O que poucos sabem é
que o distúrbio tem tratamento e um deles envolve a implantação de um
dispositivo neuromodulador
Apesar de ainda serem
motivo de vergonha e silêncio, as incontinências urinária e a fecal são mais
comuns do que se pensa, afetam milhões de pessoas e não devem ser encaradas
como consequência natural do envelhecimento. Assim como existem diferentes tipos
de incontinência, há também diferentes causas relacionadas a esse tipo de
condição. Estudos mostram que até 20% da população mundial pode apresentar
essas condições, no Brasil, mais de 10 milhões de pessoas sofrem de
incontinência urinária, segundo dados da Sociedade Brasileira de Urologia
(SBU).
Caracterizada pela
perda involuntária de urina ou fezes, a doença afeta o convívio social e a
qualidade de vida dos pacientes, levando ao isolamento, depressão e até
limitações profissionais. O que poucas pessoas sabem é que a condição pode ser
tratada. Além do uso medicamentos, da aplicação recorrente da toxina botulínica
ou mesmo das cirurgias mais invasivas, existe uma forma de tratamento ainda
pouco conhecida em que ocorre a implantação de um dispositivo neuromodulador.
Por meio de
estimulação elétrica leve do nervo sacral na medula espinhal, o sistema
InterStim ajuda a normalizar a comunicação entre o intestino ou a bexiga com o
cérebro, trazendo melhoras de 75% a 100% nos episódios de incontinência e proporcionando
melhor bem-estar e liberdade aos pacientes.
Contudo, apesar de
toda a inovação nos tratamentos, a incontinência ainda é um grande tabu. Para
40% dos pacientes, a vergonha e falta de informação são os principais motivos
para que não busquem ajuda médica. "O medo de lidar com o descontrole da
bexiga e da evacuação em qualquer hora ou lugar gera para a pessoa uma angústia
e constrangimento a ponto de ela negligenciar os cuidados com a saúde",
afirma o Dr. Cristiano Gomes, médico urologista do Hospital das Clínicas da
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.
Incontinência
urinária:
1 de cada 6 adultos
apresentam incontinência urinária.
O distúrbio é mais
comum em mulheres em qualquer faixa etária
Entre as causas da
condição estão obesidade, gravidez, parto, bexigas hiperativas, tosse crônica
em fumantes, tumores, entre outras razões.
Incontinência fecal:
8 de cada 100 adultos
apresentam incontinência anal. Ela pode ter muitas causas como cirurgias,
gravidez e partos. Sua seriedade pode ser desde escapes leves até mais sérios.
Medtronic
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