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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

Bumbum na nuca: tratamentos que vão fazer você se livrar da canga e desfilar lindamente no verão

Especialista indica procedimentos que, combinados com certos hábitos da rotina, potencializam os resultados de um bumbum empinado

 

O verão está virando a esquina e já começam os preparativos para aproveitar o período com a autoestima lá em cima. Os tratamentos de skincare são uma grande aposta, levando em consideração a exposição ao sol; um dos mais praticados, no entanto, é o “bumbum care”. Além de fazer o tratamento de forma caseira, com cremes, é possível potencializar os resultados desejados com ajuda das novas tecnologias do mercado de estética. 

“O bumbum sempre foi tendência em procedimentos estéticos, tido como símbolo de sensualidade. Sem alguns cuidados, ele pode perder volume e contorno, ressaltando as celulites e estrias, então é uma área que requer mais atenção. Cada bumbum é diferente e bonito da sua forma, mas, para deixá-lo em dia, existem boas opções no mercado”, explica Renata Taylor, fisioterapeuta e consultora da HTM Eletrônica, indústria de referência no desenvolvimento e fabricação de equipamentos eletromédicos e estéticos. 

De acordo com a especialista, a hidratação e a esfoliação são os primeiros passos para quem quer começar a cuidar melhor desta área do corpo. Para ajudar a dar um up no bumbum, Renata traz seis dicas. Confira:


1- Esfoliação

A esfoliação é essencial para deixar o skincare do bumbum em dia, especialmente porque essa região do corpo passa boa parte do tempo abafada e em atrito com as roupas, favorecendo problemas como a foliculite (inflamação no folículo do pelo). A esfoliação renova as células, eliminando as que estão mortas e estimulando as novas. Há inúmeros produtos disponíveis no mercado e opções caseiras também podem ajudar.

 

2- Hidratação

A parte mais importante do skincare de qualquer região da pele é a hidratação. Além de usar cremes e técnicas na rotina pessoal, certas tecnologias podem intensificar a hidratação, como a do Beauty Steam. “É um equipamento criado pela HTM que funciona com base em vapor d'água e aromaterapia, contribuindo para uma pele mais viva e menos seca”, explica Renata.

 

3- Pump Up

Outro meio de deixar os glúteos mais bonitos é o pump up, procedimento rápido, indolor e não invasivo, que traz resultados desde as primeiras sessões. A técnica pode ser associada ao “bumbumcare” e usa ventosas para aplicar uma pressão com vácuo sobre os glúteos. “Esse tratamento estético é indicado para quem quer deixar o bumbum mais robusto, empinado e com melhor aparência no geral. Aqui na HTM, por exemplo, criamos o equipamento Beauty Dermo Maxx, que combina vacuoterapia, ventosaterapia, pressoterapia e fototerapia, e é ótimo para esse tipo de cuidado”, comenta a fisioterapeuta.


4- Exercícios

Um bumbum de pé e bonito também depende de exercícios físicos. Eles ajudam na força muscular e melhoram a circulação local, auxiliando na melhora da celulite. Além disso, podem ajudar na postura e na sustentação dos quadris. A combinação de treinos com eletroterapia pode otimizar esses resultados. O Stimulus Physio Maxx, aparelho da HTM Eletrônica, por exemplo, ajuda no fortalecimento muscular, aplicando 11 correntes excitomotoras sobre regiões específicas do corpo, promovendo aumento do tônus e da força na musculatura trabalhada.

 

5- Massagem modeladora

A massagem modeladora também é indicada para deixar os glúteos mais modelados. Feita com movimentos intensos sobre a pele, a técnica modela o tecido subcutâneo e auxilia na eliminação de toxinas. É indicada para aprimorar o contorno e suavizar a celulite. A automassagem também traz benefícios e há diversos tutoriais na internet que ensinam a fazê-la.


6- Ultrassom

O ultrassom é outro recurso que pode auxiliar na estética do bumbum, sendo indicado para o tratamento de celulite e gordura localizada. Sua aplicação melhora a circulação, diminui inflamações e nódulos. O Híbridi, da HTM Eletrônica, é um equipamento que traz esses resultados e ainda atua na diminuição de flacidez de pele e estrias. 



HTM Eletrônica
htmeletronica.com.br/


Cabelos descoloridos: como prevenir a quebra dos fios e recuperar os danos causados pela químic

Dermatologista e consultora da Philips, Dra. Judith Cavalcante, traz as principais dicas para evitar quebra, porosidade e pontas duplas dos cabelos  

Quando a meta é transformar o visual, o cabelo costuma ser o protagonista dessa mudança, seja com um novo corte ou uma nova tonalidade. Para alterar a cor das madeixas, o uso de produtos químicos é indispensável, principalmente, no caso daquelas que almejam clarear os cabelos - processo em que a descoloração é o principal recurso para remover o pigmento dos fios e chegar ao tom desejado. 

Mesmo com todos os cuidados, o uso da água oxigenada e pó descolorante costuma ser agressivo aos fios, e resultar em cabelos mais quebradiços, com frizz, pontas duplas e porosidade. De acordo com a dermatologista e consultora da Philips, Dra. Judith Cavalcante, ao utilizar descolorantes no cabelo, a camada externa do fio - que é formada por escamas que garantem proteção e hidratação natural - ficam abertas para que a substância química entre e modifique a cor, reduzindo a proteção do cabelo. 

“Como consequência, o fio perde mais água e aumenta a tendência ao ressecamento e frizz, além de deixar o cabelo mais elástico, levando-o à quebra. Vale lembrar que quanto mais claro ficam as madeixas em relação ao tom original, mais intenso são os danos. Diferentemente do que ocorre quando a mudança de cor é realizada apenas com a tintura, pois o produto fica depositado na superfície do fio, provocando menos danos. Entretanto, a mudança de tonalidade apenas com a tintura tem uma duração reduzida”, esclarece a Dra. Judith.   

A especialista orienta evitar clarear o cabelo mais de três tons abaixo da cor natural e não associar descolorantes e alisantes. “Quem optar por descolorir os cabelos deve compreender que esta decisão vem junto com a necessidade de cuidar mais intensamente dos fios. Para isso, é recomendado o uso de secadores com mecanismos protetores, como os que contam com controle de temperatura, aplicação de protetor térmico antes de utilizar o secador, prancha e modelador, hidratação e umectação semanal, entre outros. Cuidados esses que se aplicam a todos que querem ter cabelos saudáveis e bonitos, mas especialmente para quem acumula danos decorrentes de descolorações e alisamentos”, comenta a especialista. 

“No uso diário, é recomendado a utilização de shampoos suaves e condicionadores mais nutritivos, assim como o uso de leave-ins e óleos capilares que ajudam no controle do frizz e aparência das pontas duplas”, orienta a médica.

 

Prancha e secador

Ao utilizar prancha, modelador e secador de cabelo, aquelas que contam com fios descoloridos devem tomar alguns cuidados essenciais, pois o calor em excesso e constante agride as cutículas e retira de maneira profunda a água dos fios, o que pode resultar em danos mais intensos. Para manter a higiene e evitar dormir com as madeixas molhadas, a dermatologista e consultora da Philips lista algumas dicas para o uso de calor em cabelos descoloridos. Acompanhe: 

1.   Evite associar calor e outras químicas, em especial nas primeiras três semanas após a descoloração ou alisamento dos fios. Neste período, intensifique os cuidados de hidratação, com o uso de máscaras capilares e umectação;

2.   Sempre que sua rotina e o clima permitirem, deixe o cabelo secar naturalmente e solto. Após a lavagem pressione com uma toalha de microfibra, para absorver a maior parte da umidade;

3.   Se precisar usar secadores, prefira os com mecanismos protetores, como controle de temperatura (inclusive pode secar a frio) e a cerca de 15-20 cm dos fios;

4.   Após remover o excesso de água com toalha, aplique o protetor térmico em mechas. Depois, é só secar, movimentando os fios e o secador, evitando ter de tracionar o cabelo com escovas;

5.   Para o uso de chapinhas e modeladores, também existem no mercado artigos com controle de temperatura e superfícies mais gentis. Mesmo assim, é fundamental não usar diariamente, além de secar os cabelos com a toalha de microfibra antes, não puxar com força os fios e usar protetor térmico (que forma uma película entre o aquecimento da prancha e os fios).

“Com esses cuidados é possível alcançar um cabelo mais saudável e evitar a porosidade, quebra, frizz, pontas duplas, além de fios com aspecto opaco e sem brilho, o que dificulta modelar as madeixas, que tendem a permanecer armada ou eriçada”, finaliza a dermatologista. 

 

Dra. Judith Cavalcante - consultora de Philips e médica dermatologista credenciada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Associação Médica Brasileira (AMB).


Lifting facial, que virou febre nos últimos anos, gera aspecto natural e harmonioso

Procedimento cirúrgico é indicado a pacientes, normalmente com mais de 40 anos, que apresentam envelhecimento ou flacidez excessiva no rosto causado pela ação natural do tempo e fatores externos que aceleram o processo 

 

De acordo com a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, sigla em inglês), em 2021, o Brasil liderou o ranking dos países que mais realizaram cirurgias plásticas no mundo. Foram aproximadamente 1,5 milhão de procedimentos no total. A explicação para esses números pode estar relacionada à pandemia de Covid-19. Isto porque, o isolamento social fez com que as pessoas ficassem mais em casa, interagindo em redes sociais e se comunicando através de vídeos chamadas, o que fez crescer a preocupação delas em relação à própria imagem. Um dos tipos de cirurgia que mais cresceu nos últimos anos foi a estética facial.

Faz parte desse tipo de cirurgia o lifting facial, também chamado de ritidoplastia facial, que nada mais é do que o procedimento cirúrgico empregado para eliminar as rugas nas pálpebras, pescoço, mandíbula e área frontal do rosto (região T, que inclui nariz e testa).  Médico referência em cirurgia plástica no Brasil e especialista em lifting facial, Dr. Wandemberg Barbosa explica que o procedimento é feito por meio de cortes que permitem com que o profissional tracione a pele, remodelando os tecidos subjacentes abaixo dela, que são posicionados para adicionar volume em áreas depressivas, reposicionando a musculatura do rosto.

Segundo Dr. Wandemberg, a maior parte das cirurgias de lifting facial é feita atualmente com um pequeno corte na frente da orelha, mas existem também técnicas que empregam incisões na frente e atrás do couro cabeludo. Ambas as formas ocasionam cicatrizes muito discretas. O procedimento evoluiu muito nos últimos anos, conforme o médico cirurgião. “A técnica atualmente empregada gera um aspecto natural e harmonioso, bem diferente das técnicas utilizadas antigamente que deixavam muitas vezes a fisionomia artificial”, diz.

Apesar de ser realmente uma “febre” nos últimos tempos, o lifting facial é contraindicado para alguns pacientes, principalmente pessoas muito jovens, que almejem efeitos preventivos. “Nesses casos, o ideal são tratamentos dermatológicos como o lifting cosmético, peeling e tratamentos a laser”, declara Dr. Wandemberg. Segundo o médico referência em cirurgia plástica no Brasil, a intervenção também não é recomendada a pacientes com dismorfia corporal, transtorno psicológico que se caracteriza pela preocupação excessiva com algum defeito inexistente no corpo. “Isso preocupa porque o paciente deve ter expectativas reais sobre o resultado do procedimento”, explica.

O procedimento é recomendado a pacientes, normalmente com mais de 40 anos, que apresentam envelhecimento ou flacidez excessiva no rosto, causados pela ação natural do tempo e fatores externos que aceleram o processo, como fotoenvelhecimento provocado pela radiação solar, radicais livres e maus hábitos. “Pessoas com sulcos profundos, vincos nasogenianos (bigode chinês), rugas, excesso de flacidez e pele, perda de tônus muscular na face inferior com ausência do contorno da região mandibular são as mais indicadas”, destaca.

Para que o paciente esteja apto a fazer a cirurgia, ele precisa estar em boas condições de saúde, o que deve ser comprovado por meio de uma análise completa com exames pré-operatórios de rotina. Conforme Dr. Wandemberg, também é importante que o paciente pare de fumar até um mês antes da cirurgia e durante o pós-operatório, já que o cigarro compromete a cicatrização e ainda pode causar necrose do tecido.

Outros cuidados devem ser tomados após a cirurgia. Segundo o médico referência em cirurgia plástica, o paciente deve aproveitar os três primeiros dias após o procedimento para repousar, evitando fazer movimentos bruscos ou mesmo baixar a cabeça.  “Exercícios intensos devem ser evitados por quatro semanas e contato direto com o sol por cerca de três meses”, ressalta. 

Os resultados da cirurgia começam a ser percebidos a partir da segunda a terceira semana. “O que se espera do lifting facial é uma aparência mais jovem e suave sob os efeitos do tempo, com menos flacidez e redução de rugas”, comenta o médico cirurgião. 

 

Dr. Wandemberg - cirurgião formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e cirurgião oncológico formado pelo Hospital A.C Camargo – Fundação Antônio Prudente. Inclusive foi médico residente dessa instituição, terminando sua residência em 1981. Pela sua experiência e conhecimento, Dr. Wandemberg é reconhecido nacionalmente e internacionalmente, tendo levado inúmeros trabalhos em congressos. Além de ser membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e do Colégio Brasileiro de Cirurgiões, no Brasil, é “fellow” da The International College of Surgeons, “member ship”, na The European Society of Clinical Oncology, "associate member", na The American Society of Plastic Surgeons e médico visitante no Massachuset’s General Hospital Boston, nos Estados Unidos, e The Royal Marsden Hospital, no Reino Unido.


Confira cinco dicas para começar o ano com uma dieta saudável

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Especialista e CEO da rede Emagrecentro sugere alguns passos para iniciar o ano com a dieta em dia 

 

Com a chegada de um ano, novas metas são propostas, principalmente quando se trata de mudanças de hábitos. Muitos fazem projetos de uma vida mais saudável, que inclui alimentação balanceada, exercícios físicos, mais tempo livre e boas noites de sono, entre outras ações benéficas. Para quem deseja começar o ano com uma dieta saudável, o Dr. Edson Ramuth, especialista e fundador do Emagrecentro, rede de estética e emagrecimento saudável, deu cinco dicas para ajudar nesse desejo. Confira.

  1. Não fique muito tempo sem comer. O intervalo ideal entre as refeições é de cerca de três em três horas. Muitos optam por ficar longos períodos sem se alimentar, o que pode causar lentidão no metabolismo. “O organismo sente mais fome e demora para ficar saciado na próxima refeição. Com isso, é possível que você coma além do que faria normalmente. Esse processo também faz com que ocorra uma considerável redução de glicose no organismo e surja a famosa vontade de comer doces. Então, procure apostar em pequenas refeições em intervalos regulares para que seu cérebro “compreenda” que deve liberar gordura constantemente e, consequentemente, seu metabolismo acelere”, explica o Dr. Ramuth.
  2. Cozinhe! Assim você tem mais controle sobre os ingredientes adicionados e a forma de preparo. “É muito comum que restaurantes usem compostos como o glutamato monossódico e caldos artificiais e, ao preparar seus pratos em casa, você substituir itens industrializados por temperos mais saudáveis e naturais. Este é um princípio muito importante para a manutenção da saúde e irá auxiliar a começar o ano com uma dieta balanceada”, ressalta o especialista do Emagrecentro;
  3. Procure profissionais. A maneira mais correta de iniciar uma mudança na alimentação é procurando profissionais que te auxiliem nessa jornada. “Em qualquer unidade da rede Emagrecentro, os profissionais são devidamente capacitados e irão fazer todas as avaliações necessárias, solicitar exames e, assim, traçar um plano de ação para uma vida mais saudável com métodos eficazes”, completa o Dr. Ramuth. Além disso, o profissional irá dar orientações, já que alguns alimentos aparentam ser saudáveis como diz a embalagem, mas não são.
  4. Inclua seus amigos e família! Quanto mais pessoas fazem parte do processo, maior o incentivo para se manter focado no objetivo. Combine de fazer rodízios na cozinha: a cada semana, uma pessoa adulta fará o almoço ou o jantar. “Para facilitar, alguns alimentos ainda podem ser congelados para as próximas refeições da semana, o que facilita ainda mais a rotina para comer bem todos os dias”, sugere o fundador da rede.
  5. Movimente-se! Exercícios físicos são fundamentais e ajudam a começar o ano com uma dieta balanceada. “Exercitar-se promove a manutenção e a liberação de hormônios importantes do cérebro, como as endorfinas, responsáveis pelo bem-estar. Com isso, você passará a dar preferência para frutas em vez de doces com açúcar, por exemplo”, explica o Dr. Ramuth.


Emagrecentro

 

Janeiro Roxo: prevenção e tratamento da Hanseníase

Especialista do CEJAM chama a atenção para a importância da adesão ao tratamento
 

Segundo o Ministério da Saúde, a hanseníase, antigamente chamada de lepra ou mal de Lázaro, é uma doença infecciosa, transmissível e de caráter crônico. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a doença pode afetar qualquer pessoa e se caracteriza por alteração, diminuição ou perda da sensibilidade térmica, dolorosa, tátil e força muscular, principalmente em mãos, braços, pés, pernas e olhos. Ela pode apresentar evolução lenta e progressiva e, quando não tratada, pode causar deformidades e incapacidades físicas, muitas vezes irreversíveis. 

Conforme descrito no Boletim Epidemiológico de Hanseníase do último ano, em 2020, foram reportados à Organização Mundial da Saúde (OMS) 127.396 novos casos no mundo. Desses, 15,1% ocorreram nas Américas, sendo cerca de 18 mil notificados no Brasil, o que leva o país ao segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da Índia. 

A Dra. Lissia Palma, dermatologista do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Itu, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, destaca que a hanseníase é uma doença de pele e, principalmente, de nervos.

“A mancha na pele é um demonstrativo, mas os mais afetados são os nervos, que quando danificados ficam expostos a muitas complicações que comprometem a qualidade de vida, como, por exemplo, a dificuldade para andar e o movimento de pega das mãos”, explica. 

É importante que uma unidade de saúde seja acionada em casos de suspeita e de sintomas como manchas na pele, perda de sensibilidade ou movimento. A recomendação se estende para o caso de haver parentesco com algum paciente da doença, especialmente se morarem na mesma residência há mais de cinco anos. “Quando uma pessoa é infectada, toda a família necessita realizar o tratamento. É muito importante que todos se cuidem para evitar que outras pessoas sejam contaminadas”, reforça. 

A especialista esclarece também que o contágio acontece por meio do compartilhamento de ambientes e contato com indivíduos infectados por pelo menos cinco anos, ou seja, uma longa exposição. A transmissão ocorre por meio de gotículas de saliva eliminadas na fala, tosse e espirro. 

Por enquanto, a principal forma de prevenção é o diagnóstico precoce. Essa doença tem cura e o tratamento é disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

Dra. Lissia aponta que alguns pacientes relatam efeitos colaterais como vômito e náusea, o que poderia responder pela taxa de descontinuidade do tratamento. “O paciente acaba não tomando o medicamento e essa adesão é muito importante, pois não é uma escolha somente do paciente, é uma escolha de todos que estão a sua volta, principalmente familiares. São as pessoas que o paciente mais gosta para quem ele pode transmitir”, finaliza.
  
No mês de conscientização e combate à Hanseníase, o CEJAM adere a campanha Janeiro Roxo, oficializada pelo Ministério da Saúde em 2016, e promove ações e palestras informativas em unidades sob sua gestão.

No último domingo de janeiro é comemorado o Dia Mundial contra a Hanseníase e no dia 31 de janeiro é celebrado o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase.
 

 CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


Pesquisadores da USP criam sensor de baixo custo que detecta metais pesados no suor

 

Sensor flexível de cobre feito com materiais de fácil acesso e baixo custo: fita adesiva condutiva de cobre, folha de transparência e etiqueta de papelaria, esmalte, solução para fabricação de circuitos eletrônicos e acetona (foto: Anderson M. de Campos)


Metais pesados, como chumbo e cádmio, estão presentes em ambientes e itens utilizados no dia a dia, como baterias, produtos de beleza e até alimentos. Por serem tóxicos, seu efeito cumulativo no organismo pode causar uma série de problemas para a saúde. E para detectá-los em fluidos corporais são necessários instrumentos analíticos caros e ambiente controlado para testes. Como alternativa, pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram, com materiais simples, um sensor portátil capaz de verificar a presença desses elementos no suor, cuja amostra pode ser facilmente obtida.

O estudo apoiado pela FAPESP (projetos 16/01919-6 e 16/06612-6) envolveu grupos dos institutos de Física (IFSC) e de Química (IQSC) do campus de São Carlos, além de colaboradores da Universidade de Munique (Alemanha) e da Chalmers University of Technology (Suécia). Os resultados foram divulgados na revista Chemosensors.

“Determinar a exposição a metais pesados pode oferecer informações importantes sobre a saúde de uma pessoa: altos níveis de cádmio podem levar a problemas fatais no trato respiratório, fígado e rins; enquanto a intoxicação por chumbo pode retardar o crescimento e o desenvolvimento, além de causar irritabilidade, aumento de comportamento violento, dificuldades de aprendizagem, fadiga, perda de memória e apetite, infertilidade, pressão alta, perda auditiva em crianças e declínio no funcionamento mental em adultos”, afirma Paulo Augusto Raymundo Pereira, idealizador do trabalho e pesquisador do IFSC-USP.

Segundo o pesquisador, esses metais são eliminados do organismo principalmente pelo suor e pela urina. A análise desses fluidos corporais, portanto, pode auxiliar em estudos toxicológicos e terapêuticos.

“Dessa forma, o design e a fabricação de sensores flexíveis usando métodos de prototipagem fáceis, baratos e rápidos para produção em larga escala, como é o caso do nosso dispositivo, são fundamentais para o monitoramento e a detecção in loco do estado de saúde dos indivíduos, em análises descentralizadas.”

Ao contrário de outras técnicas padrão-ouro para detectar metais pesados em fluidos biológicos, todos os materiais e as etapas de produção do sensor da USP são simples.

“Feito sobre polietileno tereftalato [PET], o dispositivo utiliza uma fita adesiva condutora de cobre flexível e uma etiqueta de papelaria que contém o desenho dos sensores, além de esmalte de unhas ou spray como camada protetora. Para remover o cobre exposto, é realizada uma imersão em solução concentrada de cloreto férrico por 20 minutos, seguida de lavagem com água, o que promove a corrosão necessária. Tudo isso se traduz em maiores velocidade e escalabilidade, com baixos consumo de energia e custo”, detalha Robson R. da Silva, pesquisador da Chalmers University of Technology e coautor da pesquisa.

Depois de pronto, o dispositivo é conectado a um instrumento portátil chamado potenciostato, que executa a análise por meio de um potencial aplicado que produz uma corrente elétrica proporcional à concentração de cada metal. O resultado é obtido em um aplicativo, que pode ser instalado em equipamentos eletrônicos como notebooks, tablets ou smartphones.

Por sua simplicidade, pode ser manuseado tanto por analistas quanto por pessoas não especializadas ou treinadas, em ambientes de saúde como postos, hospitais e consultórios. Outra vantagem é que seu uso pode ser estendido para outras áreas, como a ambiental.

“Poços artesianos, por exemplo, são regulamentados e precisam passar por análise de metal. Nosso sensor poderia ser extremamente útil nesses casos”, afirma Anderson M. de Campos, pesquisador da Universidade de Munique e integrante da equipe.


Melhorias e possível patente

O desempenho do sensor na detecção de chumbo e cádmio foi avaliado em estudos feitos com amostras de suor artificial enriquecido sob condições experimentais ideais. Porém, ainda são necessárias adaptações para que o dispositivo possa ser patenteado.

“Até a finalização desta invenção, não encontramos nenhum relato sobre o uso de sensores flexíveis de cobre para detecção de metais tóxicos no suor, mas uma busca de anterioridade provavelmente deve encontrar algo semelhante, o que dificultaria nosso processo”, diz o pesquisador do IQSC-USP Marcelo L. Calegaro, coautor da pesquisa.

Para ultrapassar essa barreira, o cientista trabalha em melhorias e na expansão de aplicação. Uma das ideias é substituir a etapa de corrosão, que gera detritos e resíduos, pelo corte em uma máquina de papel. Outra é utilizar o mesmo desenho de sistema para detectar também pesticidas na água e em alimentos, por exemplo.

O artigo Design and Fabrication of Flexible Copper Sensor Decorated with Bismuth Micro/Nanodentrites to Detect Lead and Cadmium in Noninvasive Samples of Sweat pode ser lido em: www.mdpi.com/2227-9040/10/11/446.

 


Julia Moióli
Agência FAPESP
Pesquisadores da USP criam sensor de baixo custo que detecta metais pesados no suor | AGÊNCIA FAPESP


  

Médica dá dicas de como curtir o verão sem descuidar da saúde 

 

Karina Santos, da Sami, enumerou algumas práticas que podem facilitar a vida nessa temporada de altas temperaturas

 

O verão chegou, e as altas temperaturas já estão dando as caras por aí - motivando muita gente a ir à praia, à piscina, a praticar atividades físicas. Porém, apesar de ser a estação favorita de muitos, o verão traz consigo dias de calor muito intenso, nos quais muita exposição ao sol, por exemplo, pode acabar causando danos à saúde - caso não sejam tomados os devidos cuidados.

 

Segundo Karina Santos, médica de família da Sami, operadora que é a revolução dos planos de saúde, frutas, comidas mais leves e muitos sucos servem de ótimos aliados para encarar as altas temperaturas. A médica separou algumas dicas essenciais para manter a saúde em dia durante a estação queridinha dos brasileiros:

 

1- Mantenha uma alimentação saudável 

“As mudanças fisiológicas do verão precisam ser ajustadas a uma alimentação mais leve para compensar a perda de água e nutrientes e a pouca vontade de se alimentar. Sem contar que nosso corpo diminui a produção de energia, se comparado às temperaturas frias, com isso, nossa alimentação também precisa ser menos calórica. O efeito inibidor da fome causado pelo calor, acaba provocando um jejum prolongado que não é nada saudável para o organismo. Optar por uma alimentação saudável e leve é investir no seu bem-estar”, pontuou Santos.  

Para atingir esse objetivo, alguns passos podem ajudar: opte por frutas e verduras, evite molhos em saladas, evite bebidas alcoólicas, dê um tempo das sobremesas, coma em porções menores, consuma menos sal e açúcar, e invista em fibras. Além disso tudo, preste ainda mais atenção na preparação dos alimentos, já que as altas temperaturas facilitam a proliferação de fungos e bactérias. 

 

2- Beba bastante água 

Hidratação é extremamente importante em todas as estações do ano, mas as altas temperaturas do verão a tornam ainda mais necessária. “A água é uma das substâncias mais importantes para o funcionamento do nosso organismo. É ela a responsável por processos que nos possibilitam sobreviver, como a regulação de temperatura e a eliminação de substâncias”, diz a médica. 

Alguns sinais comuns de desidratação são muita sede, pele seca e boca seca. Em casos mais delicados, os batimentos cardíacos ficam acelerados e há pouca quantidade de urina e suor. As consequências dessa condição podem ser diversas, como insuficiência renal, convulsões e, em casos mais graves, edemas cerebrais. 

 

3- Use e abuse do protetor solar 

Nunca é demais repetir: o protetor é indispensável na hora de se expor ao sol. O produto é o melhor amigo de quem gosta de curtir uma praia, piscina ou praticar esporte ao ar livre - tudo isso evitando queimaduras e insolação. Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, a radiação UVA aumenta o risco de câncer de pele e de fotoenvelhecimento – favorecendo o surgimento de manchas na pele, rugas e perda de colágeno -, pois atinge a pele em níveis mais profundos. Já a radiação UVB é mais superficial, e pode provocar queimaduras e vermelhidão. 

“Para escolher o protetor solar ideal para você é preciso analisar algumas variáveis, como a tonalidade e o tipo da sua pele. O recomendado é usar produtos com FPS a partir de 30, e ir aumentando o fator à medida que o tom da pele fica mais claro. Para peles oleosas, por exemplo, o ideal é usar protetores livres de óleo.Também deve ser avaliado se o produto é à prova d’água ou não.  

Além da composição, outro ponto importante de levar em consideração é a consistência – se é em creme, gel, loção ou spray. Isso porque há situações que exigem um produto mais fluido ou um mais resistente. Pessoas com pele oleosa, por exemplo, precisam usar o em gel. Já aquelas que praticam bastante exercício físico ou suam muito, devem evitar o protetor solar em gel e priorizar as outras opções”, explica Karina Santos. 

 

4- Pratique exercícios físicos  

Se exercitar faz muito bem para a saúde, e o clima quente é mais favorável para a prática de atividades ao ar livre. Esportes relacionados a praia e verão estão em alta, como futevôlei, beach tennis, frescobol, stand up paddle, slackline, futebol de areia e muitos outros. “Atualmente, já sabemos que a atividade física não precisa estar diretamente ligada à perda de peso. Praticar atividades físicas traz diversos benefícios à saúde. Além disso, os exercícios físicos são capazes de controlar níveis de colesterol e prevenir o desenvolvimento de doenças crônicas”, finaliza.

 

Sami


É preciso ter atenção especial com a saúde vascular durante o verão

 Divulgação
Altas temperaturas e longas viagens podem provocar algumas situações desagradáveis; mas seguindo algumas recomendações é possível aproveitar a estação sem interrupções 

                                                                       

Para aproveitar a temporada de verão sem ter situações desagradáveis com a saúde vascular, algumas informações podem colaborar.

Com o aumento das temperaturas, ocorre uma vasodilatação nos vasos sanguíneos (aumentam de tamanho) para que o nosso corpo possa perder calor e não superaquecer. Apesar de este efeito ser benéfico, a vasodilatação provoca também veias mais visíveis e o desenvolvimento das varizes. Portanto, no verão, as doenças venosas tendem a piorar, e a estimativa é que aumentam de 20 a 30%. As mulheres são mais suscetíveis pelo fator hormonal e costumam sofrer mais com inchaços e dores nas pernas, num percentual maior que os homens. As pessoas com varizes também podem desenvolver manchas na perna, conhecidas como dermatite ocre, que se intensificam com a exposição ao sol.

As altas temperaturas, a desidratação e o consumo de alimentos considerados pouco saudáveis também pioram os sintomas vasculares, inclusive elevam o risco de trombose, formação de coágulos dentro das veias, sendo mais comum nos membros inferiores. Conforme a cirurgiã vascular e membro da Comissão de Varizes da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular -  Regional São Paulo (SBACV-SP), Dra. Camila Baumann Beteli, os principais sinais de alerta, que podem corresponder a uma trombose, são dor na perna acompanhada de inchaço que não melhora com medidas simples, como elevar o membro afetado, e mudança de coloração, com vermelhidão no local dolorido.

As viagens longas também são um fator de risco para o desenvolvimento de trombose venosa por causa da redução da mobilidade. Por isso, a Dra. Camila orienta que é preciso evitar longos períodos parados, sobretudo com as pernas para baixo.

Para prevenir problemas vasculares, que possam interromper os momentos de lazer, esperados o ano todo, é aconselhável seguir algumas recomendações:

  • Ter uma boa alimentação e evitar alimentos muito gordurosos;
  • Beber bastante água e sucos naturais;
  • Não exagerar nas bebidas alcoólicas;
  • Lembrar-se de sempre aplicar protetor solar nas áreas expostas ao sol, e evitar a exposição em horários próximos ao meio-dia;
  • Movimentar as pernas pelo menos a cada duas horas em viagens longas;
  • Usar meias elásticas sempre depois de uma avalição e prescrita com a orientação médica;
  • Ficar atento a qualquer manifestação de doença vascular, como dor e inchaço nas pernas, vermelhidão ou mesmo o aparecimento de vasinhos e varizes;
  • Consumir alimentos que podem ajudar na circulação como: laranja e outras frutas ricas em vitamina C, gengibre, alho, cúrcuma, salmão, atum, sardinha, melão, melancia, uva, tomate, abacate, nozes e amêndoas.

A especialista reforça que os cuidados precisam ser intensificados para quem já possui alguma alteração vascular, sendo importante passar por uma avaliação antes do início das férias. Mesmo para a população mais jovem, também é preciso ter atenção aos sintomas, sobretudo para quem possui histórico familiar de doenças vasculares. O Check-up é fundamental, pois ajuda a prevenir doenças graves e fatais, que às vezes são assintomáticas no início, como hipertensão, diabetes, aterosclerose (placas de gordura na circulação), infarto, AVC e aneurismas. Estas doenças são identificadas em exames simples e pouco invasivos, como o próprio exame físico, exames de sangue e exames de doppler (ultrassom da circulação).

“Nesta época também é muito comum a procura para o tratamento de vasinhos ou varizes, pois as mulheres começam se preocupar com a aparência das pernas, mas o ideal é que o cuidado seja planejado com antecedência, pois a secagem dos vasinhos e o tratamento das varizes, em algumas situações, podem exigir repouso e limitar a exposição ao sol, pelo risco do aparecimento de manchas escuras nas pernas. Hoje em dia, o cirurgião vascular tem uma série de opções minimamente invasivas, como o laser, aplicação de espuma e microcirurgias, que modernizaram muito a técnica, e podem ser uma possibilidade para as pacientes de última hora”, destaca o presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular -  Regional São Paulo, Dr. Fabio H. Rossi.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

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Janeiro verde - câncer de colo de útero pode causar estreitamento vaginal

Para o ano de 2023 são estimados 17.010 casos novos, o que representa uma um risco considerado de 13,25 casos a cada 100 mil mulheres, segundo o INCA.

Diagnóstico precoce é fundamental para tratamento e ações de prevenção.

 

O tratamento feito com a chamada radioterapia convencional utiliza um feixe de radiação externo, enquanto a braquiterapia consiste na aplicação interna do material radioativo. Segundo informações do Instituto Oncoguia, o segundo processo é indicado como complementar ao primeiro. 

A fisioterapeuta pélvica, Débora Pádua, da capital paulista, comenta que em alguns casos, as pacientes que fazem o tratamento com braquiterapia podem perceber efeitos colaterais a longo prazo, como a estenose vaginal, que é o estreitamento do canal da vagina. Isso ocorre devido à formação de tecido cicatricial por conta da diminuição da irrigação sanguínea na região. Segundo dado do Instituto Oncofisio, cerca de 45% das mulheres que passam pelo procedimento apresentam o problema, responsável por ocasionar dores e dificuldades durante a relação sexual e os exames ginecológicos. 

Tratar a estenose vaginal é uma forma de melhorar a saúde, a autoestima e a qualidade de vida da mulher. Isso pode ser feito através da fisioterapia pélvica, que inclui diferentes técnicas que podem ser adaptadas ao perfil de cada paciente. Dentre elas estão a eletroestimulação, a eletroanalgesia, a massagem perineal, a realização de exercícios para a região e de movimentos do assoalho pélvico, as massagens perineais e o uso de dilatadores do canal vaginal. A estenose vaginal tem tratamento e quanto mais cedo forem realizadas as sessões de fisioterapia pélvica, melhores serão os resultados e maior será a qualidade de vida da paciente.

 

Débora Padua - educadora e fisioterapeuta sexual. Graduada pela Universidade de Franca (SP) 



Sintomas da menopausa: especialista da Mayo Clinic fala sobre terapias hormonais e não hormonais

A doença pode produzir sintomas como ondas de calor, transpiração noturna, insônia e mudanças de humor. 

 

A menopausa (o fim dos ciclos menstruais) pode produzir sintomas como ondas de calor, transpiração noturna, insônia e mudanças de humor. As mulheres não precisam sofrer em silêncio. Muitas opções de tratamento estão disponíveis. A Dra. Jewel Kling, diretora da divisão de Saúde da Mulher na Mayo Clinic em Scottsdale, Arizona, fala sobre terapias hormonais e não hormonais.

“Às vezes, ouvimos a pergunta: ‘Preciso tratar as ondas de calor ou a transpiração noturna?’ e a resposta para muitas mulheres pode ser: ‘Sim’”, afirma a Dra. Kling. “As ondas de calor e a transpiração noturna afetam a qualidade de vida e a produtividade das mulheres no trabalho e em casa.”

A terapia de reposição hormonal é um medicamento com estrogênio. Para as mulheres com útero, a terapia hormonal tipicamente inclui o estrogênio mais um medicamento com progesterona para evitar o câncer de endométrio. Para mulheres com menos de 60 anos ou no período de 10 anos após a última menstruação, o benefício da terapia hormonal supera o risco em mulheres saudáveis com sintomas pós-menopausa, de acordo com as diretrizes recentes da North American Menopause Society.  

“Muitos fatores afetam a decisão de uma mulher de usar hormônios e, se ela os usa, qual regime específico é melhor para aliviar seus sintomas” afirma a Dra. Kling. “Os fatores comuns a serem considerados incluem idade, saúde subjacente, gravidade dos sintomas, preferências, opções disponíveis para tratamento e, é claro, os custos envolvidos. Uma consideração importante é se os benefícios potenciais superam os riscos potenciais.”


Entre os benefícios:

  • Muitos estudos demonstram que a terapia hormonal sistêmica (como pílula, adesivo, gel ou spray) ajuda com as ondas de calor, transpiração noturna e sintomas na vulva vaginal, afirma a Dra. Kling.

Também há uma forte evidência de que o tratamento a longo prazo com a terapia estrogênica ou terapia estrogênica mais progesterona reduz o risco de fraturas depois da menopausa.

“Juntamente com esses benefícios, ocorre, com frequência, a melhora dos sintomas relacionados à menopausa, inclusive os sintomas mais incômodos, como os distúrbios do sono, problemas de humor e diminuição da satisfação sexual,” afirma a Dra. Kling. “Tratar esses sintomas pode levar a uma melhor qualidade de vida.”


Entre os riscos:

  • Com a terapia estrogênica sistêmica oral ou com a terapia estrogênica mais progesterona, os riscos incluem a formação de coágulos sanguíneos nas pernas e pulmões e AVC.

“O AVC depende da idade na qual a mulher começa a terapia hormonal. Especificamente, os riscos são baixos para mulheres com menos de 60 anos ou no período de 10 anos após a última menstruação,” afirma a Dra. Kling. “Não parece haver os mesmos riscos associados com os produtos transdérmicos estrogênicos, como adesivos, particularmente quando usamos dosagens mais baixas.”

  • O uso somente de estrogênio por mulheres que têm útero representa um risco de desenvolvimento de câncer uterino. Esse risco pode ser atenuado com a inclusão de progesterona ou um modulador seletivo do receptor de estrogênio, também conhecido como combinação SERM (modulador seletivo de receptor de estrogênio).
  • Os riscos de câncer de mama também devem ser considerados e aparentam ser ligeiramente superiores, particularmente em mulheres com útero que usam estrogênio mais progesterona.

“Entretanto, de um modo geral, os riscos de eventos sérios com a terapia hormonal são raros,” afirma a Dra. Kling. “Para as mulheres apenas com sintomas vaginais, uma dosagem baixa de estrogênio pode ser usada. Uma baixa dosagem de estrogênio vaginal não apresenta os mesmos riscos que a terapia sistêmica porque o corpo absorve muito pouco.”

A terapia hormonal geralmente não é uma opção para as mulheres com câncer de mama, outros cânceres mediados por hormônios ou problemas de coágulo sanguíneo, e outras mulheres podem simplesmente desejar evitar a terapia hormonal, afirma a Dra. Kling. Há muitas terapias não hormonais, variando desde técnicas para a mente e o corpo até medicação que pode trazer alívio com pouco ou nenhum efeito colateral:

  • Há algumas evidências que indicam que a perda de peso pode reduzir as ondas de calor e a transpiração noturna.
  • Entre as medicações, a paroxetina em baixa dosagem vem demonstrando ser útil para algumas mulheres com os sintomas de ondas de calor. Em baixas dosagens, ela não aparenta causar ganho de peso ou ter efeitos sexuais adversos.
  • Em alguns casos, antidepressivos podem ser adequados, e o profissional da saúde juntamente com a paciente analisarão os benefícios e riscos, afirma a Dra. Kling.

“Há muitas maneiras de ajudar as mulheres a lidar com o desconforto e a perda da qualidade de vida associados com a menopausa,” afirma a Dra. Kling. “As mulheres não precisam passar por tudo isso e ter a sensação de que é o fim do mundo. Elas podem receber ajuda.”

 

Mayo Clinic 


Infecção por Covid-19 pode desencadear doenças autoimunes, induzir surtos ou recaídas da imunidade

O número de casos conhecidos de Covid-19, no Brasil, está em aproximadamente 24.203 casos por dia e uma média de 145 óbitos diários, só nesta primeira semana de janeiro de 2023. No total, já foram registradas 694.032 mortes e 34.377.696, de casos desde o início da pandemia. De acordo com o Consórcio de veículos de imprensa, estes números indicam uma tendência de estabilidade, mas isso não significa que a doença tenha sido superada. 

Muito pelo contrário, pessoas que foram infectadas em algum momento ainda correm riscos devido a relação entre defeitos congênitos da imunidade e a infecção, autoinflamação e autoimunidade, que continuam representando um desafio clínico frequente para pacientes e médicos. A infecção por SARS-CoV-2 é um exemplo dramático dessa complexa conexão. 

De acordo com o Dr. Javier Carbajal, imunologista, pacientes com problemas de imunidade (Imunodeficiências Primárias) têm um risco maior de desenvolver uma doença autoimune e doenças inflamatórias, muitas vezes, associadas às infecções. Principalmente, devido à desregulação basal do seu sistema imunológico. 

As diferentes manifestações inflamatórias e autoimunes podem complicar a infecção por SARS-CoV-2 (Covid). Seja durante o processo da doença, semanas ou até meses após a sua ocorrência. Como também em casos que se julgaram assintomáticos, ao menos inicialmente no processo da infecção. A infecção pode desencadear doenças autoimunes, como também podem induzir surtos ou recaídas destas doenças por meio de diferentes mecanismos imunológicos. 

Sabe-se que evidências acumulativas implicam em que o SARS-CoV-2 tem a capacidade de atuar como um efeito de gatilho, possivelmente pré-existentes, de defeitos congênitos da imunidade, induzindo a hiperestimulação do sistema imune e, levando à hiperinflamação e ou síntese de múltiplos autoanticorpos. Em decorrência disso, desencadeando a doença autoimune ou auto inflamatória. 

“Várias doenças já foram descritas durante ou após a infecção pelo SARS-Cov-2. Entre elas estão as Síndromes de Guillain-Barré, Miller Fisher e de Taquicardia Pós-ortostática. Também foram descritas Polineurite Cranial, Anemia Hemolítica Autoimune, Púrpura Trombocitopênica Imune, Doença de Graves, Lúpus Eritematoso Sistêmico, Síndrome Antifosfolípide, Artrite Viral, Artrite Reumatoide, Psoríase e Polimiosite, além da detecção de diferentes autoanticorpos como, por exemplo, anticorpos antinucleares, anticorpos antifosfolipídeos etc, e muito outras deverão surgir. Por isso, é tão importante estar com a carteira de vacinação em dia”, finaliza o Dr. Carbajal.

 

O óleo de krill protege os neurônios dopaminérgicos da degeneração relacionada à idade

 Um novo trabalho de pesquisa intitulado "O óleo de krill protege os neurônios dopaminérgicos da degeneração relacionada à idade por meio da religação do transcriptoma temporal e da supressão de várias características do envelhecimento" foi publicado na revista Aging .

 

Há evidências acumuladas de que interferir nos mecanismos básicos do envelhecimento pode aumentar a longevidade saudável. Embora as qualidades de promoção da saúde dos óleos marinhos tenham sido extensivamente estudadas, os mecanismos moleculares subjacentes não são totalmente compreendidos. 

Os extratos lipídicos do krill antártico são ricos em ácidos graxos ômega-3 de cadeia longa, colina e astaxantina. Neste novo estudo, os pesquisadores Tanima SenGupta, Yohan Lefol, Lisa Lirussi, Veronica Suaste, Torben Luders, Swapnil Gupta, Yahyah Aman, Kulbhushan Sharma, Evandro Fei Fang e Hilde Nilsen da Universidade de Oslo, Oslo University Hospital e Akershus University Hospital usou C. elegans e células humanas para investigar se o óleo de krill promove o envelhecimento saudável. 

"Em um modelo C. elegans da doença de Parkinson, mostramos que o óleo de krill protege os neurônios dopaminérgicos da degeneração relacionada ao envelhecimento, diminui a agregação de alfa-sinucleína e melhora o comportamento e a cognição dependentes da dopamina", afirmam os pesquisadores. 

O óleo de krill reconfigura programas distintos de expressão gênica que contribuem para atenuar várias características do envelhecimento, incluindo estresse oxidativo, estresse proteotóxico, senescência, instabilidade genômica e disfunção mitocondrial. Mecanicamente, o óleo de krill aumenta a resiliência neuronal por meio da religação do transcriptoma temporal para promover o estresse antioxidante e anti-inflamatório por meio de fatores de transcrição reguladores do período de saúde, como SNK-1. Além disso, o óleo de krill promove a sobrevivência dos neurônios dopaminérgicos por meio da regulação da transmissão sináptica e das funções neuronais via PBO-2 e RIM-1. 

“Coletivamente, o óleo de krill reconfigura os programas globais de expressão gênica e promove o envelhecimento saudável através da anulação de múltiplas marcas de envelhecimento, sugerindo direções para futuras explorações pré-clínicas e clínicas”, concluem os pesquisadores.   



Rubens de Fraga Júnior - professor de Gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR) e é médico especialista em Geriatria e Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG).


Fonte: Tanima SenGupta et al, Krill oil protects dopaminergic neurons from age-related degeneration through temporal transcriptome rewiring and suppression of several hallmarks of aging, Aging (2022). DOI: 10.18632/aging.204375

 

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