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quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Jornalista faz pedido de socorro!

Com tanta notícia boa brotando pelos quatro cantos do Brasil o jornalista se vê diariamente tendo que noticiar mortes e mais mortes...


Redações estagnadas nos noticiários do Covid, salários sendo reduzidos, amigos de profissão sendo demitidos ou eu que já fui também, o velho jornalismo que antes me fazia ficar apaixonado pela minha profissão de repórter, de escritor, de apresentador ficou resumido a testemunhar o sepultamento em vida de meus amigos e de toda população.

Já não sei mais o que fazer com tanta pauta maravilhosa que serviria de detox para qualquer leitor, mas só temos a permissão de noticiar o obituário, de dizer use máscara, passe álcool e fique isolado.

Se isso não está te deprimindo e te enlouquecendo é porque vc já está com depressão e ou louco de fato l

Eu sinto falta de uma matéria sobre novas flores descobertas, sobre um pedaço do paraíso que você ainda não conhece e que está promovendo uma festa, da semana do abraço na avenida central da sua cidade, nossa em pensar que já vi isso tantas vezes e fugia desse abraço por achar essa campanha ridícula!, dos cachorros da moda, da noiva que fugiu do altar de moto, da criança que fez a pipa mais genial, do homem que andou do Alaska a terra do fogo para promover a paz...

Eu sou jornalista, não, eu estou jornalista, sou antes de mais nada um ser humano como você, já reduziram meu salário e estou prestes a perder meu emprego, voltei a fumar e bebo muito mais que antes, não sei mais nem como olhar para minha família, os remédios da farmácia aumentaram o preço e o número de caixas aqui em casa, antes uns calmantes  de parente já resolviam meus problemas de insônia, hoje nem me fazem piscar... assim relato o que um paciente jornalista descreve quando fiz a Simples pergunta; como você está? E aí, você sabe responder  essa pergunta a você, “ Quem mexeu na minha deprê !

Está claro que o corona vai além do número de óbitos, máscaras, álcool, isolamento... ele está fritando o humor de quem nos dá notícia em primeira mão!

 



  Davi Urias Vidigal - Psiquiatra:, que em outubro lança seu livro, Quem mexeu na minha deprê?


O início da democratização de acesso ao crédito

A pandemia de covid-19 derrubou a renda de muitas famílias brasileiras, com os índices de inadimplência registrados pela Serasa batendo recorde em abril, com 65,9 milhões de pessoas na lista de devedores e a taxa de desemprego atingindo 13,1% no mês de julho (IBGE). Mesmo expressivo, o tsunami que o novo coronavírus causou em diversos negócios e orçamentos familiares não pode ser considerado o único motivo da inadimplência no país.

Isso porque, ainda de acordo com a Serasa, 4 de cada 10 adultos estão com contas em atraso e o montante deste grupo já estava na casa dos 60 milhões há um bom tempo. Isso mostra que o problema, embora agravado pela crise econômica, já existia e o que percebemos no dia a dia é que a falta educação financeira tem um peso grande nessa conta. E aí entramos em um ponto fundamental nos dias de hoje: o não pagamento de contas pode não somente acarretar no não recebimento de um serviço - como é o caso do fornecimento de luz e telefone - mas também abaixa o score do consumidor, que passa a ter, agora, as suas contas domésticas incluídas no Cadastro Positivo.

Por conta disso é que o citado histórico de comportamento de crédito, cuja lei de autorização foi assinada pelo presidente Jair Bolsonaro em abril de 2019, representa uma boa notícia para o cidadão, que pode ter maior disponibilidade de crédito no mercado, além de juros mais atraentes, partindo-se do pressuposto de que as instituições financeiras conseguem conhecê-lo melhor. As pessoas são diferentes e, como tal, pagam contas de forma diferente. Parece óbvio, mas até pouco tempo atrás essa ideia não era colocada em prática. Deixar de pagar uma conta de celular por esquecimento é diferente de se enrolar no cartão de crédito por negligência financeira, por exemplo. Dívidas não são iguais e as motivações que as antecedem também não. 

Com a recente inclusão das telefonias no Cadastro Positivo e a eminente adição das contas de luz, água e gás, muitos consumidores sem acesso a empréstimos poderão se beneficiar, especialmente os desbancarizados, que não buscam o serviço nas instituições tradicionais. A tendência é que o Cadastro ajude a mudar o comportamento das famílias, ao fazer com que a quitação das contas domésticas ganhe ainda mais importância, evitando, ao menos, parte da atual taxa de inadimplência mencionada.

No entanto, cabe dizer que a democratização do acesso ao crédito precisa ser colocada ainda mais em prática. Avançamos no tema, mas ainda são quatro as empresas que controlam as informações em questão no Brasil, o que dificulta o dia a dia, especialmente, das fintechs que precisam pagar pela consulta ao Cadastro Positivo e, muitas vezes, descobrir que o cliente em questão não pode de fato tornar-se um cliente porque tem dívidas em atraso. Ou seja, é importante acompanharmos a evolução deste modelo no Brasil e vermos se ele conseguirá atender aos que se afogaram nas ondas da crise.

 



Fernando Iodice - cofundador da fintech iq e vice-presidente do grupo Red Ventures no Brasil


Quer evoluir na carreira? Seja generoso

 Um novo estudo descobriu que o egoísmo não é o caminho para o sucesso; especialista ensina 5 dicas para melhorar os relacionamentos no trabalho

 

Que tipo de profissional você é? Para quem ainda não parou para pensar sobre isso, existe um modo simples de começar. Basta responder a uma pergunta: ao notar que um colega precisa de auxílio para concluir uma tarefa muito importante, você oferece ajuda ou simplesmente fecha os olhos e finge que nada está acontecendo? 

Se a sua atitude diante dessa situação é ser colaborativo e generoso, saiba que você tem mais chances de evoluir na carreira. Isso é que revela uma recente pesquisa realizada pela Universidade de Berkeley, na Califórnia. O estudo chegou à seguinte conclusão: ser egoísta não leva você ao topo.

 

Entenda como o levantamento foi desenvolvido 

Primeiro, os estudiosos pediram para que um grupo de estudantes da faculdade e pós-graduação preenchessem avaliações de personalidade. Em seguida, os pesquisadores acompanharam essas pessoas por mais de uma década, verificando sobre suas posições nas hierarquias das empresas em que atuavam. 

Aqueles que pontuaram alto em características desagradáveis - personalidades egoístas, combativas e manipuladoras - tinham alcançado menos cargos de liderança do que aqueles que eram generosos, confiáveis e geralmente bons. Ou seja, descobriram que os extrovertidos eram os mais propensos a ter avançado na carreira, com base em sua sociabilidade, energia e assertividade.

Isso não quer dizer que quem é egoísta não alcança posições de poder. Significa que não chega mais rápido do que os outros. Além disso, simpatia é uma qualificação importante para quem exerce a liderança, pois a pesquisa deixa claro: pessoas agradáveis em cargos de gestão produzem melhores resultados.

 

Aprenda a estreitar os relacionamentos no emprego

De acordo com Flora Victoria, as interações mais frequentes na vida dos adultos em idade profissionalmente produtiva são em seus locais de trabalho. “Passar em média oito horas diárias convivendo com pessoas cuja bagagem emocional e cultural é totalmente diversa pode funcionar como um gatilho para os mais variados relacionamentos profissionais e pessoais. O simples fato de dividir o mesmo ambiente com alguém faz com que afinidades surjam”, explica a mestre em psicologia positiva aplicada pela Universidade da Pensilvânia. 

Segundo a especialista, conexões positivas no trabalho, marcadas pelo respeito, pela amabilidade e pela vitalidade já foram associadas a um foco mais elevado e, até mesmo, à diminuição de erros e de acidentes. “Tudo isso pode ser fomentado por meio de uma cultura organizacional permeada por estratégias de desenvolvimento da gratidão e da bondade”, afirma ela. 

Flora Victoria, que também é Embaixadora da Felicidade no Brasil pela World Happiness Summit, ensina 5 dicas que todo bom profissional deve praticar:

 

1) Elogie: ao se deparar com uma boa atitude de um colega da sua equipe ou de um time diferente que você tem contato, não se acanhe: faça um elogio sincero a ele pelo feito. Reconhecer o sucesso do próximo é um excelente estímulo para novas conquistas coletivas.

 

2) Seja gentil: para começar, passe a perguntar com mais frequência se as pessoas ao seu redor precisam de ajuda. Isso é proatividade. Já ser gentil é contribuir para que o ambiente esteja leve e agradável, sempre com respeito às diferenças. E, quando puder, compartilhe os seus conhecimentos.

 

3) Mostre gratidão: demonstrar ser grato por certo gesto que alguém fez por você é um dos pontos-chave para se aproximar das pessoas. Afinal, quem tem gratidão dá a devida importância ao outros. Ao agradecer, valorize ainda mais a sua ação: estabeleça um contato visual e mostre que você está contente.

 

4) Exercite a escuta ativa: aprender a ouvir a opinião alheia é uma excelente atitude para quem trabalha em equipe. Mesmo que você possua um ponto de vista diferente, defenda que todos tenham o seu lugar de fala, sem julgamentos prévios. Escutar também permite que líderes tomem decisões mais acertadas.

 

5) aposte em respostas ativo-construtivas: quando alguém contar uma boa notícia, reaja com animação e entusiasmo. Isso faz com que a pessoa se sinta acolhida e admirada. Quanto mais vivacidade, maior será a tendência desse laço social se fortalecer e perdurar, por conta do feedback positivo.

Flora ainda ressalta: mesmo quem está trabalhando remotamente, ou seja, em home office, pode incorporar essas atitudes. “Seja na troca de e-mails, nas reuniões virtuais ou nas conversas em grupos da equipe pelo WhatsApp, sempre há a oportunidade de nos conectarmos com aqueles que queremos bem”, finaliza.


Como reorganizar seu negócio na retomada pós crise

Passamos nos últimos meses por todas as dificuldades e incertezas, vendo as empresas ou os negócios ruírem ou entrarem em colapso de uma hora para outra. Tudo que você trabalhou por anos, sendo dissolvido e seus sonhos e patrimônio deixando de existir.

Além da sequela financeira, fica o dano emocional, por “perder” de uma hora para outra, algo que você lutou tanto para conseguir. Antes de mais nada, é importante separar todas as coisas.

Sabemos o quanto é difícil dissociar a emoção da razão e neste caso, no campo profissional, é importante contratar um profissional para uma consultoria pontual, porque ele poderá de forma imparcial lhe orientar sobre qual a melhor forma de se reorganizar ou lhe indicar uma nova opção de projeto.

Quando direcionamos uma difícil decisão a um profissional capacitado, ele poderá de forma imparcial, entender suas fragilidades e lhe auxiliar a compor a retomada no mundo dos negócios. Se o emocional e a empresa estão em ruínas, direcione a alguém que possa lhe ajudar a recompor suas emoções e sua estrutura no mercado, porque normalmente quando estamos em crise não raciocinamos corretamente e o profissional lhe dará novas opções e fará as correções necessárias para sua retomada.

Para quem conseguiu manter sua empresa algumas dicas são importantes, tais como, entender como seu produto será consumido neste momento, seja em produtos ou serviços. Entender quem é o público que consome, o que eles gostam ou necessitam ajudará você a direcionar sua produção. Seja melhorando ou adaptando a matéria prima e até mesmo oferecendo a eles o que de fato necessitam, mas não sabem como encontrar.

            Contratar profissionais que entendam o conceito da empresa e os produtos oferecidos para o mercado, seja um funcionário ou dezenas, pode fazer toda a diferença. O auxílio de um profissional capacitado poderá aliviar a carga na seleção de pessoas por exemplo, que representem os interesses da empresa no mercado.

            A relação entre empresa e funcionários/colaboradores precisa ser humana. Entender as necessidades e compor a melhor solução entre as partes é absolutamente fundamental nesta nova fase empresarial que estamos iniciando.

            Selecionar com critérios os fornecedores para melhorar os custos de produção ou de serviços representa economia e eficiência logo ali adiante. Se for produto, verificar o que lhe resulta no melhor custo/benefício e no caso de serviços, o que poderá oferecer para seu cliente dentro de seu custo que possa fidelizar e manter o interesse em outros serviços prestados por sua empresa.

            Pensar em sustentabilidade interna, otimizando o aproveitamento de materiais na execução de seus produtos, pensando em uma forma de aproveitar as sobras e direcionar para um reaproveitamento de seus resíduos. Isto poderá vir a tornar-se uma outra fonte de renda para sua empresa e não direcionar os lucros para terceiros.

            Poder consultar um profissional que faça um levantamento de custo no planejamento de logística, orientando você a montar sua empresa em local que tenha uma lucratividade maior para a produção e escoamento de seus produtos, gerando maior lucratividade. Muitas empresas hoje estão mal localizadas e isto gera um custo alto para o escoamento e não possui visibilidade comercial adequada para seus clientes.

            Outra questão importante é como você se mostra para o mercado e seus clientes. Será que sua marca e seu conceito estão sendo compreendidos pelo seu público alvo? Estas e outras questões são importantes na retomada no mercado após a crise que enfrentamos.

            A concorrência aumentou muito com o mundo virtual, todos estão tendo a oportunidade de mostrar seus produtos e serviços e cabe a você apresentar seus produtos da forma certa para que seu público se identifique com você e seja seu seguidor por afinidade ou engajamento. 

             A palavra de ordem atualmente é SER FLEXÍVEL, ressignificando sua empresa, seu negócio, sua prestação de serviços. O mundo pede inovação, novidades e é necessário renovar, seja na forma de venda, nos produtos e como seus clientes veem você.

            Recomece sem medo, focado, direcionado e conquiste mais do que você teve antes da pandemia, aproveite para renovar e mostrar toda sua habilidade nesta nova fase virtual e online. Para quando a situação equalizar ter a oportunidade de construir novos formatos e maiores possibilidades em seu negócio e sua vida.

Rever seu negócio, olhar com outros olhos e sob uma nova perspectiva, ser mais flexível, muitas vezes auxilia você a descobrir que possui outras aptidões que por conta do excesso de trabalho não percebeu, ressaltando atrativos para o seu negócio atual, podendo ser trocado ou acrescentado como uma nova oportunidade

Neste caso, começar em outro formato com novas descobertas e oportunidades tem ocorrido bastante neste processo final de pandemia. Pessoas que encerraram suas atividades empresariais, mas que agora descobriram outras formas de fazer negócios tem sido um número bem expressivo no mercado.

Recomeçar é sempre inovador e estimulante, levar para este novo negócio suas experiências e garra fará de você com certeza um vencedor.

Consulte sempre alguém, para que possa acrescentar informações e orientar em nossa nova forma de linguagem e acesso ao seu público alvo.

Boa sorte a todos!

 



Conceiyção Montserrat  - CEO da Montserrat Consultoria, empresa especializada em gestão e desenvolvimento de negócios.


Levantamento aponta que empresários precisam de mais carência e juros baixos para obtenção de crédito

Segundo estudo inédito da FecomercioSP, 67,4% dos empreendedores afirmaram que seria preciso taxas de juros mais vantajosas e outros 27,2% consideraram essencial mais carência
 

A FecomercioSP segue monitorando as adversidades dos empresários durante a pandemia de covid-19, que continuam relatando as dificuldades recorrentes em manter seus negócios, mesmo com a flexibilização da quarentena, uma vez que a recuperação econômica tende a ser lenta e gradual.
 
Para compreender melhor a situação e o que esperar dos próximos meses, a Federação produziu um levantamento exclusivo com os empreendedores sobre os principais impedimentos que encontraram ao recorrer ao mercado na busca por crédito.
 
Com as informações de que as instituições financeiras estavam muito restritivas, exigindo grandes garantias, apenas 48% das empresas foram atrás de pedido de crédito durante a pandemia.
 
Metade dos entrevistados relataram que não tiveram necessidade de fazer empréstimo, 18% não tinham conhecimento de quais linhas estavam disponíveis para o seu negócio, 16% acharam que era muito burocrático e 12% já estavam negativados. Além disso, 67,4% afirmaram que seria preciso taxas de juros mais vantajosas e outros 27,2% consideraram essencial mais carência para iniciar os pagamentos das parcelas.
 
Os empresários também opinaram sobre a proporção da taxa de juros, que para 88% deveria ser de 5% a.a.; sendo que 42% dos entrevistados afirmaram terem conseguido esta taxa.
 
Sobre a carência para iniciar os pagamentos, 79,2% dos empreendedores gostariam de mais de seis meses e 33% conseguiram este prazo.
 
Dos 48% que buscaram recursos, 44% recorreram tanto às linhas emergenciais, quanto às tradicionais, 33% só procuraram as linhas emergenciais e 23% foram nas tradicionais mesmo. Contudo, apenas 18% conseguiram concretizar os empréstimos.  Dos que não tiveram as solicitações aprovadas, 25% afirmaram que foi por falta de garantia.
 
A maior parte dos empresários, 57,3% ainda precisam de recursos para capital de giro no momento; 36,1% possui dívidas com fornecedores e mais da metade, 53% avaliam que as taxas de juros atuais deveriam ser menores.
Outro ponto levantado foi a possibilidade de procurar por fintechs, no entanto, 54% afirmaram desconhecer a modalidade e 25% não consideraram a opção interessante.
 
Para a FecomercioSP, em meio a uma crise sem precedentes históricos no País, as empresas não terão condições de quitar suas dívidas no curto prazo. Assim, como o levantamento apontou, é preciso estender a carência para o início do pagamento da primeira parcela e aumentar os prazos. Além disso, será necessário que sejam oferecidos juros menores e empréstimos com menos restrições e pedidos de garantias.
 
Segundo a Federação, o maior endividamento das empresas ocorre com Fornecedores (36,1%) e Folha de Pagamentos (30,1%). Dessa forma, a falta de capital de giro influi diretamente na cadeia produtiva e no emprego. Sem crédito grande parte do empresariado não tem condições de manter suas operações.
 
De acordo com a Entidade, o acesso ao crédito é importante no processo de crescimento econômico e fundamental para alavancar a retomada.

 
Crédito para manter o emprego

Boa parte dos entrevistados, 30,1% afirmaram que precisam de recursos para folha de pagamento; sendo que 54% das empresas recorreram aos programas do governo que liberaram financiamentos para esta finalidade e 69% disseram que tiveram conhecimento desses incentivos para manter os empregos.


Como as novas exigências do mercado de trabalho impactam decisões de especialização dos médicos

Há alguns, anos observamos o intenso debate sobre o aumento do número de médicos no país. Diversos fatores permeiam esta questão e podem implicar na qualidade de saúde da população


Segundo a última demografia médica publicada pelo Conselho Federal de Medicina em conjunto com o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, haverá um crescimento substancial na densidade populacional de médicos nos próximos quatro anos, predominantemente nos grandes centros urbanos, devendo atingir cerca de 610.133 profissionais distribuídos heterogeneamente por todo território nacional. Isso se deve à expansão acentuada de vagas para graduação de medicina no Brasil nos últimos 20 anos. Em 1997, havia 85 escolas médicas e, em 2019, esse número mais que triplicou, alcançando o total de 336. Somos o segundo país do mundo com maior número de Faculdades de Medicina, ficando atrás apenas da Índia.

 Este cenário traz à luz a qualidade necessária quanto a infraestrutura técnico-científica, educacional e prática, em comparação com a existente. É visível a carência identificada em vários cursos estabelecidos no território nacional, sobretudo em relação à falta de estrutura hospitalar tão necessária para o adequado desenvolvimento do conhecimento e formação de médicos.

A tendência de queda do nível de ensino é percebida com base nos indicadores apontados nas duas últimas edições do exame realizado pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP), que avaliou recém-formados, obtendo a aprovação média de 54% dos participantes.

O desenvolvimento da carreira médica é uma incógnita para muitos egressos do curso de Medicina, uma vez que existe 55 especialidades e 59 áreas de atuação reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM); no entanto, há concentração de 63,6% em apenas dez especialidades. São elas: Clínica Médica, Pediatria, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Anestesiologia, Medicina do Trabalho, Ortopedia e Traumatologia, Cardiologia, Oftalmologia e Radiologia e Diagnóstico por imagem, por ordem de participação.

Visto por outra perspectiva, não há registros anteriores no Brasil de tantos profissionais cursando residência médica, foram 35 mil inscritos em tais programas em 2017, em todas as unidades da federação, do primeiro ao sexto ano (R1 a R6). Concomitante a isso, tivemos no mesmo período um índice de 40% de não ocupação de vagas, sendo percebido uma disparidade entre as especialidades ofertadas e as procuradas.

É um paradoxo, que aponta para o crescimento da demanda por especialização em áreas específicas e, ao mesmo tempo, por médicos que optam por não participarem de residências médicas, se mantendo generalistas.

Teremos uma geração de superespecialistas e generalistas na mesma proporção?

Ainda segundo a Demografia Médica, há o fator determinante que é a feminização da medicina. Considerando que há predominância de mulheres na formação médica atual, observa-se um crescimento de sua participação em áreas cirúrgicas, sendo que historicamente ocupavam quase exclusivamente a área clínica.

As novas gerações, independentemente do gênero, buscam conciliar a vida pessoal e profissional com vínculos e jornadas mais flexíveis, alterando o perfil da oferta de trabalho desses profissionais.

As instituições de saúde, sobretudo verticalizadas, se concentram cada vez mais na atenção continuada de saúde. Os novos parâmetros atribuídos ao desfecho clínico, o acompanhamento e a gestão de casos crônicos, a antecipação de diagnósticos e  a qualidade de saúde, poderão fazer parte de um novo paradigma que motivará a criação de novos formatos de vínculos de trabalho com diferentes modelos de remuneração.

            A ampliação da tecnologia e da telemedicina permeará as diferentes aplicações em relação às especialidades médicas, por meio do uso de dispositivos vestíveis e corporais (wearable devices) e aumentará exponencialmente a capacidade de armazenar e processar dados de pacientes e da população (Big Data), integrando-se cada vez mais no exercício da medicina.

Sob um horizonte mais amplo, não se pode ignorar as limitações públicas orçamentárias na área da saúde, que a partir de 2017 restringiu ainda mais o financiamento setorial em razão das diretrizes contidas na PEC 241/16, congelando o percentual destinado para o setor e aplicando-o apenas as correções inflacionárias. Esse quadro restringirá a capacidade estrutural de atendimento, assim como inviabilizará a implantação de plano de carreira para os médicos.

Como fator disruptivo, o surgimento da pandemia mundial do COVID-19 tem exigido novas aplicações ao atendimento à distância, tais como conhecer melhor como aplicar novas técnicas de propedêutica clínica, “exames” a distância e acompanhamento do desdobramento do tratamento.

Uma nova era que poderá provocar aos novos médicos a busca pela diferenciação, especializando-se em subáreas restritas da especialidade médica ou de outra forma focarem na diversificação do conhecimento, procurando aliar a especialização principal a fatores mais holísticos da área buscando flexibilizar sua atuação. As transformações no ambiente da saúde impactarão cada vez mais sobre este profissional. Estamos na era das relações efêmeras, conectadas, onde a informação ultrapassa os canais convencionais do passado, colocando o paciente numa posição privilegiada, interativa, integrada e parte central destas mudanças.

 



Jorge Corrêa de Assumpção Neto - Superintendente de Estratégia e Marketing na Associação Paulista de Medicina


Varejo digital: reavaliando propósitos e estratégias de negócios

Em 2020, o varejo e todo seu ecossistema receberam o impulso que necessitavam para rever prioridades, estabelecer novos objetivos e acelerar mudanças que estavam previstas para acontecer em algum momento, mas que ainda eram adiadas. Está sendo como fazer em alguns meses ou semanas o que estava previsto para dois ou três anos.


A Covid-19 nos impôs um novo momento, com uma crise global sem precedentes em termos de abrangência e velocidade. Ao impactar todos os seres humanos, a pandemia faz com que nosso modo de vida, nossas atitudes, comportamentos, princípios e valores sejam reavaliados, repensados ou adequados.

As autoridades de todos os países revisitaram suas prioridades e ajustaram seus planos de contingência, visando a preservação da vida, proteção e cuidados com a saúde de seus cidadãos. Da mesma forma somam agora esforços para manter a estabilidade da economia, dentro das possibilidades e dos limites da razoabilidade.

Saúde, educação, consumo, lazer, segurança, moda, relacionamentos, entretenimento e tudo mais que rege o estilo de vida das pessoas, passam agora por uma revisão compulsória, que simultaneamente estabelecem a necessidade de mudança de mentalidade e promovem a evolução em temas que, em condições normais, demorariam muito mais para se concretizar.



Acelerar e acelerar

A aceleração da digitalização é o mais acentuado resultado desse momento. Projetos vislumbrados para o futuro foram implementados em poucos meses ou semanas. A transformação digital tem a oportunidade de se concretizar em definitivo, anulando de vez qualquer dúvida em relação à sua importância para manter a sobrevivência.

Grande parte das mudanças impostas por essa realidade não são temporárias e se consolidarão de maneira rápida como componentes de um ‘novo normal’ que, por um lado, alterará profundamente a forma de funcionamento de grande parte do que conhecemos hoje, e por outro, nos levará a uma era de maior empatia e atenção com as pessoas a nosso redor.



People centric

Não vivemos mais somente uma cultura de customer centric, onde o cliente está no centro das atenções. Entre os vários aprendizados que a pandemia vem nos proporcionando, embora com custo muito alto quando se pensa na perda de vidas humanas, é que, de fato, o mais importante são as pessoas, sejam elas clientes, colaboradores, parceiros, fornecedores e a sociedade de forma geral. As empresas não podem mais pautar suas ações em estratégias focadas apenas em customer centric, mas sim devem revisitar seus propósitos sob uma visão people centric. Caso contrário, o próprio mercado e a sociedade de forma geral cobrarão o preço desse não aprendizado.

As empresas estão tendo que se reinventar e repensar como se relacionam com seus clientes e com o mercado de uma forma ampla. Ainda que o cenário pós Covid-19 apresente um alto nível de incerteza, o varejo continuará trabalhando para ampliar as vendas, empregando pessoas e cumprindo o importante papel para uma economia forte, em que responde por dois terços do PIB do País, empregando um em cada cinco brasileiros.

A situação que vivemos hoje traz insumos preciosos associados a mudanças profundas na sociedade, e particularmente, nos hábitos de vida e consumo, que deverão ser levadas em consideração nessa estratégia de adequação e transformação.

Mesmo antes do coronavírus, as empresas já tinham a percepção de que se permanecessem estagnadas, enraizadas em modelos de negócio que foram vencedores no passado, estariam caminhando rumo à extinção.



Caminho sem volta

Empresas ligadas ao ecossistema do varejo – e que resistiam em aceitar e adotar ações ligadas a transformação digital - já vinham perdendo terreno antes da pandemia, não somente no que se refere a clientes que, pouco a pouco, deixavam de ser fiéis, mas também a parceiros, fornecedores e à sociedade de forma geral, cada vez mais se adequando aos movimentos de evolução sem volta promovidos pela transformação digital. Nunca foi tão importante entender a amplitude do significado dessa transformação nas empresas.

No entanto, essa mudança não é simples. É necessário que os varejistas e outras empresas que atuam na cadeia mudem sua perspectiva, vendo as ações de transformação não estritamente como projetos de tecnologia, mas, sim, como uma maneira de todos trabalharem em conjunto para promover o engajamento digital das pessoas em todos os pontos do processo, de forma a atravessar este momento difícil e se manter no jogo no período que se seguirá.



Todos os elos da corrente importam

Além da inegável importância social e econômica do segmento de varejo em qualquer parte do mundo, neste momento em que receber mantimentos, remédio e itens diversos de consumo pode representar a garantia de saúde, bem-estar e até mesmo da própria vida, é fundamental que toda a engrenagem funcione como se espera.

A resistência de uma corrente é exatamente igual à resistência de seu elo mais fraco. Para que tudo funcione como necessário, particularmente agora, é vital que elos como produção, beneficiamento, importação, recebimento, armazenamento, separação, expedição, pontos de venda físicos e virtuais, logística de distribuição e suporte aos clientes finais, assim como suporte às transações financeiras que permeiam todo o processo, funcionem adequadamente.

A adoção de soluções de tecnologia em uma visão digital é o caminho correto para manutenção de todos os elos da cadeia funcionando adequadamente e atendendo às expectativas de todos os stakeholders.

 


Quais as melhores soluções

Em um passado não tão remoto, o mercado oferecia soluções em tecnologia para os negócios em uma quantidade relativamente pequena. Por um lado, essa situação era boa porque mantinha-se o foco na solução de problemas clássicos de cada segmento. Por outro lado, era uma situação desfavorável porque, com opções reduzidas, as empresas ficavam com poucas alternativas de negociação com os pouquíssimos players detentores dos direitos daquelas tecnologias.

Hoje, a gama de soluções de tecnologia à disposição é incrivelmente maior. Se por um lado as empresas têm mais opções, por outro, uma decisão equivocada pode limitar ações necessárias, pouquíssimo tempo após uma primeira contratação.

Recomenda-se, portanto, que neste momento em que estamos revisitando vários temas dentro de nosso negócio e que temos à disposição uma grande quantidade de soluções disponíveis no mercado, usemos nossa inteligência natural para ancorar mais inteligência ao negócio, com soluções e processos de alta qualidade, que permitam a composição de criatividade com o que está sendo chamado de “combinatividade”. A capacidade de soluções se integrarem - de forma fácil e consistente - a sistemas legados e outras soluções é um ativo valioso para qualquer solução de tecnologia.

Por exemplo, a adoção de uma solução de e-commerce, que no passado se limitava a suportar uma loja virtual tradicional, deve ser pensada de forma a atender aos anseios das pessoas e da companhia, contemplar a possibilidade de combinação com desdobramentos do próprio modelo de negócio, que passe, eventualmente, a atender com canais online, não somente ao modelo B2C – Business to Consumer original, mas também suportar a adição e adoção de modelos B2E – Business to Employee, B2B – Business to Business, B2B2C – Business to Business to Consumer ou mesmo C2C – Consumer to Consumer.


Juntos somos mais fortes e inteligentes

Não é novo o conceito de que o trabalho colaborativo gera resultados muito melhores do que quaisquer iniciativas individuais. A atuação de squads multidisciplinares, que trabalhem rapidamente junto com as pessoas da companhia, redesenhando jornadas e usando métodos ágeis adequados, é, sem dúvida, um caminho que tem proporcionado resultados surpreendentes, principalmente neste momento de reavaliação de propósitos e estratégias.

Essa perspicácia, baseada em lições aprendidas durante a pandemia, combina muito bem com uma frase atribuída a Jean Piaget, que diz “inteligência é algo que você usa quando não sabe o que fazer”.




 Nelson Soares - head de Retail & Logistic do Grupo Stefanini


Como aumentar a eficiência da Justiça brasileira?

A sobrecarga do Judiciário é um antigo problema no Brasil. Desde 2010, o número de novas ações só aumenta e, com a pandemia, isso deve se acentuar ainda mais. Para pensar em soluções que permitam acelerar a resolução de processos e desafogar a justiça brasileira, é preciso entender alguns fatores que contribuem para esse acúmulo de processos.

Um deles é a lei que garante a gratuidade de justiça como forma de acesso ao judiciário. A medida é extremamente positiva. No entanto, não há um controle rígido por parte do Judiciário na concessão do benefício da gratuidade, levando à utilização indevida e, muitas vezes, abusiva por pessoas físicas e jurídicas no acesso à justiça. Além disso, temos os juizados especiais civis e criminais, cuja utilização não depende do recolhimento de custas pelo jurisdicionado. Nesses dois exemplos, a desnecessidade de desembolso inicial de valores e ausência de risco quanto à perda da ação – ou seja, sem que o derrotado tenha de arcar com as custas pagas pela parte vencedora – funcionam como um estímulo à propositura de ações judiciais pouco consistentes.

Por exemplo: a IATA (Associação Internacional de Transportes Aéreos) divulgou números que mostram o Brasil como o país onde mais são propostas ações contra companhia aéreas. De 100 voos internacionais entre o Brasil e os Estados Unidos, 79 voos serão objeto de uma ação judicial, segundo a IATA. Nos Estados Unidos, que possui o maior mercado de aviação do mundo, somente 0,01 por cento dos voos serão objeto de uma ação judicial. É preciso quebrar essa litigiosidade.

Para complicar ainda mais a situação, além da Justiça Federal e da Estadual, a organização judiciária brasileira prevê justiças especializadas, como a trabalhista, a eleitoral e a militar, cujos recursos podem terminar no STF. Por fim, os entes federados estão entre os maiores litigantes no Brasil. A União, por exemplo, respondeu por quase metade das execuções fiscais, em 2019.

Diante do cenário de crise que ainda está por vir, é de extrema importância criar soluções para evitar que os processos se alonguem, como a conciliação. Apesar de estar prevista em diversas leis, como no Código de Processo Civil (Lei nº 13.105 de 2015), essa importante medida ainda é subutilizada. Segundo o relatório Justiça em Números, produzido pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça), apenas 12,5% dos processos foram solucionados desta forma em 2019.

Para avançarmos em relação ao tema, é preciso haver um esforço conjunto do Poder Público e da sociedade civil no sentido de entender que a briga, o conflito, não são a melhor opção para resolvermos os problemas. O Poder Público tem o dever de estimular a conciliação, seja por meio da legislação (leis procedimentais prevendo a conciliação como forma de resolver a disputa judicial ou extrajudicial, o que já existe), seja por ações específicas, como, por exemplo, a Semana Nacional da Conciliação organizada pelo CNJ desde 2006.

A sociedade civil (os cidadãos e as empresas), por sua vez, tem de compreender e realizar a sua capacidade de resolver os problemas sem a necessidade de intervenção do Judiciário. Em uma disputa, sempre haverá os dois lados da controvérsia, de modo que apreender a ceder, em algumas situações, é fundamental para se chegar a soluções negociadas para os problemas.

As faculdades de direito também têm um papel relevante para estimular e desenvolver a capacidade de compreensão dos futuros bacharéis quanto à importância da negociação, não só estimular a cultura do convencimento, da persuasão, como se o papel do advogado fosse, simplesmente, de vencer o duelo da argumentação com o advogado da outra parte.

Acredito que a desjudicilização deve ser o principal caminho para aliviar as demandas do Judiciário, com meios de resolução de conflitos como a negociação, a mediação, a conciliação e a arbitragem. A negociação é realizada pelas próprias partes, sem a intervenção de terceiros. É o caso do consumidor que resolve amigavelmente um problema com o vendedor ou prestador de serviços.

Já a mediação envolve a participação de um terceiro (mediador), que auxiliará as partes na solução da disputa, facilitando o diálogo entre elas, mas que não interferirá no acordo, ou seja, não tem poder decisório. As partes envolvidas na mediação é que devem chegar em um consenso. A conciliação também prevê a participação de um terceiro (conciliador), o qual, diferentemente do mediador, poderá adotar uma postura mais ativa, mas, igualmente ao que ocorre na mediação, sem poder decisório. Por serem soluções consensuais, é preciso que fique claro que as partes envolvidas em um processo de mediação ou de conciliação não têm a obrigação de chegarem a um acordo.

Por último, a arbitragem é um método alternativo de solução de disputas, porém, não é consensual. As partes contratam a arbitragem para resolver uma disputa que, em regra, seria resolvida no judiciário estatal. Há consenso entre as partes somente na adoção da arbitragem para resolver a sua disputa, a qual, no entanto, será decidida por um árbitro ou por um tribunal arbitral.

Desta forma, ao expandir as possiblidades de resolução de conflito sem envolvimento do Judiciário, contribuiremos para que a Justiça se preocupe com casos efetivamente impossíveis de serem resolvidos de outra maneira. Da mesma forma, conflitos menores poderão ser resolvidos com mais agilidade e poderemos aperfeiçoar na prática a cultura de conciliação no país.

 



Mário Conforti - advogado e líder da área cível do escritório Marcos Martins Advogados.

https://www.marcosmartins.adv.br/pt/


Como cobrar por um publipost? Referência no empresariamento artístico no Brasil, Priscila Jaffé dá dicas para a nova geração de influencers

Glauber Britto (Foto: Divulgação)
CEO da Jaffé Produções e ponte entre influenciadores digitais como Marina Ferrari e Nathalia Lucena e grandes marcas, empresária afirma que para precificar o trabalho de um influenciador é necessário experiência, know-how e principalmente intuição


  • Importância de conhecer a sua área de atuação. Saber quem são os nomes em evidência e quanto eles cobram por um publipost é essencial para não fugir à realidade. “Verificamos seguidores, engajamento e valor de imagem da pessoa. Às vezes o influenciador nem tem um super engajamento, mas possui uma imagem muito forte. Tudo isso precisa ser analisado para entender a forma que um trabalho foi precificado”, afirma. 
  • Seguidores x engajamento: A conta mais complexa mas a mais necessária para formar uma base de preço. A empresária destaca: “hoje já existem marcas que olham mais para o engajamento, mas eu prefiro continuar medindo um pouco de cada coisa, pois no fim das contas é o que vale. Quem tem muitos seguidores comprados, deixa nítida a falta de engajamento e acaba deixando o cliente insatisfeito. Mas quem apresenta muito engajamento sem um número de seguidores coerente, acaba passando insegurança”. E aí se encontra a importância em balancear a ascendência do influencer no ramo. “É necessário fazer uma balança para depois pensar em subir o preço”, conclui. 
  • Influencer de negócios: O seu preço nunca deve ser o final. “Eu sempre oriento a começar com o valor um pouco acima para haver uma margem de negociação”, diz Priscila. A negociação também depende do quanto o influenciador quer aquela marca. “Tem que balancear se a marca te traz um embasamento como influenciador para saber até quando vale ser flexível. E claro, se você quer muito aquela marca e precisa cobrar menos por isso, cobre menos. Mas sempre mostre o seu valor. Aqui tem que ter feeling para negociar”. 
  • Uma vez “grátis”…: Sempre grátis. “É o que eu sempre digo: não gosto de permuta porque as marcas conversam entre si. Se você trabalhou por permuta com uma marca, vai ter dificuldade em negociar valores com outra. Algumas valem a pena por questões de engajamento para quem está no início, mas tem que ser feito com muito cuidado” alerta Priscila.

 

O mesmo vale para stories, pois também são parte do trabalho. “Um story gratuito agradecendo a recebidos pode ser feito, desde que não seja diariamente. Mas se por exemplo, alguém fechar uma sequência de três stories e você fizer cinco, vai estar agradando o seu cliente e fazendo o seu trabalho da melhor forma possível. É algo bem diferente de fazer algo de graça. Novamente, o “grátis” deve ser muito bem pensado para não virar uma bola de neve e todo mundo querer o seu trabalho de graça sempre.”

 

  • Demais plataformas: De acordo com pesquisas, hoje o Instagram é a rede social com maior tempo de engajamento. De acordo com Priscila, a não ser que o influencer seja muito grande em outras plataformas ou atinja a um público totalmente diferente, a divulgação no Instagram vem em primeiro lugar e o restante é fechado em combos junto ao valor da rede de fotos e vídeos.
  •  Valor pessoal: Acima de tudo, de acordo com a empresária, o influenciador precisa estar ciente do seu valor e que este é um trabalho como qualquer outro. “Ninguém vai ao mercado e pega um sabão em pó de graça porque quer. O mercado não vai te dar de presente para você talvez comprar da próxima vez. Se o cliente quiser, ele compra, se gostar, compra novamente, se não gostar, não compra mais. Valorizar o seu trabalho é essencial! E você só vai valorizá-lo ante ao mercado quando precificá-lo”, finaliza.   

Vacinas, suas controvérsias e o mundo em pandemia

A vacina como método de profilaxia para doenças infecciosas, carrega consigo uma história de descobertas, de erradicação, mas também, de lutas e revoltas. Constituída de partes ou do próprio agente patogênico atenuado, a vacina induz o corpo a produzir anticorpos e células de memória, os quais, quando em uma segunda exposição ao patógeno específico, já promoverão uma resposta imunológica mais rápida e eficaz, evitando que o corpo adoeça. Esse é o princípio de funcionamento das vacinas, método que foi descoberto no final do século XVIII, pelo médico britânico Edward Jenner, no combate ao grande mal da época, a varíola. Doença que devido a um esforço global, de mais 10 anos, foi considerada erradicada em 1980.

Mas, quem nunca ouviu falar da Revolta da Vacina de 1904 que ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, devido à vacinação anti-varíola que foi conduzida de forma autoritária pelo Governo da época? Ou mesmo, do movimento antivacinação, que cresce no mundo como um todo desde a década de 90 alicerçado por uma sociedade de risco midiatizada? E, como consequência, dos recentes surtos de sarampo que assolam o Brasil e o mundo nos últimos anos, mesmo depois de, em 2016, termos recebido o certificado de país livre de sarampo? E, ainda, da pandemia do novo coronavírus que encontra negacionistas em todas as esferas da sociedade e incitou uma corrida para a criação de uma vacina em tempo recorde?

Assim, acredito que vivenciamos um momento paradoxal. De um lado, um cenário de descrédito na ciência e uma sociedade da informação que produz conteúdo midiático sem pudor e exerce influência sobre um grande contingente populacional. A partir dessa leitura, o que esperar de um futuro próximo, no qual, alguns grupos que se manifestam contrários às medidas de isolamento frente ao Sars-Cov-2 e que são céticos quanto às vacinas, ganham forças?

Do outro, temos pesquisadores do mundo todo, aliando forças em prol da produção de uma vacina em tempo recorde, sem precedente na história, pois a mais rápida até então foi a para caxumba em quatro anos. Mas que, de certo modo, servem a grandes empresas privadas e estas a interesses do mercado. E, nesse jogo, ninguém entra para brincar. Como exemplo, o Governo dos Estados Unidos que já comprou praticamente todas as doses das futuras vacinas produzidas por duas grandes farmacêuticas. 

Portanto, em uma análise mais global, onde a falta de sincronia das ações demostra a fragilidade em pensar no coletivo, fica a pergunta: como construir um caminho possível à erradicação da primeira grande pandemia do século XXI?

 



Nicole Geraldine de Paula Marques Witt - bióloga, especialista em Meio Ambiente e Desenvolvimento, professora dos cursos de Ciências Biológicas e Geografia do Centro Universitário Internacional Uninter.


STF decide que o IPI incidente na revenda de produtos importados é constitucional

Empresário do setor lamenta a decisão e diz que ela vai contra a OMC


O STF julgou no final de agosto que é constitucional a incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no desembaraço aduaneiro de bem industrializado e na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno. Com a decisão, os importadores pagam duas vezes o imposto: a primeira no desembaraço aduaneiro de produto industrializado e a segunda na saída do estabelecimento importador para comercialização no mercado interno, que representa violação ao princípio da isonomia, previsto no artigo 150, II, da Constituição.

No passado, alguns casos chegaram a ser julgados favoravelmente aos importadores pelo STJ, e estima-se que 14 mil empresas brasileiras tinham o processo finalizado ou estavam em processo com liminares para não pagar IPI em duplicidade. Com a queda dessa liminar, o impacto será de aumento de recolhimento de R$68,6 bilhões aos cofres públicos e, consequentemente, aumento de custos do produto final.

Segundo o advogado Alexandre Dalla Vecchia, o impacto imediato no setor de importação é a oneração do produto importado mesmo que pronto e acabado, em um setor que já sofre com a alta carga tributária e volatilidade do dólar. “É recomendável aguardar a finalização do julgamento e, até lá, certamente as empresas que ostentam decisões favoráveis com exclusão do IPI na revenda do produto vão se valer das decisões conquistadas no âmbito do STJ”, explica. “Os desdobramentos de cada caso é particular, e é provável que com o trânsito em julgado já conquistado por alguns importadores, que algum sigam em frente mesmo que com essa decisão contrária em face de todo esse contexto”, completa Vecchia.

A decisão foi recebida com repúdio pelos empresários do setor. O diretor da ES Logistics, Fabiano Ardigó, afirma que essa decisão vai contra a Organização Mundial do Comercio (OMC). “Vemos com preocupação o que aconteceu. O cancelamento da bitributação abriria uma nova perspectiva para o setor de importação no Brasil”, afirma. “Empresas que estavam com liminares com autorização de não recolher o IPI não terão condições de conquistar essa mesma vantagem. A reincidência do imposto na revenda de importados impacta diretamente no valor do produto final pago pelo contribuinte e essa bitributação é um retrocesso para o mercado de importação brasileiro”, completa Ardigó.

A advogada responsável pela área de comércio internacional da Catta-Preta & Salomão Advogados, Maria Eugênia Catta-Preta, dedicou sua dissertação de mestrado na FGV/SP ao tema da não incidência do IPI na revenda de mercadorias nacionalizadas já que, segundo ela, essa discussão é complexa e antiga no país, iniciando-se em 1999 nos tribunais. “Considero que foi uma perda muito grande no debate jurídico a realização de um julgamento virtual, e que não levou em consideração a criação de disparidade entre empresas, inclusive entre importadoras, gerada pelo Judiciário. Lutamos todos os dias para o direito acontecer da forma mais justa possível, mas o direito nos tribunais tem cada vez mais relação com política e economia, do que ele em si”, lamenta Maria Eugênia.

Segundo a advogada, a interpretação da lei precisa acompanhar a evolução do tempo. “Tanto no STF como no STJ, não houve uma análise adequada do contexto apresentado e dos acordos de comércio internacional firmados no âmbito da OMC pelo Brasil. Foi feita uma análise bem superficial que favorece a concorrência desleal e fora dos compromissos internacionais assumidos, o que abre espaço para mais discussões, inclusive nos organismos internacionais. A violação dos Acordos da OMC coloca o país em uma posição delicada que pode ter consequências para a economia como um todo”, alerta a especialista. “Para a indústria nacional, a múltipla incidência do IPI certamente desestimulará investimentos em tecnologia e modernização, e poderá colocar o país em posição ainda mais desfavorável no cenário do comercial internacional”, destaca.


Vacinação contra o Sarampo é prorrogada

População pode se imunizar no Shopping Penha nos dias 16, 17 e 18/09


  Com o intuito de aumentar ainda mais a parcela de pessoas imunizadas contra o Sarampo, foi prorrogada a Vacinação contra a doença. Nos dias 16, 17 e 18/09 o Shopping Penha, em parceria com a UBS Vila Esperança - Dr. Cássio Bitencourt Filho, realiza a imunização da população em duas etapas.

  Para crianças e adultos, a vacinação será feita como um reforço contra a doença, ou seja, o público de 1 a 3 anos e de 15 a 49 anos de idade, podem tomar a dose mesmo com o calendário de vacinação em dia. Já os bebês de 6 a 11 meses e crianças e jovens entre 3 a 14 anos devem ser vacinados para manter o calendário de vacinas vigente em dia.

  A ação acontece no piso térreo, próximo à Praça de Eventos do empreendimento, das 11h às 15h. Vale ressaltar a importância do distanciamento de até 2 metros entre as pessoas na fila para evitar aglomeração.

 


Serviço – Vacinação Sarampo
Data:
16, 17 e 18/09
Local: Piso térreo, próximo à praça de eventos
Horário: 11h às 15h
Endereço: Rua Dr. João Ribeiro, 304 – Penha – São Paulo - SP
Informações: (11) 2095-8237 – www.shoppingpenha.com.br

 

Poupatempo reabre 12 unidades em cidades do interior nesta quarta-feira (16)

Para ser atendido, é necessário realizar agendamento prévio pelo site ou app Poupatempo Digital 


A partir desta quarta-feira (16), o Poupatempo retoma os atendimentos presenciais em 12 cidades do interior do Estado. Assim como já ocorre nos outros 50 postos já reabertos, todos os serviços serão realizados somente com agendamento prévio de data e horário, que pode ser feito no portal www.poupatempo.sp.gov.br ou pelo aplicativo Poupatempo Digital. 

Voltam a funcionar os postos de atendimento em Araçatuba, Bebedouro, Birigui, Guaratinguetá, Itapetininga, Itu, Jundiaí, Lençóis Paulista, Ourinhos, Salto, Taubaté e Votuporanga.  

A reabertura gradual das unidades do Poupatempo em todo o Estado começou em 19 de agosto e segue as diretrizes do Plano São Paulo. Até o momento 50 postos dos 75 existentes já retomaram o atendimento presencial à população. 

Com medidas de prevenção e protocolos sanitários, a capacidade de atendimento no Poupatempo será de 30%. A prioridade é para serviços que necessitam da presença do cidadão para serem em concluídos, como a solicitação do RG e da primeira habilitação, por exemplo. Outros como a solicitação da Carteira de Trabalho, seguro desemprego, licenciamento e transferência de veículo, devem ser feitos de forma remota, pela internet, também pelas plataformas digitais.  

Atualmente, mais de 80 serviços podem ser realizados online, com agilidade e conforto, sem a necessidade de sair de casa. 

Com o objetivo de minimizar os riscos de transmissão e garantir a segurança da população e colaboradores, haverá controle de acesso às unidades. Só será permitida a presença de acompanhantes em casos de crianças, idosos ou pessoas com deficiência. O uso de máscaras de proteção é obrigatório, assim como a medição de temperatura e higienização das mãos com álcool em gel na entrada das unidades. A manutenção do distanciamento entre as pessoas foi reforçada com sinalização nos bancos de espera, marcações no chão e orientação. 

 

Todas as informações, endereços e horários de funcionamento dos postos podem ser consultadas no site www.poupatempo.sp.gov.br.


terça-feira, 15 de setembro de 2020

Melasma não é somente uma doença de pele como pensam, afirma dermatologista


Caracterizado como uma doença sistêmica, o Melasma pode ser um sintoma de que o organismo não vai bem

 

Reconhecido por gerar pontos escuros na face, o Melasma é uma hiperpigmentação que atinge locais do rosto gerando manchas castanho-escuras ou marrom-acinzentadas, de limites bem demarcados e formato irregular. Além de demonstrar uma alteração na qualidade de vida do paciente, a doença impacta a autoestima de forma negativa.

 Predominante em mulheres — que concentram 90% dos casos —, o aparecimento do problema tem relação com causas multifatoriais, que incluem disfunções na tireoide, alterações hormonais, uso de determinados cosméticos e estresse. “É comum que pacientes relatem em consultório que usaram cremes clareadores, porém as manchas voltaram. Isso ocorre justamente devido à origem da mancha, que não é apenas um ponto de hiperpigmentação isolado, mas um sintoma de que algo não vai bem no corpo, a caracterizando como uma doença sistêmica, ou seja, que afeta todo o organismo”, explica a dermatologista Dra. Hellisse Bastos, que recentemente promoveu um fórum de dúvidas em seu Instagram @drahellisse sobre o assunto.

Segundo a médica dermatologista, a doença também vem associada a um quadro de hipoestrogenismo, comum em mulheres que fazem uso de anticoncepcionais ou se submetem à picos de estresse constantes. “O excesso de estrogênio, assim como o cortisol alterado devido aos níveis de estresse, altera o eixo de ACTH, hipotálamo, e faz com que o corpo produza mais hormônios liberadores de melanócitos”, alerta Dra. Hellisse. 

Excesso de insulina, estrogênio desregulado, alimentação errada e com base em industrializados e estresse aflorado são alguns dos fatores que devem ser observados e equilibrados em um tratamento para Melasma, elenca Dra. Hellisse Bastos. “Ao contrário do senso comum, o Melasma não surge apenas porque você deixou de usar protetor solar, mas por uma série de deficiências não tradadas”, determina.

Caso não tenha sido possível prevenir o aparecimento das manchas, a dermatologista recomenda a procura de um especialista para o tratamento antes do uso de qualquer creme ou método clareador, além de proteger bem a pele. “Quando o ponto de hiperpigmentação já existe, daí sim o uso de protetor se torna um grande aliado para que essa mancha não aumente, já que a exposição provoca o aumento na produção de melanina. Porém, mesmo possuindo o problema, não é recomendado deixar de se expor ao sol, já que a sua falta causa a deficiência de vitamina D”, alerta. 

A reposição e equilíbrio da presença de vitaminas D, B12, C, sendo a última um poderosíssimo antioxidante, são exemplos de algumas das deficiências que podem impactar no problema e devem ser tratados. “Ninguém que tem Melasma tem deficiência de uso de protetor solar, mas sim de um conjunto de fatores que levaram ao aparecimento da mancha. Por isso, é mais fácil tratar os desequilíbrios, por que um corpo saudável tem menor propensão a trazer doenças para nós”, garante. 

No tratamento, além de inúmeras opções que surgem cada vez mais modernizadas, tais quais lasers, cremes clareadores, entre outros, é preciso associar os cuidados integrais com a saúde do organismo, repondo e equilibrando deficiências para que assim, as manchas não regressem, recomenda Dra. Hellisse Bastos.


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