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terça-feira, 13 de dezembro de 2022

Atrofia vaginal: problema que pode atingir diversas mulheres tem tratamento

Queimação, coceira, secura, dores nas relações sexuais e aumento de infecções vaginais e urinárias são os principais sintomas

 

Muitos temas que envolvem a saúde íntima feminina ainda são um tabu, principalmente quando o assunto é atrofia vaginal. Também conhecido como vaginite atrófica, atrofia urogenital ou até mesmo como síndrome urogenital da menopausa, essa condição afeta a qualidade de vida e a autoestima de mulheres que estão na menopausa, no pós-parto ou que passaram por tratamentos como rádio e quimioterapia.

A atrofia vaginal acontece com a queda abrupta do nível de estrógeno, que faz com que o tecido vaginal fique mais fino, seco e menos elástico.

“Apesar de ser mais comum nas mulheres que estão na menopausa, a atrofia vaginal é um problema que afeta mulheres de todas as idades. Infelizmente, são poucas as que buscam ajuda médica nesses casos, a maioria acredita que os sintomas fazem parte do momento que estão vivendo” explica Dr. Marcos Tcherniakovsky, ginecologista e diretor de comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE).

Além da incontinência urinária e do desconforto na hora de urinar, a maioria dos sintomas acontecem devido à falta de lubrificação vaginal e ao corrimento.

“É comum que o desejo sexual também diminua devido ao incômodo na hora da penetração, que torna o ato sexual desagradável”, conta o ginecologista.

 

Diagnóstico e tratamento

O diagnóstico da atrofia vaginal é feito a partir da avaliação clínica, ou seja, da conversa com o ginecologista.

“Independente da fase da vida que a paciente esteja passando, é muito importante que ela compartilhe esses detalhes com o médico, mesmo que ache que estes incômodos sejam normais. Muitas vezes, existem tratamentos simples e não-invasivos que podem ajudá-la. Não devemos nos acostumar com a dor e com o incômodo”, alerta Tcherniakovsky.

Quando falamos de tratamento, existem algumas opções que podem ajudar com a atrofia vaginal, como reposição hormonal, hidratantes vaginais, mas a melhor opção atualmente é o uso do laser vaginal.

“Nem toda mulher é elegível para o tratamento com reposição hormonal, como as que têm histórico de trombose, mulheres que não desejam fazer uso de hormônios, entre outras. Hoje em dia, o que há de mais moderno no tratamento para a atrofia vaginal é o laser, que estimula a renovação da mucosa vaginal de maneira não-invasiva", comenta.

Segundo o médico, o laser melhora todo o ambiente vaginal, onde um tubo é inserido no canal vaginal e disparamos o laser que por consequência quebra o colágeno da parede vaginal, melhorando a elasticidade desta região. Esse procedimento estimula as glândulas vaginais, aumentando a lubrificação natural e diminuindo a secura. Vale destacar que são necessárias de três a quatro sessões para se ter algum tipo de benefício e, dependendo da resposta de cada mulher, uma duração de 1,5 a 2 anos, mas podendo chegar a um período maior dependendo é claro de cada paciente.

"Cada vez mais recebo em meu consultório mulheres que se informaram e estão querendo ter o benefício do laser ginecológico para a melhora de toda sua função vaginal. Em comparação aos hidratantes vaginais ou os hormônios, que a mulher irá usar praticamente de duas a três vezes por semana ou no caso dos hormônios, diariamente e durante toda a sua vida, o laser em poucas sessões já é possível notar os resultados." finaliza Tcherniakovsky. 

 


Dr. Marcos Tcherniakovsky – Ginecologista e Obstetra – Alto conhecimento em Endometriose e Vídeo-endoscopia Ginecológica (Histeroscopia e Laparoscopia). É Diretor de Comunicação da Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE). Médico Responsável pelo Setor de Vídeo-endoscopia Ginecológica e Endometriose da Faculdade de Medicina da Fundação do ABC. Membro da comissão de especialidades na área de Endometriose pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO). Médico Responsável da Clínica Ginelife. Instagram: @dr.marcostcher

 

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