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quarta-feira, 5 de outubro de 2022

Novas pesquisas ajudam a entender fatores genéticos que protegem naturalmente pessoas contra a COVID-19

Equipe do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco da USP avaliou idosos acima de 90 anos resistentes ao SARS-CoV-2 e também um caso de gêmeos idênticos com desfecho diferente para a chamada COVID longa. A expectativa é que os achados contribuam para a busca de novas vacinas e tratamentos (imagem: Alexandra_Koch/Pixabay)

 

Duas pesquisas recém-publicadas por cientistas brasileiros ajudam a entender fatores genéticos que protegem algumas pessoas da infecção ou até mesmo de desenvolver a forma grave da COVID-19. Um dos estudos foi realizado com um grupo de idosos acima de 90 anos resistentes ao SARS-CoV-2 e o outro descreve o caso de gêmeos idênticos com desfecho diferente para a chamada COVID longa.

Desde 2020, pesquisadores de vários países, incluindo o Brasil, buscam identificar genes que conferem proteção contra o novo coronavírus, tanto impedindo a infecção quanto favorecendo uma doença leve, na expectativa de que esse conhecimento permita o desenvolvimento de novas vacinas e tratamentos contra essa doença e outras provocadas por vírus.

“Se realmente comprovarmos que alguns genes promovem resistência ao SARS-CoV-2, isso também pode ser verdade para outros tipos de vírus. A partir disso, novos trabalhos podem buscar entender os mecanismos por trás dessa resistência e desenvolver medicamentos para aumentar a proteção das pessoas contra infecções virais”, diz à Agência FAPESP a professora Mayana Zatz, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

Zatz é coordenadora do Centro de Estudos do Genoma Humano e Células-Tronco (CEGH-CEL), um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP, e autora principal dos dois artigos publicados em revistas do grupo Frontiers.

Em uma das pesquisas, os cientistas buscavam possíveis genes de resistência ao SARS-CoV-2 e queriam entender mecanismos envolvidos nos extremos – casos de idosos resilientes à doença, mesmo podendo ter comorbidades, em contraponto a pessoas mais jovens sem comorbidades que tiveram formas muito graves, algumas letais.

Para isso, trabalharam com uma coorte de 87 indivíduos chamados de “superidosos”, ou seja, com mais de 90 anos que se recuperaram da COVID-19 com sintomas leves ou que permaneceram assintomáticos após teste positivo para o novo coronavírus. A média de idade foi de 94 anos, sendo que uma mulher tinha, à época do estudo, 114 anos e foi considerada a pessoa com mais idade no Brasil a se recuperar da doença.

Os dados foram comparados com os de 55 pessoas com menos de 60 anos e que contraíram a forma grave ou morreram, além de uma base da população idosa geral da cidade de São Paulo, obtida por meio de banco genético (leia mais em: https://agencia.fapesp.br/38069/).

Os pesquisadores analisaram a região do cromossomo 6, conhecida como Complexo Principal de Histocompatibilidade (MHC, na sigla em inglês). Essa área tem dezenas de genes que controlam o sistema imunológico de diferentes formas, mas depende de equipamentos e ferramentas especiais para análise. Houve ainda o sequenciamento do exoma (fração do genoma que codifica os genes). Já a infecção por SARS-CoV-2 foi confirmada pelo teste RT-PCR, tendo sido as amostras coletadas no início de 2020 – antes dos programas locais de vacinação contra a COVID-19.

Obtiveram três resultados importantes no trabalho, sendo que dois deles só foram possíveis por usar amostras de população miscigenada, como é o caso do Brasil.

O primeiro foi que o grupo com COVID leve apresentou frequência aumentada de algumas variantes do gene MUC22, duas vezes maior do que os pacientes com casos graves e mais frequente ainda nos superidosos resilientes. Esse gene faz parte da família das mucinas e é um dos ligados à produção de muco, responsável pela lubrificação e proteção de vias respiratórias. Por outro lado, a produção excessiva desse muco já foi relacionada a doenças inflamatórias pulmonares encontradas em casos graves de COVID-19.

Segundo o estudo, essas mutações (variantes do tipo missense, que trocam aminoácido na proteína) do MUC22 podem estar reduzindo as respostas imunes hiperativas contra o SARS-CoV-2 e, com isso, desempenhando um importante papel protetor das vias respiratórias contra o vírus. Ou seja, uma hipótese é que indivíduos com melhor controle da produção da mucina talvez sejam mais resistentes.

“É possível que essa variante, classificada como missense, interfira não só na produção de muco, mas na sua composição, já que há troca de aminoácidos na proteína. Será preciso agora conduzir novos estudos para entender como ela atua durante a infecção ou em pessoas saudáveis”, explica Erick Castelli, pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Botucatu, e primeiro autor do artigo juntamente com Mateus Vidigal, pós-doutorando no CEGH-CEL.

O trabalho foi publicado na Frontiers in Immunology e recebeu apoio da FAPESP por meio do CEPID, do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) de Envelhecimento e Doenças Genéticas e de mais quatro projetos (19/19998-820/09702-113/17084-2 e 17/19223-0).

Além disso, um ponto encontrado a ser investigado é a ligação das variantes de MUC22 com o aumento de expressão do microRNA miR-6891. Em bancos de dados genéticos já foi mostrado que esse microRNA se associa ao genoma do vírus e consegue quebrá-lo. Por isso, a produção maior dessas moléculas de alguma forma poderia diminuir a reprodução do vírus dentro da célula, o que estaria relacionado à COVID leve.


Conhecimento acumulado

Os outros dois achados da pesquisa estão ligados a variantes de genes mais frequentes em indivíduos africanos e sul-americanos, sendo um deles o alelo *01:02 do gene HLA-DOB. Por meio de análises computacionais, os cientistas perceberam que o HLA-DOB pode interferir no trânsito de alguns antígenos (pedaços do vírus) para a superfície celular.

O sistema imunológico identifica esses antígenos e cria uma resposta caso sejam “estranhos” ao organismo. Os pesquisadores detectaram que o trânsito pode estar modificado nessas proteínas de dentro da célula para a superfície, agravando a infecção. Ao comparar casos leves e graves de COVID-19, a frequência desse gene foi três vezes maior no segundo grupo.

“É a segunda vez que essa variante do HLA-DOB aparece em nossos estudos. Já a encontramos na pesquisa com os casais, onde estava associada aos casos de infecção por COVID-19 em comparação aos não infectados. Agora, ela surge nos registros graves. Só conseguimos localizá-la por causa da miscigenação da nossa amostra, com componentes de ancestralidade africana e sul-americana. Como a maioria dos estudos é realizada na Europa, dificilmente encontrarão por lá”, completa Castelli.

O pesquisador se refere a um outro trabalho publicado em 2021, com a participação dos três cientistas, que deu os primeiros passos para entender o motivo de algumas pessoas serem naturalmente resistentes à infecção pelo novo coronavírus e outras não. À época, foi analisado material genético de 86 casais em que apenas um dos cônjuges foi infectado pelo SARS-CoV-2, embora ambos tenham sido expostos sem proteção.

Os resultados sugeriram que determinadas variantes genéticas encontradas com maior frequência nos parceiros resistentes estariam associadas à ativação mais eficiente de células de defesa conhecidas como exterminadoras naturais (ou NK da sigla em inglês para natural killers). Quando as NKs são acionadas corretamente, conseguem reconhecer e destruir células infectadas, impedindo que a doença se instale no organismo (leia mais em: agencia.fapesp.br/35752/).

Com importante papel na coleta das amostras, Vidigal destaca a relevância da coorte utilizada. “Trabalhamos com os extremos, não só em relação aos casos – leves, graves e que foram a óbito – como à idade, com os superidosos. Continuamos acompanhando esses pacientes e estamos desenvolvendo novos projetos com os centenários”, complementa Vidigal.

Por fim, o terceiro resultado está ligado ao gene HLA-A, um dos principais responsáveis por criar uma espécie de “vitrine” na superfície celular, mostrando para as células de defesa quais proteínas estão dentro daquela célula. Uma variante desse gene apareceu duas vezes mais em indivíduos que apresentaram a forma grave da doença.


Pós-COVID

No outro estudo, os cientistas relataram um caso de gêmeos idênticos (monozigóticos), com 32 anos à época, que apresentaram simultaneamente COVID-19 grave com necessidade de internação e uso de oxigênio, apesar da idade e das boas condições anteriores de saúde. Coincidentemente os dois foram internados e intubados no mesmo dia, mas um dos irmãos passou oito dias a mais no hospital e somente ele apresentou a COVID longa, ou seja, continuou com sintomas, principalmente fadiga, mesmo após sete meses da infecção.

Depois de avaliar o perfil de células imunes e das respostas específicas ao SARS-COV-2, além de sequenciamento completo do exoma (a parte do genoma responsável por codificar as proteínas), os cientistas apontaram que a evolução clínica diferente entre ambos reforça o papel da resposta imune e da genética no desenvolvimento da doença.

Segundo o trabalho, publicado na Frontiers in Medicine, embora os gêmeos idênticos compartilhem as mesmas mutações genéticas que podem estar associadas ao aumento do risco de desenvolver a forma grave, a evolução clínica foi diferente. Já em relação à síndrome pós-COVID, corroborou uma associação entre o tempo de internação e a ocorrência de sintomas de longa duração.

“Já tinham sido registrados no Brasil casos de sete pares de gêmeos idênticos adultos que morreram em decorrência da doença com dias de diferença, o que chama a atenção para o componente genético da COVID-19. Quando soubemos desse par de gêmeos que teve a forma grave ao mesmo tempo e só foi saber um do outro no hospital, ficamos interessados em descrever o caso. O fato de terem sido infectados simultaneamente e desenvolverem uma forma grave da doença reforça a hipótese do fator genético”, afirma Vidigal, primeiro autor do trabalho, que também recebeu apoio da FAPESP.

Segundo o pesquisador, entre os parâmetros sistêmicos ligados à fadiga pós-COVID que apareceram alterados estão a ferritina (proteína produzida pelo fígado envolvida no metabolismo do ferro) e a creatina-kinase (uma proteína muscular).

“Em pesquisas como essas é extremamente importante o trabalho em equipe, envolvendo genômica, imunologia, parte clínica e outras. Quando se quer responder questões complexas, é importante saber desenhar o experimento e identificar os pacientes que melhor podem ajudar a responder a pergunta. E isso não é fácil”, resume Zatz.

Tamanha é essa dificuldade que uma equipe internacional de pesquisadores lançou em outubro do ano passado na revista Nature uma espécie de caçada global por pessoas geneticamente resistentes à infecção pelo SARS-CoV-2.

O artigo MUC22, HLA-A, and HLA-DOB variants and COVID-19 in resilient super-agers from Brazil pode ser lido em: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fimmu.2022.975918/abstract.

Já o estudo Follow-up of young adult monozygotic twins after simultaneous critical coronavirus disease 2019: A case report está acessível no endereço: www.frontiersin.org/articles/10.3389/fmed.2022.1008585/full.
 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/novas-pesquisas-ajudam-a-entender-fatores-geneticos-que-protegem-naturalmente-pessoas-contra-a-covid-19/39740/


Câncer de mama pode despertar gatilhos e provocar problemas psíquicos

O diagnóstico positivo para câncer de mama carrega uma série de repercussões no aspecto psicológico da mulher. De início pode haver, inclusive. negação, o que segundo especialistas, é um mecanismo de defesa do cérebro para processar notícias negativas. O momento delicado pode servir de gatilho para o surgimento e desenvolvimento de sofrimentos psíquicos, como a ansiedade e a depressão.

“As perdas são muitas, desde as questões que permeiam o medo de morrer, até as questões estéticas, como a eventual queda de cabelo decorrente da quimioterapia, passando pelo aspecto pós cirúrgico das mamas. Os seios são uma região extremamente erotizada no imaginário comum. A consequente perda de sua aparência dita ‘normal’ pode desencadear um golpe na autoestima da mulher em tratamento contra o câncer de mama”, explica a psicóloga Maria Rafart.

A especialista ressalta que a mama pode ter um significado muito importante na formação da própria identidade de uma mulher. “Pacientes nesta condição podem expressar sentimentos negativos, como raiva, medo e muita preocupação. O apoio dos familiares e amigos, e o correto entendimento do contexto por parte deles, pode ser muito benéfico. Tecer uma verdadeira rede de proteção e auxílio, além de terapia, podem ser excelentes coadjuvantes para superar com êxito as agruras de um momento tão difícil”, orienta Maria Rafart.


Outubro Rosa: Mais de 66 mil novos casos de câncer de mama devem ocorrer no país até o fim do ano

A doença é uma das principais causas de morte da população feminina

 

Sendo um mês dedicado à importância da prevenção do câncer de mama, a campanha Outubro Rosa, criada em 1990, reforça o diagnóstico precoce. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), a doença é um dos tumores com mais incidência nas mulheres no país. Ainda segundo os dados, até o fim de 2022, são esperados mais de 66 mil novos casos.  

Diante de um número tão expressivo, a ginecologista e obstetra Lorrainy Rabelo ressalta que a agilidade no diagnóstico é fundamental. “O autoexame das mamas em todas as idades é muito importante no rastreio de lesões. Apesar de ser uma doença rara em mulheres jovens e ter a maior incidência a partir dos 55 anos, todas devem estar alertas”, afirma a médica.  

Segundo dados do INCA, a doença é a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto na região Norte. Lorrainy ressalta alguns sintomas da doença, que são: 

 

Alteração no formato ou no tamanho da mama 

Vermelhidão, calor ou dor na pele da mama

Aspecto de casca de laranja 

Feridas nos mamilos 

Coceira na mama ou nos mamilos 

Inversão do mamilo

Liberação de secreção ou sangue do mamilo

Inchaço e nódulos nas axilas 

 

A especialista afirma ainda que, quando o diagnóstico é realizado precocemente, há um aumento significativo nas chances de cura e de sobrevida da paciente. “Faça o autoexame das mamas, que é um excelente aliado do diagnóstico. Mas é importante também realizar a mamografia ou ultrassonografia conforme a recomendação médica, pois esses métodos detectam a alteração em estágios mais precoces que o autoexame poderia detectar. Quanto mais precoce o diagnóstico, maior a chance de cura”, alerta a médica Lorrainy Rabelo.


Outubro Rosa: terapia pode ser aliada na luta contra o câncer de mama

Mulheres com a doença têm até 25% de chances de desenvolverem depressão. Acompanhamento psicológico é um fator chave no tratamento e leva suporte emocional às pacientes 

 

Mulheres com câncer de mama têm até 25% de chances de desenvolverem depressão, segundo um estudo do Observatório de Oncologia. A doença tem mais de 60 mil novos casos no país ao ano, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Milene Rosenthal, co-fundadora da Telavita, clínica digital de saúde mental, aponta que o acompanhamento psicológico pode ter um papel importante no tratamento. 

“Quadros depressivos podem dificultar a adaptação da paciente às rotinas de tratamento ou até mesmo, em casos mais severos, levá-las a abandonar esse tratamento. O acompanhamento profissional ajuda nesse aspecto e também traz alívio e orientação para lidar com a situação. Em alguns casos, a mulher pode precisar de ajuda até mesmo para explicar a doença aos familiares”, comenta a especialista. 

Milene explica que os psicólogos inserem a resiliência como estratégia durante o acompanhamento terapêutico, trabalhando essa habilidade com o paciente e com a família, um recurso valioso no enfrentamento da patologia. “Sabemos o quanto é difícil lidar com o câncer de mama, mas há uma relação positiva entre resiliência e qualidade de vida das pacientes e ela pode trazer benefícios concretos para o tratamento”, aponta. 

Além da dificuldade em lidar com a doença em si, outro aspecto que acaba mexendo com o psicológico das mulheres diagnosticadas é o impacto na autoestima. Dependendo do tratamento, a quimioterapia é necessária, causando queda de cabelo, e casos mais graves culminam na mastectomia -- cirurgia para retirada das mamas. “Esses são grandes medos das mulheres. A questão estética, por mais que não ocupe um lugar prioritário na vida de uma mulher, está ligada à autoestima e pode causar danos psicológicos”, ressalta a psicóloga. 

Milene frisa que não se deve deixar de lado a gravidade do diagnóstico, mas é importante trabalhar a mente para seguir em frente da melhor forma possível. “Um emocional forte pode contribuir para o tratamento e para a recuperação da paciente. Manter a rotina, respeitando as limitações, praticar atividades físicas e beneficiar-se do convívio com a família são outros complementos importantes”, finaliza.

 

Telavita


Dia da Natureza: que males a poluição das grandes cidades e falta do ar puro podem trazer ao coração?



O Dia da Natureza é celebrado nesta terça-feira (04). Hoje, muito se fala sobre os benefícios de vivermos em áreas com mais verde e longe das grandes urbes. Um dos pontos mais negativos das grandes cidades é a poluição. Segundo um artigo científico publicado pela revista Nature Reviews Cardiology, em 2020, a poluição do ar é o fator de risco ambiental mais importante para doenças cardiovasculares. No Dia da Natureza, celebrado nesta terça-feira (04), é importante fazermos uma análise de que riscos a falta do ar puro pode trazer ao nosso coração.

Isso foi o que fez o cardiologista e especialista em marca-passo Dr. Roberto Yano. Segundo ele, a poluição do ar está relacionada a porcentagens significativas de problemas de saúde no mundo. O material particulado liberado na poluição, promove um estresse oxidativo no organismo, além de uma inflamação sistêmica, contribuindo para o aumento de casos de infarto, derrame cerebral, insuficiência cardíaca, doenças pulmonares, entre outras.

“O pior é que a poluição lesa silenciosamente. Para a saúde do coração, a poluição do ar costuma ser até mais prejudicial para pessoas que já têm doenças crônicas estabelecidas, como a aterosclerose por exemplo, que é o acúmulo de gordura no interior das artérias. A poluição pode causar instabilização, com ruptura da placa em um vaso sanguíneo, desencadeando um infarto agudo do miocárdio ou um acidente vascular encefálico. A poluição também pode ter efeitos inflamatórios no coração, causando problemas cardiovasculares crônicos”, mencionou.

Segundo Dr. Yano, é necessário também compreender que mais grave do que a exposição natural à poluição, é o contato com esses poluentes por períodos prolongados. “Se você se expõe o dia inteiro à poluição do ar, algumas atitudes podem minimizar os impactos negativos disso. Uma delas é manter-se bem hidratado. Fique atento a lábios e olhos, se estão muito secos. Isso pode ser um sinal da desidratação que pode estar sendo causado por essa exposição maior a esses gases”, finalizou.


Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram.
O principal objetivo do profissional é divulgar informações valiosas aos seguidores, sempre visando os preceitos do código de ética médica.


Meningite é uma doença grave e pode levar a morte

Ao suspeitar da patologia é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica 

 

Casos, recentes, de Meningite em São Paulo acendem o sinal alerta para a doença que representa risco à saúde pública e que pode trazer diversas complicações. Segundo informações da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), São Paulo registrou 56 casos de meningite, com nove mortos. A letalidade da Meningite Meningocócica, corresponde em torno de 10% em países desenvolvidos e 20% nos países em desenvolvimento já a letalidade da doença Meningocócica com meningococcemia é de cerca 70%.

A enfermeira da Unidade de Vigilância em Saúde do município de São Paulo, coordenadora do curso de Pós-graduação em Saúde da Família e professora do curso de Enfermagem da Faculdade Santa Marcelina, Dra. Raquel Xavier de Souza Saito, explica que a doença é endêmica no Brasil. “Isso significa que todos os anos temos casos da doença sem que isso signifique uma epidemia.  No entanto, uma suspeita de Meningite é sempre um alerta que dispara uma série de ações para o controle da transmissão”, explica.

Os sintomas mais comuns são: febre, vomito, cefaleia, rigidez de nuca, fotofobia, artralgia e mialgia, tontura, sonolência e confusão mental. Na meningocócica é um sinal importante, manchas vermelhas (petéquias e sufusões hemorrágicas). Dependendo da gravidade de cada caso, as complicações e sequelas podem ser, perda ou diminuição da audição e visão, problemas com memória, concentração, coordenação motora, equilíbrio, aprendizado e fala, epilepsia e paralisia cerebral. “As formas de prevenção da Meningite é lavar as mãos frequentemente com água e sabão e vacinação, incluindo meningite C”, finaliza a Dra. Raquel.

A Meningite é um processo inflamatório das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e parasitas. Em algumas situações como, processos inflamatórios decorrentes de câncer (metástases para meninges), lúpus, reação a algumas drogas, traumatismo craniano e cirurgias cerebrais, podem causar meningite. Meningites bacterianas tende a evoluções mais graves, principalmente causada pela bactéria Neisseria meningitidis (meningococo).

A seguir, a especialista explica como a doença pode ser transmitida e as formas de prevenção.

Transmissão da Meningite - Em geral, a transmissão é de pessoa para pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções do nariz e da garganta. Também ocorre a transmissão fecal-oral, através da ingestão de água e alimentos contaminados e contato com fezes.

Sintomas da meningite - O quadro clínico é grave, por isso quando perceber que você ou alguém estiver com sintomas de meningite deve procurar atendimento médico o mais rápido possível. Um médico pode determinar se você tem a doença, o tipo de Meningite e o melhor tratamento.

Diagnóstico da Meningite - Na suspeita de Meningite, deve ser coletado amostras de sangue e líquido cefalorraquidiano (líquor). O laboratório testa as amostras para detectar o agente que está causando a infecção. A identificação específica do agente é importante para o médico saber exatamente como deve tratar a infecção.

Tratamento da Meningite - Devido à gravidade da doença e do quadro clínico, os casos suspeitos de Meningite sempre são internados nos hospitais. Ao suspeitar de Meningite é urgente a procura por um pronto-socorro hospitalar para avaliação médica.

Tratamento das Meningites bacterianas - Feito com antibiótico em ambiente hospitalar.

Tratamento das Meningites virais - Na maioria dos casos, não se faz tratamento com medicamentos antivirais.

Tratamento das Meningites fúngicas - Tratamento é mais longo, com altas e prolongadas dosagens de medicação antifúngica.

Prevenção da Meningite - Vacina meningocócica C (conjugada): protege contra a doença meningocócica causada pelo sorogrupo C.

Vacina pneumocócica 10-valente (conjugada): protege contra as doenças invasivas causadas pelo Streptococcus pneumoniae, incluindo Meningite.

Pentavalente: protege contra as doenças invasivas causadas pelo Haemophilus influenzae sorotipo B, como Meningite, e contra a difteria, tétano, coqueluche e hepatite B.

Vacina contra Meningite ACWY: Confere proteção contra Meningites e infecções generalizadas, causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A C, W e Y.

 

 Faculdade Santa Marcelina


Psiquiatra fala sobre os sintomas e porque essa alteração do sono deve ser tratada corretamente

Ter pouco ou muito sono deve sempre acender a luz vermelha, pois essas duas alterações do sono podem estar associadas a algumas patologias. De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), aproximadamente 73 milhões de brasileiros sofrem de insônia, ou seja, quase 1/3 da nossa população apresenta alguma dificuldade em iniciar ou manter o sono. “Para o bom funcionamento da nossa mente e do nosso cérebro, o sono é extremamente essencial. Durante a noite, o fluxo sanguíneo no cérebro aumenta e as células cerebrais diminuem de tamanho", explica a psiquiatra Kelly Pereira Robis, professora da UFMG e da PUC/Minas.    

O sono normal é um processo ativo, no qual se observa um padrão cíclico de atividade cerebral que se repete a cada 90 a 120 minutos, sendo duas grandes fases que se alternam durante a noite: Rapid Eye Movement (que chamamos de sono REM) e não-REM. Toda pessoa após 8 horas de sono, por exemplo, experimenta cerca de 5 a 6 ciclos de sono. “A insônia: dificuldade em iniciar ou manter um sono restaurado que resulta em fadiga cuja gravidade ou persistência causa sofrimento clinicamente significante ou prejuízo no funcionamento. Já a pessoa com hipersonia apresenta uma sonolência excessiva durante o dia ou episódios anormais prolongados de sono noturno", diz a psiquiatra.   

  

Hipersonia: sintomas, causas e tratamento    

De acordo com pesquisas, a hipersonia atinge cerca de 2,5% da população brasileira, sendo um distúrbio raro do sono que provoca sonolência excessiva durante o dia mesmo após uma noite de sono prolongado, podendo também causar sintomas de falta de energia, falta de concentração, irritabilidade ou cansaço intenso ao longo do dia.     

Esse tipo de distúrbio pode ser causado por fatores genéticos, sendo chamada de hipersonia idiopática ou primária, ou pode ocorrer devido a outros problemas de saúde, como anemia ou hipotireoidismo, por exemplo, sendo nestes casos considerada hipersonia secundária.     

Quem sofre com a hipersonia pode ter sua vida muito prejudicada com a perda da qualidade de vida, podendo afetar o desempenho na escola ou no trabalho.   

  

Principais sintomas e causas   

Na hipersonia o cansaço constante durante o dia, mesmo após um boa noite de sono, ou a dificuldade para acordar após longos períodos de sono são os principais sintomas.    

Entretanto, a hipersonia também pode manifestar-se com variados sintomas como sensação de falta de energia; falta de atenção e foco; fala lenta; dificuldade em pensar e tomar decisões; perda de concentração ou de memória; muito cansaço durante o dia; irritabilidade; inquietação; ansiedade e perda do apetite. 
  

A hipersonia recebe duas classificações: a idiopática e a secundária. A Hipersonia idiopática ou hipersonia primária: a causa exata da hipersonia idiopática não é totalmente conhecida, mas alguns estudos mostram que pode estar relacionada a distúrbios nas substâncias químicas no cérebro relacionadas às funções do sono e da vigília.     

A hipersonia idiopática pode ser a de sono prolongado com a necessidade de dormir mais de 24 horas seguidas; e a hipersonia idiopática sem sono prolongado, caracterizada por dormir em média 10 horas de sono seguidas, mas necessita de vários pequenos cochilos ao longo do dia, para se sentir revigorada. Para a psiquiatra, geralmente, esse tipo de hipersonia está relacionada à predisposição genética como história familiar de hipersonia.    

Já a hipersonia secundária é causada por outros distúrbios ou doenças que podem causar sono excessivo como apneia do sono, doença de Parkinson, hipotireoidismo, deficiência de ferro ou depressão, por exemplo. Além disso, o uso de medicamentos ansiolíticos, antidepressivos ou estabilizadores do humor, que têm como principal efeito colateral a sonolência excessiva, também podem causar hipersonia secundária.     

O tratamento geralmente varia de acordo com o tipo de hipersonia. “Normalmente, a medicação recomendada é o uso de estimulantes. O principal objetivo desses medicamentos é diminuir o tempo de sono e aumentar o tempo em que se está acordado, ajudando a ter maior disposição durante o dia, além de melhorar significativamente o humor e diminuir a irritabilidade”, ressalta a psiquiatra Kelly Robis. 


Secura dos olhos e insônia fazem parte dos sintomas da menopausa

Queda de estrogênio nessa fase favorece a osteoporose

18 de outubro é o Dia da Menopausa 

 

“Muitas mulheres ainda desconhecem a maioria dos sintomas do climatério e da pós-menopausa, como o ressecamento das mucosas em geral, principalmente dos olhos e vagina. Além disso, há queda de cabelo, alteração no humor, depressão, insônia... por isso é importante que elas saibam que, desde que não tenham contraindicação, a terapia de reposição hormonal pode ser feita sem medo”, alerta Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Escola Paulista de Medicina – Unifesp. 

De acordo com a médica, a reposição hormonal é muito importante porque, além de contribuir na prevenção da osteoporose, ajuda muito a diminuir os sintomas que impactam de forma considerável a qualidade de vida da mulher. 

“As principais contraindicações para a reposição hormonal são: histórico de câncer de mama e tendência à trombose. Claro que cada mulher deve ser avaliada individualmente”, explica Dra. Marise, que também é diretora da Clínica Croce. 

O período do climatério se inicia cerca de 5 anos antes da menopausa, quando a produção de hormônios sexuais começa a diminuir. A menopausa é o nome dado à data da última menstruação, o que configura o final do ciclo reprodutivo da mulher. Em geral, ela pode acontecer entre 45 e 55 anos de idade, e varia muito de mulher para mulher, sendo pouco previsível. Com a menopausa, ocorre a queda do estrogênio, hormônio importante para o osso, e é quando podem surgir os quadros de osteoporose. 

“Vale lembrar que a osteoporose é uma doença que deve ser prevenida ao longo da vida. Os pilares para prevenção são: exercícios físicos regulares, alimentação rica em nutrientes bons para o osso, entre eles o cálcio, advindo principalmente dos laticínios. E não vamos esquecer da vitamina D, hormônio importantíssimo para o osteometabolismo e que precisa da luz do sol para ser produzido. A reposição hormonal na pós-menopausa também contribui para a prevenção da osteoporose, uma doença que favorece fraturas e prejudica demais a qualidade de vida de uma pessoa. É importante que todos estejam cientes sobre ela”, finaliza Dra. Marise.

 

Clínica Croce

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Aumento de casos do diabetes no Brasil em quase 30% gera preocupação do cuidado com a saúde

Atraso no diagnóstico e falta de acompanhamento adequado agravam o quadro clínico 

 

Dados divulgados pela Federação Internacional de Diabetes (IDF) no Atlas do Diabetes mostram que, nos últimos dez anos, houve aumento de 26,61% no número de pessoas que vivem com diabetes no Brasil, deixando o País na sexta posição mundial. Nesse ritmo, a previsão é que aproximadamente 643 milhões de brasileiros tenham a doença em 2030, e 784 milhões em 2045. 

Para a endocrinologista, Dra. Lara Bessa, do Fleury Medicina e Saúde, diversos cenários estão envolvidos nesse resultado. “Infelizmente, muitos não sabem que apresentam a doença e, consequentemente, não realizam o acompanhamento adequado. Alguns pacientes têm conhecimento, mas não conseguem assistência médica regular e outros não buscam um especialista. Apenas 15% das pessoas diabéticas realizam anualmente o exame de hemoglobina glicada, por exemplo. Isso é muito preocupante”, explica a médica.

A Dra. Lara Bessa também ressalta que esse resultado está intimamente relacionado com o aumento da obesidade e do sedentarismo e, diante disso, a especialista esclarece dúvidas sobre a doença.


O que é o diabetes?

Diabetes mellitus (DM) é uma doença crônica que se caracteriza pelo aumento de glicose no sangue (hiperglicemia). Ao falar sobre DM, não se pode deixar de abordar a insulina – hormônio produzido pelas células beta-pancreáticas, que têm como função o controle do transporte de glicose do sangue para o interior das células. Assim, se a pessoa não produzir insulina em quantidade apropriada a sua ação é reduzida e há o acúmulo de glicose no sangue e, consequentemente, desenvolvimento do DM.


Sintomas

O DM tipo 2 normalmente é assintomático e, por isso, muitos pacientes acabam convivendo com a doença por anos antes de serem diagnosticados. Os sintomas ocorrem quando a hiperglicemia atinge níveis muito elevados (usualmente > 250 mg/ dl). Os principais sintomas são o aumento da sede, do volume de urina e da fome, perda de peso e mal-estar.


Prevenção

A melhor forma de prevenção é manter hábitos de vida saudáveis, com uma alimentação balanceada, prática de exercícios físicos regulares e evitar ganho de peso.


Diagnóstico

O diagnóstico de diabetes pode ser estabelecido por meio de três exames: glicemia de jejum, hemoglobina glicada e curva glicêmica após 75g de glicose anidra.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), o diagnóstico é estabelecido quando o paciente apresenta dois dos seguintes exames alterados:

  • Glicemia de jejum > ou = 126 mg/dl
  • Hemoglobina glicada (HbA1c) > ou = 6,5 %
  • Teste de tolerância oral a glicose (75g) com glicemia aos 120 min > ou = 200 mg/dl
  • Paciente com sintomas de hiperglicemia e glicemia aleatória > ou = 200mg/dl

*Com exceção de pacientes com sintomas de hiperglicemia e com glicemia aleatória > ou = 200mg/dl. 

 

 Tratamento

A base do tratamento de DM tipo 2 é a mudança de estilo de vida. O paciente deve ser orientado a ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e perder peso. Adicionalmente, deve instituir tratamento medicamentoso, com utilização de remédios por via oral ou subcutâneos. “Existem várias possibilidades de medicamentos e a decisão de terapêutica deve ser instituída de maneira individual e sempre consultando o médico especialista”, finaliza Dra. Lara Bessa.

 

 Fleury Medicina e Saúde

www.fleury.com.br


Dia Internacional da Saúde Mental: O cuidado da saúde mental entre os brasileiros

Questões relacionadas ao cuidado com a saúde mental têm sido cada vez mais desmistificadas, em especial após a pandemia, quando boa parte da população passou a enfrentar distúrbios emocionais e falar abertamente sobre a importância do tratamento 

 

Nunca foi tão importante cuidar da saúde mental, como tem sido nos últimos dois anos. A pandemia de COVID-19, entre suas consequências, trouxe um alerta para o cuidado com as pessoas. O isolamento social e o medo afetaram a sociedade, aumentando casos de doenças como ansiedade, depressão e insônia.

A Vigilantes do Sono, healthtech referência no combate à insônia e que recentemente expandiu suas linhas de cuidado para atuar também em outros aspectos relacionados à saúde mental e ao bem-estar, mapeou a saúde emocional dos brasileiros em um grupo de 42 mil colaboradores de empresas de diversos segmentos, e constatou: 53% se incomodavam com a qualidade do sono, 48% apresentavam sinais de ansiedade e 21% de depressão. Além disso, estudos de órgãos importantes, como da Organização Mundial de Saúde - OMS, mostram que o Brasil está entre os países mais ansiosos e depressivos do mundo.

Um detalhe importante é a relação entre problemas com o sono e as doenças destacadas. Os números sobem para 59% de ansiedade e 30% de depressão, e em casos de insônia clínica moderada a grave (11%), os números chegam a 79% e 52% dos casos, como pontua Laura Castro, fundadora e psicóloga da Vigilantes do Sono, em um artigo publicado sobre o tema.

“Durante a pandemia, esses números mostram como as pessoas passaram a sofrer com mais problemas de saúde mental. Há mais pessoas ansiosas e deprimidas, além do próprio Burnout, que atinge 30% dos trabalhadores brasileiros. É preciso que as empresas se atentem à saúde do seu colaborador”, complementa Laura.

O saldo positivo é que um estudo feito pela Pearson em abril de 2022, mostra que os trabalhadores brasileiros passaram a se importar mais com a saúde mental. Cerca de 61% concordam que as empresas precisam prover uma cobertura melhor dos planos de saúde contando com atendimentos psicológicos, e 71% acreditam que esses serviços deveriam ser gratuitos.

Pensando nisso, a Vigilantes do Sono conta com uma série de cuidados especializados, oferecendo terapia digital para quem tem ansiedade ou depressão, além de cuidar do sono durante a menopausa e para trabalhadores que não possuem horário tradicional de trabalho.

Com a nova frente de atuação, o aplicativo da Vigilantes do Sono foi  atualizado de forma a comportar múltiplas linhas de cuidado. Por meio da aplicação de um questionário, o sistema agora indica a linha de cuidado mais adequada e, ainda, a possibilidade de navegar entre as demais terapias como o método para insônia, explica o CEO da healthtech, Lucas Baraças.

A nova frente de atuação faz parte da estratégia de crescimento da Vigilantes, cujo objetivo é melhorar a experiência do app, uma vez que a insônia está muito relacionada a outras patologias. Segundo Lucas, a ideia é replicar o sucesso do programa da insônia, nas novas jornadas. 

“Em termos populacionais existe uma sobreposição entre pessoas que sofrem com insônia e que têm ansiedade e depressão. Porém na prática, existem poucas pessoas que buscam terapia para sono, enquanto que a busca por terapia por depressão e ansiedade é enorme. Nossa ideia é disponibilizar uma plataforma segura e eficiente, com sessões de interação curta com a Sônia, nossa inteligência artificial, que possa replicar o sucesso do tratamento da insônia, desta vez com outros aspectos relacionados à saúde mental e ao bem-estar”, destaca o executivo.

  

Vigilantes do

https://www.vigilantesdosono.com


Conheça as contraindicações para a vacinação

Mesmo com eficácia e importância na prevenção de doenças, existem casos em que a imunização não deve ser realizada ou precisa de autorização médica 

 

Nos períodos mais críticos da humanidade, as vacinas sempre estiveram presentes cumprindo um papel importante na prevenção e garantindo o bem-estar e a saúde de bilhões de pessoas. Quando nos vacinamos, de forma coletiva, reduzimos a possibilidade de um determinado vírus circular e dessa forma, protegemos a nossa sociedade: quanto maior a taxa de vacinação no país, menor a chance de surtos de doenças e a volta de doenças já erradicadas. Porém, em alguns casos, a vacinação deve ser acompanhada de algumas recomendações médicas e em outros, ainda mais pontuais, a vacinação deve ser evitada.

Para a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Katia Oliveira, vivemos um momento em que é preciso reforçar a importância e a conscientização sobre a imunização individual e coletiva, mas também é importante buscar entender em que casos a vacinação precisa contar com um acompanhamento médico. “A vacinação é uma prática fundamental que garante a redução de casos de doenças graves e das chances de hospitalização. Na grande maioria dos casos, a vacina pode ser aplicada sem medo, porém existem algumas contraindicações pontuais, que estão relacionadas às pessoas com algumas situações de saúde como indivíduos imunossuprimidos, que fazem tratamentos de quimioterapia, transplantados, grávidas, entre outras situações, que são consideradas exceções”, explica.

Nesses casos Kátia explica que as contraindicações ficam restritas às vacinas fabricadas com bactérias ou vírus vivos, como é o caso da vacina BCG, tríplice viral, catapora, poliomielite e febre amarela. “As demais vacinas, que não contêm bactérias ou vírus atenuados, podem ser administradas com segurança”, afirma.

Outros casos que merecem atenção são com relação ao indivíduo com alergia a algum componente da vacina. Nesses casos, Kátia reforça sobre a importância de consultar um médico alergologista, para entender se a vacina deve ou não ser administrada. “Nos casos de alergia, temos dois grupos de atenção, que são as pessoas alérgicas ao ovo e as alérgicas à gelatina. Nesses casos, o indivíduo deve procurar o seu médico para avaliar o risco/benefício da aplicação de algumas vacinas como a contra gripe, tríplice viral, febre amarela, raiva, varicela e tríplice bacteriana (difteria, tétano e coqueluche)”, explica.

Além das contraindicações reais, Katia reforça sobre as falsas contraindicações. “Há muita desinformação e mistificação com relação à vacina, portanto é fundamental buscar as informações corretas e priorizar a vacinação sempre”, finaliza.

 

Casos em que a pessoa com alergia deve buscar uma avaliação médica:

Alergia ao ovo: vacina da gripe, tríplice viral e da febre amarela

Alergia à gelatina: vacina da gripe, tríplice viral, febre amarela, raiva, varicela, tríplice bacteriana: difteria, tétano e coqueluche

 

Falsas contraindicações:

Diarreia, gripe, resfriado

Doenças neurológicas não evolutivas, como a síndrome de Down e a paralisia cerebral

Convulsões, epilepsia

Indivíduos com antecedentes familiares alérgicos à penicilina

Desnutrição

Ingestão de antibióticos

Doenças cardiovasculares crônicas

Doenças de pele

Bebês prematuros ou com baixo peso, exceto o BCG, que deve ser aplicado somente em crianças com mais de 2 kg

Bebês que sofreram icterícia neonatal

Aleitamento materno, no entanto, neste caso, deve ser sob orientação médica

Alergias, exceto as que se relacionam com os componentes da vacina

Internação hospitalar


Dia do Empreendedor: 5 dicas práticas da Serasa Experian para reduzir a burocracia no seu negócio

Rever processos internos e buscar ferramentas tecnológicas que mais se adequem às necessidades da empresa podem fazer a diferença no dia a dia; playlist Bora Empreender tem outros conteúdos para empreendedores

 

A burocracia pode atrapalhar a rotina de um negócio e trazer perdas importantes de tempo e dinheiro. Por isso, no Dia do Empreendedor, a Serasa Experian separou cinco dicas práticas para colocar em ação e fugir daqueles processos que atrapalham o andamento da empresa. O conteúdo faz parte da playlist Bora Empreender que a Serasa lançou em parceria com o Sebrae como parte do programa Aprenda, voltado a disponibilizar material gratuito de suporte a empreendedores.

 

A baixa eficiência do empreendimento ocasionada pela burocracia pode ser o motivo de algumas das perdas financeiras e, para eliminá-la, é preciso tirar proveito de algumas situações. “A aceleração dos processos digitais nestes anos de pandemia beneficiou grandemente os negócios, facilitando a abertura de empresas, contratação de pessoal e gerenciamento financeiro, por exemplo. Os empreendedores precisam conhecer e utilizar todas as ferramentas disponíveis possíveis para poder se dedicar ao que realmente importa: conquistar clientes, aumentar as vendas e continuar crescendo”, afirma o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas, Cleber Genero.

 

Conheça as cinco dicas para colocar já em prática:

 

1)   Organize processos: para eliminar a burocracia, é preciso ter clareza de quais áreas são mais afetadas por ela. A organização interna e definição das atividades minimizam erros, retrabalhos e tarefas inúteis, então reúna os membros da empresa e coloque em prática a técnica em gestão chamada “Plan-Do-Check-Act" (PDCA). Confira no vídeo todos os detalhes desta estratégia.

 

2)   Digitalize documentos: com a organização feita, é hora de abusar da tecnologia. Digitalize todos os documentos e processos da empresa, busque ferramentas de armazenamento em nuvem e divida o acesso com os responsáveis de cada área. Isso automatiza e padroniza etapas, traz segurança às informações e disponibilidade dos dados para uma rápida tomada de decisão. Busque softwares confiáveis e tecnologias que atuem em outras frentes importantes para o empreendimento, como emissão de notas fiscais e fluxo de caixa, além de contar com o certificado digital corporativo, que identifica e valida atos eletronicamente.

 

3)   Terceirize as burocracias inevitáveis: ter um contador parceiro para o seu negócio elimina as burocracias inevitáveis e ajuda o dono do empreendimento a focar em ações importantes para o crescimento. Para encontrar uma equipe confiável, avalie se o contador é especialista em empresas do mesmo porte que a sua e os recursos digitais utilizados.

 

4)   Conheça e cumpra os prazos: toda empresa tem obrigações junto a órgãos públicos e precisa atender o calendário fiscal para evitar punições. Esteja atento às datas e cobre do contador este mesmo cuidado para eliminar multas e gastos extras evitáveis ao caixa.

 

5)   Controle os documentos necessários: todo dono de empresa precisa ser proativo no conhecimento e preenchimento dos documentos necessários, ainda que haja um contador responsável. Colocar no dia a dia o controle de comprovantes de pagamento, notas fiscais, extratos bancários, livros e fichas dos funcionários, papéis sobre a criação da companhia e demais itens facilita na hora que eles forem demandados. As obrigações fiscais acessórias também precisam estar organizadas, uma vez que servem tanto para preparar as alegações quanto para comprovar situações favoráveis para a marca, como descontos e deduções nos impostos.

 

Utilizando o poder dos dados para trazer mais precisão e segurança na tomada de decisão dos negócios, a Serasa Experian possui uma área voltada exclusivamente para atender as necessidades das pequenas e médias empresas brasileiras. São soluções adequadas para quem precisa crescer a carteira de clientes, proteger o negócio, monitorar clientes e fornecedores e recuperar dívidas. Além disso, a área conta com uma série de conteúdos gratuitos para quem precisa de ajuda para começar o negócio, incrementar as vendas, conquistar mais clientes. A Serasa Experian tem uma parceria com o Sebrae para a construção destes materiais, que são disponibilizados no blog e também na série Bora Empreender no YouTube, com um episódio novo por semana.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


Como escolher os melhores investimentos para o futuro dos pequenos?

Criar uma carteira de investimentos é opção consciente para o Dia das Crianças

 

O futuro dos filhos é sempre motivo de preocupação para os pais, principalmente em relação às finanças. Cursar uma boa faculdade, conquistar o carro dos sonhos, conhecer outros países ou simplesmente  ter uma estabilidade financeira é o maior desejo dos papais e mamães para os pequenos, mas, como alcançar esses objetivos?  

Iniciá-los no mundo dos investimentos pode ser uma boa opção para construir um futuro promissor. Atualmente, a B3 já conta com mais de 21.600 crianças e adolescentes com até 15 anos de idade. A faixa etária foi responsável por movimentar cerca de 700 milhões de reais no ano de 2021, segundo levantamento feito pela própria B3.

Qualquer pessoa, independente da idade, pode ter uma conta em uma corretora de valores ou em um banco sob sua titularidade, possibilitando começar com investimentos na bolsa. 

Para Lucas Sharau, especialista em mercado financeiro e assessor da iHUB Investimentos, são necessários cuidados especiais para os investidores mirins. “Se o investidor é menor de idade, a conta precisará de um representante legal ou procurador para realizar as operações”, comenta.

Hoje existem diversos conteúdos sobre investimentos voltados a crianças e adolescentes, produzidos na internet. É válido salientar que a garotada não possui conhecimento substancial para realizar operações no mercado financeiro sem a supervisão de um responsável e, muitas vezes, não possuem receita que justifiquem origem para o patrimônio investido. “Existem restrições a operações no mercado de futuros no qual menores de idade não podem operar nessa categoria de ativos”, comenta Sharau.

Por outro lado, começar o quanto antes a investir faz com que o investidor tenha o aliado mais poderoso do mercado financeiro inteiro, o tempo. Investimentos se valorizam, principalmente, sob efeito do tempo. Quanto mais tempo temos para o investimento trabalhar, mais poderoso isso será no sentido de construção patrimonial.

Para os pais que desejam garantir o futuro dos filhos, essa construção pode ser um grande objetivo ou partir da montagem de uma boa base de recebimento de dividendos e assim representar uma fonte de renda adicional importante no início da vida adulta da criança.



Criar um objetivo facilita na formação de uma carteira de investimentos

Ninguém guarda dinheiro simplesmente pelo prazer de ter dinheiro. Dinheiro é um meio para conquistar objetivos. Por essa razão, todo portfólio de investimentos deve ter como base algum objetivo, com prazos determinados para acontecer, a quantidade de dinheiro necessária e relevância na vida do investidor. Tudo isso pode ser levado em consideração. 

Um exemplo bem interessante e comum de objetivo para os pais que desejam começar a investir para seus filhos é garantir o pagamento da faculdade. Nesse caso, parâmetros importantes como tamanho, prazo e relevância ficam bem claros ao se materializar o objetivo para o investimento. “Com a somatória de tudo isso, conseguimos calcular o investimento mensal necessário (tamanho e prazo) e a quantidade de risco que os investimentos podem correr”, comenta.

 

Como montar uma carteira de investimentos pensando no futuro das crianças?

Diversificação é a palavra-chave. Investimentos em inflação, bolsas, moedas e alternativos. Um portfólio bem balanceado e bem acompanhado tende a ter resultados melhores quando recorrentemente reajustado e realinhado com os objetivos.

Para papais e mamães com perfil conservador, alocar os investimentos em renda fixa é uma excelente opção. Dessa forma, a proteção e as garantias de retorno que a categoria oferece serão respaldo para o investidor.

“Grande parte do segmento conta com a proteção do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) no caso de aquisição direta de ativos bancários ou através de fundos que investem em ativos com essa proteção. Além disso, a renda fixa pode ter a rentabilidade indexada à inflação e a taxas de juros pós ou pré fixadas”, afirma o assessor financeiro.

Já os pais com estilo arrojado de investimento podem diversificar o leque de opções na hora de garantir o futuro dos filhos. “O investidor pode compor um pouco mais de renda variável em seu portfólio, incorporando em seu balanceamento a aquisição de alguns ativos de bolsa de valores como ações, fundos imobiliários, ETFs e BDRs, ou até mesmo através de fundos que realizam investimentos nesses ativos“, diz Lucas Sharau.

 

A previdência privada é uma opção?

Essa modalidade pode ser uma boa alternativa, mas como todos os produtos do mercado financeiro, a previdência tem prós e contras:


Prós: 

  • Débito automático e praticidade no dia a dia; 
  • Balanceamento de carteira através de vários fundos de investimento com estratégias diversificadas; 
  • Gestão profissional através de fundos e diversificação de estratégia nos mais diversos mercados (de renda fixa à criptomoeda); 
  • Correção automática dos valores aportados pela inflação; 
  • Alíquota diferenciada de imposto sobre os rendimentos (10%) para aportes com 10 anos ou mais de aniversário. 

“A Previdência privada, na maioria dos casos, não pode ser penhorada nem entrar em inventário no caso de falecimento do responsável legal, portanto tem baixos custos na sucessão patrimonial e tem blindagem contra certos tipos de disputas judiciais. Além disso, a previdência não sofre a incidência do come-cotas, otimizando o rendimento de seus investimentos no longo prazo”, diz Lucas Sharau.

 

Contra: 

  • Alíquota de imposto mais pesado sobre os aportes mais recentes, podendo chegar à alíquota de 35% sobre os ganhos. 

 

“A depender do fundo e do plano, podem haver altas taxas de administração, de portabilidade e de resgate. Há alguma complexidade na seleção do fundo de investimento, tipo de plano e tipo de tributação”, finaliza.

 

iHUB Investimentos

 

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