Pesquisar no Blog

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Outubro Rosa Pet: quais os sintomas e como prevenir o câncer de mama?

Médica-veterinária do Grupo UniEduK alerta sobre a importância da castração em cadelas e gatas

 

Outubro é o mês de conscientização da luta contra câncer de mama e, assim como ocorre com os humanos, o alerta de prevenção se estende aos pets. Isso porque, segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em média 45% das cadelas e 30% das gatas podem desenvolver a doença (neoplasia mamaria), com tumores que podem ter origens benignos ou malignos. 

O câncer tem característica silenciosa e afeta principalmente fêmeas, não castradas, com mais de 7 anos de vida. É por isso que a castração se torna indispensável na luta contra a doença.

Crédito da foto: Igor Carreira/Grupo UniEduK

“O tumor mamário dependente de questões genéticas e hormonais para se desenvolver e, com a castração, conseguimos cessar essa produção. Para se ter uma ideia, estudos indicam que 99% das cadelas castradas antes do primeiro cio não desenvolvem câncer de mama. No caso das gatas, a castração reduz entre 40% e 60¨%”, revela a médica-veterinária e supervisora da Clínica de Pequenos Animais do Hospital Veterinária do Grupo UniEduK, Dra. Danieli Perez Fernandes. 

O ideal é castrar cadelas e gatas entre 6 a 7 meses de vida, que é o período entre o primeiro e o segundo cio. Evitar o uso de anticoncepcionais também é um grande aliado contra o câncer de mama. “As ‘injeções anti cio’ são ‘grandes vilões’ para desencadear tumores de mamas, bem como causar infecções uterinas”, revela Danieli. 

Apesar não existir uma predisposição racial, o câncer de mama costuma ser mais evidente em raças como Poodle, Cocker Spaniel, Pastor Alemão, Fox, Boston Terrier, entre outros; nos felinos destaque para os siameses.

 

Como identificar se meu pet está com câncer de mama?

Além da castração, a médica-veterinária do Grupo UniEduK alerta para que os tutores fiquem atentos aos sinais e possíveis mudanças físicas nos animais, tais como: 

- Caroços na região das glândulas mamarias;
- Dor na região das mamas;
- Presença de secreções na região mamaria;
- Apatia;
- Falta de apetite;
- Febre;
- Dificuldade respiratória quando há evolução para pulmão.

 

Como é feito o diagnóstico?

O câncer de mama tem cura, mas para isso é fundamental que seja diagnosticado o mais breve possível. A identificada da doença ocorre por meio da palpação de nódulos em mamas, através de exame clínico. Após a constatação, é necessário a realização da PAAF, uma punção com agulha fina para analisar o tumor e identificar se o mesmo tem origem benigna ou maligna. 

Outros exames que auxiliam no diagnóstico do câncer de mama são de Citologia, Radiografia de tórax, Histopatológico, Ultrassonografia e Tomografia, cujo equipamento disponível no hospital veterinário do Grupo UniEduK possui tecnologia de ponta que alia rapidez na obtenção das imagens e qualidade nos resultados dos exames.

 

O câncer de mama tem cura!

A escolha pelo tratamento do câncer de mama, bem como a sua cura, vai depender muito do tipo de tumor, sua complexidade e em que estágio se encontra a doença. 

“O Tratamento de primeira escolha é a remoção cirúrgica, com margens amplas, e pode ser seguido ou não de tratamento quimioterápico”, explica a médica-veterinária do Grupo UniEduK. “Em neoplasias mamárias a taxa sucesso é alta, porém, desde que diagnosticadas e tratadas rapidamente.” 

Segundo dados do CFMV, 20% dos diagnósticos são tardios, o que, consequentemente, dificulta o tratamento. Por isso, o ideal é realizar um check-up de tempos em tempos.


Mars amplia benefícios para colaboradores que são pais de pet

Pioneira nos escritórios pet-friendly e dona de marcas como PEDIGREE e WHISKAS, empresa apresenta a sua licença peternidade

 

A pandemia intensificou muitas tendências, entre elas o contato diário com os pets. O vínculo entre cães e gatos e seus tutores se fortaleceu graças a mais momentos de qualidade e a todos os benefícios que a relação humano-animal pode oferecer, como a redução de ansiedade, sentimento de solidão e estresse. Comprometida em fazer um mundo melhor para os pets, a Mars, empresa líder em produtos alimentícios, acaba de anunciar a licença PETernidade para seus colaboradores. 

No caso de compra ou adoção de um pet, o benefício dá direito a um afastamento remunerado de 8 horas -- que podem ser tiradas em um único dia ou divididas em até dois períodos de quatro horas em dias diferentes durante até três meses. O objetivo é que os pais e mães de pet possam cuidar e estabelecer um vínculo a partir da chegada do novo membro lar. 

“Acreditamos no impacto positivo que os cães e gatos trazem nas vidas das suas famílias. O benefício reforça nosso incentivo à adoção responsável e a uma interação humano-animal de qualidade”, comenta Simone Karpinskas, Diretora de Recursos Humanos da Mars Petcare. “Sabemos que as pessoas precisam de um tempo de presença e adequação para inserirem esse novo membro no lar e a licença PETernidade atende a essa demanda”, completa. 

A licença ainda se estende para casos de luto. Associados que passam pela dor de perder seu animal de estimação têm direito a se ausentar no dia do falecimento. 

Além do novo benefício, todos os escritórios da Mars são pet friendly desde 2012, reforçando até no trabalho os diversos ganhos oriundos da interação humano-animal. 

“A cada ano que passa, temos mais colaboradores querendo trabalhar junto com os seus filhos de quatro patas. Continuaremos incentivando essa relação de companheirismo e de cuidado com todos os cães e gatos”, comenta Simone. “Afinal, os pets e seus tutores estão no centro de tudo o que fazemos na Mars Petcare. Diariamente, nos dedicamos a entender suas necessidades e oferecer soluções por meio da alimentação e de espaços que os acolham. E isso se reflete internamente, com o nosso time”, finaliza.


Os animais Os Big Five do Legado das Águas


Você já ouviu falar em “Big Five”? O termo denomina o grupo das cinco espécies de animais mais famosas no continente africano: elefante, leão, búfalo, rinoceronte e leopardo. A expressão foi criada por exploradores que chegaram à África no século XIX e listaram as cinco espécies mais difíceis de serem caçadas. Hoje o termo ainda é utilizado durante visitas guiadas pelas savanas africanas, mas em tom de apreciação desses fantásticos mamíferos.

 

Seguindo essa nova tendência, a denominação serviu como exemplo para a criação de novas listas em diferentes biomas, com um novo foco, levando em conta fatores como beleza, raridade e importância do animal. São os casos, por exemplo, de um Big Five elaborado pela WWF (World Wide Fund for Nature) com espécies do Cerrado, e também na região do Pantanal. Os animais que fazem parte dessas listas costumam ser a atração principal para visitantes das áreas de conservação, o que ajuda a impulsionar um segmento econômico que segue em crescimento em todo o mundo: o turismo de observação.

 

A última edição da pesquisa Demanda Turística Internacional, lançada pelo Ministério do Turismo em 2019, indicou que “natureza, ecoturismo e aventura” são a segunda maior motivação da vinda de visitantes internacionais ao Brasil. Já de acordo com um estudo publicado pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês), uma das atividades com maior potencial de atração turística é a observação da vida silvestre, um segmento que, em 2018, contribuiu com US$ 120 bilhões para a economia global.

 

Falando em turismo de observação, não há como deixar de lado um dos principais biomas do Brasil, a Mata Atlântica. Espalhada por toda a faixa litorânea do norte ao sul do país, ela ocupa cerca de 15% do território nacional, em 17 estados, é o lar de 72% da população brasileira e concentra 70% do PIB nacional. A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos do planeta, com mais de 15.700 espécies de plantas e mais de 2mil espécies de vertebrados.

Apesar de toda a representatividade da Mata Atlântica, atualmente restam apenas 12,4% da floresta original. O bioma também abriga o maior número de espécies ameaçadas.

 

Na Mata Atlântica, anta, onça-pintada, onça-parda, macaco bugio e queixada são considerados os Big Five. Todos esses animais estão em risco de extinção. Porém, existem iniciativas que trabalham tanto para a conservação fauna, quanto da flora do bioma, como o Legado das Águas, maior reserva privada de Mata Atlântica do País.

 

A Reserva, que é aberta para visitação, fica no Vale do Ribeira, no interior do Estado de São Paulo, e abriga 13% de toda fauna ameaçada de extinção na Mata Atlântica.

O Legado oferece oportunidades únicas para o turismo de observação. A fim de estimular essa atividade, a Reserva elencou os seus Big Five:

 

1) A anta (Tapirus terrestres)

Foto: Luciano Candisani

A anta é o maior mamífero terrestre da América do Sul. Os espécimes adultos medem em torno de 2 metros e pesam aproximadamente 300kg. Por ser herbívora, é considerada uma excelente dispersora de sementes, colaborando para a manutenção da floresta.  

No Legado das Águas, foram observados dois raríssimos exemplares de antas albinas, batizados como Gasparzinho e Canjica. A explicação para o fenômeno de albinismo ocorrer duas vezes em um mesmo local pode estar ligada a um possível grau de parentesco entre os dois animais. O albinismo é hereditário e recessivo (o macho e a fêmea precisam ter o gene que causa a falta de pigmentação para transmiti-lo). O detalhe é que não necessariamente o pai ou a mãe são albinos, pois o gene pode não se desenvolver no indivíduo que o carrega.

 

2) A onça-parda (Puma concolor) 

Foto: Luciano Candisani


A onça-parda é o segundo maior felino das Américas, perdendo apenas para a onça-pintada. Também conhecido como Suçuarana, esse animal pode ser encontrado no Legado das Águas. Diferentemente da maioria dos felinos, a onça-parda não ruge e emite um som parecido com o choro de gatos domésticos.

 

Para ajudar a monitorar os felinos que habitam o Legado, foi feita uma parceria com o Onçafari, instituição voltada para o estudo e a conservação da vida selvagem. Essa parceria inclui o monitoramento dos hábitos desses animais, por meio da instalação de câmeras, e a promoção do ecoturismo.

 

3) Muriqui-do-Sul (Brachyteles arachnoides):

 

Foto: Arquivo Legado das Águas

O muriqui-do-sul, também conhecido como mono-carvoeiro, é o maior primata das Américas e, assim como a anta, é considerado um ótimo restaurador de florestas, já que, em apenas um dia, pode dispersar sementes de até oito espécies de plantas. A espécie é endêmica da Mata Atlântica, ou seja, não pode ser encontrada em nenhum outro lugar no mundo, fator que a transforma em uma espécie-bandeira para conservação do bioma. 

Na recente versão da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (União Internacional Para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais), o muriqui-do-sul passou para categoria “criticamente em perigo”, o último estágio antes de a espécie ser considerada extinta na natureza. O Legado reúne uma série de condições que viabilizam uma população de aproximadamente 100 indivíduos -- uma das três populações mais importantes do mundo de muriquis-do-sul. A Reserva foi classificada recentemente como uma Área Prioritária Global para a conservação dessa espécie. 

 

4) Bicho-Preguiça (Folivora):

 

Foto: Arquivo Legado das Águas

Ótimo nadador, o bicho-preguiça dorme cerca de 20 horas por dia. Sua pelagem tem um tom marrom-esverdeado por conta de pequenos organismos clorofilados que vivem em simbiose com ele, como algas verdes e cianobactérias.

 

5) Queixada (Tayassu pecari):

Foto: Arquivo Legado das Águas

A queixada é um animal extremamente agressivo, e seus principais predadores são as onças, tanto a parda quanto a pintada. Esses animais são encontrados nas principalmente nas Américas, principalmente nas regiões de florestas tropicais úmidas. Porém, por conta da caça e do aumento da densidade humana, estão sob risco de extinção. 

Atualmente, O Legado é sede de uma pesquisa feita por pesquisadores do Laboratório de Biologia da Conservação (LaBic), da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-Rio Claro), para entender o papel de queixadas na fertilização do solo, por meio da matéria orgânica das fezes e dispersão de fungos presentes em raízes.

 

Sobre o Legado das Águas – Reserva Votorantim

O Legado das Águas é a maior reserva privada de Mata Atlântica do Brasil. Área de 31 mil hectares divididos entre os municípios de Juquiá, Miracatu e Tapiraí, no Vale do Ribeira, interior do estado de São Paulo, que alia a proteção da floresta e o desenvolvimento de pesquisas científicas a atividades da nova economia, como a produção de plantas nativas e o ecoturismo. Foi fundado em 2012 pelas empresas CBA – Companhia Brasileira de Alumínio, Nexa, Votorantim Cimentos e Votorantim Energia. É administrado pela Reservas Votorantim LTDA. e mantido pela Votorantim S.A, que também em 2012, firmou um protocolo com o Governo do Estado de São Paulo para viabilizar a criação da Reserva e garantir a sua proteção. Mais do que um escudo natural para o recurso hídrico, o Legado das Águas trata-se de um território raro e em estágio avançado de conservação, com a missão de estabelecer um novo modelo de área protegida privada, cujas atividades geram benefícios sociais, ambientais e econômicos de maneira sustentável. Saiba mais em https://www.legadodasaguas.com.br


Trilogia da saúde permeia antes, durante e depois do câncer de mama


Câncer de mama se tornou o mais comum do mundo
Envato
Em homenagem à campanha do Outubro Rosa, especialistas da Jasmine Alimentos destacam que a doença pode ser evitada com adoção de hábitos simples

 

Recentes relatórios mundiais revelam que 2,3 milhões de novos casos de câncer de mama são diagnosticados anualmente. A taxa de mortalidade, por sua vez, é de aproximadamente 450.000 mulheres por ano. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer nas mamas é o mais incidente em todas as regiões, com as mais expressivas taxas nas regiões Sul e Sudeste. Apenas em 2022, foram estimados 66.280 novos casos, o que corresponde a uma taxa de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. Os altos índices também reforçam um novo marco: relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que o câncer de mama se tornou o mais comum do mundo, superando o de pulmão, que foi, por anos, o primeiro do ranking.


Fatores de risco

A doença é causada por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular. Os principais fatores de risco são: idade (comumente, a partir dos 50 anos), mutações genéticas (principalmente nos genes BRCA1 e BRCA2), menstruação precoce (antes dos 12 anos), nuliparidade, primeira gestação após os 30 anos, menopausa tardia (após os 55 anos), tecido mamário denso, terapia de reposição hormonal, uso de anticoncepcional oral e históricos pessoal e familiar de câncer de mama. Cabe destacar que a doença de caráter hereditário corresponde a apenas 5% a 10% do total de casos. 

Fatores ambientais e comportamentais também representam riscos como: tabagismo, obesidade, alcoolismo, sedentarismo e exposição à radiação, agrotóxicos e dioxinas (poluentes orgânicos tóxicos ao ambiente provenientes de processos industriais e combustão). 

Cabe destacar que, entre 80% e 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas, isto é, às mudanças provocadas no meio ambiente pelo ser humano, aos hábitos e estilos de vida, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA). 


Trilogia da saúde da mulher


  • Prevenção começa na despensa e geladeira

Um dos pilares do estilo de vida saudável é a alimentação. Ingerir alimentos de boa qualidade tem papel fundamental na manutenção da saúde, prevenção do tumor, e de doenças como obesidade, hipertensão e diabetes e , claro, o câncer de mama. Uma alimentação adequada e saudável inclui alimentos in natura e minimamente processados, que preservam as propriedades nutricionais dos ingredientes. 

“O consumo rotineiro de frutas e vegetais leva ao aumento da ingestão de polifenóis, que são compostos bioativos que trazem diversos benefícios para a saúde, com efeitos anti-inflamatórios e antioxidantes. O consumo pode assegurar maior resistência contra o crescimento de tumores cancerígenos”, explica a nutricionista e consultora da Jasmine Alimentos, Adriana Zanardo. 

O controle do índice glicêmico também pode colaborar para a prevenção da doença. “Alimentos com carboidratos complexos, como cereais e grãos integrais, possuem maiores quantidades de fibras, as quais estão relacionadas com controle da insulina e dos estrogênios. A linhaça é considerada um alimento funcional devido a seus nutrientes com potentes funções antioxidantes e anticancerígenas, como ácidos graxos da família ômega-3 (principalmente EPA e DHA), ácido α-linolênico, lignanas e fibras, além de seu alto teor de magnésio, fósforo e zinco”, destaca. 

Diferentes estudos apontam que seu consumo adequado pode auxiliar na saúde intestinal, no controle dos níveis de colesterol e na proteção contra o aparecimento e crescimento de tumores mamários. O principal componente da linhaça, que é estudado como anticancerígeno, é a lignana. Cerca de 95% deste fotoquímico possui estrutura bioquímica similar ao estrogênio, permitindo sua ligação nas células cancerígenas e diminuindo o risco de metástase. 


Alimentação é aliada durante o tratamento da doença
Jasmine Alimentos
  • Alimentação é aliada durante o tratamento de câncer de mama

É sabido que o tratamento oncológico contra o câncer de mama tende a ser invasivo e causar diversos efeitos colaterais na paciente, como sintomas gastrointestinais, alterações no apetite, enfraquecimento imunológico e cansaço. Ainda, é muito comum que os pacientes ganhem peso em razão de medicamentos, efeitos colaterais e questões emocionais. Por essa razão, manter uma alimentação saudável com boas quantidades e variedade de alimentos in natura é fundamental. 

Dentre os grupos alimentares indispensáveis, citam-se as verduras e os legumes, priorizando os verdes-escuros, como brócolis, couve, espinafre, agrião e rúcula. Além de fibras, esses  ingredientes possuem boas quantidades de vitaminas A, C, E e K; e minerais como cálcio, ferro, magnésio e potássio. As frutas, em geral, são ricas em nutrientes, como vitaminas A, complexo B, C e E; minerais como cobre e fósforo; e compostos bioativos como betacaroteno, quercetina e antocianinas que atuam como anti-inflamatórios e antioxidantes. "Invista em banana, uva, manga, mamão, limão, cranberry, goji berry, maçã e abacate”, destaca a nutricionista. 

As sementes e castanhas como linhaça, chia, semente de abóbora, castanha-de-caju, semente de girassol, castanha-do-Pará e gergelim possuem cobre, ferro, magnésio, selênio, zinco, gorduras insaturadas (ômega-3) e vitaminas do complexo B e E. Os grãos, leguminosas e cereais integrais como aveia, feijões, arroz integral, quinoa, amaranto, lentilha, grão-de-bico também conferem boas quantidades de vitaminas do complexo B, C, E, cobre, ferro, magnésio, potássio e fibras.

“O consumo diário de alimentos variados, em proporções adequadas e voltadas para as necessidades de cada mulher pode favorecê-la no controle do peso, na disposição para prática de atividade física, realizações de suas tarefas, no fortalecimento do sistema imunológico e na sua saúde mental como um todo. Ajustar a alimentação conforme os efeitos colaterais também é de suma importância”, explica Adriana.


  • Recuperação e cura: hábitos alimentares após o câncer de mama

O ambiente tumoral pode ser estimulado pelo excesso de tecido adiposo associado a níveis elevados de triglicerídeos, glicemia e insulina. O ambiente pró-inflamatório, causado pelo acúmulo de gordura, leva à liberação de substâncias inflamatórias, desregulação da leptina (hormônio da saciedade), alterações na insulina e aumento de peso, reforçando esse ciclo. Ainda, cabe destacar que mulheres já diagnosticadas com câncer de mama possuem um risco adicional de 30% para a segunda malignidade, denotando ainda mais a importância de uma alimentação saudável e regular. 

Cada vez mais evidências confirmam que o consumo de carne vermelha processada pode aumentar o risco de câncer de mama. “Quando a carne vermelha é cozida em altas temperaturas são liberadas substâncias cancerígenas, dentre elas, aminas heterocíclicas, que estão relacionadas com atividade carcinogênica devido à sua interação com o estrogênio específico do tecido mamário. Acredita-se que o consumo regular de carne vermelha processada pode aumentar em até 9% o risco de desenvolvimento de câncer de mama”, destaca Adriana. 

Até o momento, não existe um consenso sobre uma dieta específica para prevenção e tratamento do câncer de mama, entretanto, sabe-se que padrões alimentares saudáveis com alimentos ricos em compostos anti-inflamatórios têm eficácia comprovada na prevenção primária. “Algumas dicas valiosas são: escolher itens variados que contemplem todos os grupos alimentares, como proteínas, carboidratos, vitaminas, água e sais minerais. Alimentos com alto índice de fibra, como pães integrais e cereais, auxiliam na recuperação muscular. Inclua, no mínimo, duas porções de vegetais; e até três porções de frutas diariamente, pois são ricos em nutrientes. Vale lembrar que é preciso desenvolver um plano individualizado que atenda às particularidades e necessidades de cada paciente”, finaliza a nutricionista. 

Cada tipo de câncer responde de modo diferente a um tratamento e demanda um padrão alimentar específico, devendo ser avaliado individualmente, em conjunto com o profissional de nutrição. É importante ressaltar que uma alimentação deficitária pode resultar em perda de massa magra, e  mais, criar um risco maior de infecções e complicações pós-cirúrgicas.

 


Jasmine Alimentos

 www.jasminealimentos.com


Outubro Rosa: Paraisópolis recebe carreta da mamografia para a detecção do câncer de mama em mulheres e pessoas trans



Iniciativa é uma parceria entre a Natural One e a ONG Américas Amigas

A Natural One -- empresa líder no segmento de sucos naturais no Brasil -- se une à ONG Américas Amigas e dá início aos atendimentos gratuitos de rastreamento de câncer de mama para a população em situação de vulnerabilidade social neste mês da campanha Outubro Rosa. A ação terá como primeira parada Paraisópolis, na capital São Paulo, que receberá a equipe médica da ONG e a carreta equipada com mamógrafo entre os dias 3 a 7 de outubro, das 7h às 16h. Os atendimentos acontecem na unidade móvel estacionada em frente ao Pavilhão G10 Favelas (Rua Itamotinga, 100). A estimativa é receber entre 70 a 80 pessoas por dia. 

Por meio de parceria com a Associação das Mulheres de Paraisópolis e o G10 Favelas, a iniciativa é voltada para mulheres -- que têm maior probabilidade de desenvolver câncer de mama, homens e também pessoas trans, que em razão de preconceito e falta de acolhimento adequado, encontram mais dificuldade quando procuram serviços seja na rede pública ou privada para a detecção e diagnóstico da doença. O atendimento primário prestado pela equipe da Américas Amigas acontece de forma gratuita na carreta e inclui exame clínico, orientações, mamografia e ultrassonografia direcionada, realizadas no próprio local. Após essa etapa, se necessário, as pessoas serão encaminhadas para hospitais e clínicas especializadas para consulta com mastologista e realização de exames complementares como ressonância e biópsia, tudo custeado pelo projeto. 

Para participar da ação, é necessário fazer um cadastro prévio no site da Américas Amigas (Link) e seguir aos seguintes critérios:

- Possuir mais de 40 anos;

- Não possuir prótese mamária estética.

 

Serão priorizadas pessoas que:

- Tenham algum histórico de câncer de mama na família em primeiro grau (pais, irmãos, filhos) com diagnóstico da doença antes dos 50 anos de idade ou câncer de mama bilateral ou câncer de ovário em qualquer idade;

- Refiram sentir nódulo ou caroço na mama ou axila em autoexame;

- Estejam inscrito no CadÚnico;

- Tenham recebido ou estejam recebendo Auxílio Emergencial, Auxílio Brasil ou outros auxílios sociais; 


No caso das pessoas trans, é necessário que os homens tenham mamas e que as mulheres façam uso de hormônios há mais de 5 anos. 

“Especialistas indicam que o diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta em até 95% a possibilidade de cura. Por isso, a Américas Amigas tem intensificado anualmente sua atuação para promover acesso à detecção e ao diagnóstico da doença entre pessoas em situação de vulnerabilidade social. A parceria com a Natural One vem nos ajudar a mudar esse cenário em todo o Brasil com exames de qualidade e tempo de diagnóstico reduzido, o que aumenta as chances de recuperação, melhora o prognóstico e minimiza o impacto da doença”, explica a Gerente Geral da Américas Amigas, Mirna Hallay. 

Após Paraisópolis, a unidade móvel irá prestar atendimento em outras cidades do Estado de São Paulo, incluindo Carapicuíba, Jundiaí, Guarulhos, Mauá, Ferraz Vasconcelos, Potim e São Sebastião, além da Zona Oeste e Zona Sul da capital paulista, contemplando ao todo cerca de 4.800 pessoas. 

A ação, que tem como objetivo promover ações diversas em prol da detecção precoce e do diagnóstico de câncer de mama, tipo da doença que, de acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer) mais mata as mulheres brasileiras, tem o apoio do projeto Natural One Mulheres, voltado aos cuidados para a saúde feminina (público majoritário da foodtech). 

“A Natural One tem o compromisso de promover a saudabilidade como um motor para melhorar o bem-estar das pessoas. Nosso público principal é formado por mulheres e, pensando nelas, criamos o Natural One Mulheres que, entre outras várias iniciativas, firmou esta parceria com a ONG Américas Amigas para ajudar no acesso ao diagnóstico e na prevenção ao câncer de mama, principalmente em localidades mais vulneráveis”, explica o CMO Global da Natural One, Gustavo Siemsen. 

 

SERVIÇO:

Atendimento para detecção do câncer de mama em mulheres e pessoas trans

Data: 3 a 7 de outubro (segunda e sexta-feira)

Horário: 7h às 16h

Local: Carreta estacionada em frente ao Pavilhão G10 Favelas

Endereço: Rua Itamotinga, 100 -- Paraisópolis -São Paulo/SP

Inscrições gratuitas, critérios para participar e mais informações em: Link

 

Escultura inflável gigante permite viagem ao centro da mama no Largo da Batata em São Paulo


Mostra educativa e gratuita,
Por Dentro da Mama aproxima o público da fisiologia, dá visibilidade à experiência de mulheres que vivem com câncer metastático e alerta para a importância dos exames preventivos e diagnóstico precoce.

Viabilizada pela Lei de Incentivo à Cultura como parte integrante das ações do Coletivo Pink, uma iniciativa da Pfizer, em parceria com associações de pacientes, a exposição fica aberta ao público de 04 a 28 de outubro.


Durante todo o mês de outubro vai ser impossível passar pelo Largo da Batata, no bairro de Pinheiros em São Paulo, e não notar uma gigantesca escultura inflável. Nada menos que 20 metros de comprimento por cinco de altura e 16 de largura compõem as medidas do busto feminino instalado por lá. Trata-se da exposição Por Dentro da Mama, idealizada pelo produtor cultural Igor Cayres, que promove uma verdadeira viagem tridimensional ao interior do seio, em contribuição às ações do Outubro Rosa de 2022.

Aberta gratuitamente ao público de 04 a 28 de outubro, a exposição une o conhecimento da medicina à poesia da artes para promover um alerta à sociedade sobre a importância da realização da mamografia e também dar visibilidade à experiência de mulheres que vivem e convivem com o câncer de mama em estágio metastático.

O câncer de mama é o mais numeroso em casos e mortes de mulheres no Brasil depois do de pele não melanoma, de acordo com o Ministério da Saúde, mas o número de mamografias de rastreamento está longe do ideal. A exposição é idealizada pelo produtor cultural Igor Cayres em homenagem à mãe, Beth Cayres, famosa produtora cultural que faleceu em 2019, apenas quatro meses após receber o diagnóstico. “Minha mãe continuou trabalhando e demonstrando sua força até o fim. Essa é a inspiração para mim e um compromisso que assumi com a causa - usar a cultura como ferramenta para sensibilizar a sociedade sobre a importância dos exames preventivos”, explica Igor Cayres.

Por Dentro do Domus

Com informações e consultoria do médico mastologista Fernando Vivian, professor do curso de Medicina da UCS, a visita inicia por uma sala onde se tem uma visão anatômica da parte interna da mama: lóbulos, adipócitos e gânglios, materializados na forma de estruturas de árvore.

Uma mesa de luz informativa permite ao visitante compreender a evolução, lesões e as soluções terapêuticas oferecidas pela medicina, além de outros conteúdos educacionais acessíveis para compreensão de como a doença se desenvolve.

Na segunda sala, um vídeo detalha o tumor por meio de um raio-X e populariza informações médicas relacionadas a patologias e tratamentos. As paredes da sala revelam imagens de uma mamografia, enquanto no topo da cúpula, uma projeção mostra o desenvolvimento, o tratamento e a recuperação de uma paciente com a doença.

Duas exposições, na entrada e na saída, contam ainda das três edições anteriores do projeto “Artemisa: Por um outubro além do rosa”, realizado desde 2019, onde mulheres com câncer de mama foram protagonistas de ensaios fotográfico, estrelas de obras de arte, inspiração para esculturas que viajaram por todo o país e homenageadas por suas jornadas e vitórias.

O domus tem ainda um terceiro ambiente onde serão realizadas atividades, oficinas e palestras sobre o tema.

O projeto “Por Dentro da Mama” é realizado por meio da Lei de Incentivo à Cultura como parte integrante das ações do Coletivo Pink, uma iniciativa da Pfizer, em parceria com associações de pacientes, que há quatro anos une arte e saúde em campanha que informa e emociona.


Exposição "Câncer de Mama: Superação" e Doação de Cabelos marcam Outubro Rosa no Mega Moda


No dia 08 de outubro, cabelos para doação serão cortados gratuitamente no Mega Moda Park


O fluxo de pessoas que passam pelo Mega Moda, formado pelo Mega Moda Shopping, Mega Moda Park e Mini Moda, é representado por 70% de mulheres. Para chamar a atenção desse público sobre a importância do autoexame durante o Outubro Rosa, o Mega Moda Park receberá a Exposição "Câncer de Mama: Superação" que retrata 20 mulheres que tiveram a mama reconstruída após a mutilação que sofreram durante o tratamento contra o câncer de mama, de 04 a 29 de outubro. As fotos são do fotógrafo Danilo Fachhini.

Já que no dia 08 de outubro, o Mega Moda Park terá um cabeleireiro à disposição, durante todo o dia, para cortar os fios de quem quiser doar cabelos para confecção de perucas.
Os cabelos arrecadados e os lenços doados vão ser destinados para o Banco de Perucas do Araújo Jorge e Cebrom Ancoguia.

"Queremos ser um canal de conscientização, transformação e ajuda para as mulheres que por aqui passam, mas também para muitas outras que estão enfrentando o câncer. Em parceria com a  ONG Restart e a Associação de Mulheres Mastectomizadas, vamos contar histórias por meio das fotos feitas para o projeto "Superando o Câncer: Histórias de mulheres vitoriosas". E no dia 08, queremos incentivar o máximo de pessoas a doarem seus cabelos; para isso, teremos profissionais prontos para atender quem quiser doar", conta Tassia Carvalho, Gerente de Marketing do Grupo Mega Moda.

Serviço
Exposição "Câncer de Mama: Superação"
Data: 04 a 29 de outubro
Local: Piso 1 do Mega Moda Park
Gratuito

Doação de Cabelos
Data: 08 de outubro
Horário: das 08h às 18h
Local: Praça de eventos do Mega Moda Park
Corte Gratuito para quem doar a partir de 10cm.



Interação medicamentosa: estudo revela os riscos da polimedicação

Estudantes do UniCuritiba desenvolvem pesquisa sobre o tema e alertam: pacientes que utilizam diferentes fármacos simultaneamente precisam redobrar a atenção

 

O uso de diferentes tipos de medicamentos sem a adequada orientação farmacêutica e médica pode colocar em risco o tratamento e a saúde dos pacientes. Até 25% das reações adversas causadas pelo consumo simultâneo de diferentes fármacos têm relação com a utilização equivocada e as associações incorretas. Esse número pode ser até maior em grupos com deficiência física ou portadores de doenças crônicas. 

“Os riscos da polimedicação e das interações medicamento-medicamento são altíssimos e, em muitos casos, levam as pessoas às emergências dos hospitais.” Quem alerta são os professores Fernanda Bovo, pós-doutorada em Ciências Farmacêuticas, e Nelson Morini Júnior, doutor em Engenharia Biomédica. 

Docentes dos cursos de Saúde do UniCuritiba, os dois coordenam o projeto de extensão “Polimedicação em pacientes cadeirantes: um olhar diferenciado para os grupos vulneráveis”, que tem a participação de mais de 40 estudantes de graduação das áreas de Farmácia, Fisioterapia, Nutrição e Biomedicina.

Desde março de 2021, eles fazem orientações na Associação Paranaense de Assistência a Paraplégicos. Até agora, cerca de 30 pessoas receberam informações para evitar os riscos da polimedicação. Sob a orientação dos professores, os estudantes pesquisaram os principais medicamentos utilizados pelo grupo atendido na instituição e repassaram informações sobre o uso correto.

 

O que é interação medicamentosa?

A interação medicamentosa, explica a doutora, ocorre quando o efeito de um medicamento é alterado devido ao uso concomitante de outro produto medicamentoso, podendo ser um remédio industrializado ou chás e plantas medicinais muito utilizadas pela população sem prescrição de profissionais capacitados.

Essa associação pode potencializar ou reduzir os resultados farmacológicos, alterando, nesses casos, a eficiência do tratamento. “As reações associadas a medicamentos estão entre os principais motivos de danos evitáveis à saúde em todo o mundo”, alerta a especialista.

“Durante o trabalho realizado na Associação Paranaense de Assistência a Paraplégicos também fizemos um levantamento sobre as plantas medicinas usadas pelo grupo, com recomendações para a utilização racional desses princípios ativos”, complementa o professor Nelson.

 

Conhecimento compartilhado

A aproximação do meio acadêmico com a comunidade e a troca de conhecimentos foram alguns dos objetivos do projeto de extensão. “É gratificante poder aplicar os conhecimentos farmacológicos discutidos em sala de aula na promoção de saúde das populações vulneráveis”, diz a professora. 

O trabalho já foi submetido e apresentado em congressos da área e na Semana da Saúde 2022 do UniCuritiba – instituição que faz parte da Ânima Educação, uma das maiores organizações educacionais de ensino superior do país.

 

Público vulnerável

O professor Nelson Morini Júnior explica que os cuidados com a polimedicação valem para todas as pessoas, mas os pacientes acamados, com doenças crônicas, idosos e deficientes físicos costumam necessitar de uma quantidade maior de medicamentos, por isso, o projeto do UniCuritiba voltou sua atenção a este público. “Esses pacientes costumam fazer uso de diversas medicações simultaneamente e, então, devem redobrar a atenção.” 

Os principais cuidados de pacientes polimedicamentados envolvem as interações entre diferentes fármacos, o prazo de validade, o modo correto de tomar cada medicação e os horários adequados - geralmente longe de refeições, pois existem também medicamentos que interagem com alimentos. A orientação é tomar a medicação com pelo menos 250 ml de água. 

“É importante questionar o médico, na hora da prescrição, e seguir as recomendações, doses e posologias. Um comprimido, por exemplo, não deve ser cortado para dividir a dose”, ensina Fernanda. 

As formas de armazenamento também são importantes para a melhora terapêutica. As caixas de medicamentos não podem ficar expostas à luz ou à umidade. A automedicação é outro risco, assim como a troca de medicações. O ideal é não deixar as caixas ou frascos juntos, o que favorece confusões como tomar duas vezes o mesmo medicamento e deixar de tomar outro.

 

UniCuritiba


Câncer de mama: mulheres adiam diagnóstico e números de mastectomia crescem

Gravidade do câncer de mama aumenta proporcionalmente à demora do diagnóstico levando a um tratamento mais agressivo e maior risco de morte
Crédito: Envato

Realização da mamografia aumentou após a vacinação contra a covid-19, mas mulheres têm detectado a doença mais tardiamente o que leva a tratamentos mais agressivos

 

Pacientes estão chegando com tumores maiores nas cirurgias. Essa é uma constatação da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) e a explicação está na redução do número de mamografias e procedimentos realizados nos dois anos da pandemia da covid-19 no Brasil. Assim como em outros casos de câncer, a gravidade da doença aumenta proporcionalmente à demora do diagnóstico, assim como o tratamento fica mais agressivo e o risco de morte aumenta. Para se ter uma ideia, no caso do câncer de mama, esse atraso induz à mastectomia em 70% dos casos. 

O cirurgião plástico do Hospital Marcelino Champagnat, Alfredo Duarte, explica que muitos pacientes que teriam inicialmente a indicação apenas de uma ressecção pequena da lesão ou da retirada da glândula, sem envolver pele e auréola, tiveram que retirar mais tecido e fazer a radioterapia, o que impacta diretamente no resultado estético e na recuperação. “A retirada da mama é sempre uma decisão difícil para mulher, mas, em alguns casos, não tem como evitar. Quando a mama é pequena em relação ao tumor e os nódulos estão em vários quadrantes, ou o histórico familiar e o risco genético indicam maiores chances dos riscos de câncer, essa acaba sendo a melhor alternativa. E isso tem mais probabilidade de acontecer com o diagnóstico tardio”, relata.


A busca pela reconstrução da autoestima

E aí entra um outro ponto crítico desse processo: a reconstrução da mama. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) tem um estudo que indica: em uma década foram realizadas 110 mil mastectomias no país, dessas, apenas 25 mil mulheres fizeram a reconstrução mamária. Isso se deve ao baixo número de cirurgias oferecidas e pela dificuldade da realização do procedimento em alguns casos.

“A reconstrução não é um processo fácil. Com o diagnóstico tardio, não conseguimos apenas inserir a prótese. Isso aumenta a necessidade do tratamento com a prótese expansora, que permite mudar seu tamanho com a inserção do soro fisiológico. Assim, conseguimos mais pele para a colocação do silicone. Depois disso, é necessária mais uma cirurgia para finalizar a reconstrução”, conta o cirurgião. “Nos casos mais radicais, é preciso de retalhos de pele que normalmente são retirados do abdômen e costas. Não é um processo fácil, mas está longe de ser uma questão meramente estética. Com o procedimento, conseguimos melhorar a autoestima dessas mulheres”, complementa. 

A mastologista do Instituto Oncológico do Paraná (IOP), Karina Furlan, ressalta que a mamografia e o autoexame das mamas são fundamentais para mulheres acima dos 40 anos. “Quando o diagnóstico de câncer é realizado precocemente, cirurgias menos invasivas, como a cirurgia conservadora, são indicadas, e assim é possível preservar a mama, sem a necessidade de se realizar a mastectomia. Porém, cada caso deve ser analisado individualmente, pois nem todos são iguais”, explica. A médica também destaca que em mulheres com mamas pequenas, porém, com tumores grandes, a mastectomia acaba sendo uma opção. 


Posts mais acessados