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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Quando o edema de glote pode se tornar anafilaxia?


Glote é um espaço localizado na faringe (garganta) que fica entre as duas pregas vocais. É importante porque dependendo da abertura e fechamento das pregas vocais, o ar passa e serão produzidos os sons, a fala. Quando acontece o edema de glote, que é o inchaço que ocorre nessa região, a passagem de ar pode ser obstruída, impedindo a pessoa de respirar.

 

“O edema de glote pode acontecer por causa de uma reação intensa na região do pescoço ou por reação sistêmica, as chamadas anafilaxias, que são reações que podem acometer vários órgãos, inclusive pele e mucosa, ocasionando o inchaço da região. As anafilaxias, geralmente, ocorrem por alguns alimentos, medicamentos e ferroadas de insetos como abelhas, vespas e formigas”, explica a Dra. Alexandra Sayuri Watanabe, Coordenadora do Departamento Científico de Anafilaxia da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). 


Sintomas que caracterizam a anafilaxia:

 

Manifestações na pele e mucosas (80% a 90% dos casos): Vermelhidão localizada ou no corpo todo, coceira, manchas na pele, placas no corpo e/ou inchaço nos olhos e lábios. Geralmente, são as mais frequentes e aparecem primeiro.

 

Manifestações respiratórias (70% dos episódios): coceira e entupimento nasal, espirros, coceira ou aperto na garganta, dificuldade para falar, rouquidão, estridor, tosse, chiado no peito ou falta de ar.

 

Manifestações gastrointestinais (30% a 40%): náuseas, vômitos, cólicas e diarreia.

 

Manifestações cardiovasculares (10% a 45%): pressão baixa, com ou sem desmaio, aceleração ou descompasso dos batimentos cardíacos.

 

Manifestações neurológicas (10% a 15% dos casos): dor de cabeça, crises convulsivas e alterações do estado mental.

 

Outras manifestações clínicas: sensação de morte iminente, contrações uterinas, perda de controle de esfíncteres, perda da visão e zumbido.

 

Tratamento – Considerada emergência médica, o tratamento da anafilaxia deve ser feito rapidamente, sendo a ADRENALINA o primeiro medicamento a ser administrado por via intramuscular, na região anterolateral da coxa. A adrenalina trata todos os sintomas associados à anafilaxia e pode prevenir o agravamento dos sintomas.

 

Porém, a adrenalina autoinjetável não é produzida no Brasil e apenas pode ser adquirida pelo paciente por meio de importação.

 

Outros medicamentos também podem ser associados ao tratamento, como antialérgicos, corticoides e broncodilatadores, mas não devem ser administrados antes ou no lugar da adrenalina e nunca devem atrasar a administração rápida de adrenalina assim que a anafilaxia for reconhecida.

 

Após a recuperação da anafilaxia é recomendado o acompanhamento com um especialista em Alergia e Imunologia para realizar corretamente o diagnóstico, tentar identificar os agentes desencadeantes daquela reação, diminuindo o risco de reação anafilática futura. Assim, é possível adotar ações para reduzir a gravidade da reação em uma nova anafilaxia, incluindo a prescrição e educação sobre o uso de adrenalina autoinjetável. 



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Atrofia vaginal: problema que pode atingir diversas mulheres tem tratamento

Queimação, coceira, secura, dores nas relações sexuais e aumento de infecções vaginais e urinárias são os principais sintomas

 

Muitos temas que envolvem a saúde íntima feminina ainda são um tabu, principalmente quando o assunto é atrofia vaginal. Também conhecido como vaginite atrófica, atrofia urogenital ou até mesmo como síndrome urogenital da menopausa, essa condição afeta a qualidade de vida e a autoestima de mulheres que estão na menopausa, no pós-parto ou que passaram por tratamentos como rádio e quimioterapia.

A atrofia vaginal acontece com a queda abrupta do nível de estrógeno, que faz com que o tecido vaginal fique mais fino, seco e menos elástico.

“Apesar de ser mais comum nas mulheres que estão na menopausa, a atrofia vaginal é um problema que afeta mulheres de todas as idades. Infelizmente, são poucas as que buscam ajuda médica nesses casos, a maioria acredita que os sintomas fazem parte do momento que estão vivendo” explica Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).

Além da incontinência urinária e do desconforto na hora de urinar, a maioria dos sintomas acontecem devido à falta de lubrificação vaginal e ao corrimento.

“É comum que o desejo sexual também diminua devido ao incômodo na hora da penetração, que torna o ato sexual desagradável”, conta o ginecologista.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da atrofia vaginal é feito a partir da avaliação clínica, ou seja, da conversa com o ginecologista.

“Independente da fase da vida que a paciente esteja passando, é muito importante que ela compartilhe esses detalhes com o médico, mesmo que ache que estes incômodos sejam normais. Muitas vezes, existem tratamentos simples e não-invasivos que podem ajudá-la. Não devemos nos acostumar com a dor e com o incômodo”, alerta Tcherniakovsky.

Quando falamos de tratamento, existem algumas opções que podem ajudar com a atrofia vaginal, como reposição hormonal, hidratantes vaginais, mas a melhor opção atualmente é o uso do laser vaginal.

“Nem toda mulher é elegível para o tratamento com reposição hormonal, como as que têm histórico de trombose, mulheres que não desejam fazer uso de hormônios, entre outras. Hoje em dia, o que há de mais moderno no tratamento para a atrofia vaginal é o laser, que estimula a renovação da mucosa vaginal de maneira não-invasiva", comenta.

Segundo o médico, o laser melhora todo o ambiente vaginal, onde um tubo é inserido no canal vaginal e disparamos o laser que por consequência quebra o colágeno da parede vaginal, melhorando a elasticidade desta região. Esse procedimento estimula as glândulas vaginais, aumentando a lubrificação natural e diminuindo a secura. Vale destacar que são necessárias de três a quatro sessões para se ter algum tipo de benefício e, dependendo da resposta de cada mulher, uma duração de 1,5 a 2 anos, mas podendo chegar a um período maior dependendo é claro de cada paciente.

"Cada vez mais recebo em meu consultório mulheres que se informaram e estão querendo ter o benefício do laser ginecológico para a melhora de toda sua função vaginal. Em comparação aos hidratantes vaginais ou os hormônios, que a mulher irá usar praticamente de duas a três vezes por semana ou no caso dos hormônios, diariamente e durante toda a sua vida, o laser em poucas sessões já é possível notar os resultados." finaliza Tcherniakovsky. 

 


Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife. Instagram: @dr.marcostcher

 

Alergia? Veja as principais causas e como se prevenir

UPA 24h da Zona Leste de Santos realizou, até novembro, mais de 1.400 atendimentos de pacientes com alergias



Espirros, coceira, inchaço e irritação na pele estão entre as reações do corpo que indicam que você pode estar com uma das doenças mais frequentes do mundo: a alergia.

As causas são variadas e envolvem o contato do organismo com ácaros, pólen de flores, pelo de animais, contato com insetos, ingestão de alimentos ou medicamentos.

Neste mês, em que se comemora o Dia Internacional dos Portadores de Alergia Crônica (3/12) e o Dia do Médico Alergista (14/12), a médica Gisele Abud, diretora técnica da UPA Zona Leste, faz um alerta para a doença, que atinge cerca de 35% da população mundial.

“O primeiro passo é iniciar a investigação para descobrir a causa da alergia. Muitas pessoas têm crises alérgicas de rinite, sinusite, conjuntivite, urticária, dermatite constantemente e desconhecem a origem dessas reações. Por isso, procure um médico para um diagnóstico preciso”, recomenda.

É essencial observar as condições do ambiente em que você está inserido, seja em casa, no trabalho, se há contato com animais, e se você tem histórico de familiares com algum tipo de alergia diagnosticada.

“Após descobrir o que desencadeia as reações, se for alergia respiratória, por exemplo, fique atento à previsão do tempo, se for do ambiente, mantenha o local sempre higienizado. Quem tem alergia a alimentos é importante ler os rótulos dos produtos, e se for a restaurantes, pergunte quais ingredientes são utilizados no preparo da refeição”, recomenda Gisele Abud.


Tratamento

Ao identificar sintomas de alergia, a orientação é que o munícipe procure a policlínica de referência do local de moradia para ser avaliado. Havendo necessidade, pode ser encaminhado para um especialista (alergologista, dermatologista ou pneumologista).

Na UPA, unidade de urgência e emergência, o atendimento é realizado com o objetivo de reduzir os sintomas da alergia e promover mais conforto ao paciente, em especial àqueles que apresentam quadro clínico mais delicado, havendo a possibilidade de realização de exames laboratoriais, a critério médico. Este atendimento, porém, não substitui a necessidade de investigação e acompanhamento periódico da alergia, que deve ser realizado em ambulatórios (policlínicas e/ou Ambesps).

Nos primeiros onze meses deste ano, a UPA Zona Leste atendeu 1.429 pacientes com diagnóstico para alergias, sendo as mais comuns a dermatite de contato e a reação a alimentos. A UPA Zona Leste é gerenciada de forma compartilhada entre a Prefeitura de Santos e a entidade filantrópica Pró-Saúde.

“Em nossa unidade as dermatites são mais comuns em crianças, no entanto, adultos também nos procuram apresentando sintomas, sendo a prevalência mulheres com idade entre 20 e 40 anos”, explica a médica.

Candidíase: a doença do verão

 Muito comum nessa época do ano, a candidíase atinge cerca de 75% das mulheres.

 

O verão é uma estação sempre muito esperada, mas é verdade que o excesso de piscina e praia traz algumas complicações - a mais comum delas é a candidíase.  

A candidíase vulvovaginal é uma patologia muito frequente, causada pelos fungos do gênero Cândida, e que atinge 75% das mulheres em alguma fase da vida. Cerca de 5% delas terão candidíase vulvovaginal recorrente, o que significa que vão experienciar quatro ou mais episódios a cada 12 meses.  

"Na prática, a infecção vaginal por Cândida albicans é associada a situações de debilidade do organismo, alto teor de glicogênio (derivado dos açúcares) e acidez vaginal", explica a Dra. Brianna Nicoletti, alergista e imunologista pela USP.  

Por isso, doenças imunossupressoras, diabetes e o uso crônico de corticóides são fatores de risco para a candidíase. O mesmo vale para o uso de alguns antibióticos, que, segundo estudos, costumam suprimir a flora vaginal, favorecendo a colonização e infecção pelos fungos.  

Quando o assunto são os hormônios, a possibilidade de desenvolvimento da doença também aumenta. Segundo a médica, o excesso de progesterona no organismo aumenta a disponibilidade de glicogênio no ambiente vaginal, e serve como uma excelente fonte de alimento para o crescimento e germinação das leveduras.  

Já o excesso de estrogênio - muito comum em quem toma pílula anticoncepcional combinada, faz terapia de reposição hormonal ou durante a gravidez - também pode aumentar as chances de infecção.  

"Pequenos traumas como o ato sexual, o hábito de usar roupas muito justas ou de fibras sintéticas, ou ainda de permanecer muito tempo com roupas de banho molhadas ou úmidas podem favorecer o ambiente para proliferação do fungo", continua a profissional. "Além disso, sabemos que podem estar relacionadas a dieta alimentar rica em açúcares e carboidratos e também a vivências de situações de estresse, que aumentam o nível sérico de cortisol." 

Por ser uma condição tão comum, as mulheres ficam facilmente preocupadas e com medo da doença, mas, calma, a simples presença do fungo não representa nenhum risco e não requer nenhum tratamento quando a mulher não tem sintomas. Anote aí, os mais comuns são:  

  • Irritação
  • Coceira
  • Corrimento branco-amarelado 

"A candidíase acontece quando a população de fungos aumenta excessivamente e entra em desequilíbrio com o restante da flora vaginal. Isso pode ocorrer em situações que levem à diminuição da imunidade, uso de antibióticos, diabetes, entre outras", explica o Dr. Igor Padovesi, ginecologista e obstetra pela USP e médico do Hospital Albert Einstein. 

Mesmo que a doença se desenvolva, não é preciso pânico: afinal, hoje em dia existem muitas opções de tratamento - de comprimidos a cremes de uso tópico. Nos casos de candidíase recorrente, a conduta é um pouco diferente: esses quadros precisam de acompanhamento médico especializado.  

Para esses quadros, a conduta pode ser combinada, com uso de medicamentos mais ajustes no estilo de vida, para controlar a condição e melhorar os sintomas. Na dúvida, consulte um ginecologista!

 

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Anticoncepcional: entenda a diferença entre os métodos e escolha a melhor opção para você

Não existe um melhor método ou o mais eficiente, existem métodos que melhor se adequam de acordo com as necessidades e condições clínicas de cada mulher 



A escolha do método anticoncepcional é tão importante que deve ser feita com muita atenção, avaliando prós e contras. Não basta seguir a indicação da melhor amiga ou seguir no mesmo método que vem funcionando há décadas... atualmente, há diferentes opções no mercado, cada qual com as suas indicações. Mais do que isso, muitos deles agregam benefícios que vão muito além de evitar uma gravidez, que vale a pena que sejam considerados no momento da escolha.

Um alerta importante do Dr. Alexandre Rossi, médico ginecologista e obstetra, responsável pelo ambulatório de Ginecologia Geral do Hospital e Maternidade Leonor Mendes de Barros e médico colaborador de Ginecologia da Faculdade de Medicina da USP, são as contraindicações.

“Muitos métodos não são indicados para todos os casos. Outros, não serão seguros ou não oferecerão proteção contra uma gravidez indesejada se não utilizados corretamente”.

Por este motivo, é sempre muito importante que esta escolha seja realizada com a orientação e acompanhamento de um médico ginecologista. Ele avaliará diversos aspectos da saúde da mulher, hábitos de vida e outras variáveis que fazem muita diferença na escolha do método, como a idade, a existência de doenças crônicas e até mesmo o histórico familiar para algumas condições de saúde importantes.

Atenção: lactantes não podem fazer uso de qualquer anticoncepcional. Há métodos específicos para estes casos, que não oferecem riscos ao bebê e nem prejudicam a amamentação.



DEFINITIVOS OU REVERSÍVEIS

Os métodos anticoncepcionais podem ser classificados de várias maneiras, mas todos eles podem ser divididos em dois grupos principais: os definitivos e os reversíveis, explica o Dr. Alexandre.

“Como o próprio nome diz, os definitivos devem ser a opção das mulheres ou casais que não desejam mais ter filhos, pois são métodos cirúrgicos, realizados em pelo menos um dos parceiros”.

Entre os métodos reversíveis, estão os de barreira, como a camisinha, os dispositivos intrauterinos (DIU), os hormonais e os de emergência.

Confira, a seguir, um pouco mais sobre cada um deles, indicações e outras informações importantes.



ANTICONCEPCIONAIS HORMONAIS ORAIS – A PÍLULA

Os anticoncepcionais hormonais orais, também chamados de pílulas anticoncepcionais, podem ser utilizados isoladamente ou em associação com outros métodos, como a camisinha, com a finalidade principal de impedir a concepção.

São compostos por hormônios sintéticos, semelhantes aos produzidos pelos ovários da mulher, inibindo a ovulação e provocando alterações no endométrio e no muco cervical.

Podem ser divididos entre combinados ou minipílulas. Os combinados são compostos de estrogênio e progestogênio, enquanto as minipílulas são constituídas apenas por progestogênio.

No caso dos combinados, afirma o médico ginecologista, há variação com relação às doses e proporção entre os componentes.

“São métodos muito eficazes, se usados corretamente. No entanto, precisam ser muito bem indicados e tomados da maneira correta. Em caso de uso incorreto, esquecimento ou dúvidas, o ideal é que seja combinado com a camisinha e um médico seja consultado para orientações”.

A orientação médica deve incluir respostas para as seguintes questões:

- o que fazer caso esqueça de tomar um dia?

- e se eu não menstruar no intervalo entre as cartelas?

- é preciso tomar o medicamento sempre no mesmo horário?

- em caso de vômito ou diarreia, a eficácia fica comprometida?

- é possível que outros medicamentos reduzam a eficácia do anticoncepcional, ou vice-versa?



INJETÁVEIS

Segundo o Dr. Alexandre Rossi, o anticoncepcional hormonal injetável inibe a ovulação e aumenta a viscosidade do muco cervical, dificultando a passagem dos espermatozóides.

“As aplicações são realizadas a cada três meses e o retorno à fertilidade, dependendo dos hormônios presentes na composição do anticoncepcional, podem levar até quatro meses após o término do efeito da última injeção”.

Em geral, as mulheres que utilizam este método relatam a ausência de menstruação durante a vigência do efeito ou, em alguns casos, observam apenas pequenos sangramentos irregulares. Podem, no entanto, ocorrer efeitos colaterais, como aumento de peso, dores de cabeça e alterações de humor.



DIU

O DIU - dispositivo intrauterino é um artefato de polietileno, inserido na cavidade uterina com a função contraceptiva. Seja ele de cobre ou hormonal, o DIU impede a fecundação dificultando a chegada do espermatozóide no trato reprodutivo feminino, reduzindo a chance de fertilização do óvulo.

O método é bastante seguro, avalia o especialista, que revela os diversos benefícios agregados, além da contracepção: “é extremamente prático, podendo ter durabilidade de até 10 anos, dependendo do tipo. Após a remoção, as concentrações de cobre e de levonorgestrel, no caso do DIU hormonal, no trato genital superior caem rapidamente e a recuperação da fertilidade é imediata”.

A colocação do DIU pode ser feita em consultório ou em ambiente hospitalar, conforme a necessidade da paciente. Para início do uso, em geral, é aconselhável que a colocação seja realizada durante o período menstrual, descartando a gravidez e facilitando a inserção pela dilatação do canal cervical, especialmente quando a colocação é feita em consultório, sem analgesia.

O DIU também pode ser colocado logo após o parto, aborto ou imediatamente após a troca de método anticoncepcional.



DIU hormonal ou DIU de cobre?

A indicação do tipo de DIU deve levar em consideração diversos fatores, como idade, histórico de saúde, características do ciclo menstrual da mulher e outras questões de saúde, que podem ser afetadas com a utilização do dispositivo.

No caso do DIU de cobre, é comum que haja alteração no ciclo menstrual, especialmente nos primeiros meses, como aumento do volume do fluxo e surgimento de cólicas.

O DIU hormonal é hoje comercializado em dois tamanhos, liberando diferentes doses do hormônio levonorgestrel (progesterona). O menor deles é indicado para mulheres com útero pequeno ou que nunca tiveram filhos, bem como para aquelas que apresentam mais sensibilidade à ação da progesterona. Em ambos os casos, são raros os efeitos colaterais e queixas que levem à retirada antecipada dos dispositivos.

Após a colocação, em poucos meses poderá haver pequenos sangramentos irregulares ou até a ausência de menstruação. Mulheres que costumam sofrer com cólicas regulares geralmente são beneficiadas com queixas reduzidas ou até mesmo o fim destes sintomas.



MÉTODOS DEFINITIVOS

A esterilização é um método contraceptivo cirúrgico, que pode ser realizado na mulher, por meio da ligadura das trompas (laqueadura ou ligadura tubária), ou no homem, através da ligadura dos canais deferentes (vasectomia), explica o Dr. Alexandre Rossi.

Na mulher, a fecundação é evitada pela obstrução das trompas, que impede o encontro dos gametas. Já a vasectomia, elimina a presença de espermatozóides no ejaculado.

A eficácia dos dois métodos é alta, com taxas de falha baixíssimas, quando tomadas todas as precauções e realizados todos os exames pós-cirúrgicos corretamente, especialmente no caso da vasectomia.

“Ambos os métodos, conforme as técnicas utilizadas e condições de saúde dos pacientes, podem ser revertidos. Mas o sucesso dos procedimentos e a possibilidade de sucesso em uma gestação após a reversão é baixo”, alerta o médico.

No caso da recanalização tubária, apenas 50% das mulheres submetidas a laqueadura tubária apresentam condições técnicas para recanalização. Destas, apenas uma pequena parcela terá êxito em uma gestação. Por este motivo, a cirurgia para esterilização deve ser considerada definitiva, exigindo uma avaliação cuidadosa antes de sua realização.



ANTICONCEPÇÃO DE EMERGÊNCIA

A anticoncepção de emergência, mais conhecida como pílula do dia seguinte, é o uso alternativo do anticoncepcional hormonal oral para evitar uma gravidez.

Ele deve ser tomado antes de completar 72 horas da relação sexual desprotegida. No entanto, quanto mais precocemente tomado, maior será a proteção.

Vale destacar que a pílula do dia seguinte não terá qualquer efeito caso a implantação já tenha se completado, ou seja, uma gravidez já em andamento não será interrompida.




Atenção!

Por ser constituído de altas doses de hormônios, o método não deve ser utilizado de rotina, mas apenas em situações de emergência. É importante, portanto, que seu uso seja feito de acordo com as orientações médicas e as instruções da bula, seguindo corretamente a maneira adequada de utilizar as pílulas.

Após utilizar a anticoncepção de emergência, é importante procurar um médico ginecologista para a eventual realização de exames e orientações para a adoção de um método anticoncepcional de rotina.


Dezembro Laranja: Fotoproteção e atenção constante são chave para prevenção do câncer de pele

Especialista alerta para sinais e sintomas que merecem atenção redobrada 

O mês de dezembro marca a chegada do Verão, estação do ano em que há maior incidência dos raios UVA e UVB e altas temperaturas. Com ele, a exposição ao ar livre aumenta, e a necessidade de proteger a pele dos efeitos nocivos do sol também. Um desses efeitos é o câncer de pele, doença que, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), é o de maior prevalência no Brasil e corresponde a cerca de 30% dos tumores malignos registrados no país[1]. Para conscientizar sobre a doença, desde 2014 o mês de dezembro faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer de Pele, o Dezembro Laranja. “É uma ação importante com o objetivo de chamar atenção da população sobre esse tipo de câncer, que é o mais frequente no país”, aponta a dermatologista Julia Ocampo, coordenadora clínica da Prime Clinic e da Care Plus Clinic.

Doutora Julia reforça que existem diversos sinais de alerta para o câncer de pele. “Mancha que apresentou alguma mudança de cor, tamanho ou formato nos últimos meses, lesão que parece uma espinha e não apresenta melhora, um cravinho que não dá pra remover, uma cicatriz nova e que você não lembra ter sido precedida por uma ferida, ou aqueles machucadinhos que abrem e fecham o tempo todo são alguns dos principais sinais e merecem atenção”, explica a médica. Para evitar problemas maiores, é fundamental ficar atento a esses sinais da pele e ir regularmente à consulta com dermatologista.

A especialista ressalta que detecção precoce das lesões potencialmente malignas é um dos principais fatores para a prevenção e tratamento adequado do câncer de pele. Para auxiliar neste processo de prevenção, tanto procedimentos em consultório, como o uso de dermocosméticos podem ser indicados. “Dermatoscopia e mapeamento dos sinais e das pintas auxiliam na detecção precoce das lesões de câncer de pele. Além disso, é possível tratar preventivamente aquelas com potencial de malignidade com o uso de medicamentos ou procedimentos como crioterapia, terapia fotodinâmica e cauterização química, por exemplo”, explica. Mas, e quando ocorre o diagnóstico do câncer de pele, qual é o tratamento? “Preferencialmente é cirúrgico”, esclarece Drª Julia.


Os diferentes tipos de câncer de pele

O câncer de pele é dividido em dois subtipos: melanoma e não melanoma. O melanoma é o subtipo menos frequente e mais grave da doença, uma vez que apresenta mais chances de provocar metástases[2]. “Geralmente, este tipo de tumor se apresenta como mancha assimétrica, com limites irregulares, várias cores e tons permeando a lesão e histórico de crescimento nos últimos meses”, esclarece Ocampo. “Deve-se lembrar que o melanoma também pode se apresentar como lesão não acastanhada, chamados melanomas amelanótico”, completa a médica.

Já o não melanoma é o mais comum no Brasil e de menor mortalidade[3]. Se não tratado adequadamente, no entanto, pode deixar sequelas expressivas. Esses tumores se dividem em outros dois subgrupos: carcinoma basocelular e carcinoma epidermoide. “É comum que o não melanoma apresente-se como manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram e/ou feridas que não cicatrizam em até quatro semanas”, pontua a coordenadora da Prime Clinic.

A prevalência do câncer de pele é maior entre pessoas que apresentam histórico familiar da doença e que tenham fototipo baixo, ou seja, cor de pele, cabelo e olhos claros, além de exposição intensa ao sol frequentemente[4]. “Mesmo pacientes com fototipo alto (com cores de cabelos, pele e olhos escuros) também podem ter câncer de pele e devem aderir à fotoproteção adequadamente”, ressalta Ocampo. “A exposição solar intensa intermitente ou diária aumentam a propensão à doença”, alerta.

A prevenção do câncer de pele é possível com fotoproteção adequada e envolve o uso de filtros solares, uso de roupas com proteção UV, chapéus e óculos de sol e evitar a exposição solar intensa entre as 10h e 16h, principalmente. A dermatologista explica que, além de usar o protetor solar, é importante saber a quantidade adequada para garantir seu real efeito. “Seria uma quantidade equivalente a uma colher de chá para utilizar no rosto, cabeça e pescoço, a mesma medida para cada braço e o equivalente a duas colheres para cada perna e partes da frente e de trás do dorso”, exemplifica a coordenadora da Prime Clinic.


[1] https://www.inca.gov.br/assuntos/cancer-de-pele
[2] https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2020/dezembro/cancer-de-pele-saiba-como-prevenir-diagnosticar-e-tratar
[3] https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/cancer/tipos/pele-nao-melanoma
[4] https://www.inca.gov.br/noticias/cancer-de-pele-saiba-como-prevenir-diagnosticar-e-tratar


Dor de cabeça: quais terapias integrativas podem contribuir com a diminuição do sintoma?

Cefaleia é o termo médico utilizado para se referir a popular dor de cabeça, sendo uma condição frequente de saúde que acomete grande parte da população, independentemente da idade, podendo estar relacionada com algum tipo de distúrbio psicológico, físico ou emocional. 

Existem diversos tipos de dores de cabeça, as mais frequentes são as cefaleias tensionais, em salvas ou a enxaqueca. A cefaleia tensional costuma ser a mais prevalente, apresentando-se de forma aguda ou crônica, como resultado de uma tensão prolongada da musculatura cervical ou da musculatura ao redor do crânio, tem intensidade leve ou moderada e é caracterizada pela dor na forma de aperto ou peso bilateral que se manifesta na testa, na parte de cima da cabeça ou na nuca. 

A cefaleia em salvas se manifesta em crises diárias, que ocorrem em grande parte no período da noite, podendo se repetir por dias ou meses e apresentar remissão espontânea (desaparecer de repente), a dor é unilateral, forte e pulsante na região têmporo-frontal, na face, na órbita ou no fundo do olho. Outros sintomas podem se manifestar com esse tipo de dor de cabeça, como obstrução nasal, coriza e congestão ocular. 

A enxaqueca é a cefaleia mais incapacitante, sendo considerada a terceira doença mais prevalente no mundo, atingindo cerca de 30 milhões de pessoas no Brasil e 1 bilhão de pessoas no mundo, segundo os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS). A enxaqueca é considerada um distúrbio neurovascular crônico, multifatorial e incapacitante, caracterizada pela dor de cabeça unilateral e latejante de intensidade média ou forte, podendo ser precedida por uma aura (embaçamento de visão, manchas, linhas em zigue-zague ou pontos luminosos). Outros sintomas também podem se apresentar em conjunto com a enxaqueca, como, por exemplo, sensibilidade à luz ou ao som, náuseas ou vômitos.

Diversos tratamentos podem ser recomendados para os diferentes tipos de cefaleias, entre eles, as práticas integrativas e complementares (PICs), sendo uma terapia alternativa baseada na prevenção de doenças e recuperação da saúde. A aromaterapia e as plantas medicinais são algumas das PICs utilizadas para o tratamento de cefaleias, oferecidas de forma gratuita pelo SUS. A meditação e a yoga também são excelentes práticas para a prevenção e redução dos sintomas de dor de cabeça, uma vez que conseguem reduzir o estresse e melhorar a qualidade do sono, fatores diretamente associados a cefaleia tensional. 

Disponível em mais de 3 mil municípios brasileiros, as PICs não substituem os tratamentos convencionais, porém são excelentes aliadas para manter a qualidade de vida e buscar a prevenção de quadros clínicos, especialmente os leves e moderados. Dessa forma é possível destacar algumas das alternativas capazes de contribuir com os tratamentos para dor de cabeça: 

- Acupuntura: utilizada para modular os nervos periféricos do crânio por meio da inserção de pequenas agulhas para estimular os pontos espalhados por todo corpo. 

- Aromaterapia: alguns óleos essenciais estão relacionados ao alívio dos sintomas de dor de cabeça, sendo utilizados para buscar o equilíbrio do organismo. 

- Fitoterápicos: os medicamentos fitoterápicos são aqueles produzidos a base de plantas medicinais, alguns destes medicamentos conseguem reduzir a tensão nervosa e melhorar o sono, podendo ser utilizados para o tratamento de cefaleia. 

- Ioga e meditação: ambas são práticas capazes de relaxar os músculos, reduzir a ansiedade, reduzir o estresse e ativar a circulação, diminuindo as crises. 

- Musicoterapia: essa terapia ajuda o cérebro a liberar endorfina e relaxar o corpo, sendo considerada uma aliada para o alívio de dores de cabeça. Atualmente aplicativos de música como Spotify possuem diversas playlists relacionadas ao tratamento de cefaleias.

 - Terapia de florais: o uso de florais consegue modificar padrões de consciência e assim auxiliar no equilíbrio do organismo, devendo ser escolhidos conforme as necessidades de cada pessoa. 

Vale lembrar que embora o tratamento com práticas integrativas e complementares possa trazer diversos benefícios à saúde, este deve ser realizado sempre com o acompanhamento e supervisão de um profissional de saúde habilitado, pois, assim como os tratamentos alopáticos, esses também podem ser prejudiciais à saúde quando utilizados de maneira inadequada.

 

Patrícia Rondon Gallina - farmacêutica, mestranda em Ciências Farmacêuticas e coordenadora do curso de Práticas Integrativas e Complementares do Centro Universitário Internacional Uninter.


Idosos protegidos: confira dicas de prevenção contra vírus e bactérias

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A pandemia trouxe à tona a discussão sobre prevenção e hábitos de higiene para diminuir os riscos de contaminação por vírus ou bactérias. Alguns cuidados, considerados fundamentais, devem ser estendidos para além deste período pandêmico, principalmente para a população idosa. Janaína Rosa, coordenadora técnica da Home Angels, maior rede de cuidadores de pessoas supervisionadas da América Latina, elencou algumas dicas sobre precauções básicas e essenciais para pessoas na terceira idade.

Vacinação: Primordial em todas as situações que possuem imunizantes disponíveis é a vacinação. “Essa é, sem dúvidas, a melhor estratégia para a prevenção de várias doenças, como a gripe por exemplo. Crianças e idosos são mais vulneráveis a determinadas patologias, por isso seguir o calendário vacinal para cada faixa etária é primordial para evitar consequências mais sérias de doenças causadas por vírus e bactérias”, afirma a coordenadora técnica. 

Limpeza e higiene: Manter ambientes limpos e arejados também faz toda diferença, afinal, vírus e bactérias adoram espaços úmidos e abafados. “É importante se atentar à limpeza constante e correta de superfícies, pisos e locais onde o idoso toque com frequência. Além disso, recomenda-se trocar com regularidade as escovas de dentes, toalhas e roupas de cama. Lavar as mãos, tomar banho diariamente e evitar compartilhar objetos de uso pessoal são hábitos fundamentais”, destaca Janaína. 

Alimentação saudável: Hidratação e alimentação saudável também são chaves no combate às doenças. O cuidado no preparo dos alimentos tem papel importante na prevenção de contaminações, além de favorecer a imunidade. “Uma dieta rica em proteínas e carboidratos é essencial. O auxílio de um nutricionista é recomendado para torná-la mais eficaz e balanceada”, explica. 

Sono e exercícios físicos: A prática de exercícios incide diretamente na melhora da coordenação motora, locomotiva e ainda auxilia no aumento de massa muscular, o que favorece a qualidade e a expectativa de vida. “Assim como os exercícios físicos, o sono também é importante para uma vida saudável. Noites bem dormidas são determinantes para a disposição no dia seguinte e também podem auxiliar na prevenção e tratamento de doenças como demência, por exemplo”, completa. 

 

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Verão exige cuidados redobrados com o corpo

No dia 21 de dezembro, começará oficialmente o verão - uma época marcada pelo calor, pelas altas temperaturas, maior exposição ao sol e à umidade. Por essa razão, os cabelos, a pele do corpo e do rosto precisam de cuidados extras a fim de evitar as doenças típicas da estação e outras a longo prazo. 

De acordo com o dermatologista da Santa Casa de Mauá, Antonio Lui, a regra número um que beneficiará todo o organismo é a hidratação, já que o calor intenso provoca o aumento da transpiração. “O ideal é consumir cerca de três litros de água diariamente, além de complementar com água de coco, chás e sucos naturais”, orienta.

Outra regra importante é o uso do filtro solar em todo o corpo, inclusive nas mãos, nas orelhas, na nuca e nos pés. O ideal é que seja aplicado 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas.  

O verão também contribui para o surgimento de micoses - infecções causadas por fungos, que atingem a pele, as unhas e os cabelos, quando encontram condições favoráveis para o desenvolvimento. A melhor forma de evitá-las é secar bem as áreas de dobras e não andar descalço em pisos úmidos e não usar calçados fechados.  

Já as brotoejas surgem devido ao contato da pele com o suor, especialmente em bebês. Podem ser transparentes com pouca coceira ou avermelhadas com muita coceira. Para evitá-las, escolha roupas leves e soltas, além de locais abafados que provocam a sudorese excessiva. 

Confira outras dicas:  

- As roupas com proteção UV, chapéu e óculos de sol ajudam na proteção solar.

- Evite a exposição ao sol no horário entre 10h e 16 horas. 

- Para evitar o ressecamento da pele, hidrate-a com cremes à base de ureia e vitamina E.

- As cicatrizes devem ser protegidas, principalmente as mais recentes, pois podem ficar escuras com a exposição solar. 

- As crianças precisam de cuidados extras, já que a infância é o período mais suscetível aos efeitos da radiação.

- O sol ajuda na obtenção da vitamina D, porém em horários adequados, antes das 10 horas.

- Cuidado com as frutas cítricas - elas causam manchas e queimaduras graves na pele. 

- Para um bronzeado saudável, opte por alimentos com betacaroteno como cenoura, laranja, mamão, beterraba e manga, que também são fontes de vitaminas.

- Para evitar a acne solar, lave o rosto com um sabonete adequado para o tipo de pele, use tônicos adstringentes e filtros solares com base aquosa ou em gel.

- As pessoas de pele negra têm maior quantidade de melanina. Porém, não podem esquecer do protetor solar, pois também estão sujeitas a queimaduras, câncer de pele e outros problemas. 

“A exposição correta ao sol previne sardas brancas e as manchas senis ou melanoses solares, que aparecem nas áreas mais expostas. Essas lesões são benignas e não evoluem para o câncer da pele, entretanto, recomenda-se avaliação pelo dermatologista para diferenciá-las das suspeitas”, sugere o dermatologista Antonio Lui.

 

Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300. 

 https://santacasamaua.org.br/


Longa jornada do paciente com DPOC reflete em 50% sendo diagnosticado no estágio moderado da doença

A doença é uma condição progressiva, que pode ser prevenida e tratada, mas não curada [i ii iii] ; por isso, ampliar as opções de tratamento da doença é um dos desafios para pacientes com DPOC

 

Um adulto com vida normal, começa a sentir falta de ar, tosse crônica e, da noite para o dia, a sensação de limitação para realizar atividades rotineiras se torna comum. Estes podem ser os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões causando desconforto, limitação ao exercício e às atividades do dia a dia [iv vii viii iv v]. A DPOC mata, infelizmente, quatro brasileiros por hora, 96 por dia, 40 mil todos os anos [vi]. 

A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões. A jornada do paciente até o diagnóstico correto é longa e, e 50% deles já estão em um estágio avançado da doença quando são diagnosticados [vii]. O percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%) [viii]. 

“Para auxiliar os pacientes que já estão com o diagnóstico de DPOC, a ampliação do arsenal terapêutico para a doença, a cessação tabágica, a reabilitação pulmonar e o tratamento adequado considerando molécula e dispositivo como recomendado pelas diretrizes vii viii diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias onde a falta de ar piora subitamente) e reduzem internações hospitalares -- (ainda mais em tempos de pandemia) -- e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 a 70 anos de idade” explica o pneumologista, Dr. Jose Eduardo Delfini Cançado.

O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença [vii viii]. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade levando a uma perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando alto custo socioeconômico e redução da qualidade e da expectativa de vida [i].

Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-loativo independentemente da gravidade da doença [i ii iii]. Por isso a importância do diagnóstico acurado e do tratamento precoce para retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, desta forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo [ii iii vii viii].

 

Boehringer Ingelheim



Ref. Bibli.
i- World Health Organization, Cardiovascular diseases: Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) Acesso em junho de 2022.
ii- Fernandes, F. L. A., Cukier, A., Camelier, A. A., Fritscher, C. C., Costa, C. H. D., Pereira, E. D. B., ... & Lundgren, F. L. C. (2017). Recomendações para o tratamento farmacológico da DPOC: perguntas e respostas. Jornal Brasileiro de Pneumologia, 43, 290- 301.
iii- Global Initiative for Chronic Obstructive Lung Disease -- GOLD 2021 [homepage na internet]. Bethesda: Global strategy for the diagnosis, management, and prevention of chronic obstructive lung disease 2021 report. [acesso em 25 jun 2022].
iv- Halbert RJ, Isonaka S, George D, Iqbal A. Interpreting COPD prevalence estimates: What is the true burden of disease? Chest [Internet].2003;123(5):1684--92.
v- Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938--43. Acesso em junho de 2022.
vi- Centers for Disease Control and Prevention (CDC).Chronic obstructive pulmonary disease among adults--United States, 2011. MMWR Morb Mortal Wkly Rep [Internet]. 2012 Nov 23;61(46):938--43.
vii- Mape DW, Dalal AA, Blanchette CM, Petersen H, Ferguson GT. Severity of COPD at initial spirometry-confirmed diagnosis: data from medical charts and administrative claims. Int J Chron Obstruct Pulmon Dis. 2011;6:573-81.
viii- Moreira GL, Manzano BM, Gazzotti MR, Nascimento OA, Perez-Padilla R, Menezes AM, et al. PLATINO, a nine-year follow-up study of COPD in the city of São Paulo, Brazil: the problem of underdiagnosis. J Bras Pneumol. 2014 Jan-Feb;40(1):30-7.


PESQUISA SINDHOSP Covid-19/Dezembro22

95% dos hospitais paulistas pesquisados relatam aumento no atendimento de pacientes com suspeita de Covid-19


A nova pesquisa SindHosp aponta aumento no atendimento a pacientes suspeitos com Covid-19, já que na pesquisa de novembro eram 84% dos hospitais que apontavam esse crescimento, hoje são 95%, o que significa um aumento de 11% nos atendimentos

Pesquisa do SindHosp ouviu 87 hospitais privados do estado de São Paulo, no período de 1 a 10 de dezembro, representando cerca de 25% da amostra de hospitais associados do SindHosp- Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo, sendo 25% da capital e 75% do interior. 


Também a pesquisa revela que o atendimento predominante nos hospitais paulistas continua sendo de pacientes com Covid-19. Hoje os atendimentos de pacientes com Covid representam 55% da assistência prestada pelos hospitais enquanto em novembro representavam 49%. 

Nos últimos 15 dias, 32% dos hospitais informam que os atendimentos Covid evoluíram para internação enquanto 68% dos hospitais relatam que não houve necessidade de internação. Na pesquisa anterior de novembro, 24,5% dos hospitais relataram necessidade de internação enquanto 75,5% dos hospitais não internaram.

 

Internações em UTI cresceram menos em dezembro comparadas à novembro. Nesta pesquisa, 65% dos hospitais revelam aumento de até 5% de internações em UTI e 19% dos hospitais registram aumento de 6% a 10% de internações em UTI. Enquanto na pesquisa de novembro, 73% dos hospitais tiveram aumento de até 5% de internações em UTI e 18% registraram aumento de 6% a 10% de internações em UTI Covid. 

Internações clínicas também cresceram menos neste mês. Nesta pesquisa, 71,4% dos hospitais revelam aumento de até 5% nas internações clínicas e 10,71% dos hospitais informam crescimento entre 6% a 10% nas internações clínicas.


Segundo o médico Francisco Balestrin, presidente do SindHosp, o resultado da pesquisa indica que a maioria dos casos suspeitos não evolui para internação demonstrando menor gravidade. “Avaliamos que os casos de pacientes com suspeita de Covid-19 cresceram em relação ao mês anterior, mas evoluem sem gravidade, não necessitando de internação hospitalar. No entanto, ratificamos a necessidade de que a população use máscara em locais com aglomerações e mantenha o protocolo de segurança à saúde com a lavagem de mãos e cumpra o calendário de vacinação especialmente neste período de festas, pois há tendência de aumento da doença”, destaca o médico. 

A pesquisa perguntou ainda se houve aumento de internações de crianças com síndromes respiratórias nos últimos 15 dias: 35% dos hospitais relataram aumento desse tipo de atendimento enquanto na pesquisa anterior, de novembro, eram 84% dos hospitais que revelaram aumento.


Parque D. Pedro Shopping recebe Campanha de Vacinação contra a COVID-19 nesta quinta e sexta

Imunizações gratuitas serão feitas pela Prefeitura de Campinas, das 15h às 21h, sem necessidade de agendamento

O Parque D. Pedro Shopping, administrado pela Aliansce Sonae Shopping Centers, recebe nesta quinta (15) e sexta-feira (16), a Campanha de Vacinação contra a COVID-19. As imunizações gratuitas serão feitas pela Prefeitura de Campinas entre 15h e 21h, na Central de Cursos, localizada ao lado do fraldário da Praça de Alimentação.

 

A campanha é aberta para todo o público da abrangência vacinal, a partir dos 12 anos, e não requer agendamento. O atendimento será por ordem de chegada. Para a imunização, é necessário apresentar documento com foto e carteira de vacinação (se tiver). 

De acordo com os dados divulgados pelas prefeituras das cidades da região, o número de casos positivos de COVID-19 subiu mais de 36% em apenas uma semana. Na semana passada, mais de 5 mil pessoas foram infectadas com a doença. Segundo o último levantamento, os casos agora passam dos 7 mil e a cidade de Campinas lidera os casos positivos. 

“Essa parceria é uma forma de incentivar e conscientizar nossos visitantes, parceiros e colaboradores sobre a necessidade da vacinação. A cobertura vacinal foi essencial para a retomada de todas as atividades e da nossa economia, por isso, é extremamente importante que a sociedade continue se vacinando”, afirma a gerente de Marketing, Taís Tavares. 

De acordo com a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde (Devisa), Andrea von Zuben, é imprescindível que a população complete o ciclo vacinal contra a COVID-19, incluindo as doses adicionais. “É muito importante receber as quatro doses das vacinas disponibilizadas atualmente, pois esses imunizantes protegem contra casos graves da doença”, alerta. 

“Nessa ação preventiva, o Parque D. Pedro Shopping e a Prefeitura Municipal de Campinas realizam uma importante parceria disponibilizando primeiras, segundas e doses adicionais contra a doença, conforme recomendado para cada idade. Reforçamos que a vacina protege contra casos graves e diminui os casos de internações com possíveis complicações que podem levar ao óbito”, completa Marina Massaro, coordenadora da Vigilância Distrital de Saúde da Região Leste.

 

Campanha de Vacinação COVID-19 no Parque D. Pedro Shopping

Data: quinta e sexta-feira (15 e 16/12)

Horário: das 15h às 21h

Local: Central de Cursos (ao lado do fraldário da Praça de Alimentação)

Endereço: Av. Guilherme Campos, 500 - Jardim Santa Genebra - Campinas (SP)

*Serviço gratuito

 

Copa 2022: língua inglesa é a mais falada entre competidores

Placa bilingue em Doha, capital do Qatar. Fonte: Martin Belam/CC
Entenda a importância de uma educação bilíngue em quatro pontos


Não é novidade que saber outros idiomas além da língua materna abre portas para o desenvolvimento pessoal, profissional e cultural, mas eventos internacionais como a Copa do Mundo evidenciam ainda mais essa necessidade nos dias atuais. O inglês é o idioma que se destaca nesse cenário; afinal, ele é falado por mais de um bilhão de pessoas ao redor do mundo. 

Neste ano, a Copa ocorre no Catar, e, embora o árabe esteja entre as cinco línguas com o maior número de falantes, a maior parte dos turistas que decidiram prestigiar o evento não sabem se comunicar usando o idioma nativo. A solução é usar o inglês, já considerado uma língua universal. 

Segundo o Internet World Stats, uma pessoa que fala espanhol e inglês consegue entender o que uma em cada três pessoas fala ou escreve na internet, o que significa que ela é capaz de compreender mais de 60% de todo o conteúdo publicado na web. "A língua inglesa é o idioma padrão quando o assunto é turismo ou negócios, além de um requisito básico para quem quer se destacar no mercado de trabalho. Em um mundo cada vez mais globalizado, cresce a importância de que os pais se preocupem em dar a seus filhos uma educação bilíngue", explica a coordenadora de Internacionalização do Colégio Marista Santa Maria, Leila Guerino.

Existem vantagens em expor a criança a um novo idioma desde cedo: na infância, o cérebro humano se desenvolve rápido e estabelece milhares de conexões neurológicas novas, o que torna o processo de aprendizagem mais rápido. Isso significa que também a capacidade linguística dos pequenos se desenvolve em um ritmo acelerado.  

Conheça outros motivos que reforçam a importância de se aprender inglês desde cedo. 

 

Oportunidades em outros países

Para quem é fluente em inglês, as portas para empregos em multinacionais ou mesmo em empresas no exterior se abrem mais facilmente. A língua inglesa é a língua dos negócios, usada para interagir com colegas de outros países e clientes internacionais. Além disso, universidades do mundo todo oferecem programas em inglês — mesmo em países com outros idiomas oficiais, como a Alemanha. 

 

Bagagem cultural

Para formar cidadãos globais, é preciso muni-los de ferramentas que permitam sua participação ativa no mundo. O inglês é uma dessas ferramentas, já que ele permite a criação de relações com diferentes culturas, povos e experiências, ultrapassando barreiras impostas pela distância física e diferença linguística e proporcionando uma ampla gama de possibilidades para o futuro dos pequenos.

 

Benefícios para a memória e as funções cognitivas

"Quando aprendemos um novo idioma, adquirimos noções de novos conceitos, referências e perspectivas de mundo e esse enriquecimento do repertório mental é muito importante para a criatividade, que vem da combinação de conhecimentos obtidos ao longo da vida" salienta Leila. 

Ao mesmo tempo, o trabalho feito pelo cérebro para que a pessoa possa se comunicar em duas línguas estimula a cognição — o que significa que a pessoa bilíngue ganha velocidade na tomada de decisões, exercita a memória e faz novas conexões neurais e associações cognitivas.

 

Lazer e viagens 

Os aspectos práticos como a empregabilidade e o acesso a universidades no exterior não são os únicos importantes entre as motivações para se aprender inglês. Assim como grande parte de todo o conteúdo disponível na internet está nesse idioma, a maioria dos países usam a língua inglesa para receber turistas. Dessa forma, o aprendizado pode ser um grande aliado do lazer, permitindo que o mundo possa ser explorado sem passar sufoco com a comunicação — mesmo no Catar.



Colégios Maristas
www.colegiosmaristas.com.br

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