outros itens especiais.    

    3.  Alternativas preocupadas com a saúde: À medida que as tendências de saúde e bem-estar ganham força, os consumidores brasileiros buscam cada vez mais alternativas mais saudáveis aos tradicionais chocolates de Páscoa. As marcas estão respondendo a essa demanda oferecendo produtos feitos com ingredientes alternativos, como cacau orgânico, teor reduzido de açúcar e adoçantes alternativos como a estévia. Além disso, há um mercado crescente para produtos de Páscoa veganos e sem glúten que atendem a consumidores com restrições ou preferências alimentares 

  

   4.Produtos inovadores e experimentais: para se diferenciar em um mercado cada vez mais competitivo, as marcas estão desenvolvendo produtos inovadores e experimentais para a Páscoa, que oferecem experiências únicas e memoráveis. Isso inclui ovos de chocolate interativos com surpresas ocultas, kits de fabricação de chocolate DIY (Do it yourself) e colaborações de edição limitada com franquias ou personagens populares.  

  

 “O mercado brasileiro de Páscoa está passando por um período de rápida transformação, impulsionado pela evolução das preferências do consumidor e pelo desejo de produtos inovadores e diferenciados”, conclui Felisoni. 


 

IBEVAR - Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo & Mercado de Consumo


Grana abandonada: 5 dicas para poupar o dinheiro esquecido e investir a longo prazo


BC libera consulta de valores a receber de instituições financeiras; especialista em finanças mostra como poupar e definir prioridades


Cerca de R 6 bilhões para aproximadamente 38 milhões de pessoas físicas e 2 milhões para pessoas jurídicas estão parados em bancos e instituições financeiras de todo o país, esperando serem sacados. Esse dinheiro pertence a clientes, mas muitas pessoas ou empresas nem sequer sabem que possuem esses recursos. E já pode ser consultado no Banco Central para qualquer cidadão verificar possíveis valores a receber de instituições financeiras. O serviço é disponibilizado por um site exclusivo para as consultas ao Sistema Valores a Receber. 

Segundo Thaíne Clemente, Executiva de Estratégias e Operações da Simplic, é necessário que os brasileiros mudem os seus hábitos de consumo e aproveitem esse dinheiro para poupar ou investimentos essenciais. “É um momento de se reorganizar e definir as prioridades, gastando o menos possível, ou seja, usar o dinheiro apenas para as necessidades reais, e poupar o que sobrar para investir com segurança. O mais importante é se atentar para não entrar no vermelho. Pensando nisso, a executiva elencou algumas dicas de como poupar dinheiro e começar a investir. 

 

Defina um objetivo ou tenha um bom motivo

É preciso estabelecer o motivo pelo qual está poupando o dinheiro, e, entender que poupar, como a própria palavra diz, é abrir mão de certos “luxos”, para poder guardar um dinheiro a mais que sobra na conta no final do mês, como possível garantia de conforto para um futuro breve. Seu objetivo pode ser comprar um carro, uma casa, fazer uma viagem ou simplesmente guardar pensando em uma garantia no futuro caso perca um emprego, etc. 

 

Ter conhecimento do quanto gasta fixo todo mês

Ao dar início no mês, já coloque na ponta do lápis quais são os gastos cruciais mensais, já calcule também o quanto pode usar em 4 semanas para “luxo” e saídas, e, já tire da conta o que sobrar para poupar e não ter risco de usar. Além disso, com essas contas, é possível também analisar se consegue cortar alguns desses gastos ou adiá-los. 

 

Defina um valor mensal para poupar

Depois de fazer as contas fixas, é possível estabelecer um valor mensal para retirar e, se possível, investir. Não importa se for apenas 50 reais, o importante é se educar para poupar impreterivelmente todo mês. E claro, se for possível colocar em determinado mês além do estabelecido, melhor ainda. O que não pode deixar acontecer, é não colocar ou colocar menos do “combinado”. 

 

Faça um investimento

Guardar dinheiro na gaveta ou na poupança não é um ato recomendável, pois o rendimento é muito pequeno. Porém, já é melhor do que não guardar nada. O recomendado é fazer um investimento no mercado, mas, para isso, vale avaliar qual seu perfil de investidor com um profissional da área, que irá te instruir sobre investimentos seguros e acessíveis. A ideia é já tirar o dinheiro da conta assim que receber o salário ou a renda mensal e colocar nesses canais. 

 

Não crie novas dívidas e evite cartões de créditoÉ importante se policiar para não precisar incluir um novo gasto mensal desnecessário que coloque em risco o dinheiro do investimento estabelecido, ou, ainda pior, fazer com que se torne uma dúvida. Além disso, não ter em mãos o cartão de crédito como opção, assim não se perde o controle daqueles gastos mensais. A ideia é já no início do mês separar o dinheiro para cada data, conta ou “evento” e manter esse compromisso com você mesmo.



Simplic


Envelhecimento populacional cria desafios para a humanidade

Mudança demográfica impacta sistemas de saúde, previdenciário e de cuidados para a terceira idade. Brasil está entre países que terão “pirâmides invertidas” 


O envelhecimento populacional, resultado da queda nas taxas de fecundidade e do aumento da expectativa de vida, impactará cada vez mais os sistemas de saúde, previdenciário e de cuidados para a terceira idade em grande parte dos países, inclusive o Brasil, alertam especialistas.

A situação é preocupante porque, ao mesmo tempo em que cresce o número de idosos, diminui a população economicamente ativa, composta por pessoas que estão no mercado de trabalho e geram riqueza para sustentar os mais velhos.

O Prof. Dr. Carlos Frederico Martins Menck, Biólogo membro da Academia Brasileira de Ciências e professor titular da Universidade de São Paulo (USP), aponta que muitos países – principalmente os desenvolvidos, mas também vários em desenvolvimento – caminham para ter pirâmides populacionais invertidas, com menos crianças e jovens na base e mais pessoas maduras e idosos do topo.

No Japão e em alguns países europeus, o envelhecimento populacional já é uma realidade. A idade média na Europa é de 41,7 anos, muito acima da idade média de 17 anos na África Subsaariana, segundo a Dra. Natalia Kanem, diretora executiva do Fundo de População das Nações Unidas (Unfpa).

O caso mundial de envelhecimento populacional mais emblemático, aponta Carlos Menck, é o da China, que décadas atrás adotou um estrito programa de natalidade, a política de um único filho por casal, que reduziu drasticamente o seu crescimento populacional. Segundo estimativas da ONU, a população da China no fim do século (estimados 771 milhões) será praticamente a metade da atual (1,425 bilhão).

Outro país que começa a envelhecer é o Brasil. Estima-se que a população atual de 215 milhões deve alcançar o pico de 231 milhões em 2047 e cair para 184 milhões no fim do século.

A Profa. Dra. Mercedes Maria da Cunha Bustamante, professora titular da Universidade de Brasília (UnB) e presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), avalia que o Brasil perdeu “uma janela demográfica importante de desenvolvimento”.

Ao longo das últimas décadas, nosso país gozou do chamado bônus demográfico, quando grande parte da população é adulta e jovem e está no mercado de trabalho – ou deveria estar. Essa janela já se fechou e o Brasil tende a envelhecer antes de se tornar desenvolvido.

“Vemos o mesmo em outros países. As taxas de crescimento populacional estão diminuindo, sem que eles tenham adotado políticas de Estado de preparação para as próximas décadas”, analisa Mercedes Bustamante. “Em países com sistemas previdenciários solidários, que é o caso do Brasil, quem paga a aposentadoria são as novas gerações. Quanto menos gente você tem na base da pirâmide, mais difícil é manter esse sistema funcionando”.

A humanidade chegou ao marco de 8 bilhões de habitantes no fim de 2022, resultado do crescimento exponencial nos últimos cem anos. Durante toda a Antiguidade, a população mundial aumentou muito pouco, chegando a um total estimado entre 150 a 250 milhões – os dados são imprecisos – na época de Cristo. Só no século 16 atingimos um contingente de 500 milhões de pessoas e, em torno de 1800, totalizamos o primeiro bilhão.

Na década de 1920 a população atingiu o marco de 2 bilhões e a partir daí acelerou rapidamente, principalmente no pós-Segunda Guerra Mundial – período conhecido como baby boom –, quando houve um aumento de um bilhão de habitantes a cada 10 ou 15 anos.

Segundo o relatório da ONU World Population Prospects 2022, o crescimento exponencial no período resulta da forte queda na mortalidade – a expectativa média de vida aumentou de 46 anos em 1950 para quase 73 em 2019 – combinada com altas taxas de fecundidade. A redução na mortalidade deve-se a um conjunto de fatores, como os avanços na saúde pública, nutrição, higiene pessoal, medicina e ciência – conquistas da humanidade que devem ser celebradas.

No entanto, a taxa anual de crescimento populacional atingiu o pico de 2,2% em 1964 e hoje é inferior a 1%. Demoramos 12 anos para aumentar de 7 para 8 bilhões, mas vamos precisar de 14,5 anos para chegar aos 9 bilhões em 2037, segundo o relatório.

A desaceleração no crescimento da população mundial é determinada pela queda na taxa média de fecundidade, de 5 nascimentos por mulher em 1950 para 2,3 nascimentos em 2021 e estimados 2,1 em 2050. Para que a reposição populacional seja assegurada, a taxa não pode ser inferior a 2,1, pois as duas crianças substituem os pais e a fração 0,1 é necessária para compensar os indivíduos que morrem antes de atingir a idade reprodutiva.

Segundo o modelo da ONU, a população mundial atingirá o pico de 10,4 bilhões na década de 2080 e deve ficar mais ou menos estável até o fim do século. Depois, pode haver um declínio, mas é difícil assegurar o que vai acontecer.

Mercedes Bustamante ressalta que os países mais pobres são os que continuam a apresentar elevadas taxas de fecundidade, enquanto os desenvolvidos pararam de crescer e, em vários casos, terão decréscimo populacional nas próximas décadas.

Os oito países com maior crescimento populacional até 2050 serão: Índia, Paquistão, Filipinas, Nigéria, República Democrática do Congo, Egito, Etiópia e Tanzânia, segundo o relatório da ONU.

O ranking dos dez países com maiores populações mudará bastante até o fim do século. Já em 2023, a Índia passa a China e torna-se a nação mais populosa do mundo. Em 2050, Nigéria e Paquistão vão igualar a população dos EUA.

Em 2100, a Índia terá o dobro da população da China; Nigéria, Paquistão e República Democrática do Congo terão mais habitantes que os EUA; o Brasil não estará mais no ranking dos dez mais; e a África Subsaariana concentrará um terço da população mundial.

“O crescimento populacional está se dando em países que ainda precisam se desenvolver e que têm demandas legítimas, o que coloca a questão de como se apoia esses países, de maneira que eles sigam rotas de desenvolvimento que não perpetuem os erros dos atuais países desenvolvidos. Entra a questão de como a gente deve apoiar esses países para que façam uma transição para a sustentabilidade e, ao mesmo tempo, suas populações tenham acesso a condições dignas”, ressalta Mercedes Bustamante.

A nova edição da Revista O Biólogo, do Conselho Regional de Biologia da 1ª Região (CRBio-01), apresenta reportagens, vídeos e podcasts que aprofundam a discussão sobre as mudanças demográficas em curso no mundo. Leia aqui.

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