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sexta-feira, 12 de março de 2021

Como tornar uma empresa mais atraente para profissionais de tecnologia?

Os profissionais de TI nunca foram tão demandados quanto agora. Com a pandemia, a tecnologia se tornou a única forma de muitas empresas continuarem operando. Logo, a demanda por esses profissionais – que já era alta – ficou ainda maior.

Mesmo formando mais de 46 mil profissionais por ano, esse número está longe de ser suficiente. Como consequência, esses profissionais estão escolhendo seus empregos, fazendo com que as empresas precisem se esforçar muito mais para se tornarem atraentes.

Como trabalho com recrutamento e seleção de TI há muitos anos, estou em contato direto com eles e sei exatamente quais costumam ser suas maiores exigências no momento de avaliar novas oportunidades de carreira. Por isso, listei aqui cinco dicas preciosas de como chamar a atenção desses profissionais:


#1 CAPACITAÇÃO - Crie um ambiente de aprendizagem: Profissionais de TI gostam de estar por dentro das novidades – e tem sempre uma ferramenta, uma plataforma ou mesmo uma tecnologia totalmente nova. Então, é imprescindível que a empresa ofereça oportunidades para que eles estejam sempre em contato com o que existe de mais recente nessa área. Eles realmente levam muito a sério a ideia de estudar continuamente. A empresa tem que ser uma escola. É preciso proporcionar espaços de capacitação, seja internamente ou mesmo por meio da oferta de bolsas para cursos de especialização. Existem diversos cursos específicos voltados para as mais diversas áreas de TI que podem contribuir para a profissionalização desses profissionais e prepará-los para as demandas e exigências do mercado. É preciso investir nisso.


#2 BRANDING - Construa uma boa marca: Um levantamento feito pela Fundação Escolar mostrou que para 55% dos líderes das empresas, a competição com grandes organizações de tecnologia é um dos maiores desafios no recrutamento e retenção desse tipo de profissional. Muitos sonham em trabalhar nas big techs, que tem a tecnologia em sua atividade principal. Então, se sua empresa não é desse meio, o melhor a fazer é criar uma boa estratégia de marca, mostrando o quanto a área é relevante e valorizada pela empresa. Apresente grandes projetos com tecnologia de ponta, como e-commerces e ações de transformação digital, evidenciando que a empresa tem uma mentalidade voltada à inovação.


#3 EMPLOYER BRANDING - Invista em uma experiência de marca: Uma vez que sua empresa tenha conseguido contratar bons profissionais de TI, outro grande desafio é retê-los. Para isso, é importante investir na jornada do colaborador, mostrando o quanto a empresa trabalha para que ele viva experiências memoráveis em sua carreira. Crie projetos envolventes, que despertem o desejo de participar, de contribuir para a construção de algo realmente valioso e relevante não só para a empresa, como para a sociedade como um todo. É necessário criar engajamento e ser coerente com o propósito da organização. Para isso, o RH tem um papel fundamental, atuando positivamente no clima organizacional.


#4 JORNADA - Ofereça um bom plano de carreira: Com tantas vagas e poucos profissionais capacitados disponíveis, é natural que os salários fiquem inflacionados. Óbvio que uma boa remuneração faz diferença, mas um plano de carreira atrativo não quer dizer apenas cifras elevadas. É importante que a empresa ajude o colaborador a visualizar seu crescimento ali dentro, quais serão os degraus que irá subir e o que ele irá ganhar, aprender e contribuir durante sua jornada ali dentro. É importante dizer também que esses profissionais tendem a valorizar a flexibilidade de horários, o home-office e principalmente, uma proposta clara de crescimento profissional, tanto do ponto de vista da aprendizagem quanto da remuneração. Muitas empresas apostam em altos bônus e até em ações da companhia, despertando o intraempreendedorismo e uma remuneração com base em resultados.


#5 MISTURE-SE - Interaja e seja parte das comunidades: A melhor forma de se manter no radar dos profissionais de TI é estar onde eles estão. É importante interagir com a comunidade por meio de hackathons, que são verdadeiras maratonas de programação; Meetups, encontros que promovem a troca de experiências, cases e boas práticas ligadas a interesses em comum e os Bootcamps, que são treinamentos imersivos que visam o desenvolvimento de habilidades em diversas áreas, entre outros tantos caminhos. É preciso mostrar que a empresa, mesmo que não tenha tecnologia como sua atividade principal, investe fortemente na área e está preocupada com o constante desenvolvimento desses profissionais. Ter líderes inspiradores, que estão sempre em evidência, seja nos eventos ou universidades, é um atrativo e tanto para eles.

A dificuldade em contratar profissionais de TI qualificados é uma realidade, mas não desanime! Se sua empresa tiver uma forte cultura de inovação, as chances de atrair profissionais mais qualificados são maiores. Tenha em mente o que esses profissionais valorizam e trabalhe para que eles saibam que sua empresa tem tudo o que eles desejam para ter uma carreira brilhante.

Diego Barbosa - gerente da Yoctoo e formado em Administração de Empresas. Possui sete anos de experiência no recrutamento para áreas de tecnologia. Além disso, tem vasto conhecimento na contratação de talentos em toda a América Latina. 

 


Yoctoo

https://www.yoctoo.com/pt


Zonas Francas: o impulso econômico que falta para o Brasil

Já imaginou uma pequena área de produção industrial ser capaz de gerar riqueza para todo o país? No Brasil, a Zona Franca de Manaus pode ser vista como um grande exemplo de ambiente físico com incentivos econômicos, que se fosse replicado para outras regiões, poderia auxiliar positivamente no cenário econômico no qual vivemos.

Prova disso está nos dados divulgados pela Superintendência da Zona Franca de Manaus – Suframa, no final de 2020. Em meio à toda instabilidade econômica causada pela pandemia, o polo faturou R$ 95,49 bilhões entre janeiro e outubro – um aumento de 9,71% em relação ao mesmo período de 2019.

O sucesso econômico que as zonas francas conquista é devido ao seu sistema de funcionamento muito simples, mas altamente eficiente: incentivar a instalação de polos industriais na região, em troca da isenção dos principais tributos sobre consumo do país – o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação).

Com tantos benefícios comprovados, a grande questão é: por que não existem outras zonas francas no Brasil? Existem várias respostas, mas acredito que a mais coerente está na lógica do regime tributário em arrecadar e não incentivar a geração de riquezas.

A estratégia tributária brasileira para aumentar a arrecadação é aumentar a carga tributária, ao invés de incentivar o crescimento econômico para que as novas riquezas geradas aumentem a arrecadação, mesmo com uma carga tributária menor que a atual. Esse tipo de atitude governamental tem apenas visão de curto prazo.

O grande problema da equação tributária utilizada no Brasil é que ela produz uma curva negativa ao invés de ser próspera, ou seja, o alto custo tributário não potencializa o crescimento, mas sim o achatamento da economia. Isso porque a carga tributária eleva os preços e inviabiliza ou diminui o consumo pela população.

Em 2019, por exemplo, a carga tributária do país alcançou seu patamar recorde de 35,17% do PIB, segundo um estudo levantado pelos economistas José Roberto Afonso e Kleber Pacheco de Alves. O último pico registrado foi em 2008, no percentual de 34,64%.

Precisamos urgentemente de uma reforma tributária integral que altere de vez essa estratégia negativa para a economia. O caminho mais viável é por meio da redução da carga e a consequente diminuição dos preços de produtos e serviços, o que aumentará o consumo, gerando um ciclo virtuoso de arrecadação no país.

A criação de novas zonas francas seria uma ótima forma de estimular essa mudança e o impulso econômico que todo país necessita. Outro ponto da implementação da zona franca é o desenvolvimento regional ocasionado pela demanda de mão de obra especializada, bem como estrutura de rodovias, hotéis, dentre outros.

Além disso, as zonas francas incentivam ainda o investimento estrangeiro no país, uma vez que a existência de legislação que incentiva os benefícios fiscais por período certo gera segurança jurídica e previsibilidade para possíveis investidores.

A criação de novas zonas francas pode contribuir – e muito – para melhorar a situação econômica do país. Para isso, contudo, é necessário que haja um alinhamento entre a União, Estados e Municípios, tendo como premissa de curto prazo a diminuição da carga tributária pelos incentivos fiscais. A longo prazo, elas contribuirão para um aumento da riqueza do país, e consequentemente, melhora no volume arrecadado.

Para a cultura política do Brasil pode parecer uma proposta ousada, no entanto, é a ordem tributária mais eficiente.

 

 

Angelo Ambrizzi - advogado especialista em Direito Tributário pelo IBET, APET e FGV com Extensão em Finanças pela Saint Paul e em Turnaround pelo Insper e Líder da área tributária do Marcos Martins Advogados.


Marcos Martins Advogados

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/


Como a pandemia está afetando o empreendedorismo feminino?

A pandemia não está sendo fácil para ninguém, mas para elas, as mulheres empreendedoras, as dificuldades parecem ainda maiores. Uma pesquisa realizada pelo Sebrae mostra que a crise interrompeu um movimento constante, verificado desde 2016, de crescimento na representatividade das mulheres no empreendedorismo brasileiro.

Em 2019, elas representavam 34,5% do total de empreendedores. Em 2020, esse número caiu para 33,6% (o que significou uma perda de 1,3 milhão de mulheres à frente de um negócio). Um dos motivos para essa redução está na necessidade de se dedicar mais à família e aos afazeres domésticos, diante do fechamento das escolas. De acordo com o IBGE, elas dedicaram quase o dobro de tempo a essas atividades que eles.

Essa alteração na rotina também impactou a taxa de ocupação. Apenas 54,6% das mulheres entre 25 e 49 anos com filhos até três anos estão trabalhando. Entre os homens, esse número é de 89,2%, segundo o levantamento “Estatísticas de Gênero: Indicadores Sociais das Mulheres no Brasil”. Entre negras e pardas a ocupação é ainda menor, de 49,7%.

A queda da participação feminina no empreendedorismo ou mesmo no mercado de trabalho como um todo também tem a ver com os setores que elas costumam atuar. Segundo o Sebrae, as mulheres estão mais presentes no setor de serviços (50%, contra 34% dos homens), que foi o mais afetado pela crise.

Contudo, elas têm se mostrado resilientes. Cerca de 11% das empreendedoras dizem ter inovado em seus negócios durante a crise, enquanto somente 7% dos homens apostaram em mudanças. Elas também se mostram mais tecnológicas, já que cerca de 76% dizem fazer uso de redes sociais, aplicativos ou internet para comercializar seus produtos e serviços, contra 67% dos homens. Mais de 46% delas dizem ter apostado no lançamento de novos produtos e serviços, contra 41% deles.

Apesar do arrojo na busca por novidades, elas demonstram um estilo de gestão mais cauteloso quanto aos números. Segundo a pesquisa, 35% delas se dizem livres de dívidas, enquanto entre eles, são apenas 30%. Cerca de 46% dos homens tem empréstimos bancários, contra 43% delas. Mais da metade delas (51%) disse não ter buscado empréstimos para a empresa desde o começo da pandemia. Já 54% dos homens buscaram. 

As dívidas com impostos também foram citadas por 16% dos homens e 13% das mulheres. Nesse ponto, é importante destacar a escolha do regime tributário, evitando uma carga excessiva de impostos. Ter um contador de confiança, que atue como um parceiro do negócio, é fundamental para garantir uma contabilidade saudável e estratégica para a empresa.

A pressão sobre as mulheres é alta, mas elas parecem mais uma vez demonstrar que, de frágil, não tem nada. Apesar do cenário desafiador e claramente mais prejudicial a elas, as mulheres demonstram muita força e resistência para driblar as adversidades e continuar seguindo em frente. Como mulher, negra e empreendedora do segmento contábil, um mercado predominantemente masculino, também me vejo nessa pressão. Sigamos firmes nessa luta.

 

 

Regina Fernandes - perita contábil, trainer em gestão, mentora e responsável técnica da Capital Social, escritório de contabilidade com 10 anos de atuação que tem como objetivo facilitar o dia a dia do empreendedor. Localizado na cidade de São Paulo, atende PMEs do Brasil inteiro por meio de uma metodologia de contabilidade consultiva, efetiva e digital. 

 

Preocupação das instituições financeiras com sustentabilidade aumenta demanda por cartões bancários produzidos a partir do milho, substituto do PVC

As próximas décadas serão decisivas no campo da sustentabilidade e empresas de diversos setores deverão buscar alternativas para acelerar suas iniciativas em prol do meio ambiente. As mudanças climáticas, a escassez de recursos naturais e a necessidade de neutralizar as emissões de carbono são questões urgentes que já precisam ser consideradas na estratégia de novos negócios. No sistema financeiro, um dos principais desafios é frear a produção de cartões bancários com PVC, um dos tipos de plástico mais utilizados no mundo, feito a partir de cloreto de sódio ou petróleo.

 

Volume de PVC utilizado para produção de cartões bancários

 

Estimativas da Thales, líder global em tecnologia e uma das principais empresas produtoras de cartões bancários no mundo, apontam que todos os anos cerca de 30 mil toneladas de PVC são utilizadas como insumo para produção de cartões. O volume é equivalente ao peso de 150 Boeing 747 e a maior parte vai para aterros sanitários no final da sua vida útil. A incineração é uma forma comum de descarta-lo permanentemente, mas o processo gera dioxina, substância altamente tóxica e um dos gases causadores do efeito estufa.

 


 

Cartões mais sustentáveis chegam ao mercado

 

Para potencializar iniciativas sustentáveis das instituições financeiras no Brasil e no mundo, a Thales encontrou dois caminhos, um para usar o milho não alimentar como matéria-prima renovável para produção de novos cartões bancários e outro para evitar que o PVC que já circula pelo mercado tenha como único fim os aterros sanitários.

 

No caso da produção de cartões a partir do milho, a Thales é pioneira neste tipo de operação no mundo e tem, atualmente, capacidade para fabricar milhões de unidades. O milho, cultivado especificamente para essa finalidade, é transformado em ácido poliático (PLA), que oferece a mesma segurança, qualidade e durabilidade dos cartões convencionais, feitos de PVC ou PET. Além de ser biodegradável, o material gera 74,4% menos CO2, um dos gases causadores do efeito estufa, e consome 32,1% menos energia se comparado a materiais de origem fóssil, como o PVC. Na comparação com cartões produzidos com PET, a redução na emissão de CO2 é de 77,3% e o consumo de energia é 42,9% menor.

 

A produção conta com a certificação OK Biobased, concedido pela Tüv Austria, e segue protocolos internacionais de controle de impacto ambiental. E o bom desempenho do produto no mercado fez aumentar a demanda por esse tipo de cartão nos últimos 3 anos. No Brasil, já há um crescimento e hoje o produto já é fornecido pela Thales às principais instituições financeiras do país. A expectativa é que com os compromissos do mercado com a neutralização de carbono e com as metas da Agenda 2030, da ONU, a demanda por esse tipo de produto cresça nos próximos anos

 


 

E para estimular a economia circular no sistema financeiro e minimizar impactos ambientais, a Thales também passou a produzir cartões com PVC e PET reciclados. Esses produtos já são distribuídos pela companhia a instituições financeiras na América Latina, incluindo Brasil, além dos Estados Unidos e de países da Europa. No Brasil, onde já circulam milhares de cartões produzidos pela Thales com plástico reciclado, a expectativa é dobrar o volume em 2021.

 

Os resíduos plásticos transformados em matéria-prima, evitando nova exploração de fontes fósseis, como cloreto de sódio ou petróleo, são coletados como rejeitos de produção da indústria de plástico. Especificamente para os cartões de PET reciclado, os resíduos são recolhidos do oceano por uma empresa norte-americana.


Assessoria contábil é essencial para um planejamento tributário efetivo

Atuação do contador traz credibilidade para as empresas e otimiza os custos do negócio


Empreender no Brasil não é tarefa simples e, um ponto comum que gera muitas dúvidas é o contexto tributário. Para tanto, o investimento de tempo e recursos na gestão dos tributos é primordial para garantir a saúde financeira de uma empresa. 

Especialistas veem isso como um diferencial competitivo e até mesmo de sobrevivência para a grande maioria dos negócios. Segundo o contador Sergio Faraco, Vice-Presidente Administrativo do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), apesar de ser complexa e de difícil compreensão, a gestão tributária é essencial. 

“Sem a gestão tributária, uma empresa pode vir a sucumbir, uma vez que no nosso atual cenário, extremamente competitivo, o fator tributário pode ser determinante no resultado operacional da empresa”, explica.

Para o contador, ter uma equipe ou um profissional da contabilidade atuando de forma estratégica é importante para que a empresa possa crescer e ter lucro. Dentre as atribuições de uma assessoria contábil, pode-se citar a busca pela melhor adequação fiscal do empreendimento e a realização constante de análises de mudanças tributárias.

“Uma assessoria contábil faz toda a diferença para um bom planejamento tributário. O contador poderá auxiliar nas tomadas de decisão, visando sempre mitigar os riscos da atividade profissional e maximizar os seus resultados”, afirma Faraco. 

De acordo com o contador, atualmente há um volume muito grande de obrigações a serem seguidas pelas empresas. Nesse contexto, o planejamento deve sempre contemplar o pagamento de tributos, o cumprimento das obrigações fiscais e de todas as outras cobranças, diminuindo assim a chance de imprevistos e aumentando o alcance estratégico da inteligência tributária, posicionando a companhia dentro das previsões da legislação. 

“Sabemos que ser empresário é um grande risco, pois há uma grande insegurança jurídica e inúmeras decisões controversas, mas o contador pode minimizar estes riscos, indicando ao empresário os caminhos e as consequências de determinada tomada de decisão”, avalia Faraco.

Quando se trata das obrigações fiscais, Faraco diz que uma análise profissional poderá indicar se a empresa está pagando algo a mais ou a menos. “Além de mostrar se as obrigações fiscais vêm sendo cumpridas, essa análise vai indicar o grau de assertividade das informações'', conclui o vice-presidente do CFC.

 


Conselho Federal de Contabilidade

 

LGPD na saúde: 5 passos para a segurança de dados

O primeiro semestre de 2021 é o momento para que as companhias aproveitem a oportunidade de implantar um projeto de proteção de dados e garantir a conformidade com a LGPD; especialista em cibersegurança lista passos para garantir a segurança de dados na área da saúde

 

A preocupação com o vazamento de dados se torna cada dia mais uma prioridade para a população e empresas. Casos como a questão que recaiu recentemente sobre a Serasa Experian, em que mais de 223 milhões de CPFs e 40 milhões de CNPJs foram vazados. Ou ainda o vazamento de senhas de sistemas do Ministério da Saúde, que fez com que cerca de 16 milhões de brasileiros que tiveram diagnóstico suspeito ou confirmado de COVID-19 sofressem por quase um mês com seus dados pessoais e médicos expostos na internet, demonstram a importância das penalidades que a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) impõem e que começam a ser aplicadas em agosto próximo.

 

De acordo com o especialista em cibersegurança Lucas Galvão, CEO da Mission Command, a população no geral, os consumidores e empresas devem esperar para este ano um avanço na proteção de dados, além de maior fiscalização da autoridade nacional, que irá agir diante da possibilidade da aplicação da lei. “A partir do dia 1 de agosto, começarão a ser aplicadas as penalidades que a lei prevê, desde advertência, até multas que variam de 2% do faturamento bruto até R$ 50 milhões (por infração). Em todos os segmentos a lei será aplicada, mas é fundamental olhar a sua importância para a indústria de dispositivos e tecnologias médicas, em que a responsabilidade é ainda maior”, explica.

 

Ainda de acordo com ele, a segurança dos dados do paciente deve ser sempre a principal prioridade, sendo que os fabricantes devem levar a sério a necessidade de avaliar continuamente a segurança cibernética dos seus equipamentos. “Fabricantes, distribuidores, hospitais, profissionais de saúde, pacientes, órgãos reguladores, gestores e desenvolvedores de tecnologia da informação possuem um papel importantíssimo a ser desempenhado na garantia da segurança cibernética desses dispositivos/produtos'', completa Lucas.

 

Abaixo, o especialista lista 5 passos para garantir a segurança de dados no setor da saúde. Confira:

 

1 - Cuidado com o WhatsApp: os dados, imagens e exames dos pacientes nunca devem ser compartilhados pelo app. Neste item, vale ressaltar que os profissionais que atuam na área da saúde também devem ter muito cuidado na hora de realizarem, por exemplo, um stories no Instagram, porque muitas vezes, nos vídeos e boomerangs, alguma informação pode ser vazada sem querer. “Existem diversos riscos quando pensamos no uso de comunicadores instantâneos para compartilhamento de dados de pacientes, como acesso não autorizado a dados sensíveis, vazamento de informações, dano reputacional e outras atitudes na web, que embora não pareçam, são crimes ”, alerta Lucas. 

 

2 - A proteção não acontece apenas no mundo digital: quando o tema é cibersegurança, todas as frentes devem ser verificadas. Muito se fala dos cuidados na criação e manipulação dos dados, mas pouco se diz sobre a importância de assegurar um fim seguro para essas informações, quando preciso ou solicitado. É preciso levar em conta a importância de destruir informações sensíveis, tanto em papéis e lixos, como as presentes no meio digital. “É fundamental tomar alguns cuidados, como se comunicar sempre por meios seguros e homologados pela empresa, redobrar o cuidado ao usar o WhatsApp (pessoal e corporativo - WhatsApp Business), ativar o duplo fator de autenticação, ativar PIN e manter o dispositivo criptografado. Seja cuidadoso ao acessar seu webmail – digite a URL diretamente no navegador – tenha cuidado ao clicar em links recebidos por meio de mensagens eletrônicas”, aconselha o especialista em cibersegurança.

 

3 - Garanta a segurança de seus recursos e senhas: é necessário manter o antivírus sempre habilitado e atualizado, backups devem ser feitos periodicamente e mantidos em locais seguros e com acesso restrito.  “Cifre o disco do seu computador e dispositivos removíveis. Seja cuidadoso ao elaborar as suas senhas. Use senhas complexas, com diferentes tipos de caracteres, evitando uso de informações pessoais na composição da senha. Não forneça suas senhas para outra pessoa. Ao usar perguntas de segurança evite escolher questões cujas respostas sejam facilmente adivinhadas”, explica Lucas. 

 

4 - Tenha autoconhecimento da sua empresa: como é o controle e segurança de dados dentro do seu ambiente de trabalho? “Você deve analisar quais dados circulam dentro da empresa e também a criticidade dessas informações, informações de paciente, cadastros de clientes e colaboradores, exames e de que forma eles são acessados e compartilhados. Além disso, é fundamental realizar o descarte seguro de informações que não são mais necessárias”, salienta Lucas.

 

5 - Treine sua equipe para aplicar a segurança de dados: é necessário criar uma política de proteção para sua empresa com todos os processos e cuidados que devem ser tomados em relação ao tratamento de dados e os meios de comunicação. Considere a criação de controles por meio da adoção de tecnologias, ações de conscientização, treinamento de usuários (sejam funcionários, prestadores de serviço, parceiros de negócios e até mesmo clientes). “Não podemos exigir a segurança de dados dentro de uma empresa se não treinamos os colaboradores e trazemos a importância desse processo para a cultura da companhia. É necessário fazer treinamentos que contemplem os principais processos dentro da LGPD, para que todos despertem consciência sobre o uso adequado de sistemas corporativos através de suas credenciais e meios de comunicação seguros e também fiscalizar e monitorar constantemente os dados e informações presentes na empresa”, indica Lucas.

 

Ainda de acordo com ele, a pervasividade da tecnologia na indústria/área médica, torna cada vez mais necessário adotar medidas para a prevenção contra riscos cibernéticos que, por mais latentes que sejam, continuam a evoluir. “O mesmo acontece com dispositivos médicos avançados e sistemas de diagnósticos cada vez mais integrados, que conversam entre si, com outros sistemas que ajudam a salvar e melhorar a vida de pacientes. Por isso, devemos nos atentar cada dia mais a trazer a segurança de dados para esse ambiente, tanto na parte digital como na relação entre os processos e a atos dos colaboradores da empresa”, finaliza Lucas.

 

 

Mission Command

https://missioncommand.com.br/sobre-nos


Segurança Psicológica: em tempos de cancelamento, diálogo no ambiente corporativo deve receber mais atenção


A máxima de que “errar é humano” é difundida na sociedade há muito tempo, mas aceitar o erro do próximo ainda não é uma realidade presente em todos os ambientes. Em casa ou entre amigos, o erro pode ser discutido e, a partir do diálogo e do tempo, solucionado. Mas, dentro de empresas, onde muitas vezes não há tempo, e menos ainda diálogo, o erro se torna motivo de repreensão, punição, vergonha e medo. 

Com tantas visões negativas do erro dentro do ambiente corporativo, inovações, oportunidades, ideias e contribuições que os colaboradores poderiam trazer para alavancar os resultados se tornam pensamentos podados pelo medo de errar. E aí entra a importância de fomentar a segurança psicológica dentro dos negócios. De acordo com dados de uma pesquisa realizada pela Gallup, apenas 3 em cada 10 funcionários concordam que suas opiniões contam no trabalho. Ainda segundo a pesquisa, se esse número fosse de 6 em cada 10 funcionários, as organizações poderiam atingir uma redução de rotatividade em 25%, 40% de redução em incidentes do trabalho e 12% de aumento de produtividade.

Cuidar da saúde mental, emocional e psicológica do colaborador faz parte de uma série de iniciativas da empresa que auxiliam na produtividade e resultados da equipe. Modelos inovadores de gestão de pessoas conseguem ir além de um escritório inovador e são feitos também - e principalmente - com o relacionamento com os colaboradores, usando pilares como confiança, segurança, respeito e colaboração mútua. 

Mas essa preocupação ainda é recente. O termo Segurança Psicológica ficou conhecido no mercado quando, em 2015, o Google realizou um estudo com mais de 180 equipes internas com o objetivo de entender os fatores de uma equipe de sucesso. Ao todo, foram mais de 250 atributos investigados com destaque para essa nova visão de cuidado interno. 

E como trazer esse cenário para dentro da minha empresa? É simples. Basta mudar atitudes e comportamentos pequenos, que fazem parte do dia a dia do trabalho. O feedback, por exemplo, deve ser incentivado, já que é um presente para a empresa. É essencial saber o tom da conversa e não usar esse momento como uma oportunidade apenas para criticar, mas sim para mostrar uma responsabilidade mútua no comprometimento com o trabalho. 

Além disso, o feedback deve acontecer nos dois sentidos: de gestor para colaborador e de colaborador para gestor. Fundamental então manter sempre canais abertos para que os colaboradores possam dar ideias e expressar opiniões, sem julgamentos. Esse tipo de ação nos torna mais fortes porque sabemos que nossas fraquezas podem nos definir, talvez mais que nossas forças. Em tempos de polarização e cancelamentos, abrir espaço para o diálogo dentro dos negócios pode ser a chave do sucesso que falta dentro da sua empresa. 

 



Matthias Schupp - CEO da Neodent e EVP do Grupo Straumann da América Latina

 

Antecipação da restituição de IR é uma boa alternativa?

O período de entrega da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física teve início no último dia 01º de março e já aparecem as primeiras ofertas de antecipação desses valores pelas instituições financeiras, para muitos contribuintes brasileiros essa ação parece ser muito interessante. Mas, diante a uma necessidade financeira, será que realmente é correto e vale a pena antecipar?

"A realidade está muito diferente nestes últimos anos, sempre preguei que utilizar essa linha de crédito demonstrava falta de educação financeira, mas vivemos tempos de guerra contra o Covid-19 e seus impactos financeiros, assim, esse dinheiro se mostra uma ótima alternativa para quem está com redução ou sem renda. Mas, lembrando que a situação não está fácil, sendo necessário pensar nos hábitos financeiros e buscar economia imediatamente", alerta o presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (ABEFIN), Reinaldo Domingos.

Lembrando que a antecipação é um serviço que faz com que o contribuinte não necessite esperar pelos lotes para receberem os valores devidos da restituição. "Esse é um empréstimo que tem como garantia o valor devido pela Receita Federal de restituição. Outro ponto importante é que o contribuinte tem que estar atendo ao calendário de restituição", explica Reinaldo Domingos.

Importante lembrar que, para pedir a antecipação aos bancos, os contribuintes devem ter a certeza de que tudo está correto na declaração entregue ao governo. Caso apresente problemas, ela pode cair na malha fina da Receita Federal e o contribuinte terá que arcar com o empréstimo do próprio bolso. Por isso, é sempre recomendável muito cuidado ou mesmo o apoio de especialistas contabilistas.

"Cair na malha fina é mais fácil do que parece, principalmente com a ampliação de cruzamentos de informações feita pela Receita Federal. Às vezes, a pessoa faz tudo corretamente, como manda o manual, e, assim mesmo, vai parar na malha fina. Isso acontece, por exemplo, quando a fonte pagadora fornece à Receita uma informação diferente da qual liberou para o colaborador", explica o presidente da Abefin.

Reinaldo Domingos explica que para que possa ter segurança ao fazer essa antecipação, o recomendado é que o contribuinte prepare e entregue a restituição o quanto antes. "O próprio sistema de entrega do Imposto de Renda demonstra ao contribuinte inconformidades, assim, o quanto antes reparar, maior a chance de ajustar inconsistências".

Também é importante ter o valor exato que terá de restituição para realizar a antecipação de forma segura. Mas mesmo já tendo entregado e sabendo que não terá problema com a malha fina o contribuinte tem que tomar alguns cuidados antes de antecipar esses valores.

"Aconselho que o contribuinte faça uma pesquisa nos bancos. A disputa pelos clientes é tão grande que as taxas de juros cobradas nesses empréstimos flutuam muito entre as instituições financeiras. A primeira pesquisa pode ser pela Internet, para, depois, sentar com o gerente do banco e negociar melhorias na proposta que eles oferecem", explica Reinaldo Domingos.

O presidente da ABEFIN explica que é interessante que essa renda extra seja utilizada de forma inteligente. "O momento é de extrema dificuldade e todo dinheiro extra recebido deve ser tratado com muito respeito, criando uma reserva estratégica pois o período de dificuldade será muito grande para a população", finaliza Domingos.


quinta-feira, 11 de março de 2021

Brasileiros gastam mais de 3 horas por dia em redes sociais

Pesquisa releva o uso das redes sociais pelo Brasil e no Mundo

 

Uma pesquisa divulgada pelo portal CupomValido.com.br com o Statista, revelou as redes sociais mais usadas no mundo. Em primeiro lugar, com mais de 2.7 bilhões de usuários ativos, está o Facebook. Em segunda posição, com 2.2 bilhões de usuários ativos, está a rede social de vídeos, Youtube. Em terceira posição está o WhatsApp, com mais de 2 bilhões de usuários ativos. Instagram, Wechat e TikTok, seguem respectivamente em 4ª, 5ª e 6ª posição.

Redes sociais preferidas pelos brasileiros
No Brasil, o Facebook também segue na liderança, com 51% do total. A rede sociais de fotos, Instagram, segue como 2º colocado, com 14% de preferência entre os brasileiros. Twitter e Pinterest, ficam respectivamente com 13% e 12%.

Tempo gasto por dia nas redes sociais
O Brasil é um dos países com o maior tempo de utilização médio das redes sociais por dia. O tempo médio pelos brasileiros ultrapassa 3 horas por dia.
Comparando com a média mundial, 145 minutos por dia, o Brasil tem um tempo de utilização 55% maior .


Posição do Brasil no rank mundial
Comparando o Brasil com outras nações, no caso do Instagram somos o país na 3ª posição com mais de 99 milhões de usuários ativos (só perdendo para Estados Unidos e Índia).


Para o Facebook, o Brasil fica na 4ª posição, com mais de 130 milhões de usuários. A Índia, Estados Unidos e Indonésia, estão respectivamente na 1ª, 2ª e 3ª posição.


No caso do WhatsApp, o Brasil está na 2ª posição (somente atrás da Índia). E no Twitter, está na 4ª posição (atrás dos Estados Unidos, Japão, Índia e Reino Unido).


Confira o infográfico completo abaixo: 




Consumidor exagerado, como dominar o cérebro na hora da compra

Algumas pessoas falam que gostam de ir às compras para “desestressar”, porém essa necessidade do consumo muitas vezes é momentânea e difícil de identificar como uma cilada. As sensações são tão prazerosas, que podem ser comparadas ao momento do próprio casamento ou correr uma maratona. O excesso do consumo em algumas situações, podem estar associadas até mesmo ao alívio de sofrimentos emocionais.

O neurocientista Nicolas Cesar explica que a dopamina, neurotransmissor que influencia as emoções, está diretamente envolvida com a região cerebral Núcleo Accumbens (NA), conhecido como centro do “circuito de recompensas”. Se o consumidor realizar uma compra e o resultado for positivo, sua recompensa é maior do que o esperado, então o cérebro libera mais dopamina no NA. Já se a experiência com a compra for negativa (recompensa menor) a liberação de dopamina diminui em relação ao normal, e a pessoa sente-se frustrada.

“A compra impulsiva está relacionada ao medo de perder algo, até mesmo ofertas. A oportunidade percebida diante da promoção ou oferta é percebida como um ganho imediato, muito difícil de resistir. Nosso cérebro ama recompensas imediatas - muito mais do que recompensas futuras. Assim, o primeiro impulso é o de efetuar a compra. Claro que isso se relaciona, também, com o perfil de cada consumidor. Alguns são mais propensos que outros a sucumbirem aos impulsos no momento da compra”, diz, Nicolas.

Para educar um pouco o cérebro e comprar na medida, sem exageros, o neurocientista Nicolas sugere não se encantar com as promoções com grandes margens de desconto, pois podem criar uma grande tentação de compra, manter uma lista de coisas que realmente precisa, criar um orçamento separado para besteiras e não ir às comprar quando estiver triste ou irritado.

 


Nicolas Cesar - Formado em Ciência e Tecnologia, e Neurociência, palestrante, autor do livro “Neurociente - Por que algumas pessoas são mais felizes que outras”, professor dos cursos online “Neurociência no dia a dia” e “Neuroeducação”. Também do curso acadêmico de Pós-Graduação em Neurolearning. Atualmente participa de uma de linha de pesquisa em percepção de tempo no Laboratório de Cognição Humana da UFABC.

Instagram: @nicaolasneuro


Peixes rege os próximos acontecimentos cósmico

 Imagem de DarkmoonArt_de por Pixabay


Lua Nova e Mercúrio no signo marcam fim do ano astrológico


Neste sábado, 13, acontece a Lua Nova do mês em Peixes e, na segunda-feira, 15, é a vez de Mercúrio entrar no signo que representa a sensibilidade, a visão, a empatia, a espiritualidade e a dissolução do ego. A astróloga Sara Koimbra conta quais as influências destes momentos e como aproveitar as energias.


13 de março - Lua Nova em Peixes

Uma lua nova representa novos começos. Astrologicamente, é um bom momento para plantar sementes, dar os primeiros passos em direção a uma nova meta ou começar a manifestar algo que você deseja trazer para sua vida. As luas novas obviamente trazem noites mais sombrias, então também são consideradas um momento ideal para reflexão, permitindo que você se interiorize e entre em contato com seus objetivos.

A Lua Nova em Peixes em 13 de março encoraja uma fuga da realidade, então estaremos sonhando acordados de alguma maneira!

A Lua Nova em Peixes é um bom momento para se comprometer com objetivos pessoais que expressam as energias positivas do signo. Então, poderíamos incluir o cuidado com a espiritualidade, aceitar as imperfeições em nós mesmos e nas outras pessoas, dar aquele pontapé inicial em projetos que demandem habilidades criativas, perdoar. Com essa potente energia de Peixes, temos a chance de fazer mudanças importantes em nossas vidas, principalmente as que requeiram um tato mais sensível.


15 de março - Mercúrio em Peixes

Mercúrio é o planeta do intelecto, da mente racional, se liga à maneira como absorvemos e transmitimos informações. Além disso, ele é preciso, analítico e intelectual, ao passo que Peixes é o sonhador e depende muito mais de sentimentos e gestos para se conectar com os outros do que com palavras. Esta é uma oportunidade de entrar em contato com suas emoções e aprimorar sua intuição.

Quando Mercúrio está em Peixes, nosso processo mental e intelectual é mais visionário, os pensamentos são mais fáceis de tatear, intuitivos e imaginativos. É o momento em que nosso raciocínio está especialmente sintonizado com o mundo da emoção, que dá cor aos nossos pensamentos e ao nosso estilo de comunicação: mais criativos, mais intuitivos e com facilidade em tomarmos decisões intuitivamente.

 



Sara Koimbra - atua há mais de 10 anos como astróloga, numeróloga e taróloga. Alia seus conhecimentos a terapias e orientação vocacional para adolescentes em busca da primeira profissão e adultos que querem se reinventar profissionalmente. Atua também com avaliação da política usando suas técnicas. instagram.com/sarakoimbra


Março Amarelo: Cuidados com a alimentação são essenciais para cães e gatos com doença renal crônica

Shutterstock/Divulgação PremieRpet®
A dieta é um importante coadjuvante no tratamento e deve ser prescrita pelo médico-veterinário


Assim como os humanos, cães e gatos também podem sofrer de problemas renais. Por isso, o “Março Amarelo”, mês internacional do cuidado com as doenças renais, busca conscientizar tutores sobre a prevenção e tratamento da doença nos pets. 

Os problemas nos rins podem surgir em gatos, na maioria das vezes já idosos, e em cães. Ainda não há cura para a Doença Renal Crônica e o tratamento deve ser feito durante toda a vida. 

“Os principais sintomas da doença renal crônica são muita sede e aumento da ingestão de água, aumento da frequência de micção e volume da urina, indisposição, falta de apetite, emagrecimento, vômitos e/ou diarreia com sangue e mau hálito”, aponta o médico-veterinário Flavio Silva, supervisor de capacitação técnico-científica da PremieRpet®

Mas apenas os sintomas não bastam para o diagnóstico, que deve ser feito após exames clínicos e laboratoriais. Uma vez o problema identificado, o médico-veterinário irá prescrever um tratamento que inclui, além de medicamentos específicos, uma alteração na dieta do pet.

 

Alimentação é importante e deve ser prescrita pelo médico-veterinário

Os alimentos de alta qualidade (categoria super premium ou premium especial) devem sempre fazem parte da vida do pet para os cuidados preventivos. “Um alimento de baixa qualidade pode impedir um bom desenvolvimento da imunidade e facilitar o surgimento precoce da doença”, explica Flavio Silva. 

No entanto, quando a enfermidade já está instalada, é necessário que, junto com o tratamento personalizado, o pet receba um alimento especial (conhecido como alimento coadjuvante ou nutrição clínica), que deve ser receitado pelo médico-veterinário. 

Segundo Flavio, a mudança na dieta do pet é muito importante para minimizar os sintomas da doença e oferecer qualidade de vida. “A alimentação é um importante coadjuvante no tratamento, ajuda a diminuir a progressão da doença e proteger o tecido renal que ainda permanece saudável", afirma, ressaltando que um animal nefropata que consome uma dieta específica para a sua doença pode ter uma sobrevida de até 2 anos. 

Os alimentos específicos para cães e gatos com doença renal contêm formulação equilibrada, com teor reduzido de fósforo, altos níveis de ômega 3, baixo teor de sódio, alto teor de potássio, entre outros elementos. Mas vale lembrar que esses alimentos devem ser adotados apenas sob prescrição e não substituem o tratamento convencional, atuando como coadjuvantes. 

A ingestão adequada de água também é imprescindível para manter a saúde do trato urinário. “Água limpa e fresca deve estar sempre disponível ao animal, e o tutor precisa ficar constantemente alerta, já que o doente renal crônico pode ficar desidratado facilmente”, conclui o especialista.



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Como prevenir e identificar doenças renais nos pets

No Dia Mundial do Rim, 11 de março, o CRMV-SP alerta para os problemas renais que podem acometer os animais domésticos


Assim como os seres humanos, os pets também precisam que os rins estejam saudáveis para que o restante do organismo funcione corretamente. Por isso, é preciso ficar alerta. Estudos indicam que um em cada dez cães e três em cada dez gatos desenvolvem a Doença Renal Crônica (DRC), em que a insuficiência renal persiste por um período prolongado.  

No mês em que se comemora o Dia Mundial do Rim (11 de março), o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP) alerta que os tutores podem e devem ajudar a prevenir ou minimizar os impactos da doença nos animais domésticos, ficando atentos às causas e aos sintomas.

De acordo com o presidente da Comissão Técnica de Clínicos de Pequenos Animais (CTCPA) do CRMV-SP, Marcio Thomazo Mota, cães e gatos podem desenvolver a DRC em qualquer idade. No entanto, estima-se um aumento de até 80% na incidência de problemas nos rins em animais idosos, devido ao processo natural de envelhecimento.

A perda da função dos rins pode ser aguda ou crônica, sendo esta a mais frequente nos pets. O órgão desempenha uma série de funções importantes, garantindo que o sistema metabólico permaneça saudável. Se algo impede os rins de funcionarem como deveriam, isso pode ter consequências graves para a saúde do animal.


Monitorar os fatores de risco é fundamental

O médico-veterinário Otávio Verlengia, membro da CTCPA/CRMV-SP, explica que os principais fatores de risco para a DRC são: avanço da idade, raças predispostas, comorbidades, dieta desbalanceada, ingestão de substâncias nefrotóxicas e insuficiência renal aguda. 

“Identificar e gerenciar os fatores de risco pode prevenir ou retardar o desenvolvimento da doença e reduzir as chances de mortalidade do animal”, reforça o médico-veterinário Marcio Thomazo Mota, presidente da CTCPA do CRMV-SP. 


Raças com predisposição para problemas renais

Segundo o médico-veterinário Otávio Verlengia, as principais raças de cães predispostas às doenças renais são shar pei, bull terrier, cocker spaniel inglês, cavalier king charles spaniel, west highland white terrier e boxer. 

Já entre os gatos, as raças com maior risco de desenvolver uma DRC são persa, abissínio, siamês, ragdoll, birmanês e maine coon. “É importante não descartar os animais sem raça definida - popularmente conhecidos como vira-latas”, enfatiza Marcio Thomazo Mota. 


Outras doenças e a alimentação podem afetar os rins

Entre as comorbidades que podem favorecer o desenvolvimento de uma doença renal em cães e gatos estão a hipercalcemia, doenças cardíacas, doença periodontal, cistite, urolitíase, hipertireoidismo, diabetes e patógenos infecciosos, como a leishmaniose e a leptospirose. 

Mota explica que algumas formulações dietéticas também têm sido associadas ao desenvolvimento da DRC, sobretudo em gatos. “A redução de potássio ou de fósforo, com dietas ricas em proteínas, foram associadas ao desenvolvimento de doença renal em gatos, no entanto, essas dietas podem não ter o mesmo efeito em cães.” 


Sinais de que o pet pode estar com um problema renal

Como os rins desempenham muitas funções, os sinais de que um animal doméstico pode estar com um problema renal podem variar. Segundo Verlengia, os sinais podem ser graves e perceptíveis ou podem ser sutis e lentamente progressivos. “Apesar da natureza crônica da doença, às vezes os sinais aparecem repentinamente.” 

Aumento da ingestão de água e da produção de urina, vômito, diarréia, falta de apetite e perda de peso, apatia e fraqueza estão entre os sinais mais comuns. Marcio Thomazo Mota acrescenta à lista de sintomas quadros de desidratação, dificuldade para urinar, constipação, anemia, alteração da pressão sanguínea, gastrites intermitentes, úlceras e feridas na boca, mau hálito, pelos ressecados, sem brilho e arrepiados e dor abdominal.


Cuidados e prevenção

O médico-veterinário Otávio Verlengia diz que monitorar o comportamento do animal e comparecer a exames veterinários regulares são atitudes simples que ajudam a prevenir doenças renais e preservar a qualidade de vida do pet.

Além de garantir uma alimentação balanceada, é importante estimular, ainda, a ingestão de água. A orientação dos médicos-veterinários é disponibilizar fontes e deixar vários potes de água limpa e fresca espalhados pela casa. Oferecer sachês (alimento úmido) para os gatos também é uma boa opção. 

Ter um espaço adequado e de fácil acesso para as necessidades do animal e manter esse local limpo ajuda a manter a saúde do pet. Verlengia recomenda também manter cães e gatos longe de substâncias nefrotóxicas. “Alguns alimentos podem parecer inocentes, mas na verdade são perigosos se consumidos pelos animais, como uvas e passas, chocolate, alho, cebola, cebolinha, chá e café, assim como flores como o lírio.” 

Por fim, check-ups periódicos com o médico-veterinário, especialmente para animais a partir de 4 a 6 anos, também são primordiais para evitar o surgimento ou o agravamento de doenças.

 



Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 43 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


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