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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Infarto ou ansiedade? Aprenda a diferenciar os sintomas

Cirurgião cardiovascular e psicóloga explicam as características de cada doença

 

Muitas pessoas podem sentir dificuldades para diferenciar os sintomas de uma crise de ansiedade e o princípio de um infarto, já que ambos envolvem dores no peito e taquicardia (quando o coração acelera). Enquanto a dor gerada pelo pânico pode ser inespecífica, a do infarto, geralmente, ocorre no peito, como se fosse um aperto, podendo irradiar pelo braço esquerdo, pescoço e costas.

O cirurgião cardiovascular e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular, Dr. Elcio Pires Junior destaca que os fatores de risco a serem considerados no caso do infarto são: idade, histórico familiar do paciente, colesterol e açúcar alto, nível de estresse diário, tabagismo e doenças preexistentes, como a diabetes e a hipertensão.

"Um ataque cardíaco acontece decorrente da interrupção do fluxo de sangue a partir da obstrução das artérias e a pessoa, geralmente, começa a sentir uma forte dor no peito, formigamento pelo corpo, enjoo, taquicardia, transpiração excessiva e dificuldades para respirar. Além disso, são sinais crescentes e que podem piorar gradativamente pelas próximas horas", alerta o médico.

Portanto, os principais sintomas do infarto são: dor no peito, que pode irradiar para a nuca, queixo, ombros ou para membros superiores; náuseas; dor no abdômen que pode ser confundida com indigestão; falta de ar; palpitações; dormência e formigamento; transpiração intensa e repentina; sensação de desmaio ou desmaio; inquietação e/ou desorientação.

Já a ansiedade pode levar o indivíduo a sentir medos irracionais, ter a sensação de desmaio ou morte a qualquer instante, sensações não presentes em quem está enfartando. Importante observar que no caso da ansiedade, a dor também se concentra na área do peito, mas sem a pressão gerada nos ataques cardíacos e não se limita ao braço esquerdo, podendo irradiar para o braço direito, pernas, dedos, tórax e pescoço.

Outra questão a ser notada é o tempo em que os sintomas alcançam o seu ponto máximo. As crises de ansiedade normalmente atingem seu auge entre 10 e 20 minutos e aos poucos o paciente tende a baixar os níveis de adrenalina e recuperar o controle emocional. E no infarto do miocárdio elas tendem a piorar.

De acordo com Fabiana Saes, psicóloga e professora de mindfulness, os sintomas da ansiedade se apresentam de três formas através de: pensamentos, reações físicas e/ou sentimentos. As crises se caracterizam pelo aumento brusco da sensação de medo; taquicardia e palpitações; aumento da temperatura corporal; sudorese; tremores; medo de morrer e perda de controle; sensação de estar se afogando; falta de ar; pressão ou desconforto no peito; sensação de entorpecimento ou formigamento.

“Não necessariamente o paciente em crise terá todos esses sintomas, mas o pensamento de que a pessoa pode ter um infarto e ela vai morrer é muito comum e acompanhado pela taquicardia e sensação de aperto. A confusão mental é comum, por isso lembrar dos sintomas da ansiedade e fazer exercícios de respiração ajuda a regular a ansiedade e evitar o agravamento da crise”, explicou Fabiana.

Saiba que as crises de ansiedade aumentam os riscos de problemas no coração uma vez que acontecem de forma recorrente, podendo levar a uma resposta inflamatória no organismo. Desta forma, é sempre muito importante estar com a saúde em dia. E quando tiver dúvida, busque ajuda médica. 


Dr. Elcio Pires Junior - coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital e Maternidade Sino Brasileiro - Rede D'or - Osasco, e coordenador da cirurgia cardiovascular do Hospital Bom Clima de Guarulhos. É membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e membro internacional da The Society of Thoracic Surgeons dos EUA. Especialista em Cirurgia Endovascular e Angiorradiologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. E atualmente é cirurgião cardiovascular pela equipe do Dr. André Franchini no Hospital Madre Theodora de Campinas. Instagram: @drelciopiresjr  

Fabiana Saes - psicóloga pela Universidade Metodista de São Paulo. Cursou Mindful Schools, na Califórnia (EUA). Especialização em Psicologia Hospitalar pela Faculdade de Medicina do ABC. Professora em pós-graduação para psicólogos na disciplina de Mindfulness para crianças e adolescentes. Formação em neuroaprendizagem pelo Instituto de Psiquiatria FMUSP. Ministra cursos para pais, crianças, adolescentes e educadores sobre mindfulness, comunicação não-violenta e educação socioemocional. Instagram: @fabianasaes.psi 


Você sabe o que é Ataque Isquêmico Transitório? Doença que hospitalizou o humorista brasileiro Renato Aragão

A condição é considerada um princípio de AVC e de acordo com neurocirurgiã, merece atendimento médico imediato.

 

Recentemente o comediante Renato Aragão, conhecido popularmente por Didi, sofreu um episódio de Ataque Isquêmico Transitório (AIT). A doença, que era pouco conhecida, chamou a atenção da população, afinal, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 150 mil casos de AIT são diagnosticados anualmente somente no Brasil.

 

De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), o Ataque Isquêmico Transitório é considerado um mini Acidente Vascular Cerebral (AVC). “A condição acontece quando uma artéria cerebral entope e há um déficit neurológico decorrente dessa isquemia (entupimento). A principal diferença entre AIT e AVC, é o tempo, o AIT ocorre de forma temporária e costuma durar menos de meia hora ou até 24 horas, sendo que após esse tempo o paciente recupera as funções neurológicas”, explica.


 

Causas, sintomas e tratamentos do Ataque Isquêmico Transitório

 

A neurocirurgiã alerta que o AIT começa com sintomas de AVC. “Por mais que a condição tenha chamado a atenção da população recentemente por conta da internação do comediante Didi, é importante lembrar que o ataque isquêmico transitório é bastante frequente, apesar de muitas vezes não diagnosticado”, alerta.

 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Doenças Cerebrovasculares, o AIT pode preceder o AVC isquêmico em uma parcela que vai de 9,4% a 26% dos casos. “Após o primeiro caso, o risco do AIT reverter para AVC é grande”, comenta Danielle.

 

A especialista explica que as causas mais comuns do AIT são a presença de coágulos de sangue que bloqueiam temporariamente o fluxo sanguíneo para o cérebro. “Isso pode ocorrer por alguns motivos, como colesterol alto, pressão alta, anomalias cardíacas ou estresse agudo”, esclarece.

 

“Vale reforçar que o ataque isquêmico transitório acontece de repente, por isso ficar atento aos sintomas é muito importante. Os sintomas dependem da localização e do tempo em que o cérebro deixa de receber sangue e oxigênio e podem ser vertigem súbita, fala enrolada, dificuldade de mover braços ou pernas, desequilíbrio e visão dupla”, alerta.

 

Danielle lembra que o AIT tem tratamento e cura dependendo da causa. “O paciente que sofreu um AIT deve ficar em constante observação médica, já que este é um dos principais fatores de risco para o AVC”, conclui a neurocirurgiã.


O novo surto de covid-19 na China que estremece o planeta

No início do mês de novembro, imagens de trabalhadores fugindo de uma unidade da Foxconn tomaram as redes e os sites de notícias. A Foxconn é uma empresa taiwanesa de eletrônicos, computadores e componentes – alguns dizem a maior do mundo –, e que fabrica os produtos da Apple, os videogames da Sony e os telefones da Motorola, além de peças para a Dell e para a HP. Em que pese sua sede ser em Taipei, suas principais unidades produtivas ficam na China continental, especialmente em Shenzhen e Zhengzhou, cidades altamente industrializadas.

É exatamente na China continental que o governo vem aplicando a política de tolerância zero contra a covid-19: uma estratégia rigorosa de isolamento domiciliar, empresarial ou mesmo de cidades inteiras, em que há total restrição da circulação de pessoas e testagem diária em massa. Não é a primeira vez que os chineses lançam mão dessa estratégia, e várias vezes num passado recente fábricas foram fechadas e os maiores portos simplesmente pararam de operar, causando falta de peças e itens por todo o mundo.

Para evitar que ficassem trancados com colegas de trabalho, no início de novembro, trabalhadores chineses desesperados fugiram da fábrica da Foxconn em Zhengzhou. Agora, ondas de protesto se espalham por toda a China, num teste imediato para o terceiro mandato do Todo Poderoso Xi. Num país em que protestos não só não são comuns, como são reprimidos violentamente, há certamente algo ocorrendo na China que extrapola o desespero de uma população com medo de mais um rígido “encarceramento” obrigatório.

A China já chegou a anunciar 31 mil casos de covid num só dia. Com o receio de mais um fechamento de fábricas e portos, chineses fogem das maiores cidades ou protestam nas ruas. Os efeitos econômicos dos protestos e do receio de uma nova onda de lockdowns também já são sentidos. Na terça-feira, dia 29 de novembro, o preço das commodities caiu em bolsas de todo o mundo, assim como as ações de empresas que dependem de insumos vindos do gigante asiático.

O questionamento que fica é: será essa política de tolerância zero uma estratégia de saúde pública, ou o receio de novas mortes? Seja como for, parece que o número de vítimas da covid-19 na China é muito maior do que os 5.200 falecidos anunciados oficialmente por Pequim.


João Alfredo Lopes Nyegray - doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia. Especialista em Negócios Internacionais. Advogado, graduado em Relações Internacionais. Coordenador do curso de Comércio Exterior na Universidade Positivo. Instagram @janyegray

 

Menopausa: médico explica detalhes sobre período e sintomas nas mulheres

Muito se fala sobre a menopausa e sobre o que ela causa no corpo da mulher. No entanto, muitas dúvidas sobre o assunto ainda existem. De acordo com o médico Tasso Carvalho, a menopausa é caracterizada por uma insuficiência ovariana e corresponde à data da última menstruação seguida de um ano sem menstruar.

“No processo natural do envelhecimento, é comum ocorrer uma redução gradativa na produção hormonal, e após a menopausa essa deficiência hormonal ovariana já é muito evidente e, além de piorar muito a qualidade de vida da mulher, aumenta o risco de doenças e de morte”, explicou.

O médico também explicou que a deficiência hormonal comumente causa inúmeros sintomas que pioram a qualidade de vida da mulher, como insônia, fadiga, déficit da memória, ondas de calor (fogachos), déficit da libido, sintomas de depressão, dores ósseas e musculares. Além disso, conforme Tasso, existe o risco de morte por doenças cardiovasculares aumenta em 4 vezes.

O médico também respondeu se é possível repor os hormônios. “Sim, hoje não só é possível repor todos esses hormônios, como deve ser considerado mandatório, já que o risco de doenças e morte ao permanecer com deficiência hormonal é muito grande”, explicou.

Segundo Carvalho, as terapias de reequilíbrio hormonal com hormônios bioidênticos (isomoleculares) são muito seguras e necessárias para saúde de forma geral, uma vez que o melhor funcionamento do organismo só acontece na presença de níveis ideais desses mensageiros que são os hormônios.

“Em todos os casos, um médico com experiência em terapias hormonais deve avaliar o melhor momento, melhor dose e tempo de terapia para cada paciente”, finalizou.
 



Tasso Carvalho - Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação Strictus Sensus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e é médico pela pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Tasso também é nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran e AMB). Foi Coordenador do Curso de Medicina na Universidade Estadual Sudoeste da Bahia (UESB) durante dois anos. O médico criou a Integrative Academy, uma plataforma onde já ministrou 13 cursos que abordam o reequilíbrio fisiológico através das terapias de homeostase hormonal, da base da fisiologia à terapêutica.
Registros: CRM 18983 e RQE 12749


Hipotireoidismo atinge 15% das mulheres e 3% podem ser afetadas na gestação

 Especialista explica os impactos

 

Em 2020, uma pesquisa da YouGov, apontou que a incidência do hipotireoidismo na população adulta masculina é de cerca de 3%, enquanto nas mulheres a incidência aumenta para 15%. Além disso apontou a possibilidade de 1,6 bilhão de pessoas terem algum distúrbio da tireóide durante a vida. 

Segundo o especialista em reprodução humana, Dr. Nilo Frantz, o Hipotireoidismo é caracterizado pela queda na produção dos hormônios T3 (tri-iodotironina) e T4 (tiroxina) que são produzidos pela glândula tireóide. Essa glândula é responsável pela regulação do metabolismo do nosso corpo. 

Apesar de ser mais comum em mulheres cisgênero em idade reprodutiva, a doença pode atingir qualquer pessoa e de qualquer idade. 

De acordo com o artigo publicado em 2011 sobre as “Diretrizes da American Thyroid Association para o diagnóstico e tratamento de doenças da tireoide durante a gravidez e pós-parto”, o número de gestantes que podem adquirir o hipotireoidismo durante a gravidez chega a 3%, o que pode acarretar em problemas ao desenvolvimento do feto. 

Segundo Frantz, a deficiência de iodo é uma das principais causas desse distúrbio hormonal. 

“Pessoas que consomem poucos alimentos ricos em iodo, como peixes, crustáceos, moluscos, leite e ovos, podem apresentar falta desse mineral no organismo”, afirma. 

Alterações imunológicas como no caso de pessoas que possuem a doença autoimune Tireoidite de Hashimoto também podem levar o indivíduo para um quadro de hipotireoidismo.
 

Como identificar 

O exame de sangue é um dos principais diagnósticos da doença, já que por meio dele é possível avaliar e medir os níveis dos hormônios T3, T4 e TSH. Porém, outra forma de identificar alterações na tireóide é ao examinar o pescoço do paciente. 

O ultrassom é o exame de imagem complementar que também pode ajudar a detectar o hipotireoidismo e outras anomalias na tireoide. 

Em recém-nascidos, segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o hipotireoidismo pode ser diagnosticado pelo “Teste do Pezinho” que deve ser feito entre o terceiro e o sétimo dias de vida do bebê. Se confirmada a doença é necessário que o bebê já comece a tratar a condição imediatamente para evitar consequências que possam atrapalhar o seu desenvolvimento no futuro.

 

Hipotireoidismo compromete a fertilidade? 

De acordo com Frantz, sim. A doença atinge a fertilidade feminina, já que os hormônios liberados pela tireoide exercem efeitos sobre a função ovariana. 

“Eles interagem com hormônios da hipófise, que são responsáveis por estimular a ovulação. Dessa forma, prejudicam a maturação dos óvulos, interferem no ciclo menstrual e também no período fértil. O hipotireoidismo está relacionado também a casos de abortamento e de complicações obstétricas e fetais”, explica o especialista. 

Mas isso não quer dizer que a mulher não possa engravidar, a doença pode tornar o processo mais difícil e requerer maiores cuidados. Vale lembrar que o hipotireoidismo também pode surgir durante a gestação, sendo necessário um maior acompanhamento médico para resguardar a vida da gestante e do bebê. 

Nos homens a doença pode prejudicar a produção dos espermatozoides. 

“Existe também a possibilidade da doença desencadear casos de disfunção erétil, que não deixa o homem infértil, mas dificulta a gravidez. Por esses motivos, exames de rotina para diagnosticar qualquer alteração na glândula tireoide é fundamental”, afirma. 

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, aproximadamente um a cada 4 mil recém-nascidos possuem hipotireoidismo congênito.



Nilo Frantz Medicina Reprodutiva
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Estresse das festas de fim de ano podem causar crises de enxaqueca; saiba como lidar

Privação de sono é um dos fatores que desencadeiam crises de enxaqueca

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Estresse, alinhado a uma alimentação irregular com excessos, pode engatilhar crises, explica neurologista Idele de Melo Guimarães Cantalice

 

Apesar de ser uma época de festas, reunião da família e momento de descanso para alguns, o final do ano também pode ser um período estressante. Correria para organizar festas, comprar presentes, entregar metas no trabalho, barulhos… a lista é grande. 

Tudo isso, aliado aos exageros na alimentação e bebidas alcoólicas, pode desencadear crises de enxaqueca e, segundo a neurologista Idele de Melo Guimarães Cantalice, o número de pacientes com enxaqueca socorridos aumenta em média 30% nesta época. 

“No período de fim de ano, observamos um aumento das crises, constatada nas urgências médicas, com pacientes sendo medicados por via endovenosa, intramuscular ou nasal. Há vários fatores que contribuem para isso. Para além dos excessos, consumo de alimentos específicos e estresse, estão a privação do sono, por exemplo, comum durante as festas”, explica a neurologista.


 

Cuidado com a alimentação 

A alimentação é um dos fatores que mais engatilham crises de enxaqueca. Entre os vilões mais conhecidos estão bebidas alcoólicas, abuso de bebidas com cafeína, alimentos gordurosos ou industrializados, frutas cítricas, chocolate, carnes curadas e salsichas. 

De acordo com Dra. Idele, no entanto, a experiência não é universal. “Os alimentos são gatilhos já muito bem conhecidos para crises de enxaqueca, porém é muito individual. Um alimento que pode desencadear a dor em um paciente não desencadeia em outro”, diz. 

Contudo, alguns alimentos não devem ser ingeridos em excesso, como bebidas alcoólicas (segundo a médica, a regra varia entre pacientes. Alguns têm crise apenas com vinho tinto, outros, com cerveja) e carnes curadas. 

Já outros, como tender, bacon, salsicha, queijos maturados, salames, chocolate e maionese, comuns em pratos da ceia de Natal, devem ser evitados. 

Quando a crise vem, ela reforça que o ideal é ingerir mais água, tomar analgésicos logo no início da dor, procurar ficar em local escuro e sem barulho e colocar uma compressa fria nos olhos ou na fronte. 

A crise é caracterizada, em seu início, como uma sensação de peso na região da fronte ou do lado da cabeça (geralmente começa de um lado). É uma dor pulsátil, que vai piorando e dura de três a cinco horas, associada a náusea ou tontura, incômodo com luz e barulho. 

Mas a neurologista dá uma dica: manter a regularidade no horário das refeições e ingerir mais água que o habitual. “Por exemplo, caso a pessoa vá ingerir bebida alcoólica, deve procurar intercalar com água. Ao beber água logo no início da dor, é observada uma melhora mais rápida da crise”, finaliza.

 

Idele de Melo Guimarães Cantalice - Médica Neurologista formada pela Universidade Federal de Pernambuco, atua como Secretária de Saúde de Pernambuco e do Cabo Santo Agostinho. Com mais de 17 anos de experiência em neurologista clínica pública e privada, já atuou como médica intensivista da UTI neurológica em diversos hospitais.



Conheça os aspectos jurídicos por trás do gaslighting, termo mais buscado em 2022 na internet

Utilizado para silenciar pessoas configurando abuso psicológico, advogadas contam como a violência pode gerar inúmeros e irreparáveis danos às vítimas

 

A expressão “gaslighting” ganhou ainda mais espaço recentemente após ser a mais pesquisada em 2022. De acordo com o dicionário norte-americano Merriam-Webster, que a elegeu como a palavra do ano, as buscas tiveram um aumento de 1.740% este ano, em comparação com 2021.

Sem equivalente na língua portuguesa, ela é descrita pelo mais famoso dos dicionários americanos como “manipulação psicológica de uma pessoa, geralmente por um longo período de tempo, o que faz com que a vítima questione a validade de seus próprios pensamentos”. 

O termo surgiu em 1938, em uma peça teatral do dramaturgo britânico Patrick Hamilton para descrever um abuso psicológico praticado de forma velada, onde o abusador desacreditava a vítima, que duvidava de si própria indo à loucura.

De acordo com as sócias do escritório Lemos & Ghelman, Bianca Lemos e Débora Ghelman, “o gaslighting é compreendido como uma forma velada de manipulação psicológica por um abusador, que tem o objetivo de fazer crer sua inocência, desqualificando os argumentos da vítima que acaba, muitas vezes, taxada de louca”, explicam.

Trata-se de uma violência psicológica e sutil que, quando realizada entre um casal, está no rol de formas de violência doméstica previstas pela Lei Maria da Penha. A violência doméstica e familiar contra mulher é entendida pelo art. 5° da Lei Maria da Penha como ‘qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial'. Nesse sentido, ela independe de parentesco e, na maioria das vezes, ocorre de modo combinado com outras violências abarcadas pela violência doméstica - como a física, patrimonial e emocional, encaixando-se nesse conceito o gaslighting.

A advogada Bianca Lemos explica que “o gaslighting é muito difícil de identificar, especialmente pela sua atuação ser tão sutil. Mas, normalmente, há uma culpabilização da vítima, colocando-se sempre a mulher como louca. Outra característica típica é a mentira convicta, fazendo a vítima do gaslighting até se questionar se o que pensava era isso mesmo ou se, de fato, não está ‘ficando louca’ ou ‘inventando coisas na sua cabeça’. Esse tratamento cria na vítima muitas vezes uma situação de dependência com o agressor, justamente por afetar diretamente a autoestima da vítima”.

A violência psicológica é sempre muito difícil de se provar documentalmente. Mensagens de texto e voz nas redes sociais e em aplicativos de mensagens podem ser uma boa fonte de comprovação de tortura psicológica. Infelizmente, essa tortura ocorre oralmente e no âmbito privado do casal. Débora Ghelman enfatiza que “em casos de denúncias, se possível, o arrolamento de testemunhas que tenham presenciado a violência psicológica contra a mulher também ajuda a comprovar o abuso. Uma perícia psicológica, dependendo do caso, também pode ser requerida. Vale destacar que, em casos de violência doméstica, a palavra da vítima tem muito peso e o princípio do in dubio pro réu é relativizado exatamente pelo fato dos casos desse tipo de violência se darem no âmbito privado”.

O gaslighting como uma violência psicológica contra a mulher pode gerar inúmeros e irreparáveis danos às vítimas. Por exemplo, a mulher pode acabar desenvolvendo sintomas característicos da depressão, da ansiedade, além de fobias sociais, insônia, distúrbios alimentares etc. Isso tudo sem contar as consequências que esses danos por si acabam por desencadear.

As sócias da Lemos & Ghelman finalizam explicando que “gaslighting, por ser uma prática típica de violência psicológica contra a mulher, pode ser denunciado em diversos canais disponibilizados especificamente para esse tipo de denúncia como as delegacias especializadas de atendimento à mulher, o Disque Denúncia (Ligue 197), a central de atendimento à mulher (Disque 180), na defensoria pública, dentre diversos outros órgãos”.

 

Lemos & Ghelman Advogados

 

Dezembro laranja faz alerta sobre a prevenção ao câncer de pele

Avaliação dermatológica indica carcinoma basocelular na paciente
Verão está chegando! É preciso ainda mais cuidado com a doença responde por mais de 31% dos casos de câncer no Brasil

 

O mês que marca o início do verão no hemisfério sul chega com um colorido intenso no laço para reforçar a importância de proteger a pele da exposição ao sol e, consequentemente, evitar o câncer de pele. Dezembro recebe o laço laranja como forma de chamar a atenção para essa doença que é a principal incidência de câncer no Brasil. O carcinoma, conhecido também como câncer de pele não melanoma, responde por 31,3% dos casos de câncer no Brasil e pode ser evitado, uma vez que está relacionado diretamente com a exposição aos raios ultravioleta.

O câncer de pele é mais comum em pessoas de pele clara, com mais de 40 anos. Além da exposição ao sol, a baixa imunidade e o histórico familiar podem ser fatores de risco. Vinícius Conceição, oncologista do Grupo SOnHe, explica que os   tumores costumam aparecer em regiões que ficam mais expostas, por isso, qualquer alteração na pele merece ser avaliada com cuidado. “A avaliação clínica é sempre importante para ajudar a identificar o câncer de pele no estágio inicial e tratá-lo de forma adequada”, reforça Vinícius.

O tratamento para o câncer de pele costuma apresentar resultados positivos, com mais de 90% de chance de cura do paciente, que pode ser submetido à quimio, radioterapia ou até mesmo à cirurgia. “Não devemos ignorar as alterações na nossa pele, principalmente se elas persistirem”, alerta Vinícius. Observar o próprio corpo é fundamental para que possamos protegê-lo. No caso das pintas, que podem indicar um tipo de câncer de pele, vale a regra do ABCDE. Se a pinta for assimétrica, tiver a borda irregular, apresentar dois tons ou mais, tiver a dimensão superior a seis milímetros e evoluir de tamanho ou apresentar alteração de cor, é muito provável que seja um tumor maligno, caso contrário, é considerado benigno. O médico reforça que são vários os tipos de câncer de pele, sendo o carcinoma o mais comum e o mais simples de ser tratado. No entanto, o apelo da prevenção deve ser feito o ano todo e não apenas no mês de dezembro. “Vivemos num país tropical, com alta incidência de radiação ultravioleta. Portanto, o cuidado com a pele deve ser permanente”, alerta.

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o Brasil deve diagnosticar 704 mil novos casos de câncer por ano até 2025, sendo mais de 30% de câncer de pele, o que representa mais de 220 mil novos casos por ano. Os homens costumam ser os mais afetados pela doença, respondendo por 51% dos casos. Se as condições climáticas fazem com que a incidência desse tipo de câncer persista no país, é necessário que as pessoas adotem permanentemente hábitos de prevenção ao câncer de pele. O Oncologista Vinícius Conceição explica que a informação é sempre a melhor forma de ajudar na prevenção. “Adotar hábitos saudáveis contra o câncer de pele exige uma mudança coletiva de pensamento. Como o sol intenso faz parte da nossa realidade, proteger a pele é uma necessidade diária”, reforça. Sendo assim, evitar a exposição prolongada no horário de maior incidência da radiação solar (10 e 16 horas), fazer uso de filtro de proteção, óculos escuros e manter uma rotina de exames são formas de prevenir o câncer de pele.

 

Grupo SOnHe
www.sonhe.med.br


Dezembro Laranja

Estudos indicam que câncer de pele tem incidência estabilizada, mas mortalidade ainda cresce no Brasil

Mais de um terço dos brasileiros terão câncer de pele nos próximos três anos, segundo estimativas do INCA


Com a chegada do verão e das férias escolares, é hora de reforçar os cuidados com a pele. A campanha “Dezembro Laranja”, criada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) em 2014, tem o objetivo de conscientizar a população e prevenir o câncer de pele, que é o mais comum no Brasil. A doença é provocada pelo crescimento anormal de células que compõem a pele, que se dispõem em camadas e, de acordo com a área afetadas, se diferem em diferentes tipos de câncer. Segundo projeções do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para o próximo triênio, o câncer de pele não melanoma responderá por 31,3% de todos os diagnósticos oncológicos no país.[1] 

O subgrupo mais comum é o câncer de pele não-melanoma, representado, sobretudo, pelos carcinomas basocelulares e carcinomas espinocelulares. Esse subgrupo é responsável por cerca de 177 mil casos por ano, de acordo com a SBD[i], porém , felizmente, apresenta baixa letalidade. O tipo mais agressivo e mais raro é o melanoma, que registra cerca de 8,5 mil novos casos anualmente, e que apresenta maior chance de gerar metástases -- cenário no qual o câncer se espalha para outros órgãos. O melanoma acomete células da pele chamada melanócitos, que produzem melanina, proteína responsável por conferir cor à pele.

Apesar de o melanoma ser um subtipo de câncer de pele raro no Brasil, essa realidade não se repete em todas as partes do mundo. Na Austrália, por exemplo, 16,8 mil pessoas serão diagnosticadas com melanoma no País, e uma pessoa é diagnosticada com a doença a cada 30 minutos.[2] Isso ocorre por vários motivos: o clima favorece o aparecimento de lesões que progridem para o melanoma, com muito sol e altos níveis de raios ultravioleta. Outro fator determinante na Austrália é o fato de muitas pessoas terem pele muito clara, e a cultura local de fazer atividades ao ar livre. No Brasil, apesar de o número de diagnósticos de melanoma ter estabilizado nos últimos anos, a mortalidade vem crescendo em pessoas com menos de 60 anos de idade com essa doença, segundo apontam estudos.[3] 

Esses são alguns fatores de risco para o câncer de pele em geral: a exposiçãoà radiação ultravioleta e o chamado fototipo, definido pela cor da pele, cor dos olhos e cabelos. Pessoas de pele clara, com fototipos I e II, tem mais risco de desenvolver a doença, que também pode se manifestar em pessoas negras, mesmo que em casos mais raros. Fototipos é um modelo de mensurar o tom da pele de acordo com a quantidade de melanina, que podem variar de 1 a 6 sendo 1, a mais pele mais clara, e 6, a mais escura. Outros fatores de risco incluem a imunossupressão (exemplo: pacientes transplantados apresentam risco muito elevado de câncer de pele) e histórico familiar -- reforçando a necessidade de exames preventivos regularmente caso haja parentes que têm ou tiveram a doença-, exposição prolongada ao sol na infância e adolescência e trabalhar por longas horas exposto ao sol sem a proteção adequada[ii].

O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e biópsia, mas é importante estar atento aos sintomas para que seja possível identificar o câncer de pele ainda no início. Pintas com relevo, que mudam de cor, textura ou tamanho e manchas ou feridas que não cicatrizam e apresentam coceira ou sangramento são os principais sinais de alerta para procurar um especialista.[iii]

Estudo recente também aponta que a demora no começo do tratamento para melanoma pode ser um indicador de mortalidade. Para pacientes com plano de saúde suplementar, o tempo médio do diagnóstico para o tratamento foi de 28 dias. Para usuários do SUS, este tempo é de mais de 60 dias. Essa demora foi observada prioritariamente em mulheres de baixa escolaridade, residentes do Nordeste do Brasil.[4]

Segundo o cirurgião oncológico do Hospital Sírio-Libanês, Dr. Fábio Ferreira, o hábito de examinar a pele é pouco difundido, o que atrasa o diagnóstico. “Além disso, a população, principalmente aqueles que vivem longe do litoral, pouco adere ao uso do protetor solar nas regiões do corpo expostas ao sol no dia a dia, embora o Brasil seja um país ensolarado na maior parte do ano”, completa.


Prevenção

Evitar a exposição ao sol sem a proteção adequada é a principal forma de prevenir o câncer de pele, mas como fazer isso da forma correta?

  • Evitar tomar sol entre 10h e 16h;
  • Utilizar filtros solares diariamente, com fator de proteção solar (FPS) 30, no mínimo, e reaplicar ao longo do dia -- inclusive produtos à prova d’água;
  • Cobrir áreas expostas com roupas e acessórios apropriados, como camisas de manga comprida, chapéus, bonés e óculos escuros;
  • Na praia ou piscina, usar barracas e guarda-sóis feitos de algodão ou lona, que absorvem cerca de 50% da radiação UV. Os produtos feitos de nylon não são recomendados pois 95% dos raios UV passam pelo material;

Também é recomendado visitar um dermatologista uma vez ao ano para exames completos.

 

Sociedade Beneficente de Senhoras Hospital Sírio-Libanês

https://hospitalsiriolibanes.org.br/



[1] Link

[2] Link

[3] Link

[4] Link



[i] Link

[ii] Link

[iii] Link


Como se preparar para não cair em golpes de 'phishing' durante a época de festas de fim de ano

De acordo com uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), três em cada dez brasileiros já foram vítimas de golpe ou tentativa de golpe neste ano. Em setembro de 2021, eram 21%. Em junho deste ano, o percentual passou para 31%. Entre esses golpes, o que mais tem aumentado é o do phishing.


O termo phishing se assemelha com outra palavra do vocabulário inglês, fishing, que significa pescar, ou seja, “pescar” as informações dos usuários por meio de um link de uma empresa que parece real e tem algum anúncio com uma boa proposta, mas na verdade é um site de phishing ou um link de malware

Esse tipo de golpe ocorre durante todo o ano e ganha impulso durante as festas de fim de ano, já que muitos varejistas enfrentam um período lento de vendas e oferecerão promoções como forma de aumentar a aquisição de clientes durante uma fase em que mais consumidores estarão on-line. É nesse cenário que os cibercriminosos aproveitam para aplicar o golpe.

O fraudador tenta fazer com que a vítima execute uma ação, aparentando ser um negócio legítimo. Então, costuma criar um anúncio para atraí-la para uma página da web semelhante àquela em que deseja estar e a engana para inserir informações ou clicar em um botão que aciona o download de um malware. Essas páginas são construídas para parecer extremamente autênticas, e fraudadores empreendedores são conhecidos por comprar anúncios do Google para fazer sites falsos aparecerem no topo da página de pesquisa. 

Por isso, tenha cuidado ao navegar, evite clicar em links promocionais em e-mails e sites de mídia social e, ao tentar fazer uma compra em um site que nunca acessou antes, é importante perguntar a si mesmo: “Esta organização realmente precisa confirmar minhas informações de pagamento?” ou “Esta empresa enviaria um e-mail como este?”

Uma outra maneira muito comum de os golpistas atacarem é por meio do uso dos bots. Eles são frequentemente utilizados por fraudadores para abrir o máximo de contas automaticamente e lucrar com promoções. Então, é importante estar atento ao e-mail para ver se há alguma confirmação indicando uma abertura de nova conta. Embora você não sofra perdas financeiras diretamente como resultado, não podemos permitir que fraudadores abram contas em nome de um usuário legítimo para utilizá-la com más intenções, além dos problemas que isso pode causar.

Portanto, tendo em vista o que foi dito anteriormente, conclui-se que a melhor defesa contra a maioria desses tipos de ataques é estar atento às suas contas de  e-mail e sites que estão sendo acessados pela primeira vez. Caso note uma atividade suspeita, procure relatar imediatamente, não tenha medo de entrar em contato diretamente com uma empresa sobre uma mensagem superficial – pode levar alguns minutos, mas é muito melhor do que um fraudador obter informações pessoais que podem ser usadas para prejudicar as pessoas.

Todos nós desempenhamos um papel para manter a internet segura e lembre-se: se algo parece bom demais para ser verdade, provavelmente não é. 

 

Cassiano Cavalcanti - diretor de pré-vendas da BioCatch na América Latina


Tokenização: Conheça o processo de transformação de ativos físicos tradicionais em digitais

A tokenização da economia é um movimento irreversível e que está modificando os meios de captação e investimentos financeiros. De acordo com recente estudo publicado pelo Boston Consulting Group (BCG), o mercado de tokenização de ativos poderá chegar a US$ 16 trilhões até 2030, o que significaria 10% do PIB global atual.

Não é de hoje que se discute o futuro das transações entre empresas e pessoas. No Brasil, uma startup de tecnologia nasceu com a missão de democratizar o acesso das pessoas a blockchain. Trata-se da C9, fundada em junho de 2021, responsável por criar a primeira criptomoeda do varejo para utilização imediata a C9 Coin.

Além das criptomoedas que podem ser utilizadas como investimentos, cashback no varejo como no caso da C9 Coin, a tokenização possibilita o acesso a participação em uma empresa, projetos imobiliários, obras de arte, metais preciosos, entre outros. Também existem ativos intangíveis que podem ser tokenizados, como NFTs, moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs), patentes, propriedades intelectuais, ações de empresas e royalties.

Para Thiago Ribeiro, co-fundador da C9, transformar ativos físicos tradicionais em ativos digitais está facilitando a negociação entre pessoas e empresas por meio da tokenização. “Além de garantir uma enorme eficiência e agilidade por meio da transferência instantânea de bens e ativos tokenizados, temos ainda a vantagem de conseguir registrar de forma clara e imutável todas as informações relacionadas à cadeia de produtividade de uma empresa, desde a sua construção, até chegar aos consumidores”, explica. 

Foi com o ideal de democratizar o acesso aos ativos digitais que a C9 desenvolveu sua Plataforma Full Service, em que a moeda C9 Coin, diferentemente de outros criptoativos voltadas para investimentos, é transacionada como um cupom ou voucher de desconto tokenizado e funciona de maneira similar a um programa de milhagem, por isso ela é conhecida como CryptoBack (cashback em criptomoedas).

Atualmente, a C9 Coin pode ser usada em redes como Camisaria Colombo, La Baby e San Marzano e já soma mais de 39 mil holders (investidor) e mais de 175 mil transações diretas na blockchain.

Diferenciais tecnológicos e de usabilidade

O grande diferencial é que a Plataforma C9 conecta pessoas e empresas de forma direta e imediata na blockchain, sem intermediários, como uma Exchange, para realizar transações.

Outra aplicação trazida pela C9 está relacionada ao conceito da carteira digital online, também conhecida como e-Wallet.  “Desenvolvemos uma aplicação 100% online, na qual não é preciso o cliente baixar um app para poder receber ou utilizar seu Cashback. Assim que o cliente compra seu clube crypto de vantagens ou recebe um Cryptoback em uma compra, de forma automática nós criamos uma nova Wallet online vinculada ao celular do cliente e realizamos a transferência de suas C9 Coins para essa carteira”, finaliza Ribeiro.

 

https://www.c9coin.com.br/

 

“Revisão da Vida Toda”, aprovada pelo STF, ainda gera dúvidas entre aposentados

Após meses de debate em Brasília, o Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria e decidiu sobre o debatido tema “revisão da vida toda”. O STF garantiu aos aposentados do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), com aposentadoria concedida há menos de 10 anos, que conquistem, na justiça, o direito à revisão do benefício, contemplando todas as contribuições, inclusive as realizadas antes de 1994. 

“O direito de incluir contribuições ao INSS anteriores a 1994 já havia sido reconhecido pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), em 2019, e restava apenas a discussão sobre a constitucionalidade”, explica o advogado Rodrigo Queiroga, especialista em direito previdenciário. Segundo ele, a questão está resolvida visto que na atual fase processual os ministros do STF não podem mais mudar seus votos. “Se a Advocacia-Geral da União, que representa o INSS, entrar com um pedido de modulação, isso poderá apenas limitar o alcance da revisão, caso seja deferido, mas em nada altera o direito de incluir nos cálculos da aposentadoria os períodos contributivos”, explica Queiroga. 

O pedido de revisão precisa ser feito em até 10 anos, contados a partir do mês seguinte ao pagamento da primeira aposentadoria. Se um aposentado começou a receber o benefício em junho de 2012, por exemplo, ele pode fazer o pedido de revisão na Justiça até julho de 2022.

A decisão do STF é a favor dos aposentados que começaram a receber seus benefícios entre 29 de novembro de 1999 e 12 de novembro de 2019, um dia antes da Reforma da Previdência.  “Quem se aposentou com direito adquirido nas regras anteriores também pode ter o direito à revisão”, ressalta Rodrigo Queiroga. 

Ao longo do processo, associações que intercedem a favor dos aposentados, pediram que as contribuições previdenciárias efetivadas antes de julho de 1994 fossem consideradas no cálculo dos benefícios. Por conta da Reforma da Previdência de 1999, que previa a exclusão das contas dos pagamentos feitos antes do plano real, essas contribuições deixaram de ser consideradas.

Por outro lado, o Governo Federal se contrapôs à revisão, alegando que a mudança agravaria a situação econômica do país. Segundo dados apresentados ao Supremo Tribunal Federal (STF), o impacto nos cofres públicos seria de 46 bilhões de reais pelos próximos anos. 

Rodrigo Queiroga explica que são os seguintes grupos que podem ser beneficiados com a “revisão da vida toda”: os aposentados que tiveram poucos recolhimentos de INSS depois de 1994; os que recebiam uma alta remuneração antes de 1994; e os que tinham salários mais baixos depois de 1994.

“É fundamental que o aposentado faça o cálculo de quanto seria a aposentadoria com a revisão antes de entrar com um processo na justiça”, chama a atenção o especialista. “Se ele pedir a revisão e o valor ficar menor do que o atualmente recebido, a sua aposentadoria poderá ser reduzida”, diz Queiroga, complementando que “em tese, a revisão vale mais a pena para os aposentados que recebiam altos salários antes de 1994.”

Para pedir a “revisão da vida toda”, o aposentado precisa entrar com uma ação individual na Justiça e é fundamental a orientação de um advogado e cálculos prontos antes dessa ação. A decisão do STF não obriga o INSS a fazer a revisão das aposentadorias sem que seja provocado para isso. A revisão não é feita por conta própria do INSS. Somente a Justiça pode decidir quem tem direito ou não.

 

Especialista explica o que pesa nas compras de Natal do Brasileiro: Caro ou Barato?


De acordo com pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), o Natal desse ano deve levar mais de 118 milhões de brasileiros às compras, injetando 66,6 bilhões na economia do país.

 

Milhões de brasileiros vão às compras de natal, porém, para comprar algo é preciso descobrir qual é a relação do consumidor com o produto ou serviço que se pretende adquirir, mesmo para fins de presentear alguém. Esse processo revela o tipo de consumidor na hora da compra: fiel ao que deseja, criterioso ou econômico. Afinal, a percepção de valor de um produto ou marca é importante para consumidores e empreendedores entenderem porque compram e vendem mais ou menos, é o que explica a mentora e empresária Luiza Castanho.

 

Natal é uma ocasião em que fazemos questão de comprar algo bacana para nós mesmos ou para os entes queridos que desejamos presentear. Segundo projeção da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), as vendas no comércio varejista no Estado devem crescer 8% esse mês, impulsionadas por essa data festiva. Isso representa 8,8 bilhões de reais a mais de vendas comparadas ao mesmo período, em 2021. A tendência também é de aumento de vendas em outras regiões do país. 

 

E você, obviamente, tem participação ativa nisso, ao fazer questão de comprar algo. Para entender melhor isso, é preciso descobrir qual a sua relação com o produto ou serviço que pretende adquirir, mesmo para fins de presentear alguém. Esse processo revela o tipo de consumidor que você é na hora da compra: fiel ao que deseja, criterioso ou econômico. Não se trata, necessariamente, de poder aquisitivo. Afinal, quando entra o desejo na jogada, somos capazes de comprar, de alguma forma, até o que o nosso orçamento não permite. Economizamos a vida toda para fazer alguma viagem ao lado de uma pessoa especial ou para ter o carro de nossos sonhos, por exemplo. 

 

No que diz respeito ao empreendedor ou dono do negócio que atende o mercado consumidor, é muito importante entender essa percepção, qualquer que seja ela. Assim, ele pode aprimorar o que oferece e alavancar os lucros, conquistando algo essencial nessa engrenagem: a fidelização do cliente. Infelizmente, nem todo empreendedor compreende essa visão do consumidor. Um estudo realizado pela Bain and Company, empresa americana de consultoria de gestão, mostrou que 80% das marcas acreditam que estejam oferecendo algo especial aos clientes. Mas os consumidores abordados revelaram que apenas 8% delas entregavam uma oferta diferenciada capaz de seduzi-los.

 

Para compreender melhor tudo isso, Luiza Castanho, mentora em empreendedorismo, apresenta e explica cada uma das zonas de percepção de valor de um serviço e produto por parte do consumidor. Assim, ficará mais fácil sacar porque somos capazes de mover montanhas para adquirir certa coisa e ao mesmo tempo desprezar outra, ainda que ambas sejam úteis. Eis as zonas de percepção de valor:


 

Zona da comodidade: estão inseridos nessa categoria os serviços genéricos, com padrões de qualidade em um mesmo patamar. Praticamente não há muitas diferenças entre eles. A decisão de escolha do consumidor está baseada no preço. Ou seja, os produtos ou serviços mais baratos têm vantagem. “Como a qualidade não é considerada e tampouco existe ligação afetiva com o que se compra, é preferível ao consumidor levar o que vai pesar menos no bolso. Em caso de insatisfação, não haverá grande arrependimento pela escolha”.


 

Zona da satisfação: os produtos e serviços inseridos nessa categoria continuam sendo genéricos, ainda que ofereçam algum tipo de conveniência ao consumidor, que não é guiado, necessariamente, pelo preço. Assim, a qualidade, algum tipo de informação extra sobre o que se pretende ter ou mesmo o atendimento na hora da compra passam a ser avaliados. “Cerca de 80% dos produtos e serviços estão nas zonas da comodidade e da satisfação”, revela Castanho.     


 

Zona do resultado: os produtos e serviços dessa categoria têm as conveniências daqueles da zona de satisfação. Mas vão além disso. Eles são considerados completos, já mexendo com o emocional do consumidor. De todo modo, a decisão de compra é baseada na relação custo e benefício. Ou seja, o cliente até pode pagar mais pelo produto desde que seja entregue tudo que se espera dele.


 

Zona da superação: todos os produtos e serviços dessa categoria (cerca de 7%) apresentam um certo grau de inovação. São itens mais sofisticados em todos os aspectos, que atraem uma clientela exigente, disposta a ter o que há de melhor. O preço, portanto, é um mero detalhe. “O consumidor já entendeu que o que é oferecido está em um patamar superior, que há uma diferenciação clara. Assim, a escolha dele está totalmente focada na qualidade”, diz Luiza.

 

Zona da excelência: os produtos e serviços dessa categoria têm prestígio incontestável. Fazem parte do desejo coletivo, do sonho de todo consumidor. Usufruir deles passa a ser uma experiência memorável. Portanto paga-se qualquer preço por eles. E, evidentemente, estamos falando de produtos e serviços caros. É meta de todo empreendedor ambicioso oferecer itens inseridos nessa zona de percepção. “O consumidor entende que está adquirindo algo de excepcional qualidade, bastante raro. Encontramos no mercado, no máximo, 3% de produtos e serviços inseridos nessa categoria”, esclarece a mentora.

 


Luiza Castanho - Mentora em Empreendedorismo, formada em Administração de Empresas pela Universidade Estácio de Sá, do Rio de Janeiro, com Pós-Graduação em Gestão de Pessoas e Financeira pela Universidade Católica de Brasília (UCB), do Distrito Federal.    É, ainda, ex- diretora da academia Les Cinq Gym (SP), referência no mercado de luxo, CEO da rede de academias CrossFit Black House, fundadora e CEO da UFire (SP), empresa de educação para líderes e empreendedores. Site: luizacastanho.com.br


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