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terça-feira, 12 de janeiro de 2021

LEIA E CREIA

Leia e creia. Os tempos verbais comandam os acontecimentos. Os gerúndios, por exemplo, não são usados com a cautela devida. Por isso, chama a atenção a invasão deles na comunicação nacional. Você liga para um 0800. Quer providência e solução. Não obstante, a resposta vem assim: Vamos estar encaminhando sua solicitação... Vamos estar entrando em contato. Vamos estar agendando. E por aí "vão indo" os encaminhamentos.

 
Poderíamos dizer que é apenas um dos muitos erros acolhidos no nosso modo de falar. No entanto, se prestarmos atenção aos motivos dessa construção verbal, perceberemos quanto a linguagem frauda a mensagem. Empregado assim, o gerúndio dissimula a negação do que afirma. Cria uma ilusão, ao sugerir que a ação ocorrerá no tempo presente, de modo continuado – encaminhando, entrando em contato, agendando. Mas faz o inverso ao remeter às imprecisões do futuro e da impessoalidade, através do "vamos estar". Quem diz vamos estar não está, não diz quem estará, nem quando estará. Para que a frase merecesse credibilidade seria necessário usar o verbo no tempo futuro, estabelecer quando a ação seria cumprida e indicar seu sujeito: encaminharei neste momento, entrarei em contato hoje, e assim por diante. Imagine o que aconteceria se um gerente, interpelado por seu chefe sobre determinado problema, respondesse com um "vamos estar verificando e estaremos encaminhando"...
 
Mas isto aqui não é lição de Língua Portuguesa. Nem eu a saberia ministrar. Pretendo mostrar que essa formulação marota, depois de ter sido durante muitos anos a cara da nossa política, está em pleno vigor no Congresso Nacional que, em breve “vai estar elegendo” seus novos presidentes. Sabemos todos que Câmara e Senado vão estar examinando os grandes temas do país. Mas isso não significa real interesse, efetivo estudo, ou sensibilidade à sua urgência. Os projetos do governo tomam chá de gaveta nos gabinetes com poder de mando. As reformas rastejam nos corredores, do abandono para a indiferença.
 
Por outro lado, felizmente, o gerúndio morreu no governo da República. Hoje, o Poder Executivo, no que dele depende, fala na primeira pessoa. Os ministros do governo usam o presente do indicativo para dizer o que pensam e fazem. Seria bom que aqueles governadores, prefeitos e jornalistas para os quais “a economia a gente vai estar vendo depois” escrevessem sobre o que estão vendo agora. Nada que o ministro Paulo Guedes já não tenha visto há oito meses, e no futuro do presente.
 
O STF, em má hora, promoveu o velório de um prolongado gerúndio. Em 2018 não aderiu sequer ao presente do indicativo. Foi direto para o imperativo afirmativo. Sujeito a multa e guincho. Ou será gancho? Não dissimula. Assumiu o comando geral das cacholas nacionais, ficando interdito pensar fora da sua caixinha progressista. Justamente a que perdeu fiéis, saiu do poder, e devolveu anéis que não eram seus.

 



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


Indústria brasileira aposta em mais segurança para motorhomes

Um dos expoentes deste movimento é o Rigel, veículo recreativo da Estrella Mobil, com estrutura de até 04 pessoas, é personalizado de acordo com o estilo de vida do cliente

 

2020 foi um ano marcado pela grande expansão do cenário de veículos recreativos no Brasil, movimento que já vinha demonstrando crescimento desde 2018. A Estrella Mobil, umas das maiores fabricantes brasileira de  motorhomes, por exemplo, registrou aumento de 80% nas vendas no ano passado, em razão de um aumento do público consumidor-alvo, fato que também motivado pela pandemia, que levou muitos a procurarem formas mais seguras de se movimentar pelo país.

Além da necessidade pela segurança em relação à higiene, este público também quis se certificar sobre outros fatores essenciais para uma viagem tranquila. Seria possível viajar sem se preocupar com possíveis paradas inesperadas no meio do caminho? Quais seriam as chances de alguma peça do veículo quebrar durante a viagem? Quais seriam os cuidados na hora de alugar ou comprar um motorhome?

A boa notícia é que o mercado brasileiro oferece respostas positivas para todas estas questões. Hoje, os veículos recreativos de fabricação nacional têm estruturas similares ou até mais avançadas comparadas aos veículos americanos e europeus, que têm mais tradição neste segmento.

Para suprir esta necessidade crescente por veículos seguros e confortáveis, uma das principais empresas do setor, a Estrella Mobil, lança ao mercado um dos motorhomes mais charmosos do Brasil: o modelo Rigel, montando no furgão Mercedes-Benz Sprinter. Com capacidade de 04 pessoas, ele oferece espaço para quem vai viajar com famílias, amigos ou convidados.

Outro ponto forte da Estrella Mobil é a possibilidade da criação do zero de um motorhome. Cada projeto é pensado de forma individual: a personalização do veículo como modelo e mobília variam de acordo com as necessidades e lifestyle de cada família: mais pessoas ou menos, casais, uma pessoa com vários pets, entre outros.

Para Júlio Lemos, proprietário da Estrella Mobil, o segredo está na forma de como o veículo é apresentado: “Para verificar se o motorhome realmente está em bom estado, é necessário primeiro checar todos os mobiliários, sistemas elétricos e hidráulicos. Se você não sentir confiança em quem está vendendo ou alugando o motorhome, ou, por algum outro motivo, sentir que não é o veículo apropriado, não feche contrato”, recomenda.

Dicas importantes para comprar um motorhome novo e seguro:

  1. Antes de tudo, entenda as principais finalidades que você busca para um motorhome. Hoje existem veículos recreativos específicos para cada tipo de viagem: praia, natureza, cidade. Qual tipo de carro você deseja: grande ou pequeno? Quantas pessoas, em média, pegarão a estrada com você? Quais serão os principais destinos? São perguntas chaves para chegar a conclusão!
  2. Converse bem com o fabricante: explique suas necessidades, objetivos com o motorhome e as expectativas que você espera que o carro possa ter.
  3. Confira a qualidade da mobília do motorhome. Um veículo recreativo deve ter móveis leves para melhor performance na estrada.
  4. Veja se o motorhome tem uma parte boa elétrica e hidráulica adequada e uma boa autonomia para longas viagens.
  5. Check se o veículo tem um equipamento adequado para motorhomes. Muitos fabricantes ainda confundem em colocar equipamentos residências e fixos adaptados nas casas de quatro-rodas, e isso é um ERRO! No mercado hoje diversas ferramentas voltadas aos veículos recreativos.
  6. Analise se o layout do carro é bem distribuído para fornecer conforto e praticidade de uso e longas viagens.

Divórcio não é o fim!

Assim como há o Dia da Mulher, Dia dos Namorados, Dia do Avós, entre outras datas comemorativas, há também o Dia dos Divorciados! É comemorado em 06 de janeiro, justamente no comecinho do ano; e não é à toa, não. É a virada de ano e a virada na página da vida.

Os registros de divórcio vêm crescendo. Só nos últimos 10 anos, houve um aumento de 160%, como comprova o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Um em cada três casamentos termina em divórcio no Brasil. E a pandemia ajudou a acelerar o processo de separação de muitos casais. Somente entre maio e julho de 2020, aumentaram em 54% os casos de divórcio consensual, segundo o Colégio Notarial do Brasil.

Muitas mulheres, quando se divorciam - ou até mesmo antes de se divorciarem, vivendo um casamento em crise -, pensam que a vida termina ao se divorciar, que não há mais o que viver. Algumas, inclusive, se dedicam integralmente aos filhos e se esquecem de si mesmas.

Mas tenho uma boa notícia para você! O divórcio não é o fim! Se até data para se comemorar existe, acredite, não é o fim mesmo! É um recomeço repleto de novas possibilidades!

Quando ressignificamos os fatos da nossa vida e nos perguntamos qual o aprendizado que podemos ter com cada situação vivida, a chave vira. O ponto de partida é esse. Tudo na vida tem um aprendizado. Ninguém passa por nós sem um motivo. Quando descobrimos o aprendizado, nos tornamos melhores e mais sábias.

Ressignificar é dar um novo significado. É descobrir que você pode se tornar um ser mais evoluído com tudo que viveu. Quando deixamos a luz adentrar na ferida, a cura vem. E vem de um jeito que modifica tudo. O que parecia ser o fim, torna-se um grande Recomeço.

Ressignifique!

Feliz Recomeço!

 


Renata Lemos - Advogada de Família e colaboradora do Idivorciei (www.idivorciei.com.br), plataforma de serviços e orientações para o público divorciado ou em processo de separação.


Desconhecimento sobre o Islam é o principal gerador de preconceito contra muçulmanos


Às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa (21/1), Federação das Associações Muçulmanas do Brasil faz lembrete: garantir o exercício do direito à liberdade religiosa não deveria ser um pleito num país laico como o Brasil"


21 de janeiro: Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

 

O Brasil traz em sua Constituição um artigo que garante a liberdade religiosa: “é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias”. Ainda assim, nunca se falou tanto em intolerância religiosa. E a FAMBRAS, Federação das Associações Muçulmanas do Brasil, fala em nome do Islam às vésperas do Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, celebra do no dia 21 de janeiro.

“Garantir o exercício do direito à liberdade religiosa não deveria ser um pleito num país laico como o Brasil – onde convivem pessoas das mais diferentes origens e cultura. Ao país, deveria caber, apenas, a missão de proteger e garantir a igualdade religiosa assim como - por meio de ações e amparado pelas leis - inibir a tolerância, o vilipêndio a símbolos religiosos e a indução ilícita à conversão à determinada doutrina”, defende o vice-presidente da entidade, Ali Zoghbi. “A nação brasileira deve manter-se à margem dos fatos religiosos, sem beneficiar ou promover uma ou outra denominação ou promover juízo de valor”.

De acordo com a FAMBRAS, existem cerca de 1,5 milhão de muçulmanos no Brasil. O país conta com 90 mesquitas e mussalas (salas de oração) e 80 centros islâmicos. É uma religião minoritária no Brasil, mas no mundo, são quase 2 bilhões de muçulmanos, ¼ da população mundial.

Zoghbi reforça que o muçulmano sofre por estereótipos criados pela sociedade e que, muitas vezes, são reforçados pela mídia. “Não é difícil encontrar materiais com representações negativas aos muçulmanos e ao Islam, sempre os relacionando à violência e a agressões”, ilustra. “A FAMBRAS acredita que a ‘islamofobia’ muito se dá por dois fatores: pela desinformação e pela impunidade. E vem trabalhando no sentido de mostrar o que a religião prega em sua essência. Em se tratando dos muçulmanos, o que posso afirmar sem medo de errar, é que o Islam é uma religião que prega a paz, a caridade, a justiça social e defende o diálogo com as demais religiões”.

O vice-presidente acredita que, para vencer a intolerância religiosa, garantindo que cada brasileiro professe sua fé sem qualquer receio, são necessárias leis que reforcem esta liberdade religiosa e que tragam punições a quem vai contra este direito. “Mais do que criar leis, o Brasil também precisa de mecanismos de fiscalização e, claro, de punição rápida e efetiva para os criminosos. Se houver impunidade, de nada adiantarão os esforços dos legisladores”.

Por fim, Zoghbi compartilha sua esperança por avanços na sociedade no que diz respeito à intolerância religiosa: “Que possamos viver novos tempos, sem intolerância ou julgamentos feitos com base em religião, etnia, condição social, gênero ou país de origem. É preciso olhar cada pessoa e reconhecer seu direito de viver com liberdade e justiça. ”

 

 

Federação das Associações Muçulmanas do Brasil - FAMBRAS

 

 

Enem 2020 – Quais cuidados os participantes devem tomar?


De acordo com Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Especial, o atual momento é pior do que a data inicial do Enem 2020, em maio do ano passado

 

- Devido à pandemia do novo coronavírus, que impossibilitou a realização de eventos que pudessem gerar aglomeração, o Exame Nacional do Ensino Médio 2020 (Enem), considerado hoje a principal porta de entrada ao ensino superior do Brasil, teve de ser adiado para 2021. A prova, que deve ser realizada em todo o país nos dias 17 e 24 de janeiro, viabiliza o acesso de estudantes às instituições de educação públicas e privadas brasileiras e, também, universidades conveniadas ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) em Portugal.

Para evitar o contágio do vírus, o Ministério da Educação apresentou novas normas de segurança para esta edição do Enem. Além das regras já existentes, o edital prevê o uso obrigatória da máscara de proteção facial durante todo o período de realização da prova, usada da maneira correta, cobrindo o nariz e a boca. Entretanto, profissionais das áreas da saúde e educação apontam à ineficácia desses protocolos. “Protocolos de segurança existem desde o início da pandemia, mas será que são realmente eficazes?”, indaga Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Inclusiva. Segundo a especialista, a resposta negativa a esta questão se dá pelo alto índice de doentes e mortos no país.

Outro ponto negativo sinalizado pela especialista é o tempo de prova. “São várias horas dentro de uma sala fechada, então por mais que exista o distanciamento entre um participante e outro, o perigo ainda existe por estarem alocados dentro de uma sala fechada”, diz. “O Brasil vive uma alta no número de casos da doença nas últimas semanas. Estamos exatamente no pico da segunda onda de infecções, o que coloca em risco os candidatos, profissionais que estarão supervisionando as salas de aula e, também, as suas famílias”, afirma.

Com o agravamento da pandemia, surgiu um novo movimento pedindo o adiamento do Enem. Contudo, o Inep segue persistente com as datas ainda em janeiro. “Para os alunos que precisarão sair de suas casas para realizar o exame, a recomendação é que não toquem em momento algum na parte da frente da máscara, utilizem álcool em gel e se atentem ao distanciamento, principalmente nos momentos de entrada e saída da prova, para que não ocorra aglomeração", complementa Ana Regina Caminha Braga.

 

O desafio de conectar estudantes ao mundo corporativo em busca da inovação aberta

Trocar ideias, enfrentar desafios, propor soluções disruptivas, integrar equipes, cocriar e gerar um network positivo. Estas são algumas características das experiências em inovação aberta, que vêm sendo amplamente utilizadas pelas companhias conectadas ao universo das startups. Estender essa experiência ao ambiente universitário é, sem dúvida, um ganho – tanto para as companhias, como para os novos profissionais em formação. Ampliar esse universo colaborativo tem o poder de fomentar a inovação, a digitalização e o empreendedorismo.

O uso da tecnologia na educação, com a formação das EdTechs por alunos e professores, ganha uma dinâmica mais efetiva quando aliada à experiência corporativa. O desafio extra este ano, em virtude do distanciamento social imposto pela pandemia, foi manter profissionais e estudantes engajados, criativos e interessados em trabalhar em conjunto para acelerar a inovação, o empreendedorismo e mentalidade digital em diversas as áreas de atuação. Foi grata a surpresa em perceber que esse obstáculo não impactou nos resultados de projetos de cocriação.

A experiência com esse tipo de parceria tem sido muito importante na BASF. Trata-se de uma indústria química que, apesar de ter alguns produtos direcionados ao consumidor final, como as tintas imobiliárias Suvinil, trabalha fortemente no cenário B2B, bem distante da realidade da maioria dos estudantes. Mesmo assim encerramos com sucesso mais um ciclo do Programa Universidades, que a BASF realiza em parceria com a Escola Superior de Propaganda e Marketing, ESPM, na disciplina de Projeto Integrado.

Esse tipo de ação proporciona que a partir de alguns desafios, sempre alinhados e propostos em conjunto com os professores, seja possível aos alunos de graduação vivenciar novos modelos de administração, além de receber mentoria de profissionais experientes. A troca auxilia nos esclarecimentos das dúvidas e a preencher lacunas da estrutura da startup, oferecendo soluções tecnológicas inovadoras, que podem vir a ser postas em prática pelas companhias e também premiadas.

Na BASF, a parceria tem sido extremamente produtiva, mas o melhor é que enxergamos isso com grande satisfação, pois sabemos que estamos preparando profissionais, não só para trabalhar nos melhores negócios do Brasil e do mundo, como também para serem capazes de ajudar a transformar esses negócios. No caso que colocamos em prática em parceria com a ESPM, a dinâmica funciona como uma espécie de hackathon de três meses, em que os alunos aprendem na prática a criatividade, colaboração, gestão de projetos e empreendedorismo. Em quase dois anos, mais de 250 estudantes participaram do programa, que rendeu 12 projetos, sendo que cinco deles foram implementados, mesmo que parcialmente. Os últimos projetos de destaque propostos atenderam demandas reais da área de Go to Market, responsável pelo comércio digital da companhia, da área de Excelência em Vendas da Suvinil e do negócio de Aditivos para Plásticos.

Além de toda a vivência e experiência diferenciada, há outro grande incentivo, que muitas vezes se sobressai para os estudantes, fazendo com que eles se engajem e procurem se destacar nas atividades: o contato com profissionais e até mesmo clientes, ampliando seu networking e colaborando positivamente com a sua carreira profissional. Tudo é encontrado no projeto, tanto que ao longo de um semestre, os alunos interagem com os diferentes públicos de interesse, criando uma oportunidade de início de carreira de trabalho e referências valiosas para o futuro.

Mesmo de forma remota, os trabalhos seguiram com muito engajamento e com resultados surpreendentes. Novos desafios já estão sendo preparados para o próximo ano. E a sua empresa, está pronta para apostar na inovação aberta?

 



Renata Milanese - diretora de Costumer Enabling da BASF

 

Impactos da Covid-19: Apenas 4 em cada 10 brasileiros acham que vida voltará ao normal em 2021

Estudo da Ipsos analisou as previsões de entrevistados do Brasil e do mundo para o ano que se inicia


Os brasileiros não estão otimistas de que poderão voltar às suas rotinas pré-pandemia neste ano. A pesquisa Global Advisor 2021 Predictions, realizada pela Ipsos desde 2012 para analisar as expectativas de cidadãos do mundo sobre o ano que se inicia, apontou que somente 41% dos respondentes do Brasil acreditam que a vida no país voltará ao normal após os efeitos da crise do novo coronavírus.

A previsão brasileira reflete exatamente a opinião disseminada globalmente. Na média dos 31 países ouvidos pelo levantamento, o percentual de pessoas que não apostam em um retorno à normalidade também é de 41%. As nações que mais acham que 2021 será um ano normal - diferentemente do período pandêmico de 2020 - são China (90%), Arábia Saudita (75%) e Índia (63%). Por outro lado, França (16%), Reino Unido (23%) e Japão (26%) são os menos otimistas.

As expectativas para o ano que se inicia são pautadas no pessimismo de quase todas as nações. Em apenas três de 31 países, mais da metade dos respondentes acredita que o mundo mudará para melhor por causa da pandemia de Covid-19. São eles: Índia (62%), Arábia Saudita (58%) e Peru (51%). No Brasil, só 21% acham que o mundo será melhor em 2021. A média global é de 30%.

Além disso, somente um em cada quatro brasileiros acredita que, em 2021, a economia do país se recuperará completamente dos efeitos da crise sanitária. Chineses (92%), sauditas (76%) e malasianos (61%) são os mais esperançosos, enquanto Reino Unido e Bélgica (ambos com 11%), França (14%) e Canadá (15%) duvidam de uma retomada econômica. Considerando as 31 nações, são 32%.


Para a maioria, cuidados de proteção não devem ser mantidos

Um dos hábitos que o ano de 2020 trouxe para grande parte dos cidadãos do Brasil e do mundo foi o uso de máscaras, a fim de evitar a contaminação pelo novo coronavírus. Segundo afirmam os brasileiros, no entanto, a prática não deve ser mantida em 2021. Menos da metade dos entrevistados localmente (45%) acredita que as pessoas continuarão a usar máscaras em lugares públicos daqui um ano. Contabilizando todas as nações, são 61%.

Os índices mais altos de apoio às máscaras em lugares públicos foram em países orientais: Malásia (86%), Japão (83%) e China (81%). Em contrapartida, Suécia (18%), Nova Zelândia (30%) e Austrália (37%) não devem fazer deste um hábito recorrente no futuro.

Apesar de o endosso ao uso de máscaras em 2021 não ser alto, um número significativo de pessoas acredita que o ano pode trazer mais uma situação de crise na saúde mundial. No Brasil, 46% acham que haverá outra pandemia global causada por um novo vírus. A média entre todos os países é de 47%.


Expectativa de vacina contra Covid-19 segue alta

Desde que a pandemia se instaurou no planeta, em meados de março de 2020, há a expectativa de que uma vacina seja desenvolvida para conter a doença. Para 2021, a esperança da população em uma vacinação eficaz segue alta. Entre os respondentes do Brasil, 73% acreditam que uma vacina bem-sucedida contra a Covid-19 será desenvolvida. Os mais esperançosos são China (92%), Israel e Malásia (empatados com 84%), e Arábia Saudita (80%). Em contrapartida, França (48%), Polônia (53%) e Alemanha (55%) são mais céticos em relação ao desenvolvimento de uma imunização efetiva.

Mesmo que a expectativa se concretize e que o mundo tenha uma vacina eficaz contra a Covid-19 em 2021, parte dos entrevistados não acredita que ela será amplamente disponibilizada em seus países. No Brasil, 62% confiam que a vacinação estará disponível em larga escala. No mundo todo, são 60%.

A pesquisa foi realizada com 15.700 entrevistas on-line, com adultos entre 16 e 74 anos de 31 países. Os dados foram colhidos entre os dias 23 de outubro e 06 de novembro de 2020. A margem de erro para o Brasil é de 3,5 pontos percentuais.

 



Ipsos

www.ipsos.com/pt-br

 

Redes Sociais: uma carta sobre o direito à veracidade

A liberdade de expressão e a violência não são essencialmente um dilema das redes sociais. Afinal, racistas, extremistas e misóginos coexistem conosco desde que aprendemos a nos comunicar, a tecnologia deu a eles amplitudes estratosféricas. Multiplicou a potência da comunicação aos grupos desinformados e obscuros, mas também a grupos excluídos e sem voz. Tudo isso somado a uma boa dose de valentia proporcionada pelo anonimato ou pela força de pertencer. Mas qual é o grande problema encontrado em tantas falas soltas e facilmente acessíveis nas plataformas de interação? A veracidade.

Um estudo realizado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts cita que as notícias falsas se espalham 70% mais rápido do que as verdadeiras. Sem o filtro, a censura, a equalização e a qualidade das informações compartilhadas, a internet é um ambiente propício a malfeitores. O que antes era limitado na imprensa secular, por um controle de sistema de comunicação em massa, com editores e profissionais qualificados que tinham o poder de filtrar as publicações, mesmo que de forma tendenciosa, atualmente tornou-se a livre demanda de opiniões.

Perceba que os milhões de leitores dos maiores veículos impressos do Brasil, hoje não são só espectadores, são seguidores e comunicadores. Influenciadores como Ricardo Amorim, possuem o mesmo alcance de divulgação que um jornal. Ou seja, cada indivíduo torna-se dentro do seu meio, um veículo de comunicação em potencial.

 A introdução de novas tecnologias traz momentos ruins, é uma parte infeliz da evolução humana, mas há recompensas, como tecnologias militares que deram origem a soluções na área da saúde, por exemplo. Ou mesmo o GPS e a internet, o alicerce da telemetria hoje utilizado por empresas como a Pointer para salvar vidas, manter empresas e monitorar cargas preciosas, como exemplo as vacinas, que é elaborado com base em satélites militares do Ministério da Defesa Americano e a Internet inventado pela DARPA (unidade de pesquisa militar).. E no contexto da Internet e de Redes Sociais, a comunicação e interação em massa ajuda nas campanhas de saúde, a noticiar o que acontece no mundo inteiro e consegue propagar os mais diversos alertas à população. Diante de tantas codificações e algoritmos, não é possível não conseguirmos construir um ambiente seguro nos meios de comunicação social.

 O uso indiscriminado das redes por pessoas que não só expõe a si mesmo, mas aos outros também, seja pelo lado profissional, pessoal ou ideológico, é um problema de todos. Mas o debate tem que ser estabelecido em soluções. Como leitor de um jornal ou de um post, eu gostaria de ter a certeza de que aquela informação foi verificada, foi publicada por uma pessoa real, não por um robô ou pessoa mal-intencionada. O dilema está nos problemas que já existem em nosso ambiente, na falta de validação de qualidade e classificação da informação e seu “potencial destrutivo”.

 Acredito que uma empresa que se propõe a criar um ambiente que permite a dissipação de informações, ou mesmo de opiniões, deve ter um mecanismo que exponha a veracidade de cada textão, post, meme ou matéria compartilhada. Claro que não estou impondo uma ditadura das redes “só publiquem coisas que sejam verdades, nada de brincadeiras ou opiniões”. Não, não é isso! Apenas, preciso da tecnologia para me dizer qual é o cunho de cada postagem.

 A viralização de uma mensagem deve estar exponencialmente atrelada à qualidade e a classificação da informação. O mecanismo da rede, deve punir conteúdos falsos, criminosos e que tem o intuito de dissipar mentiras ou agressões; e beneficiar conteúdo de altíssima qualidade e verídicos. O debate deve ser qual o mecanismo de checagem e classificação deve ser usado para identificar a mensagem que está apta para o compartilhamento. Lembrando que deve ser controlado pela sociedade civil no que cerne a sua comunidade – região – e não pelo governo, para que não haja nenhum tipo de manipulação ou mesmo censura.

 Na minha visão você teria total liberdade de escrever o que quiser, mas da mesma forma que filmes e aparelhos tem conteúdo com ampla classificação, assim o post deve ter seu selo de qualidade ou a falta dele. E ainda que tenhamos essa conquista, ressalto que não há substituto a uma boa educação, onde uma base de conhecimento sustentadas pela dúvida, curiosidade e a lógica sejam construídas.

 Com a livre demanda de opiniões, é necessária uma marcação de qualidade, para que possamos ter a certeza sobre o conteúdo que consumimos, e principalmente para a parcela da sociedade que não tem acesso à educação saber o que de fato estão internalizando. Precisamos apoiar um mecanismo democrático e que inclua o direito ao anonimato, que além de quebrar alguns medos e trazer benefícios, uma vez que somos um dos países que mais matam jornalistas no mundo por conta de informações verídicas e indigestas para alguns, a verificação de conteúdo duvidoso ou de opiniões extremistas tem que estar explícita.  

 Esse mecanismo pode limitar o racismo/xenofobia/fakenews travestidos de “opinião”, e me permitir como indivíduo ou como grupo selecionar o que acredito ser adequado para mim e para os meus filhos. Entenda, não é uma questão de censura à liberdade de expressão, mas sim a luta pelo direito à veracidade que é um alicerce para o bom funcionamento da sociedade e a democracia.

 


 Daniel Schnaider - CEO da Pointer By PowerFleet Brasil, líder mundial em soluções de IoT para redução de custo, prevenção de acidentes e roubos em frotas. LinkedIn

 

Renovação da CNH pode ser feita on-line pelos canais digitais do Poupatempo

 Prazos estavam suspensos devido à pandemia; com a retomada, o cidadão conta com o portal e app para realização do serviço 


Neste mês de janeiro voltam a valer os prazos para renovação das Carteiras de Habilitação (CNHs) vencidas em 2020 em todo o país. No ano passado, a obrigatoriedade de renovação havia sido suspensa pelo Governo Federal, como medida de prevenção à Covid-19.  

No Estado de São Paulo, os serviços relacionados à CNH podem ser feitos pela internet, no portal www.poupatempo.sp.gov.br ou aplicativo Poupatempo Digital.

“A renovação de CNH é uma das 116 opções disponíveis atualmente nas plataformas digitais, com o mesmo padrão de eficiência e qualidade do programa. Com a digitalização dos serviços, os processos se tornam menos burocráticos, permitindo que as pessoas resolvam suas pendências de forma rápida e simples”, afirma Murilo Macedo, diretor da Prodesp – empresa de Tecnologia do Governo de São Paulo. 

De acordo com o cronograma definido pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran), o restabelecimento dos prazos para renovação da CNH, que engloba todos os condutores que tiveram habilitação vencida no período de 2020, ocorrerá a partir de 1º de janeiro de 2021, seguindo os meses de validade. Ou seja, CNHs com data de validade de janeiro de 2020 poderão renovar até 31 de janeiro de 2021; para as vencidas em fevereiro de 2020, a renovação poderá ocorrer até 28 de fevereiro de 2021; e assim sucessivamente, até 31 de dezembro de 2021. 

Além dos novos prazos estabelecidos pelo Contran, podem renovar a CNH pela internet motoristas com a habilitação A e B vencidas ou a 30 dias do vencimento. Para fazer o processo online, o motorista não pode ter qualquer tipo bloqueio no prontuário, como suspensão ou cassação. 

Para solicitar o documento, basta entrar no portal ou app do Poupatempo e selecionar a opção Renovação de CNH. Durante o processo, é possível realizar adição ou mudança de categoria e também incluir no documento o EAR, sigla para quem deseja exercer atividade remunerada.  

Para renovação de CNHs das categorias C, D e E é necessário realizar o exame toxicológico, antes de dar início ao processo.  

Após confirmar os dados, o motorista agenda e realiza o exame médico na clínica credenciada indicada pelo sistema. Quem exerce atividade remunerada ou optar pela inclusão do EAR na CNH, precisa passar também pela avaliação psicológica, e será direcionado a um profissional credenciado.  

Se for aprovado no(s) exame(s), o cidadão deve pagar a taxa de emissão e aguardar as orientações que lhe serão enviadas por e-mail para acessar sua CNH Digital, que tem a mesma validade do documento físico, disponível no aplicativo Carteira Digital de Trânsito (CDT). Para evitar deslocamentos e proporcionar mais conforto e comodidade, o cidadão tem a opção de receber o documento emitido em casa, por pelos Correios, no endereço de cadastro do motorista junto ao Detran.SP.


Cronograma de renovação da CNH 

Data de vencimento 

Período para realizar a renovação 

1º a 31 de janeiro de 2020  

1º a 31 de janeiro de 2021 

1º a 29 de fevereiro de 2020  

1º a 28 de fevereiro de 2021 

1º a 31 de março de 2020 

1º a 31 de março de 2021 

1º a 30 de abril de 2020  

1º a 30 de abril de 2021 

1º a 31 de maio de 2020 

1º a 31 de maio de 2021 

1º a 30 de junho de 2020 

1º a 30 de junho de 2021 

1º a 31 de julho de 2020 

1º a 31 de julho de 2021 

1º a 31 de agosto de 2020 

1º a 31 de agosto de 2021 

1º a 30 de setembro de 2020 

1º a 30 de setembro de 2021 

1º a 31 de outubro de 2020  

1º a 31 de outubro de 2021 

1º a 30 de novembro de 2020 

1º a 30 de novembro de 2021 

1º a 31 de dezembro de 2020 

1º a 31 de dezembro de 2021 


Além dos serviços de habilitação, as plataformas digitais do Poupatempo oferecem diversas opções de serviços online, como Carteira de Trabalho, seguro-desemprego, atestado de antecedentes criminais, transferência e licenciamento de veículos, consulta de IPVA, entre outros. São mais de 110 atendimentos que podem ser realizados sem sair de casa, pelo site ou aplicativo do programa. 


Novos mandatos, novas cidades? O que se pode esperar da transformação digital nas prefeituras

A chegada de novos líderes nas prefeituras do Brasil trará também novos desafios, já que a tendência para os próximos anos é a tentativa de tornar as cidades mais inteligentes. Nesse aspecto, a principal mudança que os gestores devem enfrentar é a automação e a transformação digital dos setores da administração pública. Um desafio complexo e burocrático, mas que tende a trazer benefícios a curto, médio e também longo prazos para todas as cidades que adotarem.

O objetivo de tornar as cidades cada vez mais inteligentes é visto como uma vantagem que abrange diversos setores da administração. Uma cidade conectada e inovadora está diretamente relacionada ao crescimento socioeconômico local, por exemplo. Quando uma cidade proporciona o bem-estar de uma população, faz a gestão do meio ambiente e dos serviços públicos de forma adequada, essa cidade inteligente acaba atraindo pessoas que querem viver nela, desenvolver os seus negócios e implantar suas empresas. E, assim, ela realmente começa a fazer parte de um ecossistema.

Além disso, um local que valoriza seus moradores e oferece qualidade de vida tende a ser também valorizado e, consequentemente, gera otimismo, boas expectativas e incentiva o investimento regional, trazendo novas pessoas e também cativando aquelas que já fazem parte do ambiente. E, por isso, o caminho para se investir em tecnologia e tornar os serviços públicos mais eficientes passa por uma análise criteriosa de todos os processos que envolvem a administração pública municipal.

Em uma análise das principais áreas, como saúde, educação e mobilidade,  deve-se investigar o que é possível melhorar nesses processos, o que é possível fazer de diferente e inovar nesses locais. Dessa forma, uma prefeitura consegue dados concretos para criar medidas efetivas, e não somente paliativas, para transformar uma cidade em um ambiente saudável e acolhedor para os cidadãos, que são o principal motivo e razão para que os gestores busquem melhorias. 

Dentre as principais características que identificam uma cidade inteligente, no topo está o cuidado com a qualidade de vida dos moradores. Por isso, o conhecimento aprofundado sobre o funcionamento do município é essencial. As ferramentas hoje são a base principal para que bons planos diretores sejam desenvolvidos. Quando juntamos tecnologias como drones - que podem fazer sobrevoos e coletar dados - e Internet das Coisas - que começa a contar fluxo de pessoas e de veículos e consegue gerar pesquisas -, todas essas ferramentas proporcionam o desenvolvimento de um plano diretor assertivo.

O uso de dados e a otimização que a tecnologia proporciona para compreender cenários e gerar soluções são os pontos que faltam no sistema público, que muitas vezes ainda segue pilares engessados e pouco efetivos na resolução de problemas. Dentro da gestão de uma cidade, saber interpretar os problemas, entender as falhas e compreender as necessidades de quem vive a cidade são virtudes imprescindíveis e que podem, facilmente, serem instauradas com o auxílio do mundo digital. 

 


Fabrício Ormeneze Zanini - diretor-presidente do Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Coronavírus: como a destruição da natureza pode expor o ser humano a doenças e novas epidemias no mundo.

 Especialistas destacam a importância de preservar o ecossistema para reduzir as chances de contato com males ainda desconhecidos


O novo coronavírus já matou mais de 200 mil pessoas no Brasil. Diante da situação, ecologistas defendem que vírus como estes podem ser evitados, se a população tiver mais conscientização ambiental.

De acordo com o fundador e presidente da ONG Save Cerrado, Paulo Bellonia, quando o homem destrói uma floresta para abrir terras, constrói barragens ou elimina a biodiversidade de forma desenfreada, acaba desencadeando problemas que podem afetá-lo diretamente. “Agora, estamos entrando mais em contato com patógenos de animais silvestres quando alteramos seu habitat, em um contexto pior para nós: a densidade populacional dos seres humanos é muito mais alta, e estamos muito mais conectados, o que favorece o espalhamento da doença.”, completa Bellonia.

As mudanças climáticas, causadas pelo desmatamento humano, também exercem seu papel no surgimento de novas doenças, segundo cientistas. “Há outras maneiras pelas quais nossas atividades humanas podem facilitar o surgimento ou transmissão de doenças, como o desmatamento, isso não pode ser ignorado”, alerta o fundador da SaveCerrado.

 

Como contribuir com a preservação?

Agora que todas as nações estão sofrendo os impactos causados por um único vírus, Paulo acredita que muitas pessoas estão abrindo suas mentes e enxergando além de sua própria rotina nas cidades. “Defender o equilíbrio do ecossistema é preservar a saúde e o bem-estar humano. Tudo está inserido dentro de um importante ciclo”, alerta. Por isso, fundou a Save Cerrado, uma ONG que atua exclusivamente no Cerrado, bioma com uma das maiores riquezas de biodiversidade do planeta.

“Nossas ações estão relacionadas com áreas específicas e de altíssima relevância de preservação para a sociedade brasileira e mundial, tanto pela abundância das águas quanto pelo fato de se tratar de um hotspot, tudo com total transparência de onde exatamente os recursos estão sendo aplicados”, informa. Hotspots são áreas com grande biodiversidade, ricas principalmente em espécies endêmicas, e que apresentam alto grau de ameaça. Elas se concentram em apenas 2,3% da superfície do planeta e detém cerca de 60% de patrimônio biológico do mundo.

Durante a pandemia, a Save Cerrado iniciou uma campanha que vai destinar parte dos recursos captados às entidades e projetos que estejam atuando no combate aos impactos sociais da doença.


Impostos de início de ano já estão aí, saiba o que são cada um e como se organizar para o pagamento

Tarifas obrigatórias vem com tudo no início do ano e requerem atenção para não se perder


IPTU, IPVA, DPVAT... Se você tem uma casa, um carro ou os dois, certamente conhece essas siglas. Muita gente já começa a se preparar para essas cobranças logo no final do ano anterior, e as que não tomam esse mesmo cuidado, acabam se perdendo.

Mas vamos te explicar o que é cada um desses tributos, a hora certa de pagar, em MG, SP e RJ e dicas para se organizar para esses momentos.

IPTU: O IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano), como o nome indica, é o imposto voltado a propriedades com construção no meio urbano. Ou seja, ele é cobrado anualmente de todos os proprietários de casas, prédios ou estabelecimentos comerciais nas cidades. Neste ano, em Belo Horizonte, quem pagar o imposto até o dia 20/01 terá uma dedução de 6% no valor do imposto. Segundo a prefeitura, a medida atua como forma de garantir receitas para a sustentação do fluxo de caixa, principalmente para aplicação de recursos para o enfrentamento ao coronavírus.

Em São Paulo, o pagamento do IPTU começa em fevereiro e as tarifas não terão reajuste. Dessa forma, os boletos de IPTU que chegarão aos imóveis paulistanos deverão vir com o mesmo valor do carnê de 2020.

Na capital fluminense, terão duas formas de pagamento: o pagamento integral à vista, e o da primeira parcela, ambos enviados via documento com códigos de barras para os domicílios. O vencimento dessas duas opções é no dia 5/02. Para quem antecipar o imposto, terá 7% de desconto.

 

Sílvio Azevedo, CEO da AZV , dá a dica: “Aos que têm reserva, deve-se pagar à vista. Este desconto de 6-7% é sensacional frente a um cenário de baixa nas taxas de juros. O dinheiro aplicado em uma poupança não rende nem 2% no ano. Se puder pague com desconto!

 

IPVA: O IPVA é a sigla para Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores. A taxa é cobrada por cada veículo automotor no país, ou seja, carros, motos, caminhões e outros tipos de veículos motorizados que circulam por terra. O IPVA é um imposto estadual, sendo assim, cada estado é responsável pelo seu recolhimento.

 

Em Minas, de acordo com a Secretaria da Fazenda, o imposto terá redução média de 4,12% na base de cálculo na comparação com 2020. O pagamento do tributo é atrelado à quitação do licenciamento de veículos e o vencimento é organizado de acordo com o final da placa. Quem escolher pagar o IPVA em cota única tem direito a outros 3% de abatimento. Informações sobre parcelamento podem ser encontradas no site fazenda.mg.gov.br.

Na cidade de São Paulo, desde 4 de janeiro de 2021, é possível optar pelo licenciamento antecipado e fazer o pagamento independentemente do número final da placa do veículo. O desconto de 3% aos pagadores vai até o dia 20/01. Para que vai pagar financiado, o prazo é até dia 22/03.

E no Rio de Janeiro, a primeira parcela do IPVA 2021 vence no dia 21/01. Quem optar pelo pagamento à vista também garante 3% de desconto no valor do imposto. Já o parcelamento pode ser feito em três vezes iguais, sem desconto, de acordo com o final da placa do veículo. 

Aqui também vale a dica do IPTU, que é tentar a antecipação do pagamento. Nesse caso, o pagamento antecipado pode ser benéfico pois sobra mais recursos para uma revisão automotiva, por exemplo, comuns de serem realizadas no primeiro semestre do ano.


E o DPVAT?

O seguro DPVAT não será cobrado em 2021, segundo a última decisão do Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), órgão ligado ao Ministério da Economia, no dia 29 de dezembro.


Segundo informado pelo conselho, o seguro obrigatório não será cobrado porque o DPVAT tem recursos em caixa suficientes para a operação no ano de 2021. Em 2020, o DPVAT passou por uma redução de 68% para carros, estabelecendo o valor em R$ 5,23, e de 86% para motos, chegando a R $12,30.


O conselho ainda esclarece que apesar da isenção da taxa em 2021 a cobertura do seguro continua valendo e aqueles que ainda possuem pendências financeiras com o DPVAT de 2020 devem quitar as dívidas. (Fonte: Infomoney)

Gostou das dicas? Então aproveite para colocá-las em prática, não perder nenhum prazo, e fortalecer as suas finanças para 2021!






Fonte: Sílvio Azevedo, administrador de empresas, com ampla experiência no setor bancário e consultoria, especialista em mercado e educação financeira. Membro do MDRT (Million Dollar Round Table). É diretor e fundador da AZV Investimentos (azvinvestimentos.com.br / Redes Sociais: @silviocazevedo)


Retrato do Day Trade em 2020

O ano de 2020 foi marcado com a entrada de mais de 3,9 milhões de novos investidores na bolsa de valores brasileira, a B3, até outubro de 2020, o que representou uma verdadeira aula de resiliência financeira.

Apesar dos percalços do mercado financeiro, como taxa de juros em mínimas históricas, os novos investidores entraram em um fluxo quase que natural na aplicação do seu dinheiro, a busca de melhores rentabilidades e para muitos a bolsa de valores foi nesse ano a solução.

No primeiro trimestre, passamos por vários circut breakers, mecanismo que paralisa as negociações devido a quedas abruptas, devido à crise mundial causada pela pandemia do novo coronavírus. A negociação do futuro do petróleo com a cotação negativa e os ativos ditos como “super” seguros apresentaram expressivas rentabilidades negativas em determinados momentos, ilustraram esse cenário de volatilidade no mundo todo.

Neste período que ficamos em isolamento social, a digitalização veio à tona mais do que nunca. Por consequência a expansão das redes sociais popularizou a figura dos influenciadores que se dedicam a falar sobre investimentos pessoais. Alguns destes canais, como o Instagram e Youtube, chegam a atingir números na casa de milhões de seguidores e não é difícil encontrar canais novos com milhares de seguidores ávidos por informações do mercado financeiro.

Porém, existe uma diferença entre o profissional do mercado devidamente certificado para o influenciador – essa linha tênue nem sempre é visível, por isso, a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) tem prestado esclarecimentos sobre as situações em que o registro é obrigatório, a exemplo da instrução CVM 598 e o ofício-circular 13/2020, esse último recentemente publicado.

Nesse movimento e esforço de educação financeira, a orientação ao consumidor para que ele saiba identificar golpes, a CVM e Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros (Anbima) lançaram o portal “Se Liga na Fraude”.

Muitos investidores iniciantes, por serem influenciados de maneira rápida ou até pelo velho inimigo do investimento bem feito, a busca por ganhos rápidos, são motivos que levam a optarem pela operação de Day Trade. O investidor iniciante que quer desbravar essa forma de ganhar dinheiro no mercado financeiro tem que antes de qualquer informação, ter a clara ciência sobre os riscos.

Uma comparação para fácil entendimento, mas muita válida no país do futebol, é que a quantidade de jogadores de futebol que sonham em viver com o esporte é, no Brasil, enorme, porém quantos realmente chegam a patamares almejados? E chegam a ser um “Neymar”? Raríssimos. Essa mesma comparação pode ser usada para trader’s de renda variável, não é impossível “apenas” é extremamente difícil chegar ao pelotão raros de trader’s que chegam a mudar de patamar financeiro pelo Day Trade.

Eu, particularmente, opero day trade raramente e conheço diversas pessoas extremamente competentes que operam ou operaram Day Trade de forma constante, poucos financeiramente sobreviveram e posso contar nos dedos quem realmente teve sucesso.

O principal mito em torno do Day Trade é o enriquecimento rápido de forma fácil a ser aprendida, a realidade é bem diferente disso. Operar Day Trade de forma consistente necessita de estudo, perfil e tempo. Portanto, para os incautos vale a buscar de mais informações, para os ansiosos vale repensar essa forma de operar, para os apressados devem desacelerar e para os super determinados e disposto a tomarem alto risco, vale começar com um patrimônio pequeno e boa sorte!

 



Daniel Abrahão - assessor de investimentos e sócio da iHUB Investimentos, um escritório de assessoria de investimentos credenciado à XP.


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