Pesquisa recente, realizada pelo Instituto DataSenado, sobre violência no ambiente escolar, revela que 6,7 milhões de estudantes sofreram algum tipo de violência na escola nos últimos doze meses, o que significa 11% dos quase 60 milhões de alunos matriculados. O levantamento também mostrou que as pessoas, de modo geral, têm mais medo da violência na escola do que nas ruas – 90% e 76%, respectivamente.
Os números
refletem uma realidade que preocupa não só a comunidade escolar, mas a
sociedade como um todo. A pauta é de fato, de interesse geral. Sempre que
presenciamos uma situação de bullying ou de violência, é nosso papel agir para
acabar com esse tipo de comportamento, ensinando os alunos a relatarem e
buscarem ajuda. Para isso, é essencial que os professores estejam preparados
para lidar e para intervir, ficando atentos às interações e aos comportamentos
para identificar sinais de problemas, como isolamento ou agressividade.
Essa abordagem faz
com que os estudantes se sintam mais seguros para procurar um professor,
coordenador, ou até mesmo um psicólogo, caso a escola ofereça esse suporte.
Dessa forma, o educador transforma uma situação difícil em uma oportunidade de
aprendizagem para o aluno, incentivando-o a se abrir e lidar com suas
emoções.
Em contrapartida,
é de extrema importância que os docentes também cuidem da própria saúde mental,
pois só assim poderão criar um ambiente seguro e acolhedor para os alunos. É
essencial que os educadores estejam prontos para interferir e para oferecer
todo apoio necessário aos jovens estudantes que passam por situações de bullying
e de cyberbullying, lidando inclusive com questões socioemocionais. Todos têm
um papel na detenção de comportamentos negativos, por isso também é fundamental
ensiná-los a relatar situações e buscar ajuda.
Tratando de como
prevenir os casos de violência, é necessário reforçar que a conscientização
sobre o bullying e o cyberbullying deve ser feita por meio do diálogo. Os
alunos precisam participar de conversas sobre comportamentos inadequados,
trazendo exemplos do dia a dia e os orientando prontamente para intervir e
compartilhar suas preocupações com professores e profissionais da escola.
Ana Paula Lilly - orientadora educacional da FourC Bilingual Academy e especialista em educação na FourC Learning
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