Pesquisar no Blog

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Desconhecimento faz paciente com incontinência adiar a procura por ajuda médica

O que poucos sabem é que o distúrbio tem tratamento e um deles envolve a implantação de um dispositivo neuromodulador


Apesar de ainda serem motivo de vergonha e silêncio, as incontinências urinária e a fecal são mais comuns do que se pensa, afetam milhões de pessoas e não devem ser encaradas como consequência natural do envelhecimento. Assim como existem diferentes tipos de incontinência, há também diferentes causas relacionadas a esse tipo de condição. Estudos mostram que até 20% da população mundial pode apresentar essas condições, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas sofrem de incontinência urinária, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Caracterizada pela perda involuntária de urina ou fezes, a doença afeta o convívio social e a qualidade de vida dos pacientes, levando ao isolamento, depressão e até limitações profissionais. O que poucas pessoas sabem é que a condição pode ser tratada. Além do uso medicamentos, da aplicação recorrente da toxina botulínica ou mesmo das cirurgias mais invasivas, existe uma forma de tratamento ainda pouco conhecida em que ocorre a implantação de um dispositivo neuromodulador.

Por meio de estimulação elétrica leve do nervo sacral na medula espinhal, o sistema InterStim ajuda a normalizar a comunicação entre o intestino ou a bexiga com o cérebro, trazendo melhoras de 75% a 100% nos episódios de incontinência e proporcionando melhor bem-estar e liberdade aos pacientes.

Contudo, apesar de toda a inovação nos tratamentos, a incontinência ainda é um grande tabu. Para 40% dos pacientes, a vergonha e falta de informação são os principais motivos para que não busquem ajuda médica. "O medo de lidar com o descontrole da bexiga e da evacuação em qualquer hora ou lugar gera para a pessoa uma angústia e constrangimento a ponto de ela negligenciar os cuidados com a saúde", afirma o Dr. Cristiano Gomes, médico urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Incontinência urinária:

1 de cada 6 adultos apresentam incontinência urinária.

O distúrbio é mais comum em mulheres em qualquer faixa etária

Entre as causas da condição estão obesidade, gravidez, parto, bexigas hiperativas, tosse crônica em fumantes, tumores, entre outras razões.


Incontinência fecal:

8 de cada 100 adultos apresentam incontinência anal. Ela pode ter muitas causas como cirurgias, gravidez e partos. Sua seriedade pode ser desde escapes leves até mais sérios.

 

 

Medtronic

 http://www.medtronicbrasil.com.br


Inchaço no corpo: entenda esse desconforto e as principais dicas para combatê-lo

Dr. Paulo Lessa explica o porquê do acúmulo de líquidos.


Quem nunca sentiu aquela sensação de inchaço, um incômodo que você logo percebe não ter sido proveniente de um ganho de massa corporal. A sensação de inchaço pode ser provocada por questões diferentes: funcionais, nutricionais e desequilíbrio hormonal, assim como doenças severas como alterações renais, inflamatórias ou cardiovasculares. 

Segundo Dr. Paulo Lessa, médico e proprietário do Instituto Lessa, “o inchaço do corpo é causado por uma retenção de líquidos, que pode ser desencadeado por inúmeros fatores. Mas calma, é possível sim reverter essa situação, principalmente, com a sua alimentação”.

É notável que as formas de inchaço variam de uma pessoa para outra, e também as circunstâncias. Enquanto algumas pessoas sofrem com o inchaço no corpo inteiro, outras passam pelo problema em apenas partes isoladas do corpo. As mulheres são mais afetadas do que os homens, ainda que o gênero não interfira na maneira como o inchaço é sentido, a progesterona e o aumento do estrogênio, ambos hormônios femininos, causam a retenção.

O Dr. Paulo Lessa separou algumas das principais dicas para tentar combater o inchaço:

 

Invista em uma alimentação saudável:

Procure não consumir alimentos industrializados, processados e que tenham alto consumo de carboidratos refinados, além dos que contêm quantidades elevadas de conservantes. “Uma alimentação saudável, com alimentos ricos em água é fundamental. Outra dica é reduzir a quantidade de sódio no seu cardápio, evitar bebidas alcoólicas e alimentos refinaria e inflamatórios”, recomenda o médico.


Mantenha seu corpo hidratado:

Quer ficar livre da retenção? “Então beba mais água! Esse é o passo principal para mudar esse quadro.”  Pode até parecer contraditório, já que falamos em “retenção de líquido”, mas ao beber bastante água, você consegue eliminar o excesso de líquidos que causam o inchaço. Com o corpo hidratado, a filtragem do sangue acaba ocorrendo mais rapidamente, eliminando o sódio acumulado e, portanto, diminuindo o edema.


Esteja com as avaliações médicas em dia:

“É fundamental uma avaliação dos exames, já que algumas taxas como ácido úrico elevado, hormônios tireoidianos alterados, estrogênio elevado, uso de anticoncepcional, podem ser a causa desse edema tão desconfortável”, declara Dr. Paulo.


Procure um médico que entenda do assunto e que tenha uma equipe multidisciplinar para te ajudar da melhor forma possível.

 



Dr. Paulo Lessa - capixaba e especialista em saúde e qualidade de vida. Atualmente atende seus pacientes no Instituto Lessa, onde é proprietário com a sua esposa, em Vitória-ES. Também conta com mais de 190 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Instagram: @drpaulolessa


Vitamina D afeta a fertilidade?

 

Produzida pela luz solar, deficiência da vitamina tem mais casos durante o inverno


Como muitos já sabem, a vitamina D é de extrema importância para o funcionamento do organismo. Sua deficiência pode afetar nosso sistema imunológico, ossos, músculos e até causar ou agravar um quadro de depressão, entre diversos outros sintomas. A vitamina D é produzida pelo corpo e provém da absorção dos raios solares, por isso é muito comum nos meses mais frios de inverno aumentar o índice de sua deficiência. Com a quarentena e recomendação de isolamento social é necessário ficar alerta para a piora desse quadro. 

Para as mulheres, a vitamina D tem um papel ainda mais importante, pois está envolvida na saúde reprodutiva e pode influenciar em doenças como endometriose, tumores ovarianos e de mama, e também na síndrome dos ovários policísticos. Aí entra a dúvida de muitas mulheres, principalmente as que estão tentando engravidar, será que a deficiência desta vitamina pode comprometer a fertilidade? 

Apesar de ser uma concepção comum, na realidade, não existem provas concretas de que a falta da vitamina D afete as chances gravidez, ou altere níveis de fertilidade. “O que se sabe é que o sistema reprodutor feminino todo tem receptores para a vitamina D, o que significa que ela atua ali. Mas, apesar dos estudos desenvolvidos, não é possível dizer com certeza, já que os resultados são sempre discrepantes e pouco conclusivos”, comenta Fernando Prado, ginecologista e obstetra, especialista em reprodução humana na Clínica Neo Vita e referência internacional.

De toda forma, o especialista entende que ela é sim influente no processo de reprodução, particularmente no caso de quem já está passando pela gravidez. “Na maioria dos casos, os suplementos vitamínicos que indico às minhas pacientes contém vitamina D, já que ela é necessária para a formação do bebê, e pode reduzir o risco de problemas como pré-eclâmpsia, baixo peso ao nascer e parto prematuro”, explica.

Então, podemos dizer que a influência da vitamina D melhora ou piora os níveis de fertilidade? Não. Mas doutor Prado destaca que como ela tem mais de 80 funções em nosso organismo, a vitamina é essencial para um quadro de saúde estável. “Para as chances de conceber e manter a gravidez, principalmente em casos de pacientes realizando fertilização in vitro, um corpo saudável é fundamental para o sucesso do tratamento”, finaliza o especialista.


Doença rara, Amiloidose Hereditária é tema de lives nas redes sociais

Especialista e pacientes compartilham rotina de convívio com a doença rara e os desafios em busca de qualidade de vida. Novos medicamentos estão disponíveis, mas pacientes enfrentam burocracia para o acesso 


A Associação Brasileira de Paramiloidose (ABPAR) realizou duas lives no Facebook e Instagram moderadas pela jornalista Natalia Cuminale, especializada em saúde, com o intuito de disseminar informação e conscientização sobre a doença, além de abordar questões como os desafios de acesso ao um arsenal terapêutico completo e a importância de proporcionar maior qualidade de vida aos que convivem com a Amiloidose Hereditária, também conhecida como PAF-TTR.

Foram entrevistados Fabio Almeida, presidente da ABPAR, e a coordenadora administrativa Ana Eliza Garcia, ambos pacientes de PAF-TTR, além da neurologista portuguesa Ana Martins da Silva, especialista na doença. Juntas, as duas lives, realizadas recentemente, reuniram quase 150 participantes. As gravações estão disponíveis na página do Facebook da entidade, ou pelos links Convivendo com a amiloidose hereditária e Amiloidose Hereditária: desafios e qualidade de vida .

Na primeira conversa, Ana Eliza compartilhou um pouco de sua experiência no convívio com a doença, desde a surpresa do diagnóstico, passando pela rotina de tratamento até a esperança no futuro e nas novas descobertas da ciência para proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes. A coordenadora administrativa contou que já havia apresentado alguns sintomas como desarranjo intestinal, formigamento nos pés, dores e até alguns desmaios, mas não desconfiou que pudesse se tratar de uma doença genética rara. Foi após uma tia ter recebido o diagnóstico de amiloidose hereditária, e ao acompanhá-la às consultas, que Ana Eliza relatou ao médico seus sintomas, e o especialista passou então a investigar o histórico familiar de Ana e a doença. O pai de Ana Eliza havia falecido antes dos 50 anos de idade, de causa desconhecida e sentindo muitas dores; e o avô faleceu por problemas cardíacos.

Já a conversa que reuniu o presidente da ABPAR, Fabio Almeida, e a neurologista Ana Martins da Silva, levantou questões esclarecedoras sobre os novos caminhos apontados pela ciência com medicamentos de alta tecnologia, capazes de proporcionar maior qualidade de vida, retardando os efeitos progressivos e degenerativos da doença, assim como a importância do engajamento dos pacientes de doenças raras, atuando pela desburocratização dos processos de aprovação e disponibilização, pelas entidades governamentais, de todas as terapias existentes para os diversos estágios da doença.

"Temos que tratar cada um dos doentes com suas características pessoais, e isso não é possível com uma única medicação", disse a neurologista Ana Martins da Silva, que reforçou a importância de um arsenal terapêutico que atenda a todas as fases da doença. A cientista, uma das maiores especialistas do mundo em amiloidose hereditária, ressaltou a importância do diagnóstico precoce, uma vez que já existem tratamentos disponíveis capazes de retardar consideravelmente a progressão da doença em seus diferentes estágios, mas não é possível recuperar perdas motoras e funcionais que já tenham sido comprometidas.

Fabio Almeida explicou como funciona o sistema regulatório de medicamentos no Brasil, exemplificando como a burocracia gera entraves para a viabilização de tratamentos, e o quanto isso impacta gravemente a situação de pessoas que lutam pela vida e contra o tempo em busca do direito ao acesso a tratamentos.

Ele comentou que atualmente há somente um tratamento disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para a fase inicial da doença. Outros dois, indicados para as demais fases da PAF-TTR, estão passando pelos processos burocráticos de viabilização e disponibilização, o que, segundo ele, pode demorar muito.

Mesmo com os desafios indicados pelos entrevistados, tanto a Dra. Ana Martins como Fabio Almeida encerraram a entrevista com uma mensagem de otimismo, reconhecendo que se hoje há muito mais esperança para os pacientes com os tratamentos que já existem e que no passado nem eram uma possibilidade, é possível acreditar em um futuro com novas e promissoras descobertas científicas e um tratamento mais empático das entidades governamentais, garantindo aos pacientes de doenças raras o direito a um arsenal terapêutico.

Saiba mais sobre a PAF-TTR

A PAF-TTR é uma doença rara genética, hereditária, degenerativa e progressiva causada por uma alteração no gene da transtirretina (TTR), levando à formação de fibrilas anormais da proteína TTR que se depositam nos órgãos na forma de amiloide, por isso também é conhecida por amiloidose relacionada à transtirretina ou amiloidose por TTR. Essas fibras insolúveis, ao se aglomerarem no tecido extracelular de vários órgãos, comprometem suas funções e no sistema nervoso periférico causam perda de sensibilidade, fraqueza e atrofia [1].

A doença progride dos membros inferiores para os superiores, e os pacientes relatam os primeiros sintomas como formigamento e perda de sensibilidade nos pés, dores intensas e incapacitantes, tanto superficiais como internas, surgindo mais tardiamente fraqueza e atrofia, que progridem até à incapacidade de locomoção. Devido aos primeiros sintomas aparecerem sempre nos pés, a PAF-TTR também ficou conhecida como Doença dos Pezinhos [2].

Para saber mais sobre a doença, entre com contato com a ABPAR pelo site: http://www.abpar.org.br



Referências
[1] http://hdl.handle.net/10316/16103.
[2] Ando Y, Coelho T, Berk JL, et al. Orphanet J Rare Dis. 2013;8:31.



Estado de São Paulo representa 28% na demanda em Miastenia no país

Demora no diagnóstico e falta de conhecimento trazem barreira para qualidade de vida do paciente


Um levantamento realizado por meio da central da Cellera Farma constatou que São Paulo representa 28% das demandas relacionadas à Miastenia, seguido de Minas Gerais (10%) e Rio de Janeiro com 9%. Segundo dados mundiais de epidemiologia dos distúrbios neuromusculares, estima-se em torno de 1,5 mil novos casos, por ano no Brasil, da Miastenia gravis - rara patologia autoimune que afeta a comunicação entre o sistema nervoso e os músculos – a junção neuromuscular. Ela é responsável por causar fraqueza muscular de braços e pernas, queda das pálpebras, visão dupla e dificuldade para falar, mastigar e engolir.

Em meio a pandemia do Covid-19, uma das questões mais frequentes é se pacientes miastênicos fazem parte do grupo de risco. De acordo com o médico neurologista e diretor científico da Associação Brasileira de Miastenia Gravis (ABRAMI), Eduardo Estephan, na maioria dos casos sim. São exceção as formas oculares puras, sem sintomas em outras regiões, muito leves, que não fazem uso de corticoide (prednisona, prednisolona, deflazacorte, etc) ou imunossupressores (azatioprina, metotrexato, ciclosporina, rituximabe, etc). 

“Os casos que foram de forma generalizada no passado, e portanto não somente ocular, mas que estão em remissão atualmente sem uso de nenhuma medicação para miastenia também não estariam dentro do chamado grupo de risco. Pessoas que fizeram cirurgia para retirada do timo (timectomia), mesmo que se enquadre nesses casos (forma ocular pura, ou casos já em remissão), é recomendado que se protejam como se fossem do grupo de risco, pois não sabemos o efeito da perda do timo na imunidade dessas pessoas”. 

Outra dúvida comum é se a doença possui cura. “Cerca de 30 a 40% dos casos entram em remissão verdadeira após vários anos de doença. Chamamos de remissão quando o paciente não necessita mais nenhuma medicação para ficar sem nenhum sintoma miastênico. A cirurgia de retirada do timo aumenta a chance e diminui o tempo para se obter a remissão. No entanto, não falamos em cura da miastenia, pois há sempre uma chance pequena dos sintomas voltarem mesmo após vários anos”, conclui. 

 


Cellera Farma


Dá para amenizar doenças respiratórias neste inverno e durante a pandemia?

A resposta é SIM. Confira 12 dicas para fortalecer o sistema Imunológico de toda família com sugestões práticas para evitar certas patologias alérgicas nesta época do ano!



Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), as doenças respiratórias atingem, em média, 30% da população mundial. Porém, durante o inverno a atenção deve ser ainda maior, inclusive neste ano que estamos vivenciando uma pandemia. 

“É bastante comum no inverno, com as sucessivas frentes frias, muitas pessoas sofrerem com alergias respiratórias, resfriados e gripes, que aumentam em 40% a incidência, por conta das oscilações climáticas. O grande vilão não é só o vírus, mas o ar frio e a poluição do ar. Tomar a vacina é fundamental, por que diminui o risco de gripes e suas complicações, mas a frente fria, o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar contribuem para o aumento das doenças respiratórias devido à alta concentração de poluentes na atmosfera e maior concentração das pessoas em lugares fechados. O que leva à redução dos mecanismos de defesa do organismo, propiciando o aparecimento de doenças respiratórias como rinite, sinusite, asma e bronquite”, ressalta o otorrino Dr. Alexandre Colombini.
 
Segundo o especialista, cerca de 10% dos brasileiros apresentem quadros variados de asma, enquanto 30% sofram com rinite alérgica. 

“A faixa etária que mais sofre nessa época do ano são as crianças, com idade abaixo dos 05 anos e os idosos acima dos 60 anos, isto por que o sistema imunológico nestas faixas é menos funcional. Com isso as chances de as gripes e resfriados voltarem a cada semana é maior, o que também acaba levando a um gasto maior dos anticorpos, abaixando ainda mais a resistência para que peguem mais e mais doenças respiratórias”, explica o doutor.
 
VÍRUS DA GRIPE E ALERGIAS- RECOMENDAÇÃO:

Aqueles que são alérgicos ou que têm rinite alérgica, bronquite ou asma são mais sensíveis nessa época do ano e sofrem mais. Devem previamente consultar o médico para poderem se fortalecer, evitando quadros mais graves. Busque um profissional de sua confiança e se possível consultas online. A ida ao pronto-socorro pode prejudicar ainda mais qualquer quadro, pois ali com certeza é um ambiente fechado onde há acúmulo de doenças respiratórias de todo tipo e agora temos mais um alarmante que é o COVID-19. Portanto, só vá em casos de febre, acima de 37.8 graus, mal-estar, catarro escuro, falta de ar ou cansaço nas atividades diárias, segundo as recomendações do Dr. Alexandre.

Dicas do especialista. Anote:
1.    - Beba bastante água: o ideal é ingerir dois litros por dia para manter o organismo hidratado. Isso vai ajudar muito a hidratar as vias respiratórias também.

2.    - Faça limpeza nasal com solução fisiológica ao menos duas vezes ao dia. Caso trabalhe em ambiente com ar condicionado, redobre o uso por que ele resseca ainda mais as vias respiratórias.

3.    - Umidifique o ar, seja com aparelhos próprios para isso ou mesmo com toalhas úmidas e/ou grandes bacias para que haja uma grande superfície a ser evaporada para tornar o ar mais úmido.

4.    - Guarde brinquedos de pelúcia em embalagens à vácuo depois de higienizados.

5.    - Procure manter os ambientes arejados.

6.    - Evite usar vassouras para limpar a casa, pois elas podem espalhar a poeira. Prefira utilizar panos úmidos.

7.    - Troque a roupa de cama a cada semana.

8.    - Procure ter uma boa alimentação. A alimentação deve ser balanceada com sopas e caldos ricos em verduras e legumes. As frutas são essenciais, principalmente aquelas que contêm vitamina C, como a laranja. Elas ajudam a prevenir gripes e resfriados.

9.    - Lave as mãos com álcool gel e evite o contato com a boca, nariz ou olhos por que é a porta de entrada dos vírus e bactérias.

10.    - Tenha um bom sono e um bom descanso.

11.    - Evite o contato com pessoas gripadas ou com resfriados, pois essas doenças são adquiridas pelo ar. Ao espirrar, coloque um lenço ou a mão só se puder lavá-la em seguida, ou vai transmitir a doença assim que tocar qualquer superfície.

12.    - Mantenha a respiração sempre pelo nariz e não pela boca, pois as narinas têm a função de filtrar o ar e aquecê-lo;
 





Dr. Alexandre Colombini - Otorrinolaringologista, formado pelo renomado Instituto Felippu e Membro da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico Facial – ABORL-CCF. Suas áreas de atuação: Otorrinolaringologia clínica e cirúrgica com enfoque nas patologias nasais, cirurgia endoscópica, ronco e apneia.

Dores na coluna em épocas de home office, o que fazer?


O Dr. Rodrigo Vetorazzi, médico coordenador da ortopedia do Hospital Albert Sabin de SP explica como amenizar as dores nas costas decorrentes das adaptações feitas em casa para o home office.

 

Com a pandemia e a quarentena, muitas empresas adotaram o home office para evitar o contágio em massa. Muitos trabalhadores tiveram que improvisar, rapidamente, um espaço para trabalhar, geralmente na mesa de jantar ou cozinha e com cadeiras que não oferecem nenhum conforto ergonômico. “Com essa adaptação, o corpo todo pode sofrer as consequências, porém, a parte mais afetada geralmente é a coluna vertebral”, explica o Dr. Rodrigo Vetorazzi, médico coordenador da ortopedia do Hospital Albert Sabin, de São Paulo (HAS).

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), oito em cada dez pessoas sofrem ou sofrerão de dores na coluna em algum momento da vida. Existem dois grupos etários que se queixam mais desse problema: dos 20 aos 25 anos de idade e dos 40 aos 60 anos de idade. Vale lembrar que esses dados foram obtidos antes da pandemia/quarentena, portanto sem o advento do home office e os problemas acarretados por esse novo modo de trabalho.

“As consequências da postura errada, em ambientes não propícios para o trabalho, são dores, tensões ou contraturas musculares. Com o tempo, pode acarretar problemas mais sérios, como hiperlordose, escoliose, hipercifose, entre outros”, adverte o ortopedista.

Algumas dicas para preservar a coluna trabalhando em casa são:

  • Evitar trabalhar com o notebook no colo, na cama ou no sofá;
  • Manter a rotina de atividades físicas, mesmo em casa, evitando ficar o dia inteiro parado em frente do computador;
  • Sentar-se corretamente na cadeira, sobre os ossos do quadril, mantendo as pernas em 90° e os pés totalmente apoiados no chão;
  • ao digitar, manter-se sempre com a coluna ereta. O notebook ou a tela do PC deve ficar na altura dos olhos, para não forçar os ombros;
  • Fazer pausas frequentes para alongar-se.

Tanto nos casos mais simples ou de doenças de coluna mais graves, é fundamental procurar ajuda especializada, como o ortopedista. “Às vezes, uma simples, porém, recorrente dor nas costas pode estar relacionada a problemas mais sérios na coluna vertebral que somente um especialista, através de exames clínicos e laboratoriais, pode fazer o correto diagnóstico”, finaliza o Dr. Vetorazzi.

 




Hospital Albert Sabin

Rua Brigadeiro Gavião Peixoto, 123 – Lapa – São Paulo – SP

Central de atendimento

(11) 3838 4655

http://www.hasabin.com.br


Dia Nacional da Infância: como cuidar da saúde auditiva das crianças

Especialista alerta para os cuidados com a audição


Na próxima segunda-feira, 24 de agosto, é comemorado o Dia nacional da infância. A data, criada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), tem o propósito de promover uma reflexão sobre as condições em que as meninas e meninos vivem no Brasil. Esse dia é um convite a toda sociedade para colocar a infância como prioridade, principalmente em relação à saúde e ao desenvolvimento.

Pouco discutida, a audição na infância é um fator importante que deve ser lembrada nesta data. A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que 34 milhões de crianças no mundo possuem deficiência auditiva em algum grau. Os dados também mostram que 3 a 4 mil bebês já nascem com algum tipo de problema auditivo.

É importante cuidar da audição desde os primeiros dias de vida. "A perda auditiva pode limitar o acesso da criança a alguns sons, que são importantes para a comunicação. A gente aprende, basicamente, por meio dos nossos sentidos, pelas experiências auditivas, visuais e táteis - isso cria as conexões cerebrais que dão significado às coisas. Por meio dessas experiências acontece o aprendizado", explica Erica Bacchetti, fonoaudióloga da ParaOuvir.

A boa notícia é que a perda auditiva tem tratamento e quanto mais cedo for diagnosticada, melhor é o prognóstico. "O desenvolvimento da criança precisa ser acompanhado em um todo. Quando os pais levam a criança ao pediatra, é observado quanto a criança cresceu, quanto ela pesa, se está com os exames todos dentro dos padrões. Muitos pais levam ao oftalmologista para fazer uma triagem visual, mas esquecemos de dar atenção à audição", ressalta Erica.

Sinais de alerta

Para um diagnóstico precoce e tratamento adequado, é necessário que os pais estejam atentos aos sinais de alerta. Os comportamentos da criança devem ser minimamente observados. Nos primeiros anos de vida, a criança manifesta muitas de suas dificuldades e sofrimentos em mudanças de comportamento. "Sempre que a gente observa que nossos filhos estão se comportando um pouco diferente do que o habitual deles, devemos investigar", pontua a fonoaudióloga.

Dores de ouvido constantes, incômodo com sons intensos, dificuldades na escola, falta de interesse em atividades de comunicação, assistir televisão com o volume muito alto podem ser sinais que indicam para alguma alteração auditiva. "A criança pode começar a responder algo totalmente diferente do que perguntamos dar respostas desconexas. Quando chamamos pela criança e ela não responde, quando é muito distraída ou ainda muito agitada", lista Erica.

Em crianças menores e bebês os sintomas podem ser mais sutis. Nos primeiros meses de vida, por exemplo, o bebê começa a se familiarizar com a voz de quem cuida dele, assusta se escuta sons altos, como a batida de uma porta, por exemplo. Com o passar do tempo começam os balbucios e as primeiras emissões de sílabas e as reproduções de barulhos que podem parecer palavras.

Tratamentos

No Brasil o teste da orelhinha é obrigatório. Assim que nasce o bebê, ele é submetido a esse exame com a finalidade de identificar precocemente perdas auditivas. Essa triagem auditiva neonatal é muito eficaz. "Tem muitas crianças que nascem, passam na triagem auditiva porque realmente escutam bem, mas durante o desenvolvimento têm alguma intercorrência que causa a perda da audição", afirma Erica.

Apesar da perda auditiva resultar em algumas dificuldades durante a infância, ela não é impeditiva. A criança não será impedida de falar, de aprender ou se relacionar, isso devido aos inúmeros tratamentos disponíveis para proporcionar qualidade de vida a esses indivíduos. "É importante ressaltar que uma criança com perda auditiva não necessariamente vai ter dificuldade para desenvolver a fala", tranquiliza a fonoaudióloga da ParaOuvir.

O tratamento para os problemas auditivos em crianças depende da causa e gravidade da perda, por isso é sempre necessária uma avaliação médica para indicação do procedimento adequado para cada paciente. O médico determinará a causa da dificuldade para ouvir e qual conduta será adotada: uso de medicamentos, cirurgia, uso de aparelhos auditivos ou implante coclear.

No mercado existe uma infinidade de modelos e opções de aparelhos auditivos, que podem ser usados no tratamento de perda auditiva em crianças. "A criança com deficiência auditiva que recebe a estimulação adequada por meio da tecnologia, seja usando aparelho auditivo, implante coclear ou prótese implantada, tem o mesmo acesso aos sons que uma criança com a audição dentro da normalidade", finaliza Erica.


70% dos casos de Doença de Chagas no Brasil se devem à transmissão via oral e açaí contaminado é um dos principais vilões

Estudo avalia 2.470 casos da doença transmitida via oral na América Latina, principalmente na Bacia Amazônica

 

Pela primeira vez, um estudo resume a distribuição geográfica, a fonte de infecção e a letalidade da doença de Chagas aguda transmitida via oral. Todos os 2.470 casos relatados desde 1965 ocorreram na América Latina e foram causados principalmente pela ingestão de açaí contaminado. A taxa de letalidade foi de aproximadamente 1%. O estudo – Case-fatality from orally-transmitted acute Chagas disease: a systematic review and metanalysis – (Letalidade por doença de Chagas aguda transmitida por via oral: uma revisão sistemática e metanálise) foi publicado no dia 9 de agosto na Clinical Infectious Diseases (CID – Doenças Infecciosas Clínicas), revista da Associação Americana de Doenças Infecciosas. 

Segundo um dos autores do estudo, Miguel Morita Fernandes Silva, cardiologista da Quanta Diagnóstico por Imagem e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC/PR) e Universidade Federal do Paraná (UFPR), os resultados oferecem informações para políticas públicas que podem ajudar a reduzir o impacto da doença de Chagas sobre a população. Como sempre, a prevenção é fundamental.

Embora a infecção por vetor (o inseto conhecido como “barbeiro”, que tem o Trypanosoma cruzi, parasita que causa a doença,) já tenha sido a mais comum, atualmente, no Brasil, a transmissão alimentar é responsável por até 70% dos casos. “Nas últimas duas décadas, os casos agudos de doença de Chagas relacionados ao consumo de alimentos contaminados ocorreram com maior frequência na Bacia Amazônica, em áreas com alta produção e consumo de açaí”, explica Dr. Morita. Quase metade dos casos foi diagnosticada no Pará, principal região produtora de açaí do mundo. Há como prevenir a contaminação e há medidas até obrigatórias em alguns estados, como Amapá e Pará, mas, segundo o estudo, nenhum programa de fiscalização por órgãos governamentais foi implementado para controlar a produção. 

Cerca de 10% da produção brasileira de açaí é exportada, o que corresponde a seis mil toneladas de celulose de açaí. Aproximadamente 90% dessa produção são destinados aos Estados Unidos e ao Japão. Até onde se sabe, no entanto, até o momento não há relato de doença de Chagas adquirida por via oral fora da América Latina. 

Outra população sob risco de contaminação, porém, são os viajantes que visitam a América Latina, onde é consumido o suco fresco do açaí com potencial de contaminação: “É importante que os consultores de saúde em viagens aconselhem os visitantes a evitar alimentos que tenham potencial contaminante ou a se certificar da origem e da segurança do alimento”, alerta o autor do estudo. Casos relatados de doença adquirida oralmente na Venezuela, Colômbia, Bolívia e Guiana Francesa não estavam relacionados ao consumo de açaí, mas de produtos mais populares nesses países, como majo, goiaba e manga.

 

Prevenção

Dr. Miguel Morita alerta ainda que o mal de Chagas é considerado uma doença negligenciada e que a transmissão oral da doença pode ser evitada com o controle do processamento de alimentos. Geralmente, o suco de açaí é preparado manualmente, durante a noite, quando os triatomíneos (“barbeiros”) são atraídos pela luz. “A contaminação pode ocorrer pela maceração dos triatomíneos no processamento da fruta ou pela deposição de suas fezes”, conta. Outra fonte de contaminação pode ser a da água usada no processamento da polpa por secreções de marsupiais infectados (os marsupiais são mamíferos que também podem ser contaminados pela doença). 

O governo brasileiro já emitiu um conjunto de regulamentos para prevenir a contaminação de alimentos com T. cruzi. Por exemplo, o "branqueamento", que consiste em submeter os frutos do açaí e do bacaba a uma temperatura de 80°C por 10 segundos e depois resfriá-los à temperatura ambiente. Outra ação preventiva é a pasteurização da bebida processada e posterior resfriamento. Infelizmente, segundo o estudo, não há programas de fiscalização por órgãos governamentais para controlar a produção de açaí. 

A doença de Chagas atinge 6 milhões de pessoas em todo o mundo e custa mais de 7 bilhões de dólares por ano para os sistemas de saúde. Embora seja há muito reconhecida como uma doença endêmica, restrita a países em desenvolvimento, a doença alcançou outras regiões do mundo nas últimas duas décadas, afetando imigrantes na Europa e nos Estados Unidos. Na América Latina, a doença causa cerca de 10 mil mortes por ano. Como nenhum tratamento específico se mostrou eficaz na prevenção de cardiopatias na doença de Chagas crônica, a detecção precoce e o tratamento na fase aguda são essenciais para reduzir seu impacto. Quando detectada e tratada adequadamente, na fase aguda a doença pode se resolver em 50-80% dos casos. No entanto, muitas vezes a doença não é detectada na fase aguda, o que resulta em altas taxas de letalidade, conforme relatado em alguns surtos no Brasil. 

As principais causas de morte entre pacientes com doença de Chagas aguda são miocardite e encefalite. Na manifestação crônica da doença, 20-30% das pessoas infectadas desenvolvem complicações cardíacas, como a insuficiência cardíaca, e a morte súbita é responsável por 55-60% das mortes e fenômenos tromboembólicos por 10-15%.

 



Quanta Diagnóstico

www.quantadiagnostico.com.br



Com aumento de delivery, SBCM alerta motociclistas para prevenção de lesões

 

Danos no plexo braquial, em caso de acidentes, têm grande potencial de sequelas graves

 

A motocicleta tornou-se o meio de transporte individual mais popular do Brasil e, atualmente, ganhou ainda mais espaço nas ruas com a intensificação dos serviços de delivery, em função da pandemia da Covid-19. A Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM) faz um alerta aos motociclistas para a prevenção de acidentes, tendo em vista que 80% das lesões do plexo braquial são causadas por acidente de moto, com danos que podem ser irreversíveis.


O plexo braquial é o conjunto de nervos que faz a comunicação entre os membros superiores e o cérebro. “As sensações e os movimentos dos ombros, cotovelos, antebraços, punhos e mãos dependem da saúde e da integridade do plexo braquial. Sendo assim, a lesão nessa região compromete esse conjunto de nervos e, consequentemente, essas habilidades”, explica o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão, Dr. João Baptista Gomes dos Santos.

 

Situações que tiveram consequência ao plexo braquial resultaram, de janeiro a julho deste ano, em 668 benefícios concedidos pelo INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), a pessoas que tiveram que se afastar do trabalho ou se aposentar por invalidez.


As lesões do plexo braquial podem afetar diferentes conjuntos de nervos, causando variados tipos de sequelas que vão desde a perda de um único movimento até a paralisia total do membro.

 

O especialista fala que, de maneira geral, é possível dividir as lesões em três: lesão do tronco superior, do tronco inferior e completa. “Quando os nervos que têm relação com o tronco superior são afetados, os movimentos do ombro e cotovelo são prejudicados. Levantar, abrir os braços e dobrar o cotovelo, por exemplo, tornam-se mais difíceis ou até mesmo impossíveis”, diz o médico. “Já as lesões do tronco inferior afetam, principalmente, a mão e o punho. Movimentos como abrir e fechar a mão, dobrar ou abrir os dedos e dobrar o punho são extremamente atingidos. E nos casos de lesão completa, há a paralisia de todo o braço e mão”, completa Dr. João.

 

O presidente da SBCM salienta os prejuízos que as lesões causadas por acidente podem trazer para toda a vida e, por isso, a importância de reforçar a conscientização de um trânsito mais seguro. “Os danos irreversíveis que os acidentes podem causar impactam trabalhadores, que perderam a capacidade de sustentar suas famílias e passaram a ser dependentes da Previdência Social, o que atinge também a economia do país. Além dos inúmeros prejuízos sociais e emocionais, a violência no trânsito sobrecarrega o Sistema Único de Saúde. Então, é preciso sempre reforçar o uso de equipamentos de segurança e a responsabilidade no trânsito”, conclui Dr. João.

 

 



 

SBCM (Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão

http://www.cirurgiadamao.org.br/



COVID: Consultórios vazios geram perdas financeiras a 82% dos médicos. Veja como amenizá-las!

 Gestão tributária financeira pode trazer alívio neste momento, já que se estima que 89% dos médicos possuam ralos financeiros ocasionados pelo pagamento indevido de impostos.


82% dos médicos tiveram queda na renda por causa da pandemia, aponta levantamento

 

Um levantamento da organização "Médicos sem Jaleco" constatou que 82% dos médicos pesquisados tiveram queda na renda em função da crise decorrente da pandemia do novo coronavírus. Em média, essa baixa na receita dos profissionais ficou em 44%, mas quase metade deles (47%) viu seu faturamento cair pela metade.

O estudo envolveu 683 profissionais de medicina de todas as especialidades de São Paulo e Rio de Janeiro e teve como título: “Impacto da Pandemia na Vida do Médico”.

Foi o que aconteceu com o oftalmologista Aron Guimarães, de Campinas (SP): “A oftalmologia é uma das especialidades mais impactadas pela queda no número de consultas e cirurgias durante o período de pandemia. O faturamento então caiu; o impacto foi grande no fluxo de caixa”.

Segundo a administradora Júlia Castilho, sócia da Mitfokus - especialista em soluções tecnológicas financeiras para a área da saúde, para minimizar essas perdas, uma boa saída para os profissionais de medicina é recorrer a gestão fiscal e tributária, reavendo impostos pagos indevidamente e revendo os possíveis ralos financeiros, já que se estima que 89% destes paguem mais impostos do que deveriam.  

"Além disso, é preciso investir em gestão financeira dos consultórios, de modo que as despesas com tributos estejam adaptadas a essa nova realidade", orienta a administradora Júlia Castilho, sócia da Mitfokus. 

Foi o que fez Aron, que apostou em uma contabilidade mais minuciosa, que dedicasse atenção especial às particularidades dos empreendimentos em saúde. “Tive esta visão há três anos, o que me permitiu enfrentar este período de baixa com mais tranquilidade. Uma gestão financeira e fiscal mais eficiente proporcionou o pagamento apenas dos tributos realmente necessários e o controle necessário para este momento, em que há perdas de receitas, na crise da pandemia”, acrescenta o médico.

Júlia explica que um contador generalista não se aprofunda em questões legais e tributárias específicas da área da saúde. Se houver esse aprofundamento, isso pode gerar ganho de dinheiro e de tempo para o profissional médico, evitando os famosos "ralos" financeiros. 

Um “ralo financeiro” pode levar a um prejuízo milionário no período de cinco a dez anos e fazer uma diferença significativa na vida útil do consultório, no seu crescimento, contratações e até mesmo do profissional que está à frente dele.

Outra maneira de tornar mais eficaz a gestão dos consultórios é baseada em tecnologia, que atualmente está bastante avançada e já proporciona tranquilidade e praticidade em todos os processos financeiros. 

"Da mesma forma que o médico se dedica a aprofundar-se em conhecimentos técnicos, é importante dar atenção às finanças para evitar ralos financeiros ao longo de uma vida. Atualmente, existem soluções tecnológicas que auxiliam estes profissionais nestes processos do negócio, garantindo segurança financeira e a liberdade necessária para eles voltarem sua atenção à profissão", conclui a executiva da Mitfokus. 

 



Mitfokus

 https://mitfokus.com.br/ 


Lives e e-books Gratuitos para Médicos: Com o intuito de subsidiar de informações os profissionais de medicina, a Mitfokus produz uma série de materiais – como vídeos de debates online (“lives”) e e-books gratuitos – abordando temas relacionados a fluxo de caixa, gestão financeira e gestão de tributos.


Como a tecnologia está ajudando no combate ao Coronavírus?

A pandemia do Coronavírus se tornou uma preocupação mundial. Entretanto, em meio a esse cenário de insegurança, a tecnologia tem oferecido diversas soluções para combater a Covid-19, fazendo muita diferença para os negócios e para a população em geral. 

Um exemplo é o que a computação em nuvem (em inglês, cloud computing) vem oferecendo aos hospitais de campanha, para que  seus sistemas possam operar em poucas semanas. Com essa tecnologia se amplia a capacidade instalada das unidades hospitalares, de forma escalável, aumentando a capilaridade do atendimento à doença.  
 
Outro ponto importante é a informação. Hoje em dia, temos a internet como um dos principais meios de compartilhamento de dados, além de aplicativos com o propósito de conter o avanço do Coronavírus. Soluções que possuem desde funcionalidades de agendamento de consultas em caso de suspeita da doença, até funcionalidades que informam como evitar uma possível contaminação, levando para a população aspectos importantes da pandemia. Sem falar na tecnologia aplicada à saúde, que ajuda na rápida identificação do diagnóstico desta doença em casos suspeitos.
 
O hospital digital, por exemplo, é pauta dos gestores de instituições de saúde de todo o mundo. E, para que isso aconteça, muita tecnologia precisa ser investida nesta jornada de transformação. Desde a implantação de sistemas aderentes às necessidades de cada negócio, bem como a infraestrutura que suportará o crescimento desta instituição. A computação na nuvem, por exemplo, veio para disponibilizar os sistemas em uma infraestrutura escalável, que pode aumentar o poder de processamento conforme a demanda da entidade.
 
Garantir a continuidade do negócio em um hospital é fundamental. A interoperabilidade da informação do paciente que passa pelos diversos consultórios, clínicas de exames e outras áreas das instituições de saúde é um sonho que só é realizado se a tecnologia for orquestrada da melhor forma possível. Portanto, a tecnologia é a única capaz de trazer as evoluções que a saúde precisa.
 
A telemedicina também ganhou ainda mais força em tempos de coronavírus. A solução é uma das ações adotadas pelas instituições de saúde para ajudar no combate a Covid-19 no Brasil. A tecnologia contribui para diminuir o fluxo de pessoas nas unidades de saúde e ajuda os profissionais da saúde a monitorarem os pacientes diagnosticados com o Coronavírus, avaliando e dando orientações para as pessoas. Além disso, a telemedicina também auxilia os pacientes que possuem algum doença crônica, evitando que essas pessoas sejam expostas ao vírus.
 
Entretanto, é importante lembrar que, mesmo a tecnologia sendo uma importante aliada no combate ao Coronavírus, é preciso ficar atento para não ferir a proteção de dados individuais, elemento essencial da Lei Geral de Proteção de Dados, ou simplesmente, LGPD. A proteção de dados sempre precisou existir, mesmo antes da atual pandemia. O cuidado com o fluxo da informação dos usuários que manipulam os dados de pacientes é feito por meio de processos bem implantados e de sistemas de informação que atendam as necessidades de cada instituição hospitalar. Ou seja, não é somente papel da tecnologia proteger os dados sensíveis dos usuários atendidos, mas sim de todas as pessoas que manipulam esses dados.
 
No cenário da pandemia do Coronavírus fica mais difícil instituir um processo completo que protege a informação, principalmente, diante do cenário de que se está tentando salvar o maior número de vidas possível. No que se refere à responsabilidade dos sistemas de informação, já existem vários mecanismos de proteção aos dados para que este vazamento não ocorra. E, portanto, a tecnologia pode muito ajudar nisso, mas será sempre uma responsabilidade compartilhada com os usuários que a manipulam.
 
Finalmente, é importante ressaltar que o investimento em tecnologia sempre foi e sempre será importante, mesmo depois que a pandemia acabar. No contexto do Coronavírus, os investimentos servem, principalmente, para possibilitar às empresas  disponibilizar o trabalho remoto de seus colaboradores. Contudo, o foco do investimento será na transformação que o mercado sofrerá por conta deste evento global de pandemia

 


 

Rodrigo Luchtenberg, Diretor de Serviços e Tecnologia da Indyxa, empresa especializada em infraestruturas para missão crítica.



O papel da instituição financeira cooperativa no desenvolvimento econômico e social das regiões



Enxergar a relevância de uma agência bancária ou de cooperativa para além dos produtos oferecidos por ela pode ser desafiador para a maioria das pessoas. No entanto, cresce a consciência de que por trás de agências, soluções, sistemas e aplicativos, há muitas instituições financeiras com papel social, geradoras de impactos nas regiões onde atuam. Em especial, o Cooperativismo de Crédito está bastante avançado nesse sentido, se caracterizando por propiciar um relacionamento mais próximo ao associado, que não é cliente, mas o próprio dono do negócio.

No Brasil, com 11 milhões de associados, o segmento tem crescido consistentemente, mas o espaço que ocupa no sistema financeiro ainda é pequeno, perto do seu potencial, como os números dos países desenvolvidos demonstram. Mesmo assim, o impacto gerado pela sua atuação na economia do país já é muito relevante e pode ser demonstrado por meio de dados oficiais. De um lado temos o ótimo trabalho feito pelo Banco Central em reunir informações sobre o avanço do cooperativismo de crédito pelo país e a própria Agenda BC#, que traz o segmento como um pilar importante para a inclusão financeira e consequentemente para o crescimento econômico. De outro, percebemos que as instituições financeiras que atuam nesse modelo estão muito mais empenhadas na produção de dados e estudos que possam demonstrar os benefícios da sua atuação.

As duas pesquisas anunciadas pelo Sicredi neste ano são um bom exemplo disso. Uma delas, de autoria da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), avaliou dados econômicos de todas as cidades brasileiras com e sem cooperativa de crédito entre 1994 e 2017 e cruzou informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), evidenciando que o cooperativismo de crédito incrementa o PIB per capita dos municípios em 5,6%, cria 6,2% mais vagas de trabalho formal e aumenta o número de estabelecimentos comerciais em 15,7%, estimulando o empreendedorismo local.

Outro estudo, conduzido a pedido do Sicredi pelo especialista em Microeconomia Aplicada e Desenvolvimento Econômico, Juliano Assunção, pesquisador do Departamento de Economia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), mostrou que o cooperativismo de crédito é um dos mecanismos mais eficazes para promover acesso aos serviços financeiros às pessoas em municípios menores, mais distantes e rurais do Brasil. Segundo o estudo, enquanto bancos tradicionais têm em média um limite mínimo de 8 mil habitantes para abrir uma agência, uma cooperativa de crédito tem capacidade de abertura em municípios a partir de 2,3 mil habitantes. A comparação em termos de renda também chamou atenção, apontando que as cooperativas conseguem operar em cidades com PIB a partir de R$ 79 milhões, enquanto para os bancos públicos é necessário um PIB mínimo R$ 146 milhões e para um banco privado, R$ 220 milhões.

A razão para esses resultados é a proximidade com os associados, como apontou a Fipe, tendo um diferencial importante na concessão de crédito, conhecendo a realidade de cada um para poder tanto aconselhar corretamente, quanto medir melhor os riscos. Além disso, a cooperativa coloca o associado no centro das decisões, de tal forma que ele participa ativamente dos rumos do negócio. Isso faz com que a abertura de uma agência em um local longínquo não passe apenas por um estudo de viabilidade financeira em que o resultado financeiro ao longo dos anos tem que ser maior que o custo de capital e o risco da operação. Havendo intenção da sociedade e não onerando os demais associados, uma agência cooperativa pode se concretizar. Essas características fazem com que elas sejam instaladas em locais mais distantes do que os alcançados pelos bancos privados, que são, normalmente, os que mais carecem de serviços financeiros.

No contexto atual de pandemia, olhando as regiões mais remotas e menores, é ainda mais evidente a importância das instituições financeiras, especialmente, das cooperativas de crédito. Os dados apresentados a partir de estudos do professor Juliano Assunção têm grande potencial para, além de mostrar os benefícios do modelo cooperativista, apoiar na organização de políticas públicas de apoio à população, por exemplo. A capilaridade da atuação das cooperativas de crédito, comprovada pelos estudos, é um instrumento valioso no que tange ao acesso ao sistema financeiro, na distribuição de benefícios e linhas de crédito.

Dessa forma, o movimento que visa ampliar a percepção da sociedade sobre as instituições financeiras cooperativas a partir da produção e análise de dados pode, muito mais do que ratificar o que já é dito e sentido pelas comunidades locais, contribuir cada vez mais com a resolução de desafios importantes da agenda econômica nacional como a inclusão e educação financeira e a geração de renda local. Nesse sentido, os estudos têm também o papel de comprovar cientificamente o que é sabido, fomentado e realizado há mais de um século pelas cooperativas de crédito no Brasil. 






Cesar Gioda Bochi - diretor executivo de Administração do Sicredi 


Posts mais acessados