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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Melatonina: os prós e contras da liberação do hormônio

Com a liberação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) do uso da melatonina para a formulação de suplemento alimentar, o hormônio ganhou destaque, mas gerou preocupação, já que a venda sem receita médica pode resultar em uma série de problemas.


 

O lado bom da melatonina


Segundo a Dra. Claudia Chang, pós doutora em endocrinologia e metabologia pela USP e Membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM); a melatonina é um hormônio produzido pela glândula pineal (uma pequena estrutura do sistema nervoso central) e responsável pelo nosso ritmo circadiano que, além de regular o estado de vigília e sono, controla temperatura corporal, equilíbrio das células, níveis hormonais, entre outras funções.

 

“Quando não há luz, por exemplo, a retina envia informações para uma região do cérebro, o hipotálamo, que manda uma mensagem até o epitálamo, fazendo com que a glândula pineal libere melatonina, promovendo o sono na ausência de luz. Daí a relação da melatonina com o sono”.

 

De acordo com pesquisas da National Sleep Foundation (NSF), pelo menos 40 milhões de pessoas sofrem com mais de 70 tipos de distúrbios do sono, e 60% dos adultos relatam ter problemas de sono algumas noites por semana ou mais. A maioria das pessoas não é diagnosticada e tratada. Além disso, mais de 40% dos adultos experimentam sonolência diurna severa o suficiente para interferir em suas atividades diárias.

 

“A privação do sono afeta a produção de novas células neuronais, gerando uma série de déficits cognitivos, como fadiga, diminuição dos reflexos, sonolência, envelhecimento precoce, queda da imunidade, dificuldade de concentração, problemas de memória e até transtornos psiquiátricos. Por isso, dormir é uma necessidade tão natural quanto comer. O momento do descanso é essencial para repor as energias, ajudar o organismo a se recompor do estresse do dia, além de auxiliar no sistema imunológico”, pontua o Dr. Adiel Rios, Mestre em Psiquiatria pela UNIFESP, pesquisador no Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da USP e Membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP).


 

Onde mora o perigo


Segundo a endocrinologista Claudia Chang, ainda que haja critérios no uso da melatonina como suplementação (ter mais de 19 anos, consumir até 0,21 mg por dia, não ser gestante ou lactante e ter acompanhamento médico em casos de doenças), a liberação do hormônio pode ser perigosa.

 

De acordo com a própria ANVISA, apesar de necessária ao organismo, a substância tem contraindicações – "há riscos associados à utilização da melatonina que não podem ser ignorados: o consumo de medicamentos contendo a substância pode causar inchaço da pele, boca ou língua, perda de consciência, depressão, irritabilidade, nervosismo, ansiedade, aumento da pressão arterial e função anormal do fígado, entre outros problemas”.   

 

“Embora não haja consenso científico sobre seus supostos benefícios, a melatonina se popularizou, por meio das farmácias de manipulação, como uma substância milagrosa não só para o sono, mas com promessas para tratar emagrecimento, diabetes, enxaqueca e até mesmo câncer e doença de Alzheimer”, conta Claudia Chang.

 

O dermatologista Dr. Renato Pazzini, Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz, reitera. “Muitas pessoas acreditam que a melatonina soluciona problemas decorrentes do envelhecimento, como a flacidez da pele. De fato, o hormônio facilita o transporte de aminoácidos para o interior das células, proporcionando melhores condições para que sintetizem diferentes proteínas, entre elas, o colágeno. No entanto, sua atuação é indireta. O uso da melatonina, por si só, não tem efeito rejuvenescedor se não houver outros tratamentos concomitantes e, principalmente, acompanhamento médico”, frisa Pazzini.

 

A maior preocupação dos especialistas é a liberação do hormônio no Brasil sem necessidade de receita médica, motivando a “automedicação” (ainda que se trate de uma suplementação). Dados do Conselho Federal de Medicina indicam que 77% dos brasileiros fazem o uso de substâncias sem qualquer orientação médica.

 

Entre os riscos da automedicação, a intoxicação é a mais perigosa. De acordo com o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas, cerca de 30 mil casos de internação são registrados por ano no Brasil por decorrência de intoxicação. Outro risco da automedicação é o fato de que, se uma substância é ministrada na quantidade inapropriada, ou ainda, se combinada a outra, ela pode mascarar sintomas de uma doença mais grave.

 

“Mesmo que a melatonina tenha baixa incidência de efeitos colaterais (dor de cabeça, sono fragmentado, aumento da incidência de pesadelo, tontura, náuseas, sensação de estar dopado, sonolência durante o dia e elevação dos níveis do hormônio prolactina), quando estes ocorrem, a causa habitualmente é a utilização de doses elevadas (acima de 3 mg) ou pela presença de substâncias ocultas na fórmula. Por isso, mesmo sem a obrigatoriedade de receita médica, é fundamental buscar orientação especializada antes de fazer uso de suplementação da melatonina”, finaliza o psiquiatra Adiel Rios.


Farmacêutica dá dicas para aproveitar o verão e o calor, sem incômodos para a saúde

Especialista da A Fórmula, rede de farmácias de manipulação, explica que a época mais quente do ano chegou e os cuidados com a pele, cabelos e lábios merecem atenção especial
 

 

Dezembro e Janeiro são conhecidos pela alta estação, onde a maioria das pessoas tira férias, além de serem os meses mais quentes do ano. Por conta disso, os cuidados com a pele, cabelos e lábios devem ser redobrados, pois sofrem com a ação dos agentes externos, como o sol e o calor e vento intensos, que podem ocasionar vários incômodos e até doenças.

Isabelle B. Berger, farmacêutica e diretora executiva da A Fórmula de Santa Cruz do Sul, explica que a alta temperatura deixa a pele mais vulnerável e as atividades ao ar livre aumentam a exposição ao sol, que podem acarretar diversos problemas ou doenças na pele, devido aos raios ultravioletas.

"Existem dois tipos de raios UV que afetam a nossa pele: o UVA, que emite radiação durante todo o ano e pode atingir a pele até a derme; e o UVB, que é mais comum no verão e atinge camadas superficiais da pele. A exposição excessiva a esses raios, sem proteção ou em horários de pico, pode resultar em lesões cutâneas, queimaduras e até câncer de pele
Os raios UVA e UVB produzidos pelo sol representam 95% da radiação que atinge o corpo. Eles penetram profundamente na pele e, por terem efeito cumulativo, podem provocar o surgimento de pintas, sardas, manchas e rugas. Além de tumores benignos (não cancerosos) ou malignos como o carcinoma basocelular e o carcinoma espinocelular", explica a farmacêutica.

É importante salientar que, apesar dos perigos de exposição ao sol, ele é essencial para a saúde, sendo recomendado ficar exposto de 15 a 20 minutos por dia, para a obtenção de vitamina D. Mas, não se pode esquecer de seguir os cuidados indicados, como, por exemplo, o uso diário de protetor solar e procurar um profissional habilitado para cuidar da pele.

Pensando em ajudar os brasileiros a cuidarem da pele, cabelo e lábios durante os dias quentes, Isabelle preparou algumas dicas.



Hidrate o corpo

A hidratação da pele deve ser feita tanto por dentro quanto por fora, por isso é importante beber bastante líquido. Para evitar o ressecamento da pele, é importante tomar banhos mornos ou frios e usar hidratantes que ajudem a manter a quantidade adequada de água no corpo.

A Fórmula, maior rede de franquias de farmácia de manipulação do Brasil, desenvolveu uma formulação com o veículo DERMA WATER que pode ser usado como um pós sol. A formulação é uma água dermatológica rica em oligoelementos raros, como vanádio, selênio e germânio, sendo ideal para compor formulações diferenciadas dermocosméticas de efeito calmante, hidratante e tonificante.



Cuide dos Cabelos

Os danos que os dias quentes podem causar nos cabelos fazem com que a hidratação capilar seja o destaque, devendo ser mais que nunca frequente, reequilibrando-o para devolver o seu brilho e maciez, pensando nisso, a A Fórmula desenvolveu o Baume e o Creme Leave-in FPS.

Além disso, os cabelos devem ser protegidos contra raios ultravioletas resistentes e, a maneira mais fácil e rápida de bloquear a luz solar é usando chapéu, viseira ou boné.

Os produtos desenvolvidos pela rede de farmácia de manipulação são produtos com fotoprotetor tópico específico para os cabelos, sem enxágue, indicado para ser usado nos cabelos limpos, como um finalizador. Eles são ideais para quem quer manter os fios disciplinados, protegidos da ação do sol e com aspecto saudável.

Tão importante quanto às dicas anteriores, o PROTETOR CAPILAR ORAL funciona como um composto em cápsula multifuncional, contendo ativos que atuam como antioxidante, além de auxiliar na manutenção/proteção da melanina dos cabelos, protegendo-os contra as agressões do sol e do calor.



Use protetor

Use sempre protetor solar com fator de proteção 30 ou superior. É importante aplicar o protetor 30 minutos antes da exposição ao sol para que a pele absorva e, também, é necessário a reaplicação a cada duas horas. Nas farmácias A Fórmula é possível adquirir o filtro solar específico para a sua pele.

Além disso, é indicado, se possível, evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h, pois nesse horário é quando os raios solares são mais fortes. Caso não dê para evitar, utilize roupas que cubram as áreas expostas, como camisetas manga longa, calças, chapéus, entre outros.

"Os dias quentes são excelentes para curtir, mas é necessário sempre estar atento aos cuidados com a pele, cabelos e lábios, para que a diversão não vire um pesadelo. Além dos cuidados citados acima, é importante ter o acompanhamento de um profissional, como o dermatologista, pois ele é quem vai indicar os melhores produtos e procedimentos para serem utilizados e feitos nos dias mais quentes do ano", finaliza Isabelle.



A Fórmula


Detox: Comece o ano mais leve!

"Chutou o balde" e quer reparar os danos? Acompanhe dicas de nutricionista do São Cristóvão Saúde e comece 2022 com o pé direito


Açúcares, gorduras, álcool e pouca ingestão de água acabam sendo o cardápio de muitos durante as festas de fim de ano. Contudo, após a diversão, é essencial darmos atenção ao que pede nosso corpo, pois é sabido que excessos fazem mal ao nosso organismo.  


Simples e eficazes, essas receitas podem ser tornar um momento em família prazeroso e saudável, onde todos podem participar e se beneficiar. C
om o auxílio da supervisora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde, Cintya Bassi, separamos ideias de sucos detox para te ajudar a equilibrar os exageros de forma simples e saborosa. Quer começar o ano com o pé direito? Acompanhe as sugestões e comece a limpeza ainda hoje!


Suco revitalizante:

- Folhas de couve

- 5 folhas de hortelã

- 100 ml de água de Coco

- 2 kiwis descascados

- Gelo e adoçante natural a gosto.
 

 

Modo de preparo: Bater no liquidificador, coar e consumir em seguida.

 


Suco para fortalecer o sistema imunológico:

- 4 fatias de abacaxi

- 1 maçã picada

- Suco de ½ limão

- 1 folha de alface

- 1 colher de café de gengibre ralado
 

 

Modo de preparo: Bata tudo no liquidificador, coe e adoce a gosto.



Suco com vitamina C e termogênico

- Suco de 2 maracujás

- Suco de 2 limões

- 150 ml de água filtrada

- ½ xícara de couve picada

- Gelo a gosto
 

 

Modo de preparo: Bata no liquidificador a couve com a água e após batido, acrescente os outros ingredientes até que a mistura fique homogênea. Sirva em seguida.

 


Suco diurético

- ¼ prato de sobremesa de couve manteiga, higienizada e picada

- 1 fatia grossa de melão

- 250 ml de água de coco

- 1 colher de sopa de hortelã, higienizado e picado

- ¼ de colher de sopa de suco de limão

- ¼ de maçã

- Cubos de gelo
 

 

Modo de preparo: Bata todos os ingredientes no liquidificador, até que a mistura fique homogênea. Adoce a gosto e consuma em seguida.
 

Além dessas opções, frutas, verduras, legumes, peixes, ervas e chás são essenciais para reequilibrar a saúde do corpo, dando sempre preferência a produtos orgânicos e à ingestão de água ao longo do dia. Seguindo essas dicas e cuidando de sua saúde, não tem como não começar 2022 do melhor modo possível!

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Verdes, amarelos e vermelhos são as cores do detox

No detox, o orgão que mais merece cuidados e que deve estar preparado é o fígado. Segundo o farmacêutico Jamar Tejada (Tejard), é ele que será responsável pela faxina do organismo para que tudo funcione em perfeita ordem. “Para essa limpeza do fígado, a desintoxicação é essencial, e isso pode ser feito através da alimentação que pode ser mais fácil se for dividida por cores”, explica o especialista.

“Para eliminar as toxinas, melhorar o funcionamento do intestino e equilibrar o funcionamento do corpo, temos que eliminar as toxinas e controlar o PH intestinal”, comenta Tejard.

Para começar, a maneia mais simples é ir pelas cores dos alimentos e então escolher qual o sabor que mais agrada ao paladar. Vamos a alguns exemplos de cores e grupos:

  • Verdes: Agrião, couve, alface, rúcula, hortelã, limão e acelga
  • Amarelos: Pera, ameixa, lima, cenoura, abacaxi, laranja, manga, melão, mamão e mel
  • Vermelhos: Rabanete, maçã, acerola, uva, beterraba, tomate e morango

Depois de escolher pelo menos um item de cada cor, vale bater um suco, que pode ser misturado com água ou água de coco e até adoçado com açúcar de coco. Tejard fala ainda que é importante não coar, para não perder nenhum nutriente que pode ser essencial.
 


Jamar Tejada - Farmacêutico graduado pela Faculdade de Farmácia e Bioquímica pela Universidade Luterana do Brasil, RS (ULBRA), Pós-Graduação em Gestão em Comunicação Estratégica Organizacional e Relações Públicas pela USP (Universidade de São Paulo), Pós-Graduação em Medicina Esportiva pela (FAPES), Pós-Graduação em Comunicação com o Mercado pela ESPM, Pós-Graduação em Formação para Dirigentes Industriais com Ênfase em Qualidade Total - Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul-(UFRGS) e Pós-Graduação em Ciências Homeopáticas pelas Faculdades Associadas de Ciências da Saúde. Proprietário e Farmacêutico Responsável da ANJO DA GUARDA Farmácia de manipulação e homeopatia desde agosto 2008. @tejard


Clareamento dental: Especialista esclarece os principais mitos e verdades sobre o procedimento

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Apesar de popular, muitas dúvidas ainda ocorrem sobre a técnica número 1 dentro dos consultórios odontológicos


O clareamento dental é um dos procedimentos estéticos mais famosos ao redor do mundo. De acordo com a última análise de pesquisa de mercado da empresa de pesquisas Technavio, o mercado global dessa técnica registrará um crescimento incremental de 840 milhões de dólares nos próximos anos. As previsões testemunham um aumento anual de 4% durante 2020 a 2024.

Apesar de toda a sua popularidade, muitas dúvidas ainda ocorrem sobre a prática. Abaixo, Queren Azevedo, consultora da GUM, marca americana de cuidados bucais, esclarece os principais mitos e verdades quando o assunto é clareamento dos dentes. Confira:

 

  1. Qualquer pessoa pode realizar o clareamento dentário

Mito. Apesar de tecnicamente simples, o procedimento não é indicado em alguns casos. “Grávidas, lactantes, pessoas que apresentam sensibilidade aos medicamentos utilizados durante o clareamento, que possuem doença periodontal ou que tenham muitas restaurações dentárias estão entre os grupos em que não se é recomendado para a realização do branqueamento”, informa a especialista. 

Além desses, para aqueles que possuem retração gengival, também é desaconselhável, pois o procedimento pode prejudicar a raiz do dente que, normalmente, está exposta devido ao quadro. “Além disso, não é indicado para menores de 12 anos de idade, já que a dentição ainda é bastante sensível nessa fase da vida”, comenta.

 

  1. Pastas de dentes garantem o mesmo efeito do clareamento

Mito. Os agentes clareadores são trazidos em uma quantidade pouco expressiva nos cremes dentais e não são capazes de clarear como o procedimento feito no consultório odontológico. De acordo com Queren, as pastas branqueadoras ou clareadoras são bem mais abrasivas do que os cremes dentais comuns. “O seu diferencial é que conseguem remover as manchas superficiais, deixando os dentes levemente mais brancos”, explica. A expert ainda destaca “se forem utilizadas diariamente e por um longo período, elas podem desgastar o esmalte dentário, e causar problemas gengivais, prejudicando a qualidade do sorriso”, afirma. 

  1. Determinados alimentos devem ser evitados ao longo do tratamento
  2. Mito. Essa orientação está ultrapassada. Hoje se sabe como esses alimentos considerados vilões do branqueamento agem e o tempo que levam para causar alteração na cor do sorriso. Sendo assim, pode se afirmar que o dente não fica mais susceptível ao manchamento por alimentos coloridos durante o tratamento. Ainda assim, Azevedo reforça sobre a necessidade de cautela quanto a higienização da cavidade oral. “É recomendado escovar os dentes após as refeições para prolongar o efeito do clareamento”, diz.

 

  1. Os dentes ficam sensíveis após o procedimento

Depende. Ao longo da primeira a sessão ou por um período após a sua realização não é incomum a sensação de uma certa sensibilidade na arcada dentária. “O clareamento provém da reação química do contato entre o gel clareador e o pigmento que escurece o dente. Por isso, é possível que se sinta como se fosse um leve choque, podendo ser mais percebido naqueles que possuem uma maior sensibilidade na região”, informa.

 

  1. Clareamentos feitos no consultório são tão eficientes quanto os realizados em casa

Verdade. Ambos os formatos possuem um alto índice de eficácia. O gel clareador usado no consultório do dentista, por ser mais concentrado, pode garantir um sorriso branco mais rapidamente, mas isso não anula a eficiência do clareamento caseiro. “Ele também traz resultados satisfatórios, já que os dentes ficam em contato com o produto por mais tempo, prolongando a durabilidade do tratamento”, pontua. A consultora comenta que o dentista saberá indicar quais das opções é mais adequada, de acordo com cada necessidades e objetivo.

 

Nutrólogo do Hospital IGESP fala sobre a importância de analisar o contexto comportamental por trás da obesidade

A obesidade é um dos problemas de saúde pública mais graves atualmente. A Organização Mundial de Saúde (OMS) projeta que, em 2025, cerca de 2,3 bilhões de adultos estejam com sobrepeso e que haja mais de 700 milhões obesos no mundo. 

Considerada como uma epidemia pela OMS, a obesidade é um fator de risco para doenças crônicas como diabetes tipo 2, hipertensão e distúrbios metabólicos. De acordo com o Dr. Andrea Bottoni, nutrólogo do Hospital IGESP, a enfermidade é caracterizada pelo excesso de tecido adiposo, que significa que o organismo tem mais gordura do que precisa, definido pelo índice de massa corporal (IMC) maior ou igual a 30 kg/m2. “Porém, mais importante que entender o IMC é analisar o contexto comportamental por trás da obesidade. Isso evidencia o motivo do avanço da obesidade”, afirma. 

O médico atribui o avanço da obesidade ao estilo de vida ocidental contemporâneo, em que tudo precisa ser rápido. “Esse estilo de vida impulsiona o consumo de alimentos processados e industrializados, o sedentarismo e o uso de medicamentos ao invés de encorajar a mudança de hábito”. Ressalta também que é preciso entender que a obesidade não é uma questão estética e nem falta de vontade. “É uma doença multifatorial associada a uma complexa interação de ambiente, predisposição genética e comportamento humano”.

 

Prevenção

Uma das formas de prevenir e combater a obesidade é a atividade física e a alimentação saudável. “É importante que o paciente consuma alimentos como frutas, leguminosas, vegetais e integrais que possuem inúmeras vitaminas, sais minerais e fibras. Além disso, é preciso evitar a comida processada, que contêm mais sódio, sal, açúcar e gordura.”

 


Hospital IGESP

 


A importância da vacinação contra a gripe e seu impacto no mundo laboral

Médica infectologista da OnCare Saúde fala da importância da imunização para combater o surto do vírus Influenza e o impacto da vacinação no ambiente de trabalho 


Há algum tempo a imprensa noticia que grandes centros urbanos do Brasil, como Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador, apresentaram uma alta incidência de casos de gripe nas últimas semanas. O vírus Influenza, causador da doença, tem uma característica sazonal: ele circula durante o ano todo, nas diversas regiões do mundo, com predomínio nos meses do outono e inverno.

O aumento dos casos no País durante o mês de dezembro é um evento incomum, que pode estar associado à baixa cobertura vacinal contra a gripe, à flexibilização das medidas de restrição adotadas como prevenção à Covid-19 e ao relaxamento da etiqueta respiratória, que inclui o uso de máscaras, a higienização das mãos e o distanciamento social.

Dra. Letícia Baptista Fiorio, infectologista da OnCare Saúde lembra que as campanhas foram centralizadas para a vacinação contra a Covid-19. “Tivemos as campanhas de influenza, mas a adesão à vacina da gripe foi pequena. Quando há uma baixa adesão, também há um nível mais baixo de proteção”, esclarece a especialista.

Ela afirma que virologistas já realizam uma vigilância intensa do vírus Influenza subtipo H3N2, o responsável pelo surto que vemos agora. “Os pesquisadores realizam análises e o monitoramento do perfil genético do vírus. Os casos em questão estão associados principalmente à linhagem “Darwin” do vírus Influenza A (H3N2), que foi a cepa predominante da mais recente temporada de gripe no hemisfério Norte.”


A importância da vacinação contra a gripe

Em geral, as campanhas nacionais de vacinação contra a gripe no Brasil têm início no mês de abril, antecipando a chegada do inverno, com o objetivo de proteger o organismo de pessoas mais vulneráveis, como idosos e crianças, imunossuprimidos e pessoas com comorbidades.

Todavia, com este surto fora de época, é necessário que a campanha seja antecipada. “É uma circulação fora de época do vírus, pode ser que ela não se sustente. Existe uma grande probabilidade deste vírus aparecer em outras partes do País. O adiantamento da campanha seria bom em vários aspectos, para debelar essa situação de surtos e reduzir a circulação viral”, afirma Dra. Letícia.

A infectologista da OnCare Saúde reforça a necessidade de vacinação. “É importante que todos sejam imunizados. Na rede pública, a vacina trivalente está disponível para grupos considerados prioritários pelo Ministério da Saúde por maior risco de adoecimento e de evolução para quadros graves; e na rede privada o imunizante está disponível para todos. Crianças, gestantes, adultos com comorbidades, professores, profissionais da saúde, adolescentes são alguns dos grupos que devem se vacinar. O isolamento recomendado nos pacientes com Influenza é de 5 dias e as crianças não devem frequentar a escola enquanto os sintomas persistirem”, orienta.

A médica lembra que além da vacinação é preciso redobrar os cuidados. “É recomendado evitar locais fechados e aglomerações, além do uso de máscara e a lavagem frequente das mãos, que continuam sendo uma importante ferramenta na redução da contaminação. Se a febre persistir por mais de 48 horas, se apresentar falta de ar ou queda importante do estado geral, recomenda-se procurar a emergência”, alerta.


A vacinação nas empresas

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a vacina é a maneira mais eficaz de prevenir a gripe. Os trabalhadores quando não vacinados, podem adoecer, e por isso a vacinação contra a gripe em empresas torna-se muito importante no ponto de vista socioeconômico.

A gripe atinge pessoas de qualquer idade e já é considerada um dos problemas mais graves de saúde pública, segundo a (OMS). Apesar de parecer um assunto sem muita importância, traz um impacto bastante significativo no ambiente de trabalho.

Dra. Letícia Fiorio afirma que a vacinação traz muitos benefícios para as empresas. “Além de evitar afastamentos, aumenta-se a produtividade. Adotar medidas que ajudem a conter o vírus influenza, é obrigação de todos, e empresas dispostas a melhorar a qualidade de vida e a produtividade no trabalho de seus funcionários devem aderir à campanha de prevenção, e realizar a vacinação dos colaboradores”, reforça a infectologista.

Para o diretor presidente da OnCare Saúde, Dr. Ricardo Pacheco, a influenza é um é uma questão de suma importância e requer que as empresas invistam em uma eficiente gestão médica. “É a gestão médica que cuidar das pessoas, prevenir, identificar e tratar os casos de influenza. A prevenção precisa ser priorizada para diminuir a incidência de absenteísmo, que vem aumentando consideravelmente, já chegando a níveis semelhantes ao início da pandemia de Covid-19”, completa o médico e gestor em saúde.

 


Oncare Saúde - plataforma de solução integrada de saúde, que oferece assessoria e consultoria, para empresas e para população em geral.

 

Câncer colorretal: a prevenção está no prato

Escolhas saudáveis na hora de compor a dieta alimentar ajudam a prevenir esse tipo de tumor, que é um dos mais comuns entre homens e mulheres no Brasil

 

 

A ciência acumula evidências sobre a importante relação entre alimentação e câncer colorretal. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), esse é o segundo tipo de tumor mais comum entre os homens (depois do câncer de próstata) e entre as mulheres (depois do câncer de mama). Por isso é importante sempre estar atento à alimentação: uma dieta saudável ajuda a prevenir a doença, enquanto uma dieta não saudável tem efeito contrário, podendo desencadeá-la.

 

É isso que mostra, por exemplo, um estudo realizado recentemente pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, a partir de revisão bibliográfica que promoveu uma síntese de outros trabalhos. O estudo concluiu que os hábitos alimentares influem de maneira considerável no aparecimento de tumores do câncer colorretal quando inadequados ou, quando saudáveis, ajudam na prevenção.

 

“O consumo exagerado de gorduras, carne vermelha, embutidos (salsicha, linguiça, presunto e mortadela), bacon e até o peito de peru precisa ser evitado”, lembra a nutricionista Juliana Zanetti, coordenadora de Nutrição e Dietética da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. “O excesso de gordura acarreta aumento da produção da bile, cujos sais possuem ação detergente, que pode provocar lesões na mucosa intestinal e multiplicação desordenada das células dessa região. No caso dos embutidos, um problema adicional são os aditivos químicos usados na sua fabricação”, explica.

 

Pesquisa desenvolvida no Reino Unido, publicada em 2019 no International Journal of Epidemiology, demonstrou que o consumo diário de 76 gramas de carne vermelha e carnes processadas elevou em 21% o desenvolvimento de câncer colorretal, em comparação com os pacientes da mesma faixa etária que consumiam diariamente apenas 21 gramas.

 

Órgãos internacionais, como a World Cancer Foundation e o American Institute for Cancer Research, atestam ser saudável a ingestão semanal entre 350 a 500 gramas de carne cozida. No Brasil, o INCA recomenda até 500 gramas, também com preferência para preparações cozidas ou assadas e evitando o churrasco ou contato direto com o fogo. Para referência, considere que um espetinho tem entre 80 e 100 gramas; um bife, entre 100 e 120 gramas; e um hambúrguer, cerca de 120 gramas.


 

Escolhas saudáveis

 

De acordo com a nutricionista da BP, uma série de alimentos tem ação preventiva comprovada frente ao câncer colorretal, entre eles, verduras, legumes, frutas, grãos e cereais integrais e sementes (linhaça, chia, gergelim, etc.). “Essas opções são ricas em fibras, que agem protegendo as paredes do intestino, além de auxiliar na regulação do trânsito intestinal”, diz Juliana.

 

Ela lembra que as fibras solúveis, presentes nas frutas e vegetais, auxiliam na fermentação digestiva, estimulando a proliferação de bactérias boas que vivem no intestino e contribuem para o bom funcionamento do sistema imunológico e metabólico. Já as fibras insolúveis, presentes nos vegetais folhosos, cascas de frutas, grãos e sementes, promovem uma varredura da parede do intestino, eliminando substâncias e impurezas nos tecidos que poderiam desencadear processos inflamatórios na região.

 

Mas as escolhas saudáveis não param por aí: castanhas e peixes são ricos em ômega 3 e ômega 6, que auxiliam na absorção de vitaminas A, E, D e K. Além disso, fibras, frutas, verduras e legumes possuem compostos como as vitaminas A, E e C, carotenoides, antioxidantes, selênio, flavonoides e ácido fólico, que também auxiliam na prevenção do câncer.

 

Essas informações, que têm base científica, são bons indicadores para combinar ingredientes e fazer pratos saborosos – que agradam ao paladar e ainda têm o efeito de promover a saúde e proteger contra o câncer colorretal. Como exemplo, a nutricionista da BP compartilhou duas receitas que trazem essa combinação de sabor e prevenção. Confira:

 

 

Salada verde crocante com molho cremoso

 

Ingredientes:

 

·  2 maços de alface

·  1 avocado ou 1/2 abacate

·  4 colheres (sopa) de azeite extravirgem

·  2 colheres (sobremesa) de mostarda de Dijon

·  suco de 1 limão

·  1 dente de alho

·  1 colher (chá) de sal

·  1/2 copo de nozes picadas ou amêndoas torradas

 


Modo de preparo:

 

·  Lave e corte a alface em fatias largas e coloque em uma tigela grande.

·  Junte o abacate e o azeite no processador de alimentos e misture até ficar homogêneo.

·  Adicione os ingredientes restantes (exceto as nozes/amêndoas) e processe novamente.

·  Misture o molho com a alface.

·  Em uma frigideira, toste as nozes picadas ou amêndoas por três minutos em fogo baixo.

·  Sirva as nozes/amêndoas em cima da salada.

 

 

 

Bolo de banana

(sem açúcar e sem farinha de trigo)

 

Ingredientes:

 

·  4 bananas nanicas (devem estar bem maduras, quase estragando)

·  1 xícara (chá) de uvas passas pretas

·  4 ovos pequenos

·  1/2 xícara de óleo

·  2 xícaras de aveia (flocos finos ou grossos)

·  1 colher (sopa) de fermento em pó

 

 

 

Modo de preparo:

 

·  Bata os ovos junto com o óleo no liquidificador.

·  Aos poucos, acrescente as bananas e a uva passa.

·  Coloque a massa em uma tigela e, aos poucos, misture a aveia com o batedor

(a massa é densa).

·  Por último, misture o fermento em pó.

·  Unte com óleo e farinha de aveia.

·  Asse em forno pré-aquecido a 200ºC por 35 minutos (o tempo pode variar,

dependendo do forno).



 

BP – Beneficência Portuguesa de São Paulo

Lixo: Problema ou solução?


Uma das imagens mais lembradas pelos fãs do filme “De volta para o futuro” é quando os personagens Dr. Brown e Martin McFly se preparam para viajar e para abastecer o carro, o cientista coloca o lixo no tanque e diz que este item será o combustível do veículo no futuro. Na vida real, mais de 35 anos após a produção do filme, pode-se dizer de certa maneira que o filme previu o que viria a acontecer nos anos seguintes.

 

Se naquela época parecia estranho aos olhos do público abastecer um carro com estes itens que são descartados diariamente, hoje é possível perceber o quanto o filme estava correto, esses elementos já podem ser revertidos em uma série de benefícios para a sociedade, inclusive combustível, revela a pesquisadora de tecnologias Angela Oliveira.

 

Em um mundo que produz cada vez mais lixo, o seu descarte correto e aproveitamento pode trazer uma série de benefícios para a sociedade transformando um ônus em bônus. Representante e divulgadora da tecnologia Termoquímica Catalítica, entre outras, Angela Oliveira afirma: “Baseado no sistema de economia circular e logística reversa, atualmente conseguimos transformar o lixo em óleo diesel e Gasolina".

 

Os resíduos são tratados não por uma, mas por várias tecnologias diferentes, que são capazes de transformar inservíveis em óleo de alto poder calorífico, que refinado pode se tornar diesel e gasolina. Enfim, quase mais nada é enviado para o aterro.

 

Ela explica que existem tecnologias, que combinadas adequadamente, tratam o lixo sem poluir o meio ambiente e produzir gases tóxicos. “Além de combustível, é possível produzir fertilizante de alta qualidade para produtores rurais, óleos para motores, gás de síntese, negro de fumo, além de evaporadores de chorume, que vão ajudar a limpar o solo com equipamentos que dedicam-se ao tratamento desse líquido utilizando o próprio lixo causador como remédio para o problema. Temos como tratar até mesmo o lixo eletrônico, com aproveitamento de metais preciosos, acrescenta, para cada resíduo, uma tecnologia especifica".

 

Ainda assim, razões para se preocupar não faltam, destaca Angela: “De acordo com o programa da ONU para a questão ambiental, as cidades do planeta geram em torno de 1,3 bilhão de toneladas de resíduo sólido urbano, que é esse lixo produzido em casa ao ano. E a tendência é que este número cresça para 2,5 bilhões até 2025. A pergunta que fica é: Onde enfiar todo este lixo? O que fazer com tudo isso?”, questiona.

 

Para a pesquisadora, o futuro é agora, e transformar o lixo em energia e combustível já é uma realidade.

 

É importante também pontuar a necessidade de mudar a mentalidade da sociedade. “As pessoas precisam pensar duas vezes quando forem descartar o lixo de suas casas. Podem ver que aquilo, de certa maneira, é algo valioso e pode trazer uma vantagem para todos", detalha, Angela aconselha: “Antes de colocar tudo no mesmo saco e mandar para a lixeira, separe o que você puder, isso será essencial para o meio ambiente e você colherá os benefícios dessa medida.

 

E finaliza: "Abra sua mente para um mundo mais eficiente. Entenda que seu resíduo pode ser uma grande solução e você terá os melhores resultados para o seu bolso e para o seu bem-estar, porque avaliar novas possibilidades, nos torna seres dinâmicos e alinhados com nosso verdadeiro ser, que se encontra sempre além de nós mesmos, nas nossas possibilidades futuras, nas novas maneiras de ver e interpretar as coisas trazendo sentido a nossa existência "

 

O filisofo alemão, Matin Heidegger dizia que existir é o mesmo que temporalizar-se, então bem-vindo ao futuro, ou seria "de volta para o futuro"?

 

Fabiano de Abreu


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