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quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Desconhecimento faz paciente com incontinência adiar a procura por ajuda médica

O que poucos sabem é que o distúrbio tem tratamento e um deles envolve a implantação de um dispositivo neuromodulador


Apesar de ainda serem motivo de vergonha e silêncio, as incontinências urinária e a fecal são mais comuns do que se pensa, afetam milhões de pessoas e não devem ser encaradas como consequência natural do envelhecimento. Assim como existem diferentes tipos de incontinência, há também diferentes causas relacionadas a esse tipo de condição. Estudos mostram que até 20% da população mundial pode apresentar essas condições, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas sofrem de incontinência urinária, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU).

Caracterizada pela perda involuntária de urina ou fezes, a doença afeta o convívio social e a qualidade de vida dos pacientes, levando ao isolamento, depressão e até limitações profissionais. O que poucas pessoas sabem é que a condição pode ser tratada. Além do uso medicamentos, da aplicação recorrente da toxina botulínica ou mesmo das cirurgias mais invasivas, existe uma forma de tratamento ainda pouco conhecida em que ocorre a implantação de um dispositivo neuromodulador.

Por meio de estimulação elétrica leve do nervo sacral na medula espinhal, o sistema InterStim ajuda a normalizar a comunicação entre o intestino ou a bexiga com o cérebro, trazendo melhoras de 75% a 100% nos episódios de incontinência e proporcionando melhor bem-estar e liberdade aos pacientes.

Contudo, apesar de toda a inovação nos tratamentos, a incontinência ainda é um grande tabu. Para 40% dos pacientes, a vergonha e falta de informação são os principais motivos para que não busquem ajuda médica. "O medo de lidar com o descontrole da bexiga e da evacuação em qualquer hora ou lugar gera para a pessoa uma angústia e constrangimento a ponto de ela negligenciar os cuidados com a saúde", afirma o Dr. Cristiano Gomes, médico urologista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Incontinência urinária:

1 de cada 6 adultos apresentam incontinência urinária.

O distúrbio é mais comum em mulheres em qualquer faixa etária

Entre as causas da condição estão obesidade, gravidez, parto, bexigas hiperativas, tosse crônica em fumantes, tumores, entre outras razões.


Incontinência fecal:

8 de cada 100 adultos apresentam incontinência anal. Ela pode ter muitas causas como cirurgias, gravidez e partos. Sua seriedade pode ser desde escapes leves até mais sérios.

 

 

Medtronic

 http://www.medtronicbrasil.com.br


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