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quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

A importância do Plano Nacional de Fertilizantes para a segurança alimentar

Os riscos à segurança alimentar nunca estiveram tão latentes. A pandemia de Covid 19, a crise internacional no setor de energia, a desestruturação das cadeias logísticas e o conflito entre a Rússia e Ucrânia expuseram ainda mais estes riscos e ampliaram a nossa percepção sobre ao assunto.

Segurança alimentar passou a ser tema de discussão não só entre os atores políticos e do agronegócio, mas também, e principalmente, entre a população urbana, que hoje conhece melhor os riscos e reconhece a importância do agronegócio brasileiro para a sua mitigação.

É fato que em muitas das ocorrências que ameaçam a segurança alimentar pouco ou quase nada podemos fazer, visto que grande parte delas demanda ações de outros países e de outros atores. Mas é fato, também, que naquilo que diz respeito ao Brasil – que é onde podemos e devemos interferir e influenciar – podemos fazer muito!

Nos últimos anos, tivemos a implementação de políticas públicas muito assertivas para a redução de riscos.Uma delas é a implementação do Plano Nacional de Fertilizantes (PNF), que tem como objetivo central a redução da dependência de importação de fertilizantes pelo Brasil, que hoje é de 85% das nossas necessidades.

Os mecanismos previstos no PNF visam o estímulo à produção nacional; o desenvolvimento de novas tecnologias e produtos, visando o aumento da eficiência; a complementação e, em alguns casos, a substituição dos fertilizantes convencionais utilizados na nossa produção agrícola.

E como “política de estado”, um plano estruturado e validado como o PNF precisa ser levado adiante, independentemente de mudanças de governo, como a que estamos vivenciando hoje.

Estamos empenhados em demonstrar para o novo governo a importância da manutenção desta política pública e a necessidade de assegurar que as pessoas que trabalharam na concepção, implementação e gerenciamento do PNF – particularmente os técnicos de carreira  – sejam mantidas à frente do projeto, sob pena de descontinuação ou de atraso de um plano que tem se demonstrado efetivo e que foi validado pelos atores envolvidos nesta atividade.

Concebido na Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República no governo anterior, extinta pelo novo governo, é essencial que se determine qual Ministério ficará com a responsabilidade de condução do PNF.

Nosso entendimento é o de que o PNF seja coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, uma vez que será o responsável pela implementação de políticas públicas que viabilizem investimentos para o desenvolvimento e modernização da indústria nacional, de forma geral, e pela reindustrialização de segmentos estratégicos, como o de fertilizantes em particular.

Esperamos que o novo governo reconheça a importância estratégica do Plano Nacional de Fertilizantes; que mantenha o Conselho Nacional de Fertilizantes e Nutrição de Plantas (Confert) da forma como foi concebido e que assegure uma gestão assertiva e democrática, que nos permita concretizar os seus objetivos.

 

Clorialdo Roberto Levrero - presidente do conselho deliberativo da Associação Brasileira das Indústrias em Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo)

 

Saiba se empréstimo para quitar dívidas é um bom negócio

Drazen Zigc/Freepik
CEO de empresa de crédito conta se fazer empréstimos para quitar dívidas antigas para iniciar o ano "no azul" vale pena


Começar o ano com as contas em dia é o sonho da maior parte das pessoas, mas nem sempre organizar as finanças é fácil. De acordo com o último levantamento do Mapa da Inadimplência do Serasa, 69,83 milhões de brasileiros estão com o nome restrito, ou seja, com acesso limitado ao crédito. E para quem está próximo de negativar o nome, pegar um empréstimo para quitar as dívidas pode ser uma boa ideia. Por isso, negociar todos os débitos existentes e solicitar um financiamento para pagar valores à vista, aproveitar descontos e ficar apenas com uma dívida, pode ser uma alternativa. 

Para André Oliveira, CEO da CredFácil, que atua no ramo de empréstimos e financiamentos consignados, é preciso analisar valores, prazo e taxas de juros. “O juros do novo débito precisa ser menor do que os das dívidas atuais, para que o empréstimo que tem como propósito quitar as dívidas seja uma boa alternativa. Então analise as taxas que está pagando e compare com a de um empréstimo consignado, que costumam ter valores mais baixos,  entre 1% até 1,8%”. 

Trocar uma dívida por outra pode ajudar a economizar e entrar no novo ano “no azul”. “Se o empréstimo para quitar uma dívida reduzir o tempo de endividamento e ainda a taxa de juros for menor, além do cliente conseguir se organizar financeiramente, ele tem a oportunidade de tirar do papel outros sonhos”, explica o profissional. 

O CEO também alerta sobre os cuidados que os clientes devem ter para não cair em golpes com as empresas que prometem liberação de crédito fácil. Segundo os executivos, a dica é verificar o endereço da empresa e se atentar a reputação no mercado, além de conferir se seguem as normas do Banco Central para conceder crédito. E mais e não menos importante: não fazer pagamentos ou depósitos adiantados e nunca passar dados pessoais e documentos para desconhecidos. 

 

CredFácil

franquiascredfacil.com.br

 

O ESG e o agronegócio


Há quem acredite que o desenvolvimento sustentável e o agronegócio são opostos. Mas isso definitivamente não é verdade. Não só é possível o agronegócio produzir mais e melhor de forma sustentável, como também pode gerar uma série de outros benefícios, como o acesso a novos mercados, a obtenção de crédito com taxas mais baratas, além de processos mais eficientes.

 

Outro ponto fundamental e que por si só já seria motivo suficiente para a adoção por todo esse setor da pauta do ESG (Environmental, Social and Governance) relacionada à proteção ao meio ambiente é o fato de o agronegócio depender essencialmente do clima para se desenvolver.

 

As plantações de qualquer espécie e a criação de animais em geral precisam ter condições climáticas específicas para gerarem resultado, o que reflete, também, em toda a indústria de maquinário e insumos para esses negócios. Mas como é possível produzir mais e melhor em uma situação de seca ou de chuvas extremas causadas pelas mudanças climáticas decorrentes da emissão dos gases de efeito estufa? Eventos extremos sempre ocorreram, mas não com a frequência em que estão ocorrendo.

 

A questão social também é um outro fator relevante. Por mais que se automatize o agronegócio, ainda e sempre dependerá de pessoas que, em qualquer setor, produzem melhor quando se sentem seguras e valorizadas, o que também integra a proposta do ESG.

 

Além disso, a governança corporativa que, apesar de ser a última letra do acrônimo do ESG, é tão ou mais importante que as questões socioambientais, na medida em que é a base na qual qualquer negócio se funda, garantindo a sua profissionalização e a tomada de melhores decisões. Qualquer negócio que visa crescer e continuar existindo para além de seu fundadores precisa implementar boas práticas de governança corporativa.

 

Algumas das ações voltadas para a implementação das práticas de sustentabilidade socioambiental e do próprio negócio que podem ser adotadas pelas empresas do setor do agronegócio são:

 

1.                 Identificar sua estrutura societária, elaborar um plano de sucessão e um plano estratégico voltado para o crescimento consistente do negócio, estabelecendo-se os valores e as políticas que orientarão a cultura organizacional e viabilizarão esse crescimento.


2.                 Respeitar a legislação em geral relacionada às questões trabalhistas e de segurança e saúde, além de identificar impactos negativos que o negócio pode causar para seus colaboradores e demais partes interessadas com quem se relaciona, buscando mitigar esses impactos, com um trabalho de gestão de risco.


3.                 Identificar e respeitar as áreas de proteção ambiental e, se possível, ampliá-las por meio do reflorestamento de áreas sub ou não utilizadas na produção, especialmente junto a córregos, rios e mananciais. Essa é uma medida que trará reflexos na disponibilidade de água que pode eventualmente ser utilizada na própria propriedade, além da redução dos gases do efeito estufa pela sua captação pelas árvores dessas áreas.


4.                 Uso consciente dos recursos naturais, de forma a não os esgotar, buscando a sua reutilização e renovação, especialmente com o uso de conhecimento e de novas tecnologias disponíveis, inclusive no que se refere ao uso correto e adequado de pesticidas e herbicidas.


5.                 Rastrear a cadeia de valor para vender e consumir de quem possui os mesmos valores voltados ao ESG. A lógica aqui deve ser exigir de todos os que deveria ser natural, para que assim haja de fato o desenvolvimento sustentável. Pensar o contrário, ou seja, deixar de fazer porque o outro não faz é uma lógica de uma criança de 5 anos de idade e não de empresários sérios preocupados com os seus negócios. 

A pauta do ESG veio para ficar. E todos os setores da economia e do mercado tem um papel fundamental na sua implementação. E não seria diferente para o agronegócio. Os desafios são enormes, mas é preciso reconhecer a importância do tema e começar a agir.

 

 

Monica Bressan - especialista em governança corporativa, compliance, ISO 37001, ISO 31000, contratos e finanças. Consultora, palestrante e professora. Formada em Direito e em Administração de Empresas, com especialização em Direito Tributário e Mestre em Finanças Corporativas. Com certificação ISO 31000 Lead Risk Manager (Gestão de Riscos) e ISO 37001 Provisional Auditor (Antissuborno). Membro da Comissão de Compliance da OAB/SP. Com mais de 20 anos de experiência organizacional e jurídica.


Sobre Cores e Sabores

 Tudo caminhava bem na fila da sorveteria.

Sofia, a menina que estava à minha frente com os pais, olhava animada para as cores na vitrine.

Perguntei a ela qual sabor iria escolher e recebi um sorriso tímido de dúvida.

“Próximo”, grita o atendente e Sofia arrisca: “cupuaçu”.

A mãe surpresa intercede: “Cupuaçu? O que é isto”?

“É uma fruta típica da Amazônia” responde o moço do balcão e já oferece uma degustação a ambas.

O pai mais ansioso e menos receptivo à prova, pergunta: “o copinho custa R$15,00”?

A menina, meio esquecida na cena, retoma o protagonismo e decide: “Limão”.

Eu, torcendo pela paz familiar, sorrio e apoio a assertividade da decisão.

Nossa vida é cheia de palpites que vêm dos outros ou de nós mesmos. Nossas decisões resultam deles.

Pense bem, quantas marcas você consome sem que tenha decido por elas?

E se alguém decidiu por você, será que uma outra pessoa lhe influenciou? E talvez uma terceira tenha comprado...?

Nesse Natal, ganhei vários presentes, entre eles, um urso de pelúcia. A amiga, confiante, me explicou: “Pedi uma sugestão lá em casa e meu irmão trouxe de Miami”.

Tá vendo... vou curtir meu urso americano escolhido pela minha “amiga”, sugerido pela família e comprado pelo irmão.

Quando se fala de público alvo, devemos abrir o nosso olhar para este contexto.

Seu público consumidor pode ser eu (ou a menina do cupuaçu), mas a decisão, a influência e o pagamento da compra podem estar nas mãos de outros “targets”.

Um banco de dados preparado para prospecções ou relacionamento, precisa contemplar estes personagens.

Além das informações cadastrais como o nome completo, o endereço, telefone, e-mail, torna-se cada vez mais importante o olhar comportamental sobre o seu consumidor e seus clientes.

Em um primeiro momento, pesquise o comportamento de compra com a definição dos hábitos e motivações em relação à marca comprada.

Depois, avance ao comportamento social nas questões sobre religião, hábitos esportivos, time do coração e assim por diante.

Conhecer bem o seu público é uma jornada sem fim, aliás, como todo relacionamento deve ser. Uma troca constante de informações e ações.

Por isso, comece já e faça a sua fila de cliente crescer e ser bem atendida.

 

Fernando Adas - fundador e diretor de planejamento e atendimento da Fine Marketing e autor do livro “O Safado, a Biscate e Eu: causos, cases e casos de um publicitário indiscreto”.

 

6 Tendências para designers e arquitetos que vão impulsionar seus projetos para 2023


Com os avanços tecnológicos surgem novas soluções para um mercado mais produtivo e lucrativo, gerando mudanças e a adoção de novos comportamentos em decorrência das inovações, e um dos setores que vêm absorvendo, cada vez mais, é a arquitetura, segundo a Arch Trends Portobello, consultoria de tendências em arquitetura e design. Conforme a pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da consultoria Gartner, para cada 1% investido em inovações tecnológicas, o lucro da empresa aumenta 7% após dois anos. E revelam que as empresas vêm mantendo investimentos na área tecnológica em torno de 7,7% da receita líquida, independentemente do cenário econômico.

 

Em um cenário onde a inovação é uma constante, aprender, conhecer e saber é fundamental para as empresas avançarem no mercado e alcançarem cada vez mais resultados expressivos e propositivos. Ao falarmos do ano de 2023 podemos apontar caminhos cada vez mais personalizados e sustentáveis, com olhar voltado para projetos automatizados e economicamente viáveis.

 

Abaixo destaco seis das principais tendências para designers e arquitetos.

 

Projetos de sustentabilidade.

 

Desenvolver projetos que contemplem a sustentabilidade, como materiais ecológicos e fontes de energia renováveis, será cada vez mais importante nos próximos anos. 

 

Inteligência Artificial. 

O uso da Inteligência Artificial para criar designs personalizados e dinâmicos ajudará a tornar os projetos mais eficientes e eficazes para os clientes. 

 

 

Experiências Imersivas 

Hoje, está cada vez mais popular para os designers e arquitetos desenvolverem ambientes mais imersivos e interativos para aqueles que os utilizam. Esta experiência de se ver e se sentir dentro de uma criação oferece uma maior compreensão e engajamento com os usuários. 

 

Design Responsivo 

Com a tecnologia avançando e melhorando seus hardwares e softwares, as interações entre usuários e suas criações se tornaram mais complexas. Assim, o design responsivo veio para permitir que os designers e arquitetos criem interfaces que respondam de forma adequada a qualquer dispositivo, tamanho de tela, plataforma e língua. 

 

Processos De Criação Automatizados 

Implementar processos automatizados permitem que designers e arquitetos gerenciam seus projetos de forma ainda mais eficaz e economizem tempo ao se comunicar com seus clientes.

 

Design Inclusivo 

O design inclusivo permite que todos possam ter a mesma oportunidade de viver e trabalhar em ambientes criados para todos. Assim, designers e arquitetos possuem um papel muito importante ao tornar seus projetos acessíveis a todos somente adaptando-os com elementos e recursos específicos.



Eduardo Lazzuri - Diretor da Unidade de Negócios de Design e Engenharia da Ax4B
www.youtube.com/c/AX4BEnterpriseSolution


3 tendências para o foodservice em 2023

Digitalização do abastecimento é uma das principais tendências para o segmento neste ano 


 O ano de 2022 marcou a retomada econômica de muitos setores no chamado pós-pandemia. Com o foodservice não foi diferente. Após dois anos de restrição, o segmento recuperou-se gradativamente à medida que os hábitos do consumidor foram também se normalizando. Para especialistas, o momento é de consolidação, com o Brasil apresentando um faturamento crescente e cada vez mais positivo em comparação a outros países, como os Estados Unidos. Diante disso, a expectativa de crescimento é de, aproximadamente, 7,5% a partir de 2023. 

Para tanto, algumas tendências já estão sendo observadas - e aguardadas - para ajudar a fortalecer e alavancar o setor no próximo ano. Antenado ao mercado, João Alfredo Pimentel, fundador da 6place, explica que a própria expertise da marca já é uma tendência: “A 6place é uma plataforma digital criada para fomentar o abastecimento de franquias de alimentação e independentes do foodservice, focada em oferecer a melhor eficiência operacional para controle do CMV de seus clientes por meio da conexão de indústrias, distribuidores, fornecedores e crédito em um formato de compra 100% digital para o B2B”. 

Para o executivo, que reuniu em um mesmo marketplace todo o ecossistema de food, o setor deve se deparar com pelo menos três tendências importantes que devem direcionar os negócios em 2023. Confira:


1. Digitalização do abastecimento: Um estudo realizado pelo IFB (Instituto Foodservice Brasil) em parceria com a consultoria Cognitive Media Science que foi divulgado no início de 2022, o pouco investimento ou a incerteza de quando iniciar a transformação digital era a realidade de 74% do setor de foodservice. Na mesma época, outro estudo da consultoria alertava para a perda de aproximadamente 24% nos lucros por conta dessa imaturidade digital. Destacando que tal transformação vai além das vendas online, o estudo apontava como dica a utilização de tecnologias propulsoras de melhoria em diferentes áreas e processos. No abastecimento, uma opção é realizar a compra online, com monitoramento via plataforma digital. Dessa forma, o operador consegue captar as melhores ofertas em um portfólio qualificado e homologado que reúna todo o ecossistema em um só marketplace com o intuito de garantir preços bastante competitivos e vantajosos para o setor. É o que faz a 6place.


2. Crédito para abastecimento: O fluxo de caixa foi uma das áreas mais impactadas durante a pandemia. Um estudo da Abrasel em parceria com a Alelo apontou, inclusive, que 79% dos bares e restaurantes buscaram algum tipo de crédito no período e apenas 50% obtiveram êxito. Outro dado relevante da pesquisa é que a busca por crédito é um hábito que antecede o coronavírus. Seja para a garantia desse fluxo, para o pagamento de dívidas, realização de alguma reformas e ampliações ou a implementação de algum novo serviço, a expectativa é de que essa procura cresça ainda mais. Então, opções de crédito menos burocráticas e até mesmo a variação de possibilidades de pagamento, tendem a movimentar o mercado no próximo ano.


3. Previsão e planejamento do abastecimento: De nada adianta digitalizar o seu negócio e aproveitar as ofertas de crédito se a gestão não é assertiva. A má gestão do estoque, inclusive, é considerada um dos grandes desafios do foodservice e a fonte principal de comprometimento da saúde financeira de muitos negócios. Então, manter um gerenciamento de estoque eficaz, além de garantir quantidade suficiente de insumos para atendimento das demandas, propicia a previsibilidade do seu consumo, além de evitar os prejuízos causados pelas rupturas em momentos de alta procura.


6place -plataforma digital de abastecimento para redes de franquias de alimentação e food service independentes que buscam melhor eficiência operacional e controle do CMV.


Carreira em Y: a escolha de um caminho diferente na jornada profissional

 

A palavra carreira vem do latim “via carraria” (estrada para carros) e, dentro do nosso contexto enquanto pessoas ativas no mercado de trabalho, significa um caminho a ser percorrido por alguém durante a sua vida profissional. Acontece que existem algumas opções de rotas interessantes que podemos seguir ao longo da nossa trajetória, dentre elas a estrada que engloba o conceito de carreira em Y.

Tradicionalmente, as pessoas que buscavam evoluir na carreira, seja para conquistar novos desafios, assimilar outros conhecimentos, receber uma promoção ou mesmo um aumento salarial, tinham que assumir uma posição de liderança, sendo responsáveis pelo desenvolvimento de pessoas. O desenho da carreira em Y surge justamente para possibilitar que indivíduos cresçam a partir de um caminho especializado e agreguem valor ao negócio, no qual a prática de sua atuação é focada em projetos e não em gestão de pessoas.

É importante que os profissionais tenham em mente que fazer a gestão de um time não é o único caminho de ascensão profissional, que eles podem se tornar especialistas em uma determinada área e, mesmo assim, conseguirem crescer em uma companhia. Um profissional qualificado pode se tornar um super especialista e receber o devido reconhecimento por isso, assim como aqueles que avançam em cargos de lideranças. Esta oportunidade surge no horizonte para aquelas pessoas que são sêniores,  sem responsabilidade direta por pessoas, mas responsável por equipes de projetos. 

As empresas precisam conhecer profundamente os perfis destes profissionais, para não correrem um risco de perderem um grande talento para o mercado, por não terem identificado as qualidades e não terem percebido que não era um perfil gestor, por exemplo. Existem empresas que desenvolvem metodologias próprias para entenderem e desenvolverem esses talentos, descobrindo quem encaixa em qual situação. Afinal, os caminhos são diversos para um  desenvolvimento de carreira.

Qual a importância da carreira em Y

No passado, era comum que os colaboradores, ao atingirem um novo nível profissional, melhorando as suas habilidades técnicas e/ou comportamentais, recebessem uma promoção para um cargo de liderança, sendo responsável por temas mais estratégicos e menos operacionais. O problema era que nem sempre todos os profissionais tinham o anseio de trabalhar com gestão de pessoas. 

Com a bagagem adquirida, algumas pessoas queriam ser cada vez mais referências técnicas da sua área de atuação, trabalhando para aprimorar processos, dinâmicas e rotinas,  otimizando cada vez mais suas valências. A imposição para que alguém assumisse um cargo de gestão era um fator para que profissionais abandonassem seus postos de trabalho e buscassem novas oportunidades em outras empresas.

Hoje, com o conceito de carreira em Y sendo conhecido e adotado por diversas companhias, os profissionais têm a oportunidade de escolher qual rota desejam seguir e, também, têm o suporte necessário para alcançarem seus objetivos. Um exemplo para guiar a jornada das pessoas dentro das empresas é o Ciclo de Performance.


O que é o ciclo de performance?

O ciclo de performance é uma ferramenta de gestão que auxilia no esclarecimento e no acompanhamento de objetivos profissionais das pessoas, alinhando-os aos objetivos estratégicos da companhia, trazendo insumos para uma projeção de desenvolvimento profissional tanto para uma carreira de gestão quanto de especialista.

Por meio do fortalecimento do autoconhecimento, o ciclo combina o feedback mais feedforward para que, com base em evidências, seja construído o plano de desenvolvimento individual, conhecido como PDI. Dessa forma, as lideranças fundamentam as suas decisões com dados para garantir promoções, méritos e movimentações. Um ciclo de performance pode acontecer a cada oito meses para assistentes e analistas, assim como a cada seis meses para especialistas e líderes, sendo conduzido por meio das seguintes etapas: 


1 — Avaliação e autoavaliação 

Um exercício de autoconhecimento importante, que auxilia no crescimento. Ao realizar a autoavaliação, que precisa ser feita com base em evidências que comprovem os pontos trazidos, cada pessoa reflete sobre seus sentimentos, atitudes e habilidades, tendo um caminho claro para o seu desenvolvimento. Além disso, a prática ajuda ainda na construção da inteligência emocional e intrapessoal, na definição de metas realistas e na melhora da imagem profissional. Já a pessoa líder fica responsável por prestar suporte na autoavaliação e fazer a sua avaliação, tomando alguns cuidados para que a análise seja feita de forma imparcial e justa.


2 — Reunião de calibragem

A etapa da calibração é importante para o processo de gestão de performance e serve justamente para alinhar os ponteiros dos gestores.  É o momento em que os líderes  se reúnem para debater o desempenho dos times, garantindo o mesmo padrão de análise ao longo do tempo, com olhar aprofundado e sistemático da jornada do colaborador, retirando a unilateralidade da avaliação.


3 — Devolução

É um momento para que a liderança leve as percepções da reunião de calibragem ao colaborador, com base nas evidências apresentadas e apoie na construção do plano de desenvolvimento individual. A etapa pode seguir a teoria CCC, que leva em consideração Contexto + Comportamento + Consequência:
 

Contexto: o líder apresenta o cenário atual que a avaliação está considerando para elucidar ao colaborador  o seu embasamento para o feedback.

Comportamento: o líder deve ser claro ao fazer o feedback sobre o curso de ação escolhido pelo colaborador. Muitas vezes, a pessoa pode não ter nem a consciência de que tinha a possibilidade de ter tomado outro caminho.

Consequência: o líder deve ser claro em relação ao impacto que o curso de ação tomado pelo colaborador gerou na performance do colega, do time e da empresa.

 

4 — Construção do plano de desenvolvimento individual

O PDI é uma ferramenta que tem como finalidade auxiliar o aprimoramento de conhecimentos e habilidades dos profissionais, além de alinhá-los às estratégias do negócio. A partir dos pontos discutidos na reunião de evolução, o colaborador define quais habilidades pretende desenvolver, registrando-as junto aos indicadores de mensuração e prazos de conclusão, respeitando o cronograma previsto.

Durante essa construção, o líder apoia e acompanha o seu liderado por meio de conversas 1:1 (individuais), realizando feedbacks com base nas evidências. Se necessário, aconselha que o caminho seja reajustado, pontuando quais comportamentos ainda estão críticos e coloca-se à disposição para ajudar a resolvê-los.

Dessa forma, o ciclo de performance atua como pilar da carreira em Y, sendo uma ferramenta que auxilia no planejamento e na gestão de carreira, possibilitando que as oportunidades para gestores(as) e especialistas sejam geradas com base em evidências e não apenas percepções.


Um estímulo à inovação

A carreira em Y está associada à inovação, à disciplina e à competitividade no ambiente organizacional, possibilitando que cada pessoa trabalhe com o que gosta e da forma que sente mais confortável, estimulando ao máximo seus conhecimentos e suas habilidades profissionais. Por consequência, essa ferramenta promove autonomia para mudanças, permitindo que profissionais façam migração de especialista para gestão, se for o seu perfil ou aperfeiçoe-se na sua área de expertise. 

A evolução é constante e há muitas chances de carreira para as pessoas, assim como diversos canais e espaços a serem ocupados nesse sentido dentro das companhias. Atuar em empresas que flexibilizam a escolha e apoiam o desenvolvimento com um plano de carreira bem estruturado passa a ser importante para quem almeja crescer no mercado de trabalho, fazendo algo que realmente gosta para contribuir significativamente com resultados consistentes e duradouros.



Ariane Ferreira - Gerente de Educação Corporativa e Desenvolvimento da Contabilizei, e Juliane Coelho, Analista de Educação Corporativa e Desenvolvimento da Contabilizei, maior escritório de contabilidade do país. 


Férias no verão dentro do condomínio e com lazer

Confira dicas de como aproveitar o período mais quente do ano nas áreas dos empreendimentos residenciais verticais


Chegamos na época mais quente do ano que reúne as comemorações de fim de ano e as férias escolares. Para quem mora - ou pretende morar - em um condomínio-clube, passar a temporada de verão em casa é sinônimo de diversão e descanso merecido. Isso porque, muitos condomínios verticais contam com ampla área de lazer que permitem diversas atividades: de meditação à prática de lutas, de uma rede preguiçosa a uma piscina fresquinha, de um churrasco a uma pizzada. Enfim, são diversas possibilidades de lazer e passatempo para todas as idades e estilos de vida.

Bruno Catarino, gerente da Yticon Londrina, construtora do Grupo A.Yoshii, ressalta que, nos últimos cinco anos, as áreas de lazer dos empreendimentos residenciais compactos ganharam ainda mais destaque nos projetos arquitetônicos, sobretudo com ideias que integram o modelo de consumo consciente de moradia com o aproveitamento e integração de espaços, que resultam em economia de gastos e condomínio de menor valor. “Mesmo os moradores que ficam pouco tempo em casa por causa do trabalho, querem áreas de lazer para curtir os momentos de descanso ou com amigos e família. Por isso, os espaços coletivos com áreas aberta e coberta não podem faltar. Nas férias e durante o verão, essas opções se mostram indispensáveis.”


Crianças

Férias escolares significam crianças com mais tempo livre, então, o jeito é usar a criatividade para manter a meninada ocupada. “Há profissionais que trabalham como monitores ou recreadores infantis. Então, os pais podem se reunir para organizar uma colônia de férias no condomínio e usar toda a estrutura disponível sem custo adicional.” Dentre as atividades, estão desde competições esportivas até as antigas brincadeiras de rua, além de aulas de arte na brinquedoteca e culinária no espaço gourmet. “Para as crianças, as áreas ao ar livre oferecem liberdade para correr, andar de bicicleta, patinete e skate. Já áreas cobertas são uma boa alternativa para dias chuvosos, para realização de atividades com jogos de tabuleiro, quiz e até mesmo brincadeiras com músicas.


Adultos

Que o brasileiro gosta de um bom churrasco, não é novidade para ninguém. Porém, a noite da pizza, da macarronada ou da comida japonesa, também caiu no gosto popular. E o que não faltam são profissionais da gastronomia que preparam refeições deliciosas para um grupo maior de pessoas. “Os espaços ou salões gourmet acabam sendo uma excelente opção para esse tipo de encontro. Inclusive, alguns empreendimentos, agora, disponibilizam piscina privativa para que os convidados possam se refrescar junto com os moradores, cujo local fica reservado apenas aos participantes da festa. Em geral, os antigos condomínios só permitem que a família residente usufrua das piscinas.”


Esportes

No mundo da construção civil, tecnologia e inovação fazem parte da rotina. Então, os projetos precisam estar antenados às demandas dos clientes. Uma tendência é a prática de beach tennis, esporte que é uma mistura do tênis tradicional, do vôlei de praia e do badminton. Criado em meados de 1987 na Itália, dez anos depois começou a se profissionalizar, sendo que, a partir de 2020, ganhou muitos adeptos no Brasil. “Já existiam empreendimentos de luxo com quadras de areia, agora, é possível encontrar também nos empreendimentos de imóveis compactos. Com essa possibilidade no quintal de casa, moradores organizam treinos e até mesmo pequenos torneios”, acrescenta o gerente. Além dessa opção, os condomínios oferecem espaços de outdoor training, para a prática de atividades físicas e lutas.


Economia compartilhada

Com uma proposta baseada na “economia compartilhada”, dentre vários itens, os empreendimentos modernos oferecem bicicletário, para a utilização coletiva de bicicletas, tomada para carregamento das bicicletas e área e-mob, para compartilhamento de patinetes elétricos, além de materiais esportivos, como bolas de futsal, basquete e coletes esportivos. Os novos projetos contemplam, ainda, espaço para compartilhamento de patinetes elétricos. “Esse modelo de moradia já é muito utilizado em outros países e, no Brasil, tem sido cada vez mais requisitado, com itens que vão além do lazer, como coworking com wi-fi zone e lavanderia. Sem dúvidas, é uma forma de ter acesso a uma série de serviços por um valor muito mais acessível.”

 

Yticon Construção e Incorporação

 

Empreendedorismo feminino: o que esperar para 2023?

 

Quem acompanha o mercado de startups notou que 2022 não foi um ano fácil. Foi o ano de apertar os cintos, recalcular rotas, analisar os pontos fortes e investir cada vez mais neles. O ano que começou com altas expectativas pelos grandes cheques que rolaram em 2021, mostrou-se em curso oposto durante seu curso, tanto pelas repercussões de pandemia, varíola do macaco, M&As, demissões em massa, quanto pela queda de crypto e tantas outras adversidades.
 

As startups tiveram que pesar bem as "burn rates" (taxas de queima de caixa), estratégias de crescimento, investimento em equipe e marketing e segurar todos os gastos. Tiveram de entender valuations mais baixos, muitos declínios de captações e realmente provar seu valor para manterem-se vivas.
 

O Brasil é um país especialmente empreendedor, ocupa o sétimo lugar no ranking realizado anualmente pelo Global Entrepreneurship Monitor, que tem parâmetros definidos para verificar o espírito empreendedor dos povos de diferentes países. O mercado de inovação brasileiro é exemplo no mundo e atrai investidores de todas as partes, mas, diante do cenário global, é necessário uma readequação e forma de validação.
 

Minha carreira empreendedora surgiu justamente em um ano atípico: 2020, mas com o olhar voltado para tecnologia, foi possível evoluir muita coisa em pouco tempo. O CalcLab é uma healthtech que surgiu via recursos próprios e que agiliza e facilita a interpretação de exames laboratoriais, processando resultados de 800 laboratórios, inclusive internacionais, para criação da startup, convidei o professor Gabriel de Carvalho, que é referência no assunto, para fazer parte. Dentro deste caminho, cada ano teve uma característica mercadológica diferente e precisamos ser ágeis na tomada de decisão e atentos ao que acontecia.
 

Nos dois primeiros anos, nos dedicamos a colocar toda inteligência científica na criação de um software de ponta que concatenasse as combinações para possíveis resultados que facilitariam a rotina de médicos e especialistas em saúde. Já no ano de 2022 foi quando colocamos ‘o carro na rua’, geramos conversa com investidores que estão caminhando, participamos de premiações e trouxemos algumas para casa, expandimos nosso networking e ampliamos nosso leque.
 

Fizemos nossa lição de casa em relação ao nosso propósito, tecnologia de ponta, cultura empresarial, números, metas e acompanhamento da evolução estratégica, então para 2023, nossa meta é ter a rodada de captação para expandir ainda mais nossa operação, aumentar o quadro de funcionários, chegar a mais médicos para democratizar o acesso à saúde do paciente, a fim de auxiliar o diagnóstico de pacientes, otimizando a consulta médica.

 

Finalizo o ano com o checklist empresarial mais do que concluído e com as metas claras de onde vamos chegar, de modo sustentável e viável, sem exageros e queima de caixa sem necessidade. Para 2023 o planejamento está feito e pronto para as adversidades que podem aparecer.


Karla Lacerda- idealizadora e CEO do CalcLab, Vencedora do ‘Mulheres Empreendedoras 2022’ Finep e MCTI. Nutricionista pós-graduada em Nutrição Funcional.
 

 

Interoperabilidade: 3 vantagens para você entender por que ela pode revolucionar o setor de saúde

Soluções conectadas com menor custo, maior performance e melhor experiência para todos do ecossistema de saúde, além de ser um preparativo para o Open Health

 

A transformação digital vem mudando o comportamento dos consumidores que buscam serviços eficazes, rápidos e personalizados. Nesse cenário, aumenta a relevância da interoperabilidade, que é a capacidade de comunicação entre diferentes sistemas, para que trabalhem de forma integrada, agregando e processando informações de diferentes fontes - uma relevância ainda maior se lembrarmos que estamos na era do compartilhamento e da inteligência de dados. 

Aplicada ao setor de saúde, a interoperabilidade melhora a experiência do paciente e otimiza a rotina dos profissionais. Isso porque os dados de saúde são sensíveis e exigem protocolos de segurança rígidos para seu compartilhamento, mas, ao mesmo tempo, são fundamentais, podendo inclusive salvar vidas se acessados em tempo hábil. A interoperabilidade resolve esse impasse, proporcionando a integração e acessibilidade segura das informações, de forma facilitada e inteligente. 

“Mais do que uma necessidade para se posicionar à frente no mercado, é um recurso que a tecnologia proporciona e que deve ser explorado para elevar a qualidade dos serviços, beneficiando vidas”, comenta Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios integrando visão estratégica com execução inteligente. 

As instituições que já estão de olho no Open Health devem aumentar ainda mais sua atenção em direção da interoperabilidade, que é, sem dúvida, um dos um dos primeiros passos para o sucesso das mesmas no futuro sistema aberto. “As instituições de saúde que desde já se anteciparem e garantirem uma boa interoperabilidade estarão à frente para o Open Health”, ressalta o especialista. 

Para ilustrar melhor como a interoperabilidade revoluciona o setor de saúde e a qualidade dos serviços prestados, o executivo elenca três de seus principais benefícios. Confira:

 

Segurança de dados

O sistema de saúde no Brasil ainda é falho em relação à segurança e à privacidade de dados e muitas informações de pacientes são perdidas ou vazadas. A interoperabilidade aumenta a proteção de dados compartilhados, dentro de regras que garantem o consentimento dos pacientes.

 

Atendimento personalizado e flexível

A comunicação entre diferentes sistemas operacionais permite que o atendimento aconteça com mais flexibilidade, já que as informações dos pacientes terão uma maior disponibilidade ativa de informação, buscando-as onde e quando quiser. Em um único lugar, é possível acessar prontuário médico, laudos radiológicos ou laboratoriais, registros de procedimentos e exames anteriores, entre outras informações, o que permite uma visão integral de saúde de cada paciente. O FHIR por exemplo, é um padrão de interoperabilidade voltado à tecnologia, que permite o armazenamento de dados em tempo real, dentro de um padrão previamente estipulado, provisionado na nuvem em questão de minutos.

 

Decisões precisas e pacientes mais satisfeitos

Quando o paciente tem um atendimento mais rápido e personalizado, a fidelidade e bem-estar dele tendem a aumentar. Por sua vez, um médico que se mostra a par do estado e do histórico desse paciente tende a ganhar mais credibilidade e mais aptidão para um bom trabalho. Com todas as informações em mãos, esse profissional ganha produtividade no dia a dia, otimiza tempo e é mais assertivo em decisões relacionadas a diagnósticos e tratamentos -- além de evitar custos com a repetição de procedimentos já realizados e que constarão na base de dados do paciente.

 

FCamara

fcamara.com


Repetro: confira as vantagens do Regime Aduaneiro Especial

Regime permite isenção de impostos e gera incentivo estratégico para o setor de petróleo


Com uma série de vantagens, o Regime Aduaneiro Especial de Exportação e de Importação (Repetro) de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e de gás natural, compõe um dos 17 regimes aduaneiros especiais de importação e exportação.

De acordo com Helmuth Hofstatter, CEO e fundador da Logcomex, empresa que oferece tecnologia para o comércio exterior, assim como as demais normas do setor, o benefício tem o objetivo de promover incentivo estratégico e permite a suspensão de tributos federais na importação de matérias primas, de embalagens e produtos utilizados na indústria de petróleo e gás natural.

Ele afirma que a iniciativa visa despertar maior interesse em pesquisas e exploração de petróleo no Brasil, o que acabou possibilitando grandes descobertas, como o Pré-sal.

Com o Repetro, a alíquota é de 0% em impostos como:

  • PIS/Pasep Compras Nacionais
  • Cofins Nacional
  • Contribuição para o PIS/Pasep-importação
  • Cofins-Importação
  • Isenção para o Imposto de Importação (II)
  • Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Para se habilitar ao Repetro, é preciso realizar os procedimentos na Receita Federal do Brasil e ser fabricante de produtos para serem diretamente fornecidos à empresa ligada às atividades de pesquisa e de lavra das jazidas de petróleo e gás natural.

O programa vem sendo atualizado ao longo do tempo, de acordo com as necessidades econômicas e tributárias do Brasil, mas é considerado indispensável para a promoção da expansão e desenvolvimento do mercado de petróleo. “A normativa traz vantagens aos estados, atrai investimentos estrangeiros e a arrecadação de forma sistemática. Analogamente, o aumento do interesse petrolífero também produz emprego e segurança jurídica ao setor”, finaliza Hofstatter.


Logcomex
https://www.logcomex.com/


Como a alienação parental pode afetar os filhos

Conflitos entre ex-cônjuges podem causar danos permanentes nas crianças e devem ser evitados

 

O processo de separação pode ser traumático principalmente quando envolve filhos pequenos. Recentemente um caso ganhou grande repercussão, iniciado nas redes sociais e chegou às telas dos noticiários policiais televisivos.

Um pai começou a publicar vídeos no Instagram queixando-se de ser vítima de alienação parental do filho de sete anos por parte da mãe, uma médica segundo o qual o acusa injustamente de maltratar a criança, proibindo visitas e induzir o garoto a não conviver com o pai. O reclamante ainda acusa o namorado da mãe de agredir o filho, inclusive mostrando imagens das agressões captadas pelo circuito interno do condomínio onde a família morava.

Segundo o advogado especialista em Direito da Família, Paulo Akiyama, é muito comum mães que possuem uma atividade profissional intensa lutarem pela guarda dos filhos, mesmo sabendo que não vai lhe sobrar tempo para cuidar da prole. “Mais comum ainda são aquelas genitoras que lutaram pela guarda dos filhos, mesmo sendo incompatível com a vida profissional que possuem, chegarem em casa sem qualquer paciência, e criança é criança, quer atenção, faz birras, comete atitudes para chamar atenção daquela que não tem tempo para ela, entre outras posturas normais das crianças. O resultado é que o genitor que tem a guarda ou residência do menor acaba por perder a paciência e muitas vezes parte para agressão ao menor”, exemplifica.

Outro ponto levantado pelo advogado é o fato do genitor que possui a guarda/residência do menor, no caso de guarda compartilhada, tentar forçar que os filhos reconheçam o novo companheiro como pai. “É o que nos parece que ocorreu neste caso que ganhou repercussão na mídia, em especial no vídeo em que o pai disse que o garoto não queria ir com ele afirmando que o pai dele era o padrasto. Isto é muito triste e chocante, pois permeia a prática de atos de alienação parental e seus resultados”, analisa Akiyama.

O advogado ressalta que, antes da lei Henry Borel — publicada em 24 de maio de 2022 —, a única lei que protegia contra violência doméstica era a Lei Maria da Penha, sendo que esta somente protege o sexo feminino, mãe e filha, e no caso do menino não teria amparo legal para obter medida protetiva. “Por sorte, os fatos ocorridos da agressão do padrasto foram registradas pelas câmeras de segurança e com a entrada em vigor da Lei Henry Borel, o pai pode amparar seus apelos e obter uma medida protetiva para garantir a integridade física do filho”, observa.

Dr. Paulo Akiyama cita um caso análogo ao do garoto, porém o agressor era o próprio pai. “Sem a lei Henry Borel, a genitora precisou ingressar com pedido de instauração de inquérito policial de agressão ao filho e tomamos a frente na parte cível com o requerimento da guarda unilateral para a mãe, bem como a proibição de visitas do pai”, relata.

Em audiência de justificativa, ouvidas as partes e suas testemunhas, o juiz decidiu pela suspensão de visitação do pai, determinou avaliação psicológica e se caso fosse, com base no laudo da psicóloga, que o genitor se submetesse a tratamento psicológico e psiquiátrico, e passar por nova avaliação após um ano, sob pena de, se não cumprisse a ordem judicial, ser retirado o poder de família (pátrio poder). “No final, este homem ficou mais de três anos sem poder ao menos ver o filho, até ser dada alta pelos psicólogos e psiquiatras que passou. Caso isto tivesse ocorrido após a promulgação da Lei Henry Borel, as medidas protetivas teriam sido adotadas de imediato, ao contrário do que ocorreu com nossa cliente em que se passaram meses para obtermos esta posição”, relata.

Na opinião do Dr. Akiyama, a veiculação por parte dos meios de comunicação, mesmo sendo programas de reportagem policial, naquele momento foi importante inclusive para levar a conhecimento público de quem é o padrasto e seus atos de agressão, além de ser educativo para aqueles que sofrem com a violência doméstica saberem como agir. “Entretanto, o pai deveria ter parado por aí e não ficar publicando que o padrasto está foragido e possui mandado de prisão em aberto”, alerta.

Segundo o advogado, nesta situação, ocorreu um pouco de excesso por parte do pai nas publicações, expondo muitas coisas que poderiam ser ocultadas, “pois as redes sociais também são vistas por pessoas mal-intencionadas, como pedófilos, por exemplo, bem como todo processo que envolve menor de idade sempre estar sob o segredo de justiça em busca da menor exposição possível do menor”.

Por fim, Dr. Akiyama avalia que nesse caso há o agrupamento de alienação parental cumulado com violência física — inclusive com ferimentos na criança — praticada pela própria genitora e pelo padrasto, como dito pelo próprio menino. “Ou seja, uma soma de coisas ruins e prejudiciais ao desenvolvimento psicológico da criança”, conclui. 



Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família.
www.akiyama.adv.br


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