Além evitar o
Sars-CoV-2, protocolos impedem a disseminação de outros micro-organismos
Com o risco de contaminação pelo coronavírus
(Sars-Cov-2), medidas profiláticas se tornaram rotina em todos os espaços
sociais. Para os médicos-veterinários, protocolos sanitários são habituais e
inerentes à sua formação e atuação. Portanto, no contexto de enfrentamento à
pandemia, os profissionais devem exercer a missão de guardiões das boas
práticas.
Com conhecimentos em áreas como biossegurança,
epidemiologia, virologia, agentes zoonóticos, entre outros, os
médicos-veterinários são verdadeiros agentes de saúde, altamente capacitados
para elaborar e monitorar a execução de planos de ações que visam a prevenção
da Covid-19 em estabelecimentos de diferentes segmentos.
“As recomendações para impedir o avanço da
contaminação pelo coronavírus são uma intensificação e extensão das medidas que
já devem fazer parte de qualquer ambiente médico-veterinário”, enfatiza o
diretor do Grupo de Trabalho de Medicina Veterinária da Associação de Medicina
Intensiva Brasileira (Amib), Rodrigo Rabelo.
O que diz o coordenador técnico do Conselho
Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Leonardo
Burlini, vai à mesma direção. “Seja qual for a sua área de atuação, todo
profissional deve ter o olhar autofiscalizador quanto aos protocolos
fundamentais para preservar a saúde coletiva.”
Medidas adicionais
Entre os cuidados agregados às medidas sanitárias
em estabelecimentos médico-veterinários estão a exigência de uso de máscara
pelos colaboradores e pelos profissionais – mesmo em situações em que não era
habitual –, bem como por parte do público, além das barreiras higiênicas desde
a porta de entrada.
Também foram implementadas condutas como a
classificação de risco de acordo com a situação sanitária da região em que se
localiza o estabelecimento, a testagem de profissionais, o afastamento do local
de trabalho em caso de qualquer sintoma da Covid-19 ou da ciência de que houve
contato com terceiros que tenham sido diagnosticados com a doença.
Para garantir o abastecimento de alimentos
Para assegurar o abastecimento da população, houve
novas diretrizes no setor agro, como o guia de boas práticas para frigoríficos
do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), novas portarias
e outros materiais interministeriais para orientar trabalhadores e a sociedade
sobre os riscos sanitários e como evitá-los.
“Intensificamos, ainda, o uso de ferramentas
digitais”, diz a superintendente do Mapa no Estado, Andréa Figueiredo Procópio
de Moura, frisando que isso “tem gerado maior aproximação, para além das
distâncias físicas”, entre os auditores fiscais agropecuários e o público
externo, aprimorando o compartilhamento de informações e os processos.
Educadores no segmento pet
No que tange à atuação em estabelecimentos de
atendimento a pequenos animais, um desdobramento é o papel educativo junto aos
tutores dos pets e funcionários, cujo resultado, quando bem executado, é a
amplificação, por meio da disseminação de conhecimentos capazes de evitar
doenças entre pessoas de uma mesma rede de contato.
“Isso ilustra bem a responsabilidade do
médico-veterinário em orientar corretamente, seja passando informação, seja
sendo exemplo com boas práticas no cotidiano”, frisa Burlini, que lembra que,
neste sentido, o CRMV-SP tem procurado contribuir disponibilizando informações
frequentemente aos profissionais.
Quer saber mais?
Os médicos-veterinários Rodrigo Rabelo, Andréa
Figueiredo e Leonardo Burlini estarão em uma conversa enriquecedora sobre o
assunto no painel “Protocolos sanitários: o que aprendemos com a Covid-19?”, no
dia 10/09, das 19h às 21h. O evento on-line faz parte da 4ª Semana do
Médico-veterinário do CRMV-SP. Participe!
Inscreva-se em https://www.sympla.com.br/protocolos-sanitarios-o-que-aprendemos-com-a-covid-19__955342
Sobre o CRMV-SP
O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina
Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização
do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando
pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos
médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 39 mil
profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e
municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.