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domingo, 13 de setembro de 2020

Medidas sanitárias contra a Covid-19 são intrínsecas às atividades do médico-veterinário

Além evitar o Sars-CoV-2, protocolos impedem a disseminação de outros micro-organismos

 

Com o risco de contaminação pelo coronavírus (Sars-Cov-2), medidas profiláticas se tornaram rotina em todos os espaços sociais. Para os médicos-veterinários, protocolos sanitários são habituais e inerentes à sua formação e atuação. Portanto, no contexto de enfrentamento à pandemia, os profissionais devem exercer a missão de guardiões das boas práticas.

Com conhecimentos em áreas como biossegurança, epidemiologia, virologia, agentes zoonóticos, entre outros, os médicos-veterinários são verdadeiros agentes de saúde, altamente capacitados para elaborar e monitorar a execução de planos de ações que visam a prevenção da Covid-19 em estabelecimentos de diferentes segmentos.

“As recomendações para impedir o avanço da contaminação pelo coronavírus são uma intensificação e extensão das medidas que já devem fazer parte de qualquer ambiente médico-veterinário”, enfatiza o diretor do Grupo de Trabalho de Medicina Veterinária da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib), Rodrigo Rabelo.

O que diz o coordenador técnico do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado de São Paulo (CRMV-SP), Leonardo Burlini, vai à mesma direção. “Seja qual for a sua área de atuação, todo profissional deve ter o olhar autofiscalizador quanto aos protocolos fundamentais para preservar a saúde coletiva.”


Medidas adicionais

Entre os cuidados agregados às medidas sanitárias em estabelecimentos médico-veterinários estão a exigência de uso de máscara pelos colaboradores e pelos profissionais – mesmo em situações em que não era habitual –, bem como por parte do público, além das barreiras higiênicas desde a porta de entrada.

Também foram implementadas condutas como a classificação de risco de acordo com a situação sanitária da região em que se localiza o estabelecimento, a testagem de profissionais, o afastamento do local de trabalho em caso de qualquer sintoma da Covid-19 ou da ciência de que houve contato com terceiros que tenham sido diagnosticados com a doença.


Para garantir o abastecimento de alimentos

Para assegurar o abastecimento da população, houve novas diretrizes no setor agro, como o guia de boas práticas para frigoríficos do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), novas portarias e outros materiais interministeriais para orientar trabalhadores e a sociedade sobre os riscos sanitários e como evitá-los.

“Intensificamos, ainda, o uso de ferramentas digitais”, diz a superintendente do Mapa no Estado, Andréa Figueiredo Procópio de Moura, frisando que isso “tem gerado maior aproximação, para além das distâncias físicas”, entre os auditores fiscais agropecuários e o público externo, aprimorando o compartilhamento de informações e os processos.


Educadores no segmento pet

No que tange à atuação em estabelecimentos de atendimento a pequenos animais, um desdobramento é o papel educativo junto aos tutores dos pets e funcionários, cujo resultado, quando bem executado, é a amplificação, por meio da disseminação de conhecimentos capazes de evitar doenças entre pessoas de uma mesma rede de contato.

“Isso ilustra bem a responsabilidade do médico-veterinário em orientar corretamente, seja passando informação, seja sendo exemplo com boas práticas no cotidiano”, frisa Burlini, que lembra que, neste sentido, o CRMV-SP tem procurado contribuir disponibilizando informações frequentemente aos profissionais.


Quer saber mais?

Os médicos-veterinários Rodrigo Rabelo, Andréa Figueiredo e Leonardo Burlini estarão em uma conversa enriquecedora sobre o assunto no painel “Protocolos sanitários: o que aprendemos com a Covid-19?”, no dia 10/09, das 19h às 21h. O evento on-line faz parte da 4ª Semana do Médico-veterinário do CRMV-SP. Participe!

Inscreva-se em https://www.sympla.com.br/protocolos-sanitarios-o-que-aprendemos-com-a-covid-19__955342




Sobre o CRMV-SP

O CRMV-SP tem como missão promover a Medicina Veterinária e a Zootecnia, por meio da orientação, normatização e fiscalização do exercício profissional em prol da saúde pública, animal e ambiental, zelando pela ética. É o órgão de fiscalização do exercício profissional dos médicos-veterinários e zootecnistas do estado de São Paulo, com mais de 39 mil profissionais ativos. Além disso, assessora os governos da União, estados e municípios nos assuntos relacionados com as profissões por ele representadas.


Como anda a saúde bucal do seu pet?


Assim como o banho, a higienização dos dentes deve fazer parte da rotina dos cães


Sabia que os cães precisam da limpeza diária dos dentes? Assim como os humanos os pets também precisam de atenção aos cuidados com a saúde bucal. Além de problemas dentais, a má higienização bucal pode ocasionar uma série de complicações que afetam a saúde e o bem-estar dos pets.

Pesquisas indicam que cerca de 80% dos cães desenvolvem doenças periodontais, antes dos três anos de idade, e apenas 10% dos tutores escovam os dentes dos pets com frequência.

“Alguns cães passam grande parte de suas vidas sem higienizar os  dentes, e isso pode acarretar em uma série de complicações, devido ao acúmulo das bactérias na boca”, afirma a médica veterinária e gerente de produtos da Unidade de Pets da Ceva, Priscila Brabec.

Por isso, é imprescindível que os tutores tenham atenção redobrada com os dentes dos cães. Mas, muitos têm dúvidas sobre como e com qual frequência a higienização deve ser feita. Para auxiliar nessa tarefa, a profissional  respondeu as sete dúvidas mais comuns em relação aos cuidados com a saúde bucal dos pets. Confira:

1 –Existe uma idade ideal para começar a higienizar os dentes do pet?

A higiene bucal deve fazer parte da rotina de cuidados em todas as fases de vida do pet. O ideal é que o animal seja acostumado, desde filhote, com a escovação. Dessa forma, o ato se tornará um processo natural para o cão.

2 –O que causa mau hálito nos cães?

A halitose é causada pelo acúmulo de bactérias na boca do cão. O odor é um sinal de que o tutor precisa redobrar os cuidados com a saúde bucal do pet, pois o acúmulo de placa bacteriana, pode evoluir para formação de tártaro e causar complicações.

3 – Por que a higienização precisa ser diária?

A higienização diária evita a proliferação das bactérias. Quando o processo não é realizado ocorre a formação do biofilme bacteriano e se não for retirado, esse biofilme pode progredir para a placa bacteriana e evoluir para o cálculo dentário. É nesse cenário que o pet pode desenvolver uma série de complicações bucais.

4 – Quais os riscos da falta de higienização?

Os restos de alimentos que ficam na boca do pet estimulam a proliferação e acúmulo de bactérias na boca. Se não houver a retirada, pode evoluir para a  doença periodontal e afetar as estruturas de sustentação dos dentes (gengiva, ossos e raiz) causando dor, salivação excessiva, e até mesmo a perda dos dentes. Além disso, a falta de higiene bucal pode evoluir para patologias graves, como a endocardite, que acomete o coração dos pets

5 – Meu pet nunca escovou os dentes, e agora?

Nesse caso, é indicado a avaliação do médico veterinário para que ele possa verificar se já existe sinais da doença periodontal e seguir com o protocolo mais adequado.

6 – Como devo escovar os dentes do meu cão?

O ideal é posicionar a escova em um ângulo de 45º em relação a superfície dos dentes, dessa forma as cerdas penetraram de forma suave a região e utilizar uma pasta dental própria para os pets. Na sequência, o tutor deve realizar movimentos circulares por toda a área. Uma dica é começar o processo pelos dentes do fundo, os cães costumam ser mais receptivos com o contato nessa área.

7 – Quais outros cuidados posso ter como a saúde bucal do meu pet?

Além da escovação, o tutor pode utilizar sticks palatáveis e mastigáveis para promover a limpeza dos dentes do pet. No mercado é possível encontrar produtos com o RF2, uma molécula patenteada que age quebrando a formação do biofilme de bactérias na boca e evitando a evolução da doença periodontal. O item remove as sujidades da boca enquanto o cão mastiga o stick, o que facilita o processo de higienização.

 

Ceva Saúde Animal

www.ceva.com.br

 

Meu cão engordou durante a quarentena. O que fazer?

Veterinária da DogHero preparou dicas para colocar o pet em forma de uma maneira saudável


No período do isolamento social, muitos pais e mães de pets devem ter percebido como o animalzinho ganhou alguns quilos a mais. O aumento do peso deve-se a inúmeros fatores como diminuição das atividades físicas, aumento de quantidade de pessoas em casa e, consequentemente, maior número de refeições diárias ou também pode estar ligada à doenças mais graves. Segundo pesquisa da USP (2020), apenas na cidade de São Paulo cerca de 40% dos pets são considerados acima do peso. Pensando no bem-estar do animalzinho, a veterinária Thaís Matos, da DogHero , maior empresa de serviços para pets da América Latina, listou algumas dicas para colocar o pet em forma. Confira abaixo:

 

1- Por que cachorros engordam?

As causas mais comuns de cachorros obesos são a alimentação inadequada e pouco exercício físico. Principalmente em tempos de quarentena e com a mudança da rotina, o pet pode ter tido uma alimentação inadequada, além da diminuição dos passeios ao ar livre. Assim é natural que o pet apresente alguns quilos a mais, mas os tutores devem se atentar à saúde e bem estar do cachorrinho. "A obesidade canina é uma das principais doenças que acometem os pets. Principalmente neste período de mudança de comportamento, os animais podem ter engordado um pouquinho. Agora é ideal tentar manter a rotina de alimentação com horários e quantidade fixas de ração. O tutor deve consultar o veterinário de confiança para ele avaliar qual é a melhor opção para o pet e até se ele precisa de uma opção light e entender a razão da obesidade. Se surgiu com a mudança de rotina ou se está ligada à alguma doença mais grave, como a disfunção hormonal", lembra a especialista.

 

2- Qual a quantidade certa de exercícios?

Principalmente para pets que vivem em apartamentos, os tutores devem manter uma rotina de passeios adequada para cada raça, tamanho do pet e condição de saúde do pet. "O passeio vai fazer com que o cãozinho gaste energia, perca peso e tire a ansiedade que muitas vezes é descontada nos móveis e destruição de sapatos dos tutores. O pai ou mãe de pet também deve entender com o especialista a quantidade certa de exercícios físicos, de acordo com as características do cachorro. Mas, no geral, é recomendado pelo menos uma caminhada de 20 minutos ao dia", comenta Thais Matos.

Em tempos de pandemia, os tutores devem retomar os passeios em horários alternados para evitar aglomerações e nunca deixar outra pessoa tocar no animalzinho, a fim de evitar possíveis contaminação por meio do cãozinho, que pode atuar com um vetor do novo coronavírus. Além disso, o tutor deve sempre limpar as patinhas do pet com água e sabão neutro ou de coco e também higienizar as guias. Caso o tutor ainda não queria sair de casa, ele pode investir em atividades internas: "Outra forma de fazer o seu gastar energia, é oferecer o enriquecimento ambiental com brinquedos inteligentes, petiscos escondidos pela casa e brincadeiras pontuais. Essas atividades farão o pet se movimentar", finaliza.

 

3- Quais os riscos da obesidade canina?

O excesso de gordura não é apenas incômodo para os cães, ela também pode desenvolver outras doenças perigosas e maléficas para a saúde do pet. "Os ossos e articulações de um cachorro acima do peso são prejudicadas pela sobrecarga de peso, especialmente se o cãozinho já apresenta alguma predisposição a problemas ortopédicos. Cães acima do peso têm uma maior predisposição a fraturas, artrites, rupturas de ligamentos e diabetes, além de maior risco de óbito em procedimentos anestésicos em caso de cirurgias. Além disso, cães braquiocefálico (focinhos achatados) podem apresentar uma maior dificuldade em respirar", lembra a veterinária da DogHero.

 

4- Como diminuir o peso do animal?

O primeiro passo é consultar um veterinário de confiança para ele criar um plano saudável para reverter a obesidade canina. O especialista vai levantar o diagnóstico, além de investigar a razão da obesidade. Após a consulta, o tutor deve colocar e seguir corretamente o plano de alimentação e exercícios definidos pelo veterinário com horários de refeições e exercícios definidos. "O ideal é que o cachorro adulto coma duas vezes ao dia, os filhotes devem ser alimentados três vezes e sempre nos horários que o veterinário definir. O tutor também deve evitar petiscos industrializados, pois são ricos em gorduras e carboidratos, pobres em nutrientes e podem tirar o apetite para a ração equilibrada", finaliza a especialista.


Aromaterapia para cães tem vantagens, mas exige conhecimento

A utilização de óleos essenciais no tratamento de mazelas caninas é possível, mas sua prática responsável pelos tutores deve passar pela compreensão das diferenças entre animais e seres humanos.



Na busca por uma saúde mais integral e natural, as Medicinas Alternativas e Complementares (CAM) vêm ganhando cada vez mais espaço, inclusive dentro da medicina veterinária. Dentro deste contexto, a utilização da Aromaterapia em humanos, por exemplo, vem se difundindo cada vez mais no Brasil e no mundo, mas o que muita gente não sabe é que existe também a possibilidade de utilizar as técnicas dessa terapia em seus bichinhos de estimação.

Aromaterapia, para quem não conhece, é uma terapia embasada cientificamente que utiliza dos óleos essenciais, extratos altamente concentrados de plantas medicinais que possuem centenas de princípios ativos, para curar diversas enfermidades e promover a saúde integral, tratando de questões que vão desde reequilíbrio das emoções à cuidados estéticos.

Para os cães a Aromaterapia tem se mostrado eficiente para o tratamento de diversas questões que afetam sua saúde, isso porque com seu olfato milhares de vezes mais apurados do que o do ser humano, os próprios cães são capazes de escolher corretamente os óleos essenciais que serão mais eficazes no tratamento de seus males.

A médica veterinária Mônica Nogueira, que há anos faz uso da aromaterapia em sua prática com cães, destaca que essa relação do olfato canino com doenças é uma prática que é utilizada até mesmo com humanos: “Os cães já são treinados para farejar doenças como a diabetes em pacientes de risco, avisando ao tutor antes mesmo de ocorrer uma hipoglicemia.” conta a especialista.

Dessa forma, o uso da Aromaterapia canina pressupõe que o animal possa se beneficiar dos óleos essenciais e suas moléculas aromáticas de maneiras diferentes dos seres humanos, que entram no processo para auxiliar o tratamento através de práticas integrativas para aqueles que buscam maneiras naturais de cuidar da saúde de seus bichinhos. Mônica Nogueira destaca que: “Após um diagnóstico correto feito pelo Médico Veterinário, os tutores podem e devem auxiliar no tratamento fazendo uso dos óleos essenciais.”

Para André Ferraz, Master Aromaterapeuta que conta com especialização em Aromaterapia Veterinária, a utilização da Aromaterapia nos cuidados com animais de estimação, especialmente cachorros, se utiliza da habilidade inata que eles possuem de identificar e curar os próprios males: “Imagina como deve ser frustrante ter essa capacidade, mas não poder desenvolver esse instinto e precisar de ajuda humana para praticamente tudo?” contextualiza o aromaterapeuta.

Os dois especialistas ressaltam que cuidados especiais devem ser tomados na hora de aplicar aromaterapia nos seus cães, em primeiro lugar o uso de óleos essenciais não pressupõe fim do acompanhamento com o veterinário “O princípio da Medicina Integrativa é a colaboração entre Médico e paciente, portanto na Medicina Veterinária essa colaboração deve ser feita entre o Veterinário e o tutor” explica Mônica Nogueira.

Já André Ferraz destaca que mesmo que o tutor seja aromaterapeuta certificado, as fisiologias diferentes entre pessoas e animais também devem ser corretamente compreendidas por quem deseja cuidar também de seus pets: “Os animais são mais sensíveis do que os seres humanos e sua anatomia e fisiologia também são diferentes. Óleos essenciais que funcionam muito bem nos seres humanos podem não ser seguros ao serem usados nos cães, que são mais sensíveis. Pelo mesmo motivo as dosagens ideais também não podem ser as mesmas” relata.

Para quem deseja cuidar de seus pets de maneira mais natural, portanto, a recomendação dos especialistas é de fazer um curso na área e acompanhamento com um veterinário que se utilize dessas práticas integrativas “Dessa maneira, o tutor terá o seu melhor amigo ou amiga muito mais feliz e saudável, usando a inteligência dos seus ancestrais” conclui André Ferraz.


Síndrome da Ansiedade da Separação em pets é resultado da quarentena e novo normal

Ficamos um longo período em casa, criamos hábitos e novas rotinas que nos aproximaram uns dos outros e estreitaram laços ainda mais próximos com nossos animais de estimação. Porém, com a flexibilização, fomos obrigados a retomar e criar novos costumes para a família e inclusive para o animal.

Essa mudança de comportamento familiar afeta principalmente os animais, já que eles possuem percepções diferentes das nossas e tem um pouco mais de dificuldade para entender esses períodos de ausência. Sabe aquela bagunça no quintal, móveis ruídos, estados de euforia, falta ou excesso de apetite, isolamento entre outros comportamentos estranhos que estamos percebendo em nossos pets?

Esse estado chama-se Síndrome da Ansiedade da Separação e acarreta em condutas atípicas que envolvem sintomas de depressão, ansiedade e até mesmo de punição para os tutores e em casos mais graves, até agressividade.

 

 

Fonte: A Dra. Caroline Mouco Moretti, diretora clínica do hospital veterinário 24h Vet Popular, explica os sinais, sintomas e tratamentos para combater a Síndrome e proporcionar uma vida física e emocional mais saudável para os animais e consequentemente seus tutores.

Número de cães e gatos no Brasil deve chegar a mais de 100 milhões em 10 anos

 Dados refletem no aumento do consumo de medicamentos para pets; confira a análise

 

A população total de cães e gatos no Brasil deve chegar em cerca de 101 milhões de animais até 2030. Isso representa um percentual de quase 26% a mais do que a população total de pets em 2019.

Os dados são referentes a uma atualização da pesquisa desenvolvida pela Fundação Getúlio Vargas para a Comissão de Animais de Companhia (COMAC) do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal, que aponta as consequências das mudanças de comportamento do consumidor nos últimos anos para o número de animais de companhia e para o crescimento do mercado de medicamentos pet no Brasil. 

De acordo com o último índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as populações de cães e gatos são de 54 e 24 milhões, respectivamente. Com a tendência de crescimento apontada no estudo, em 10 anos, o número de cães seria de 70,9 milhões e, no caso de gatos, seria de 41,6 milhões.

”O Brasil é o segundo maior mercado de pets no mundo. Com essa expectativa de crescimento na população de animais de companhia, diversos setores devem ser impactados, principalmente no que diz respeito à higiene e saúde dos pets”, explica o Dr. Leonardo Brandão, médico-veterinário e coordenador da Comac. 

A afirmação do médico é confirmada pela pesquisa. Esse cenário teria impacto direto no consumo de medicamentos para pets. Mesmo com os efeitos da crise imposta pelo novo coronavírus que abalou mercados de todos os segmentos, a quarentena propiciou o estreitamento da relação da família com seu animal. 

Para Brandão, essa mudança se deve ao fato de que o tutor está mais em casa: “O consumidor está mais atento ao quadro de saúde do pet devido ao contexto de pandemia. É normal que as preocupações em relação à saúde aumentam, o que faz com que a procura por remédios também aumente. Então tudo indica que o setor farmacêutico deve ganhar maior destaque nos próximos anos”, completa. 

 



COMAC - Comissão de Animais de Companhia


Proteção Animal Mundial lança documentário “Enganado por um Sorriso”

Em parceria com ex-treinadora de golfinhos, organização mostra as mentiras no discurso da indústria do entretenimento

 

A Proteção Animal Mundial, organização não-governamental que atua em prol do bem-estar dos animais, lança hoje o documentário “Enganado por um Sorriso”, que mostra a realidade em que vivem golfinhos mantidos cativeiro para o entretenimento, rebatendo o discurso da indústria, que movimenta cerca de 5,5 bilhões de dólares todos os anos.

O documentário conta com a participação de Lorena Lopez, ex-treinadora de golfinhos no México que, após 10 anos trabalhando para o entretenimento, hoje dedica a vida para defender os animais das barbaridades do setor. “A indústria manipula as informações de forma que você acredita que os animais estão sendo bem tratados, que eles estão felizes de performar para o público. Toda a roupagem no discurso faz com que você acredite nisso. Mas, esses animais são privados de comida, forçados a uma carga de treinamentos intensivos, obrigados a se reproduzir, sofrendo de severo estresse físico e psicológico”, afirma a ativista.

Segundo pesquisa da Proteção Animal Mundial existem mais de 3 mil golfinhos em cativeiro. No México, um dos principais polos de golfinhos em cativeiro do mundo, são 240 golfinhos em 29 locais. O uso dessas espécies para entretenimento arrecada anualmente cerca de 500 milhões de dólares com a venda de ingressos.

Nessas atrações cruéis, os golfinhos são usados como pranchas de surf, cercadas por grupos de pessoas, sendo tocados, abraçados e fotografados, em um ambiente barulhento, completamente diferente do habitat natural.

No Brasil, entretenimento com golfinhos era muito comum nos anos 80, contudo, desde 1987 há uma legislação que proíbe qualquer tipo de atração que mantenha cetáceos em cativeiro. Ainda assim, o público brasileiro é um dos principais nos parques dos Estados Unidos e nos resorts do México.

João Almeida, gerente de vida silvestre na Proteção Animal Mundial, explica que, enquanto na natureza os golfinhos ocupam uma área superior a 100 km², ao serem aprisionados, esses animais vivem em tanques de concreto até 200 mil vezes menor que o seu habitat natural. “Se estão em cativeiro, os golfinhos sofrem. Estes tanques são minúsculos e monótonos, não oferecem a complexidade do ambiente natural, ou seja, não atendem as necessidades destes animais. Além disso, estes animais são separados das mães, expostos aos riscos de doenças, drogados para enfrentarem o cárcere e expostos a cloro 100% do tempo. Os níveis de estresse e agressividade são altos, apenas para divertir turistas”, afirma o gerente.

“Estamos trabalhando para que esta seja a última geração de golfinhos em cativeiro. Este tipo de entretenimento significa sofrimento e crueldade para estes animais, disfarçada de diversão familiar. Quando mantidos em tanques do tamanho de uma tela de cinema, estes animais extremamente inteligentes são forçados a realizar truques em troca de comida, é uma sentença de prisão perpétua”, finaliza Almeida.

Para assistir o documentário, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=WHNyQSH4HUg

Fim do comércio de animais silvestres – Acabar com o comércio mundial de animais silvestres é essencial para proteger a saúde humana e a economia de novas pandemias como a Covid-19 e garantir uma vida sem sofrimento para os animais.  Por isso, a Proteção Animal Mundial lançou uma campanha global que pede que os líderes do G20 trabalhem para a proibição permanente do comércio de animais silvestres no mundo. Em abaixo-assinado, iniciado em maio de 2020, a organização pede que o tema seja incluído na agenda da cúpula anual do G20 que acontece em novembro próximo. Como parte do G20, o governo brasileiro tem o poder de influenciar as superpotências globais a tomarem a atitude necessária para proteger os animais, as pessoas – saúde e economia – e o planeta. 

 

Sobre a Proteção Animal Mundial (World Animal Protection)

A Proteção Animal Mundial move o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor. Para mais informações acesse: www.protecaoanimalmundial.org.br.


15 de setembro: Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas

Doença mata mais de 4 mil pessoas por ano; diagnóstico precoce apresenta elevado índice de cura

 

Febre, surgimento de ínguas, perda de peso, de apetite, coceira na pele, fadiga e sudorese noturna anormal. Sintomas que podem indicar linfoma, doença que afeta o sistema linfático – parte do corpo responsável pela defesa do organismo contra doenças e infecções. “Muitas vezes esses sinais são comuns a outros tipos de doenças, por isso uma avaliação médica é imprescindível.  Alguns linfomas são extremamente agressivos, causando sintomas logo no início e progressão rápida (meses ou até mesmo semanas). Já outros têm a progressão mais lenta, os chamados ‘indolentes’, e podem ficar assintomáticos por meses ou anos”, explica Márcia Torresan Delamain, hematologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia. 

Celebrado anualmente em 15 de setembro, o Dia Mundial de Conscientização sobre Linfomas tem como principal objetivo alertar a população sobre a importância de identificar precocemente os sintomas da doença, facilitando, assim, seu tratamento. O índice de incidência da doença dobrou nos últimos anos segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) para este ano de 2020 são estimados 12.030 casos, sendo 6.580 homens e 5.450 mulheres, tendo 4.394 mortes, segundo Atlas de Mortalidade por Câncer. “É difícil identificar a causa deste aumento, mas uma das possibilidades reconhecidas é o envelhecimento da população. Os linfomas independem de sexo e idade, embora acometam, sobretudo, a faixa acima dos 60 anos e a principal causa das mortes é justamente o desconhecimento sobre a doença que, caso seja diagnosticada precocemente, apresenta elevado índice de cura”, revela o hematologista. 

De acordo com a médica, apesar de pouco conhecido pela população em geral, os linfomas não-Hodgkin, são o oitavo câncer mais comum em homens e o nono em mulheres.E, pode afetar pessoas de qualquer idade. “Os linfócitos são um tipo de glóbulo branco. Eles circulam pelo sistema linfático e pelos linfonodos: pequenos órgãos distribuídos por todo o corpo com a função de filtrar a linfa e capturar eventuais invasores.Vale ressaltar que qualquer processo infeccioso pode causar aumento do tamanho dos linfonodos, porém, nos linfomas, esse aumento é mantido (não regride sem tratamento específico) e, geralmente, é indolor”, explica 

Nos linfomas que acometem sistema nervoso central, o paciente pode apresentar dores de cabeça, perda ou redução de movimentos e sensibilidade, entre outros. “O quadro clínico é extremamente variável. Por isso, a importância da avaliação precoce por um médico. O tratamento dos linfomas consiste, geralmente, em quimioterapia, acompanhada ou não de radioterapia, sendo que, nos casos dos linfomas menos agressivos, a quimioterapia pode não ser necessária ao momento do diagnóstico. Ainda, em alguns casos, há a necessidade de transplante de medula”, comenta Dra. Márcia.

 

 

 

Márcia Torresan Delamain -médica hematologista, graduada pela Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp e residência médica pela Unicamp. Tem título de especialista em Hematologia e Hemoterapia pela Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, com especialidade em Transplante de Medula Óssea. Mestre e Doutora pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp. Membro da Sociedade Brasileira de Hematologia e Hemoterapia. Atua como médica assistente no Hemocentro – Unicamp e Oncologia Américas – e como hematologista do Grupo SOnHe – Sasse Oncologia e Hematologia atua no Instituto do Radium e Hospital Madre Theodora.

 

Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia

 www.sonhe.med.br 

Redes Sociais @gruposonhe


CONGELAMENTO DE SÊMEN GARANTE O DIREITO REPRODUTIVO DE HOMENS ONCOLÓGICOS

Método conserva a estrutura e a composição do espermatozoide, reduzindo possíveis danos às células

 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), em 2020, o Brasil poderá ter 625 mil novos casos de câncer, entre eles, mais de 50% dos casos deverão ocorrer em homens. Nesse cenário, antes de iniciar os tratamentos contra a patologia, pacientes devem ser informados sobre a possibilidade de preservar os espermatozoides.

"É essencial que os pacientes em idade reprodutiva diagnosticados com câncer saibam da importância de preservar a fertilidade, pois a simples presença de um tumor maligno no organismo já possibilita uma diminuição na qualidade dos espermatozoides e da concentração espermática, bem como os danos relacionados com os tratamentos envolvendo a radioterapia e a quimioterapia", explica Luiz César Espirandelli, médico da Criogênesis.

O especialista pontua que não é possível prever como a fertilidade de um paciente pode ser afetada por estes tratamentos, ou por quanto tempo, mas dependendo do tipo de tumor e do tratamento utilizado, estas alterações podem ser temporárias ou definitivas. "Procedimentos mais agressivos podem causar infertilidade em 30% a 95% dos casos. Em algumas situações, o paciente pode recuperar a função reprodutiva parcialmente ou voltar a produzir espermatozoides, mas não o suficiente ou com a qualidade necessária para gerar uma gestação".

PROCEDIMENTO - Para os pacientes que já passaram pelo processo de puberdade, está comprovada a eficácia da criopreservação (congelamento biológico) de amostras de sêmen ejaculado antes do tratamento do câncer. "As amostras são congeladas em um meio crioprotetor - que impede a formação de cristais e reduz os danos que o congelamento causa às células - e mantidas em nitrogênio líquido à temperatura de -196ºC, podendo permanecer congeladas por tempo indeterminado. Este sêmen pode, com consideráveis taxas de sucesso, ser utilizado futuramente para tratamento de reprodução assistida (inseminação intrauterina ou fertilização in-vitro (FIV)) possibilitando a paternidade a este homem. Se o paciente, no entanto, for uma criança, cuja puberdade ainda não foi iniciada, o tratamento precisa de maior atenção", finaliza.

 



Criogênesis

 http://www.criogenesis.com.br


Hemofilia e COVID-19. O que é preciso saber?

A doença não é fator de risco para o novo coronavírus, porém, se infectado, o paciente e os médicos devem tomar alguns cuidados


Algumas doenças pré-existentes são consideradas fatores de risco para o novo coronavírus. A hemofilia, embora exija alguns cuidados, não está entre elas, pois pacientes de hemofilia têm um sistema imunológico competente para defesa contra o novo coronavírus. No Brasil, existem cerca de 13 mil pacientes com hemofilia A (decorrente da falta do Fator VIII da coagulação e é a mais comum) e B (decorrente da falta do Fator IX da coagulação e menos frequente) cadastrados pelo Ministério da Saúde. O país é a quarta maior população mundial de pacientes com a doença, que atinge em sua maioria pessoas do sexo masculino, conforme dados do World Federation of Hemophilia.

Mas, se um portador de hemofilia tem o mesmo risco de contágio que um adulto saudável, quais cuidados diferenciados devem ter esses pacientes diante da COVID-19?

- Em primeiro lugar, os pacientes com hemofilia e seus familiares não devem interromper a rotina de idas aos hemocentros para retirada de insumos, evitando comprometer o tratamento;

- É importante observar que não há evidência científica de que crises de tosse - um dos sintomas de COVID-19 - possam provocar hemorragia;

- É fundamental que a equipe de saúde que está tratando do novo coronavírus esteja ciente de que aquele paciente possui hemofilia ou outro distúrbio na coagulação, principalmente caso precise de internação. Deve-se fornecer os contatos com o centro tratador da doença do paciente para esclarecimento de dúvidas sobre o histórico do paciente e decidir a melhor conduta terapêutica entre os profissionais de saúde;

- Não há contra-indicação para as pessoas com hemofilia fazerem exames para detecção da COVID-19, porém para testes e procedimentos mais invasivos é recomendada a administração de dose adicional de reposição de fator VIII para evitar sangramentos, prática já comum em hospitalizações desses pacientes por outras causas que não a COVID-19;

- Conforme a progressão da infecção, os pacientes com COVID-19 grave, com ou sem hemofilia, podem desenvolver uma coagulopatia chamada Coagulação Intravascular Disseminada (CID ou CIVD), apresentando alterações em seus exames laboratoriais que avaliam a coagulação.

- É importante observar que não há evidência de transmissão de COVID-19 pelo sangue. Então, não há risco de contágio pelo concentrado de fator plasmático usado na reposição de fator. Vale lembrar que o concentrado de fator plasmático recebe um preparo antes criterioso que garante sua segurança antes de chegar aos pacientes. A COVID-19 é transmitida pelo toque do aperto de mão contaminadas, por gotículas de saliva, espirro, tosse, catarro e objetos e superfícies contaminadas;

No mais, valem as tais regras de ouro para se proteger, indicadas para todos. Higienização das mãos, uso de máscara ao sair e se tiver alguém doente em casa, distanciamento social o maior tempo possível e usar o antebraço para espirrar ou tossir. E é preciso ficar atento a sintomas como febre, tosse, coriza, dificuldade para respirar, perda de olfato, cansaço e alteração de paladar.

 


Fontes:

WFH (
http://www.wfh.org/en/home)
Ministério da Saúde (
http://saude.gov.br/)
Roche (
http://www.roche.com.br/pt/farmaceutica/areas_terapeuticas/hematologia/hemofilia/podcast-hemofilia-COVID-19.html


Desparamentação e intubação são os momentos de maior risco de contaminação para médicos

 Segundo o Dr. Anthony Carmona, coordenador médico do Grupo Hygea, o uso de EPIs não é uma realidade cultural entre os profissionais de saúde no Brasil

 

 A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) divulgou na última quarta-feira (2), que o continente americano tem o maior número de trabalhadores de saúde infectados pela Covid-19 em todo o mundo. Segundo a entidades, quase 570 mil profissionais de saúde dessa região adoeceram e mais de 2,5 mil morreram. Os Estados Unidos e o México responderam por 85% dessas mortes

Segundo o Dr. Anthony Augusto Carmona, coordenador médico do Grupo Hygea que está atuando no atendimento à Covid-19 nas regiões Sul e Sudeste do Brasil há cinco meses, existem dois momentos nos procedimentos médicos que colocam os profissionais de saúde em maior risco de contaminação: a intubação dos pacientes e a desparamentação.

“Os protocolos do Ministério da Saúde para a intubação dos pacientes são rígidos e claros: o profissional deve cuidar para não se expor ao aerossol. Isso só é possível com o uso correto dos EPIs. O problema é que, no Brasil, o uso de EPIs na área da saúde não é cultural. Desde a faculdade, os médicos são ensinados a se proteger principalmente da tuberculose e da meningite, doenças contagiosas mais conhecidas até então. Por isso, a Covid-19 pegou toda a classe desprevenida culturalmente”, analisa Carmona.

Além do procedimento de intubação, outro momento de risco de contaminação do profissional da saúde, segundo o coordenador médico do Grupo Hygea, é a desparamentação. “O médico sai do plantão cansado, esgotado e doido para ir para casa. Nessas condições, baixa a guarda e fica exposto à contaminação se não seguir o protocolo”.

E qual o protocolo da desparamentação? Existe um rito que não pode ser alterado: retirar o avental, enrolando de dentro para fora, retirar os propes e retirar as luvas, sem ter contato com a parte externa, e descartar o material; higienizar as mãos com álcool em gel; retirar e descartar o gorro; higienizar novamente as mãos com álcool em gel; remover a máscara; higienizar pela terceira vez as mãos com álcool em gel. “Parece exagero, mas é nessa hora que a contaminação mais acontece”, adverte Carmona.

O cuidado com tantos detalhes faz do Grupo Hygea um exemplo de cuidado com a saúde dos médicos. Nos últimos cinco meses, uma média de 700 médicos atuaram por mês no atendimento em diferentes unidades de saúde e hospitais no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. A média de registro de Covid-19 na equipe foi de 20 casos por mês, sem qualquer óbito. “Isso não acontece por acaso. Todos os nossos médicos são orientados a realizar os procedimentos de desparamentação nos treinamentos de equipe. Em algumas das unidades onde atuamos, mantemos um Núcleo de Educação Permanente que promove treinamentos contínuos para todos os médicos contratados. Esse treinamento regular é essencial para se criar a cultura de uso e manuseio correto dos EPIs.

Além de treinamento, Carmona lembra que em todas as unidades nas quais o Grupo Hygea atua são implementados fluxos rigorosos para atendimento aos pacientes. “Temos duas linhas bem definidas de triagem e encaminhamento. O paciente que chega à unidade hospitalar ou de saúde com qualquer sintoma gripal, vai para a unidade Covid-19. O paciente que chega com qualquer outro sintoma é encaminhado para o atendimento geral. Essa organização também é uma forma de assegurar a saúde de pacientes e dos profissionais da saúde”, finaliza o coordenador médico do Grupo Hygea.


Idosos com arritmias cardíacas têm mais risco de desenvolver demência

Além da demência, as arritmias cardíacas nos idosos são responsáveis pelos quadros de acidente vascular cerebral (AVC)

 

A fibrilação atrial, tipo de arritmia cardíaca que mais afeta os idosos, pode aumentar as chances de doenças neurodegenerativas. A informação é de um estudo publicado no European Heart Journal, que teve a participação de 260 mil pessoas acima dos 60 anos, e que mostrou que cerca de 10 mil desenvolveram a fibrilação atrial. Desses, 24,4% apresentou algum grau de demência depois da doença.

Thaís Nascimento, médica membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas – SOBRAC, alerta que além do risco de demência, a fibrilação atrial é a principal responsável pelos quadros de acidente vascular cerebral (AVC). “Esse tipo de arritmia pode se manifestar de forma sintomática ou assintomática, por isso procuramos sempre monitorar o ritmo cardíaco do paciente com consultas regulares e muitas vezes o uso de aparelhos tecnológicos”, conta.

Segundo dados do Ministério da Saúde, o AVC é a doença cardiovascular que mais mata adultos brasileiros e dados do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), apontam que a cada ano surgem 250 mil novos casos de AVC no país. “Por conta disso, existe uma preocupação no meio médico em sempre estar monitorando o paciente idoso através de consultas regulares”, ressalta Thais. 

Ela explica que o aparecimento da fibrilação atrial pode ter predisposição genética ou não, mas o acúmulo de fatores de risco contribui para o acometimento da doença como a hipertensão arterial, tabagismo, obesidade, apnéia do sono, diabetes, insuficiência cardíaca, estresse, entre outros. “A maneira com a qual o idoso leva a vida também influencia no diagnóstico, se o paciente teve hábitos saudáveis durante a vida, provavelmente seu risco de ter arritmia pode diminuir”, explica Thaís.

 

Live no Instagram debaterá sobre as arritmias cardíacas nos idosos 

Na próxima segunda-feira, dia 14 de setembro, às 20h, a Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC) irá abordar este tema em uma live com os especialistas Thais Nascimento e Januário de Pardo Mêo. Eles responderão as principais dúvidas e orientarão os expectadores. 

Segundo Ricardo Alkmim Teixeira, presidente da SOBRAC, é missão da Sociedade atuar com ações educativas para o esclarecimento das arritmias cardíacas, prevenção e tratamentos por meio de comunicações em seu site, mídias sociais e pela Campanha Coração na Batida Certa. “Ainda mais neste momento de isolamento social que estamos vivendo, a SOBRAC está procurando formas de se aproximar de pacientes e da população geral levando informações de qualidade e orientações”, explica o presidente.

 

Acompanhe as Lives no Instagram: @sobrac 

 

 Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC)

 www.sobrac.org.


Cinco dicas para prevenir a dilatação de vasos sanguíneos e a formação de edemas e coágulos

Especialista fala ainda sobre sintomas e tratamentos e ressalta que acessórios de compressão graduada podem atuar de maneira preventiva e promover o fluxo sanguíneo adequado nas pernas e pés, evitando a formação de varizes e coágulos

 

Estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) mostra que as varizes atingem cerca de 38% das pessoas na fase adulta, sendo que entre as mulheres esse número chega a 45%. Para as pessoas acima de 70 anos, os dados revelam que 70% apresentam sintomas dessa condição, que é caracterizada pela dilatação de vasos sanguíneos, decorrente de uma insuficiência venosa crônica.

De acordo com o médico cirurgião vascular, Dr. Gustavo Solano, parceiro da SIGVARIS GROUP - empresa líder no mercado de acessórios de compressão graduada - as varizes fazem parte de um quadro de debilitação das veias dos membros inferiores. "Com o passar da idade, muitas vezes, as veias das pernas deixam de cumprir seu papel de retornar o sangue para o coração. Com isso, há uma dilatação dos vasos sanguíneos na região e isso é preocupante, pois aumenta as chances de se formarem coágulos sanguíneos nas pernas, o que conhecemos como trombose venosa profunda, um risco à saúde", explica.

As pessoas com varizes podem apresentar sintomas como inchaços, edemas (manchas esverdeadas ou roxas), cansaço e
sensação de peso nas pernas. "Há ainda, em alguns casos, o surgimento de úlceras de difícil cicatrização na pele, provocadas pela inflamação das veias afetadas.", comenta Dr. Solano.

Entre os motivos para o surgimento das varizes, o médico destaca o fator genético, o sedentarismo, a obesidade e, para as mulheres em especial, os cuidados no período e gestação, além os hormônios, já que pessoas que fazem terapias de reposição hormonal ou ingerem algum medicamento que alteram o sistema hormonal podem ter a integridade dos vasos sanguíneos alterada.

Doutor Solano explica que apesar de existirem diferentes técnicas para tratar as varizes, "é importante atuarmos na prevenção". O especialista elenca algumas dicas e orienta as pessoas a sempre procurarem um profissional para avaliar a saúde das pernas:

Mantenha uma dieta saudável: é sempre bom evitar a ingestão frequente de alimentos gordurosos. Deve-se aumentar o consumo de alimentos com fibras, que auxiliam na digestão e eliminação de toxinas do organismo.

Mantenha-se sempre hidratado: beber água e outros líquidos, muitas vezes presentes em alimentos como frutas e legumes ajuda, também a desintoxicar o organismo e manter o bom funcionamento dos órgãos.

Evite bebidas alcoólicas e o fumo: a ingestão de álcool e tabaco prejudicam o bom funcionamento do organismo. No caso do fumo, o risco de se desenvolver uma doença cardiovascular é muito maior, pois há o entupimento das veias.

"Use meias ou canelitos de compressão graduada para prevenir e tratar as varizes ou outras doenças venosas: os acessórios de compressão graduada promovem o fluxo sanguíneo adequado nas pernas e pés, evitando a formação de varizes e coágulos", diz o médico. Há opções, como a
Linha Sculptor, da SIGVARIS GROUP, que podem ser usadas no dia a dia e previvem doenças venosas.

Pratique exercícios: a prática de atividades físicas é essencial para manter a saúde do corpo, fortalecer os músculos e vasos sanguíneos. O exercício físico também ajuda a eliminar toxinas do organismo, evitando o entupimento de veias.



 

SIGVARIS GROUP
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Ansiedade e alimentação: o que esses dois atos têm em comum?

Dr. Paulo Lessa comenta sobre a ansiedade alimentar que muitos abraçaram durante o isolamento social.


O Brasil é o país com maior taxa de pessoas com transtorno de ansiedade no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), ao menos 18,6 milhões de brasileiros, cerca de 9% da população, sofrem de algum transtorno de ansiedade. Além disso, nos últimos dez anos, o índice de obesidade entre os brasileiros aumentou 60%, segundo a pesquisa Vigitel, feita pelo Ministério da Saúde.

O problema atinge tanto homens quanto mulheres e é mais frequente a partir dos 25 anos. Dessa forma, não é difícil imaginar que a ansiedade e a obesidade estão interligadas. Você se considera uma pessoa ansiosa? Olha, já parou para pensar o quanto este sentimento pode estar prejudicando seu processo de emagrecimento?

Segundo Dr. Paulo Lessa, médico e proprietário do Instituto Lessa, a ansiedade provoca alterações na sua produção hormonal, afetando drasticamente o processo de emagrecimento. “Se você vive ansioso, seu organismo produz uma quantidade elevada de Cortisol, hormônio que, em excesso, impede o emagrecimento”, explica.

Em alguns casos, a ansiedade também pode influenciar no seu sono, o que é possível trazer uma queda aos níveis de Serotonina, hormônio responsável pelo bom humor e bem estar e altera os níveis de Leptina, hormônio que ajuda na saciedade. “Quando esses dois hormônios estão baixos, pode aumentar as chances de uma possível compulsão alimentar, o que pode acarretar a obesidade”, revela o médico.

Vale lembrar que disbiose intestinal, deficiências de certos nutrientes e algumas outras alterações hormonais podem levar a uma ansiedade exarcebada e consequentemente a uma queda do metabolismo, dificultando com isso a perda de peso. “Procure um médico que entenda do assunto e que tenha uma equipe multidisciplinar para poder te ajudar da melhor forma possível”, finaliza.

 



Dr. Paulo Lessa - capixaba e especialista em saúde e qualidade de vida. Atualmente atende seus pacientes no Instituto Lessa, onde é proprietário com a sua esposa, em Vitória-ES. Também conta com mais de 190 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Instagram: @drpaulolessa


Educação socioemocional deve ser prioridade daqui para a frente

Em meio à indefinição sobre a data de retorno às aulas presenciais em todo o Brasil e qual o melhor modelo a ser adotado para a retomada, já se discute, também, quais serão os reais impactos da pandemia para a Educação. O que será do ano letivo daqui para a frente? Com tantas incertezas, o futuro aponta para um ensino mais acolhedor e desenvolvedor das habilidades socioemocionais, diante do fato de que as diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) devem ser implementadas pelas escolas brasileiras até 2021.

É consenso entre os agentes escolares que a tecnologia não substitui as conexões entre alunos e professores, estabelecidas em sala de aula, e que o ensino híbrido seria o modelo ideal. Mas, como 2020 já está acabando, e as aulas remotas seguem como única opção, professores precisam se desdobrar para manter a criatividade – mesmo em meio ao estresse e à ansiedade – para superar o desafio de continuar se conectando com os alunos e passar um ensino de qualidade.


De acordo com o pesquisador norte-americano Daniel Goleman, doutor em Psicologia e professor pela Universidade de Harvard, em palestra para gestores de escolas parceiras do SAS Plataforma de Educação, estudos sobre o mercado de trabalho revelam que as habilidades socioemocionais já são mais importantes do que as cognitivas, que representam apenas 15% das competências necessárias para os grandes líderes. Para o especialista, as habilidades são importantes para cumprimento de tarefas, mas não são diferenciais para a alta performance, seja no mercado de trabalho, seja na escola.


Fica evidente que trabalhar as habilidades socioemocionais é fundamental não só durante, mas também após a pandemia. A situação decorrente do surto de covid-19 acelerou a necessidade de uma abordagem mais acolhedora, mesmo à distância, de alunos preocupados, assustados e, até mesmo, traumatizados, antecipando a adoção de práticas que cumprem as diretrizes da BNCC.


As competências da Base regulamentam uma proposta de ensino que investe no desenvolvimento intelectual, social, físico, emocional e cultural do aluno, por meio das normativas: conhecimento, argumentação, repertório cultural, trabalho e projeto de vida. Seu propósito é estabelecer um currículo mais atual para elevar o padrão de ensino e a consequente formação de jovens mais atuantes na sociedade. Afinal, é papel da escola garantir a formação integral do aluno e contribuir para ajudá-lo a criar o seu projeto de vida.


Antes mesmo da pandemia, muitas escolas em todas as partes do mundo já procuravam oferecer uma formação mais humana aos jovens. O distanciamento social ajudou a florescer essa humanidade na relação interpessoal educacional, que deve se tornar realidade a partir do próximo ano. Especialmente no Ensino Médio, fase em que o estudante precisa aprender a articular anseios com seu futuro.


O desenvolvimento de habilidades socioemocionais e do projeto de vida estimula o aluno a fazer escolhas, a promover o autoconhecimento e propósito, a reconhecer a importância da relação com o outro, a gerenciar as incertezas do futuro e a transformar sonhos em realidade.


O desenvolvimento de nosso país passa pela construção de uma educação de qualidade e de alto desempenho, preparando o aluno para ser um cidadão protagonista, pronto para tomadas de decisões e competente em habilidades para a vida. Entretanto, enquanto nossa sociedade enfrenta dificuldades para retomar a normalidade, os educadores seguirão se reinventando para cumprir o dever de ensinar, mas, sobretudo, de continuar cuidando da inteligência emocional de alunos, de seus familiares e, também, dos próprios professores.

 



Marcos Moriggi - diretor de Consultoria Pedagógica do SAS Plataforma de Educação



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