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sexta-feira, 12 de junho de 2020

Dois em cada dez sites de e-commerce não estão protegidos para as compras de Dia dos Namorados, revela estudo da Serasa Experian


São aproximadamente 176 mil endereços eletrônicos que oferecem riscos à população. Especialistas da Serasa Experian dão dicas para o consumidor fazer compras com mais segurança 


Diante do atual cenário, com medidas de distanciamento social, as compras on-line devem ajudar a população a garantir o presente do Dia dos Namorados. Segundo estudo especial da Serasa Experian, aproximadamente 176 mil sites de e-commerce no Brasil estão desprotegidos, ou seja, não possuem um certificado de segurança (SSL – Secure Socket Layer) para proteção de dados transacionados, como senhas, números de cartão de crédito e informações pessoais, por exemplo. Isso significa que 17,9% das lojas virtuais não contam com a camada SSL, que criptografa dados dos usuários, número superior aos 16,6% observados no mesmo período de 2019. 
 
O certificado SSL é uma camada de proteção que garante a integridade de todos os dados transacionados, evitando que hackers e estelionatários interceptem a comunicação para fazer o uso indevido de informações roubadas durante a transação. Para o internauta descobrir se o site em que ele pretende comprar possui um certificado SSL, é preciso observar se há um cadeado da cor verde na barra de endereços do navegador, ou se há um “s” após o http (https), indicando segurança.  

Segundo o diretor de Identidade Digital da Serasa Experian, Maurício Balassiano, é natural que as pessoas queiram aproveitar a comodidade e possam se beneficiar das compras pela internet, principalmente, neste momento em que estão mais em casa, mas é fundamental redobrar os cuidados para não caírem em ações de cibercriminosos. “Com o maior volume de compras eletrônicas, cresce também o risco de golpes no mundo virtual, como o chamado ‘phishing’. O fraudador se aproveita das brechas dos sites desprotegidos para copiar dados pessoais do consumidor e aplicar golpes, ocasionando uma série de prejuízos ao titular do documento”, diz Balassiano. 


Falta de proteção é maior entre lojas virtuais de pequeno porte 

O estudo da Serasa Experian, encomendado para a Big Data Corp., revela ainda que o comércio eletrônico de pequeno porte está mais vulnerável no quesito conexão segura. Entre os sites de e-commerce que recebem menos de 10 mil visitas por mês, aumentou o número dos que estão desprotegidos, passando de 16,8% em 2019 para 18,2% em 2020. Entre as lojas virtuais de médio porte – com acessos que variam de 10 mil a 500 mil mensais – o índice de desprotegidos chega a 11,7%, índice menor que o constatado no ano passado (13,2%). Considerando os sites de e-commerce com mais de meio milhão de visitas mensais, também houve uma melhora: diminuiu de 4,6% para 2,9% o volume de sites com conexão insegura.
 

Para Balassiano, os dados reforçam a percepção de que o mercado tem se adaptado à nova realidade e investido em segurança, ao mesmo tempo em que o pequeno comércio on-line precisa avançar nesse tipo de investimento. “Pequenos lojistas que estão começando a se aventurar no comércio eletrônico podem se beneficiar com o investimento em segurança na transação de dados, pois isso melhora a sua confiabilidade perante os clientes. A reputação dos sites é algo que precisa ser avaliada quando o internauta decide fornecer suas informações pessoais para comprar on-line. Para evitar cair em golpes, ele deve tomar cuidados essenciais, como pesquisar a idoneidade da loja virtual, buscar comentários e experiências de outros internautas e desconfiar de ofertas muito tentadoras, sobretudo, as que recebe por e-mail ou link em redes sociais.", alerta Balassiano.  

Confira cinco dicas dos especialistas da Serasa Experian para uma compra on-line mais segura no Dia dos Namorados: 

1. Atenção com links e arquivos compartilhados em grupos de mensagens e redes sociais. Estes programas ou sites podem ser maliciosos e direcionar para páginas não seguras, que contaminam os dispositivos com vírus e coletam dados sem que o usuário perceba. 

2. Para verificar se o site é seguro, basta observar alguns sinais simples. Veja se no browser há um cadeado fechado. Em caso positivo, clique em cima e verifique se o Certificado Digital SSL emitido está em nome da loja na qual você está comprando. Essa conferência pode ser feita no Selo de Segurança, que geralmente está no rodapé da página. Ao acessar o site, no endereçamento, verifique se o HTTP tem um S, ou seja, HTTPS. 

3. Desconfie sempre de ofertas com preços muito abaixo do mercado e de última hora. E-mails com valores, promoções e vantagens muito especiais merecem desconfiança. Nesses momentos, é muito comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas bastante conhecidas para tentar invadir o seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador. 

4. Uma prática muito utilizada pelos golpistas no ambiente online é a de phishing. Os criminosos copiam as informações trocadas durante uma transação, como nome, endereço, CPF etc. Esses são coletados para fraude de identidade, que acontece quando dados de um consumidor são usados por terceiros para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito sem a intenção de honrar os pagamentos.  

5. É importante, também fazer uma pesquisa em sites dedicados à avaliação de lojas virtuais. Analisar a reputação de uma loja é uma providência essencial a partir da experiência de outras pessoas. 


Metodologia 
A Serasa Experian encomendou o estudo da BigData Corp., que captura e processa, continuamente, dados obtidos a partir de 984.523 mil sites brasileiros de e-commerce. Para esta pesquisa, a empresa trabalhou com resultados obtidos em junho de 2020. 





Serasa Experian

Brasileiros aumentam consumo de sanduíches e diminuem tempo de preparo de refeições


Estas são algumas mudanças geradas pelo distanciamento social que foram apontadas pelo novo estudo Consumer Insights da Kantar.


Devido às tarefas dentro de casa durante a quarentena, os brasileiros aumentaram o consumo de sanduíches e diminuíram o tempo de preparo das refeições. É o que mostra a nova edição do Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, que contou com dados da solução Usage Food e Beverages, cuja amostra é de 1.500 indivíduos por trimestre.

No período de 16 de março a 10 abril, em comparação ao de 17 de fevereiro a 15 de março, houve um crescimento de 34% no consumo de sanduíches no país, sendo também um dos cinco pratos mais realizados de Norte a Sul. Isso porque refeições mais rápidas, com preparo de até 20 minutos, estão sendo priorizadas dentro dos lares.

Porém, há peculiaridades em cada região do país, onde opções de até 20 minutos são diversas, desde cuscuz no Nordeste a massas no Sudeste.


O Delivery também ganhou força durante o confinamento e passou a complementar o dia a dia com categorias indulgentes como fast food, pizzas, refeições e pratos prontos. Dentre os brasileiros que pediram comida por entrega, 53% o fizeram de 2 a 3 vezes na última semana. Contudo, o hábito de pedir comida pronta é uma tendência para o futuro: 19% dos que aderiram ao serviço dizem que, mesmo após o coronavírus, pedirão mais do que antes.

Outro destaque foi a alteração a partir da última semana de março no consumo em padarias, que retrai fora do lar, mas cresce dentro. Fora do lar, cafés, snacks salgados, biscoitos e sorvetes são as categorias que mais sofrem perda de penetração. Já refrigerantes e snacks salgados são categorias compradas no canal para abastecimento dentro dos lares.

Bares, redes de Fast Food e restaurantes também são canais impactados pela quarentena, consequência do declínio no índice de consumo de alimentos prontos e cervejas. A retração deve-se majoritariamente à classe AB e a pessoas que trabalham fora.

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Qual será o final do calvário da chapa Bolsonaro-Mourão no TSE?


  
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomou, no último dia 9 de junho, o julgamento de duas Ações de Investigação Judicial Eleitoral que pedem a cassação da chapa que elegeu o presidente Jair Bolsonaro e o seu vice, Hamilton Mourão, (AIJEs nº 0601369-44 e 0601401-49), o qual teve início em 26 de novembro de 2019. Estas ações têm por objeto os ataques cibernéticos a um grupo de Facebook denominado “Mulheres contra Bolsonaro”, o qual teria favorecido Bolsonaro, uma vez que a postagem referia que elas estavam aderindo à campanha do atual presidente.

Na citada sessão de 26/11/2019, o Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) iniciou o julgamento dessas duas ações contra os então candidatos, respectivamente, aos cargos de presidente e de vice-presidente da República nas Eleições 2018. Uma das ações também foi apresentada em desfavor do deputado federal Eduardo Bolsonaro.

Em seu voto, o relator reconheceu que era estreme de dúvidas de que a referida página do grupo virtual do Facebook foi alvo de ataques cibernéticos, fato comprovado pelas provas constantes dos autos e por informações prestadas pelo Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., que atestou a invasão e a alteração da página, ocorrida nos dias 15 e 16 de setembro de 2018. Todavia, segundo o Ministro Og Fernandes, mesmo que tenha sido provada a materialidade do ilícito, as investigações não foram conclusivas quanto à sua verdadeira autoria. Além disso, acrescentou o relator, a invasão ao perfil em rede social perpetrada por menos de 24 horas não teve gravidade capaz de causar ofensa à normalidade e à legitimidade do pleito, conquanto possa repercutir em outras áreas do Direito, como a civil e a penal.

Para o relator, a rigorosa sanção de cassação do registro ou do diploma tem amparo em situações excepcionais e somente deve ser aplicada quando houver provas robustas, fortes e contundentes de autoria e participação.Dessa forma, os pontos controvertidos são dois: a) aferir a responsabilidade do ato à chapa Bolsonaro-Mourão; b) se a invasão do perfil resultou em favorecimento da mencionada chapa.

Retomado o julgamento o Ministro Edson Fachin divergiu do relator acolhendo preliminar de cerceamento de defesa e autorizar produção de prova pericial, para apurar se houve envolvimento efetivo do presidente Jair Bolsonaro, uma vez que este replicou a fraude em seu twitter, que tem milhões de seguidores. Para Fachin, a negativa do relator compromete o exercício do devido processo legal e inibe a realização de perícia técnica para buscar identificar os autores do feito. “O direito da parte à produção probatória é inerente às garantias constitucionais e processuais e não antecipa qualquer juízo sobre o mérito da eventual prova que será produzida”, salientou o ministro.

A divergência aberta por Edson Fachin foi acompanhada pelos ministros Tarcisio Vieira de Carvalho Neto e Carlos Mario Velloso Filho, que também votaram pelo retorno dos processos à fase de instrução (investigação), para que as referidas provas sejam colhidas. Segundo os ministros, o procedimento é fundamental para garantir o direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto propôs que a investigação técnica seja conduzida pela Polícia Federal.

O ministro Luis Felipe Salomão acompanhou Og Fernandes, mas destacou que, apesar de os autores terem direito à produção de provas, conhecer a autoria do ataque cibernético seria irrelevante, porque "é notória no caso em exame a ausência de gravidade, por falta de prejuízo à lisura e à gravidade do pleito". O Ministro Salomão asseverou que: "Penso ser de extrema relevância – antecipadamente rogando escusas pela reiteração – deixar sublinhada, uma vez mais, a conduta que se aprecia: a invasão de perfil de página de rede social, por lapso temporal de cerca de 24 horas, sem nenhum elemento capaz de revelar seu efetivo alcance perante o eleitorado (tais como o número de acessos no período ou a repercussão do ato nos meios de comunicação e na internet)".

O julgamento foi novamente suspenso com o pedido de vista do ministro Alexandre de Moraes. Ainda falta votar o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso. Dessa forma, o placar está em 3 a 2 para retomada das investigações, porém agora realizadas pela Polícia Federal.

Mas a final das contas, o que vem a ser a ação de investigação judicial eleitoral (AIJE)? Pode resultar na cassação do mandato da chapa Bolsonaro-Mourão?
O artigo 22 da Lei Complementar 64/90, estabelece: “Qualquer partido político, coligação, candidato ou Ministério Público Eleitoral poderá representar à Justiça Eleitoral, diretamente ao Corregedor-Geral ou Regional, relatando fatos e indicando provas, indícios e circunstâncias e pedir abertura de investigação judicial para apurar uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político, obedecido o seguinte rito”.

O inciso VI do artigo 22 permite ao relator proceder a todas as diligências que determinar, ex officio ou a requerimento das partes. Na hipótese foi pedido a realização da prova pericial, mas o relator a indeferiu, sob o fundamento de que seria desnecessária, uma vez que teria ficado apenas 24 horas no ar. No entanto, sua Excelência deixou de anotar que o Presidente a replicou no twitter para milhões de pessoas.

Cumpre ressaltar que o inciso XVI prevê que “para a configuração do ato abusivo, não será considerada a potencialidade de o fato alterar o resultado da eleição, mas apenas a gravidade das circunstâncias que o caracterizam”. Há que se apurar se a utilização de uma empresa com objetivo de hackear a página do facebook “das mulheres contra Bolsonaro”, alterando-a para “mulher com Bolsonaro” e a reprodução pelo Presidente para dezenas de milhões de seguidores, é ou não grave? Essa resposta teremos se os Ministros Alexandre de Moraes e Roberto Barroso aderirem a tese divergente e reabrirem as investigações. Assim começa o calvário de Bolsonaro perante a Justiça Eleitoral brasileira!




Marcelo Aith - advogado especialista em Direito Eleitoral e Direito Penal e professor da Escola Paulista de Direito.


FecomercioSP pede prorrogação dos prazos para pagamento dos serviços de abastecimento de água e esgoto também para comércio


Ainda que as atividades econômicas tenham voltado parcialmente, a recuperação do setor deve ser lenta


A FecomercioSP solicita à Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) que as empresas de saneamento no Estado deixem de suspender os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário, em decorrência do atraso no pagamento das contas. Além disso, solicitou à Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) que seja disponibilizada a possibilidade de parcelamento dos débitos de água de março a dezembro deste ano, independentemente da faixa de consumo, sem a cobrança de juros e multa. Os pedidos têm como base alguns benefícios que já foram concedidos aos imóveis residenciais, mas não contemplaram a área comercial.

No caso de empresas com contratos de demanda firme, a Federação solicita ainda que não seja cobrada a conta complementar para cobrança da diferença entre os volumes faturado e contratado, quando a empresa não atingir o consumo mínimo definido em contrato – já que esse programa prevê esse consumo mínimo de água. E mesmo que a empresa consuma menos, ela tem que pagar o valor completo e ainda a fatura extra.

Isso porque mesmo com a reabertura de parte das atividades em algumas regiões do Estado de São Paulo, iniciada nas últimas semanas, a FecomercioSP não espera uma recuperação rápida frente à crise, pois as famílias tiveram suas rendas encolhidas em decorrência das altas do desemprego e do endividamento, com a intenção de consumo drasticamente reduzida e focada apenas em produtos essenciais, como alimentos e remédios. A estrutura do comércio varejista também voltou debilitada, com quadro reduzido de funcionários, endividamento, baixa liquidez e níveis de estoques inadequados.

Por isso, ainda são necessárias medidas emergenciais para minimizar o impacto das perdas aos empresários e para dar fôlego na quitação de suas pendências.


LGPD: entenda como seus dados estarão protegidos


A nova lei de Proteção Geral de Dados, traz mais segurança aos clientes e as empresas.

O acesso à internet virou rotina de muitos, há aqueles que a utilizam para lazer e aqueles que utilizam no meio empresarial, nas escolas ou na área da saúde.
A internet dinamizou todos os aspectos de nossas vidas, porém, ela cobra um alto preço, qual seja, ela expõe nossas informações pessoais para o mundo, ferindo tanto nossa personalidade como a nossa intimidade .

Frente a isso, o advogado Bruno Faigle, explica que “Os dados pessoais como nome, idade, sexo e profissão são compartilhados todos os dias entre as redes, e em um mundo onde tudo está ao alcance online, e esses dados coletados podem ser utilizados de forma negativa, gerando inúmeros prejuízos ao titular”.
Um grande exemplo dá utilização prejudicial das informações pessoais foi o escândalo envolvendo o Facebook, acerca vazamento de dados de seus utilizadores, os quais permitiram a manipulação da opinião pública no referendo denominado BREXIT.

Frente à essa hipossuficiência do titulara frente às grandes corporações, é que a Lei Geral de Proteção de dados se faz tão necessária.

É comum que os utilizadores das redes usem seus dados para criar contas, pagar boletos, comprar online, realizar cursos entre outros, porém, com a entrada em vigor da LGPD, a forma de obtenção dos dados, sua utilização, seu tratamento e proteção, sua reutilização ou eliminação, será definida pela Lei, gerando maior segurança tanto ao titular do direito quanto às empresas que necessitam das informações, inclusive no tocante a responsabilização no caso de vazamento de informações privadas.

A Lei estabelece como direito dos titulares: o acesso fácil aos dados coletados pela empresa, a possibilidade de verificar como seus dados estão sendo tratados, pode solicitar a eliminação das informações. Porém, o mais importante é que o consentimento pode ser revogado a qualquer tempo.

O advogado explica que esta LGPD é uma Lei que visa proteger o usuário, porém, traz diversos benefícios para os empresários, dentre eles a credibilidade.




BRUNO FAIGLE - Sócio da Faigle Advocacia



Decisões rápidas e assertivas nos negócios pós-pandemia



O momento da pandemia e a crise de saúde global geraram alguns cenários de instabilidade, de recessão econômica acelerada, que tornou crítica a necessidade de decisões rápidas e mais assertivas dos executivos. Mas ter esta consciência não é o suficiente, é preciso ter uma estratégia e agir rapidamente para que as oportunidades sejam aproveitadas e os riscos mitigados.

Segundo o Gartner, as decisões dos executivos de sucesso combinarão não só a esfera tradicional de faturamento, risco e custo, mas também a segurança, a continuidade e a resiliência do negócio, bem como o peso social da decisão, priorizando a comunidade, o emocional e a ética.

Para avaliar o peso e a complexidade das decisões em resposta a este momento de pandemia, pode-se ter como exemplo a primeira grande decisão que a maioria das empresas deverá tomar no âmbito de tecnologia: a continuidade do negócio no modelo home office e a abertura emergencial de canais digitais de vendas e atendimento. Neste cenário, alguns fatores precisarão ser priorizados: rápida disponibilidade e experiência dos colaboradores aliadas a uma estratégia de custo que torne viável esta implementação e sua continuidade. Para isto, as tecnologias em nuvem serão preponderantes neste momento, um driver acelerador da transformação rápida, trazendo alguns anos de evolução a serem realizados em curto espaço de tempo.

Porém, utilizar nuvem não é simples. Fazer uma gestão de custo especializada dos ambientes de cloud, garantir otimização e a adequação constante dos custos à nova realidade do negócio tornarão viável a utilização do ecossistema de nuvem, que possibilitará a agilidade que o negócio necessitará nestes novos momentos que virão. É assim que a disciplina de FinOps se torna o braço direito do negócio, aproximando o resultado da nuvem à performance que a empresa está viabilizando em tempos de pandemia.

Além da gestão de custo, é importante estar atento à gestão de segurança que precisa se adaptar ao “novo normal” do home office, com informação distribuída e com a exposição de capacidades por meio de novos canais digitais, integrando rapidamente toda uma cadeia de fornecedores, que sofrem com uma nova visão de logística no mercado.

E acima de toda esta operacionalização horizontal do mercado, que tem sido viabilizada por tecnologias em nuvem, observa-se a necessidade de agregar e modernizar o negócio em curto espaço de tempo. Com base neste raciocínio, uma crescente tendência é fortalecida: a integração com soluções em SaaS (Software as a Service). O uso de soluções prontas, ágeis na implantação, nativas para a nuvem e pensadas no “pague pelo uso” são o caminho de viabilizar de forma confiável, flexível e rápida na transformação digital ou, para aqueles que ainda estão se encontrando na “adaptação digital”.

A realidade é nova, o contexto mudou, e os executivos precisam estar conectados com este outro mindset, com acesso as melhores tecnologias e os melhores parceiros para uma melhor tomada de decisão. E é com esta visão que grandes empresas vêm aplicando fortemente a transformação digital, utilizando as melhores tecnologias e metodologias em nuvem para acompanhar todos os parceiros nesta mudança.






Daniel Quintão - diretor de serviços Cloud do Grupo Stefanini

5 dicas para ser um empresário produtivo na quarentena



Os proprietários de pequenas empresas, presos entre dificuldades financeiras e riscos à saúde, precisam aprender a operar da maneira mais eficiente possível, na segurança do homeoffice. “Os empresários tendem a ser pessoas sociais, mesmo as introvertidas, mas não é possível administrar uma empresa sem conversar com parceiros, fornecedores, funcionários, prospects e clientes regularmente”, afirma Tathiane Deândhela, que é palestrante internacional e especialista em produtividade, marketing, negociação e liderança com formação em universidades como FGV, Harvard, Atlanta e Ohio.

Segundo a especialista, é fato que algumas empresas fecharão suas portas durante esta pandemia e nunca reabrirão. Outros enfrentarão a tempestade e se posicionarão para prosperar do outro lado. “Os empresários não podem controlar a data final da quarentena, mas podem controlar o que fazem enquanto isso”, explica Deândhela.


1) Delegar trabalho sempre que possível

A economia de tempo sem a necessidade de se deslocar é inegável, mas é fundamental que esse tempo “ganho” não seja desperdiçado em tarefas que distraem os objetivos reais. O trabalho administrativo, manutenção e contabilidade consomem uma energia valiosa que pode ser direcionada para áreas mais lucrativas.


2) Aperfeiçoe a arte da supercomunicação

No ambiente de trabalho físico, a convivência diária, as conversas entre as reuniões e a linguagem corporal compõem uma quantidade surpreendente de comunicação interpessoal. Sem essas muletas, é preciso dar mais atenção à estratégia regular de comunicação digital para manter a equipe, parceiros e clientes na mesma página. “Quando utilizamos a comunicação virtual é preciso encerrar todas as conversas com uma expectativa clara, reafirmando o que foi acordado como por exemplo: Então vamos iniciar o planejamento em duas semanas. Isso está correto? ”, sugere Deândhela.


3) Gerencie o estresse de um cronograma apertado e espaço de trabalho definido

Trabalhar em casa não muda apenas o espaço do escritório. A quarentena também muda a rotina matinal, como são feitos os intervalos para almoço e café, além de como encerra o dia. “Seguir uma rotina rígida para impedir pensamentos negativos ou diminuir a produtividade é fundamental. Eu sempre sugiro se vestir como se estivesse indo ao escritório para que o cérebro entenda que é dia de produzir e não de descansar”, afirma a especialista.


4) Defina metas de curto prazo e registre seus benchmarks

É possível criar um plano de três anos para o negócio, mas isso fica complicado quando ninguém sabe como será a economia daqui a um mês. Objetivos de curto prazo podem aliviar a ansiedade reprimida, fornecendo provas concretas de progresso como definir metas relevantes para as necessidades da empresa, estabelecer parâmetros de referência para medir esses objetivos e ajustar conforme a necessidade. “No cenário atual, é provável que a empresa não consiga atingir as metas conquistadas em 2019, portanto é fundamental criar desafios diários e semanais para fornecer mais contexto ao negócio e manter a energia concentrada em uma direção positiva”, diz Deândhela.


5) Quando você sair do trabalho, saia do trabalho

Os empresários estão estressados e desejam fazer absolutamente tudo para manter os negócios saudáveis, mas nada disso é possível se nunca se desconectar do trabalho e demorar um momento para respirar. É importante dedicar um tempo todos os dias para se afastar do trabalho, passar algum tempo com a família, fazer exercícios em outra sala, meditar, ouvir música ou ler um livro. “A empresa merece um gestor da melhor maneira possível, mas quando você se esforça ao ponto da exaustão, acaba ficando sem combustível. Não importa quão jovem você seja ou quanto se importe, você precisa dormir e descansar para ser o líder que sua empresa merece. Um dia, isso também passará. Esse dia não chegará neste mês ou no próximo, então não gaste o presente esperando ansiosamente pelo futuro. Aprenda a ser o seu eu mais produtivo em casa, para que você possa manter seus negócios avançando durante e após esta crise”, finaliza Deândhela.



Divulgação

Tathiane Deândhela - palestrante internacional e especialista em produtividade, marketing, negociação e liderança com formação em universidades como FGV, Harvard, Atlanta e Ohio. Como especialista em Produtividade escreveu os best-sellers: “Faça o tempo trabalhar para você”, que já está na 5ª edição e o recém-lançado “Faça o tempo enriquecer você”, que já está entre os mais vendidos.



A evolução do trabalho durante e pós a pandemia


 A constituição do trabalho vinha, há alguns anos, anunciando uma nova geografia, que incorpora, em sua estrutura, a tecnologia e a adoção de processos mais maleáveis e inteligentes.
Em 2018, por exemplo, o IBGE registrou um total de 3,85 milhões de profissionais atuando em home office, seguindo uma clara tendência por relações trabalhistas baseadas em confiança, flexibilidade e autonomia.
Mas, estas transformações, que caminhavam de forma tímida e ainda representavam um estado futuro, foram antecipadas pela pandemia da covid-19 e, de um dia para o outro, tivemos que nos ajustar a uma nova realidade de trabalho. 
Agora, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), 67,4% dos trabalhadores formais estão operando remotamente no país. E, apesar das muitas dificuldades apresentadas por este cenário, as empresas brasileiras já demonstram um bom nível de adaptação. 
Alguns benefícios socioeconômicos também se tornaram perceptíveis com a nova dinâmica, entre eles: o fim do tempo de deslocamento e a diminuição de grandes problemáticas urbanas, como trânsito, transporte público e poluição.
De acordo com a Cetesb, na primeira semana de isolamento houve uma queda de 50% da emissão de agentes poluentes na cidade de São Paulo. E os trabalhadores, que gastavam, em média, 3 horas diárias com locomoção, ganharam mais tempo e comodidade. Como aponta o estudo realizado pelo Instituto Renoma, isto gerou um índice de 44% de satisfação entre os profissionais contemporâneos. 
O ecossistema empresarial, por sua vez, também está colhendo frutos, como o aumento de até 30% na produtividade e uma economia de 15% em infraestrutura para cada colaborador a distância.  
Como sabemos, ainda que a crise atual seja passageira, seus impactos na rotina social serão permanentes, e uma das poucas previsões possíveis para o período pós-pandemia é a de que o mercado de trabalho não voltará para seus moldes tradicionais. 
Das muitas mudanças de cenário, a mais importante é, com certeza, o estabelecimento de novos valores e aptidões nas relações de trabalho.
As empresas atuais precisam, portanto, abandonar características obsoletas, como a necessidade de controle e a desconfiança, para adotar posicionamentos de compromisso e cuidado, físico e emocional, com seus colaboradores.
É normal que, neste contexto, experimentemos sensações de medo, insegurança e apego a tradições, afinal, processos seculares estão sendo postos em xeque de uma só vez. 
A distância e o home office, por exemplo, geram angústias ao banir, de forma drástica, as relações de comando e controle com as quais estávamos acostumados a aplicar e mensurar disciplina e produtividade. Porém, isto não representa a extinção das boas práticas, apenas que elas foram deslocadas de um ambiente simbólico para o outro. Sendo assim, confiança, transparência e foco na entrega passam a ocupar um lugar central nas gestões organizacionais. 
O “novo normal” também exige a substituição da velha mentalidade de chefes VS funcionários por uma outra, que convoca todos os membros de uma empresa a se comportarem como sócios dela, incorporando mais liderança, responsabilidade e protagonismo em suas atividades.
Assim, fica evidente que a pandemia não está moldando apenas a forma de ser do trabalho, mas também dos próprios trabalhadores, que precisam se adequar a necessidades e competências diferenciadas.
O perfil do futuro, neste aspecto, é criativo, resiliente, crítico, colaborativo, autogerenciável e capaz de tomar decisões e solucionar problemas complexos com eficiência e autonomia.
No pós-pandemia, serão valorizadas as pessoas que apresentarem posturas mais empreendedoras, no sentido de perseguir propósitos e desempenhos relevantes. 
A própria noção de “emprego” deve ser superada, criando profissionais que sentem prazer em suas funções e desfrutam com a possibilidade de agregar e contribuir para o crescimento geral. A busca por significado, autoconhecimento e senso de utilidade são, portanto, umas das principais características do colaborador pós-crise. 
Por fim, não podemos nos esquecer do papel essencial da tecnologia nestas transformações, entidade responsável pela instituição de uma sociedade híbrida. 
Na realidade atual, aparatos digitais se tornaram indissociáveis das práticas sociais e, não apenas estão facilitando nossa rotina, como nos ensinando outros modos de existência e relacionamento com o mundo. 
Inclusive, conceitos como espaço e tempo estão ganhando novas perspectivas e a própria noção de “presença” está passando por adaptações. O isolamento também provou, de forma incontestável, que a distância é, de fato, apenas o trajeto de um ponto e outro e, não, um obstáculo.
A partir de agora, por exemplo, uma mesma equipe poderá contemplar perfis heterogêneos e situados em locais distintos do globo, com maior fluxo de saberes, culturas e opiniões. Afinal, já entendemos que a proximidade física não é um fator decisivo na produtividade de um grupo.
Para concluir, fronteiras, materiais e figurativas, foram ultrapassadas. Nossa missão, neste momento, é nos capacitar para o futuro e abraçar, com criatividade e inovação, as mudanças em curso.




Otávio Amaral - CEO do Empresômetro – Empresa voltada a inteligência de mercado. Suas ferramentas incluem listas de prospecção, que possibilitam maior assertividade, além de oferecer soluções que utilizam a mais alta tecnologia da informação, garantindo segurança na tomada de decisão de gestores de grandes empresas, como também proporciona conhecimento de mercado para pequenas e médias empresas através da ferramenta online, Empresômetro Listas.


E-commerce pode crescer ainda mais depois da pandemia



Com o cenário de pandemia que estamos vivendo nos últimos meses, empresas e setores que estão associados a tecnologia ganharam ainda mais força e confiança dos consumidores. Um exemplo disso, é o mercado de e-commerce que já vinha crescendo nos últimos anos e, com a exigência do isolamento social, acelerou ainda mais este processo. Para se ter ideia, no Brasil o setor cresceu 47%, de acordo com uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), em parceria com a Konduto. 

A opção de delivery, que muitas empresas adotaram com o intuito de oferecer um serviço virtual, se tornou o único meio possível de manter os negócios em funcionamento em meio a crise do coronavírus. Neste cenário, os clientes também contribuíram para a aceleração do mundo online, já que mudaram a forma de consumir serviços e produtos e passaram a prezar pela segurança em não ter contato com o vírus, além da praticidade e conforto.

Mesmo com tantas vantagens, trabalhar com o e-commerce também requer cuidados e estratégias específicas - assim como qualquer outro negócio. Apesar da facilidade de realizar uma venda online, quem tem uma vitrine virtual enfrenta grandes desafios, como definir a precificação, contratar estratégias de marketing digital,  fazer a gestão dos processos da loja virtual, separar os produtos, levar ao correio, além de emitir nota fiscal. São muitos processos que precisam de atenção. 

Durante pandemia, a parte de logística e estoque também é outro fator bem complicado, pois tudo está sendo disputado agora. Por isso, um erro comum que muitos consumidores podem notar nesse momento são grandes e até pequenas lojas de e-commerce anunciando produtos, mas tendo que ressarcir o consumidor porque o estoque acabou. Além da gestão e logística, deve-se levar em conta uma reserva de verba para fazer uma divulgação diferenciada da loja para atrair e chamar a atenção dos consumidores de forma diferenciada, pensando na questão da concorrência.

Segurança e bom atendimento é essencial em um mundo digital

Da mesma forma que o empreendedor tem em mente que é preciso investir em uma loja física, também é necessário investir esforços para manter uma loja virtual - muito necessária para a vida de um negócio durante e após a pandemia. Nesse sentido, a segurança, que já era fundamental, tornou-se ainda mais importante quando o assunto é um mundo digital. Por isso, para montar um bom e-commerce tem que apostar em uma plataforma segura, para o site não ficar passando por oscilações, pois não há nada pior você querer comprar um produto e o site estar fora do ar. Além disso, a experiência do consumidor conta tanto quanto o atendimento em uma loja física. 

Portanto, seguindo o perfil dos consumidores com a chegada do convid-19, já é possível compreender que a tendência para os próximos anos é que o e-commerce cresça cada dia mais. Assim como escolhemos um ambiente para abrir nosso negócio e estudamos todo o cenário, essas lojas também precisam de uma avaliação e um plano de negócio específico.  Por isso, aconselho para quem deseja empreender com a ajuda da tecnologia a estudar o produto e mercado e pensar em bons parceiros, não só na área de contabilidade, mas também quando se fala em marketing digital e tecnologia.





Ariane Marta - contadora e Diretora da Brascont Contabilidade 

O novo normal das relações trabalhistas: a aproximação que nos distancia


Desde o medievo a sociedade inventa e se reinventa. À medida que o humano progride ou regride em certos conceitos e modo de viver, movimentos identificados no tempo com pontualidade descritiva recebem o epíteto de revoluções, e assim tivemos a revolução cognitiva, revolução agrícola, revolução industrial e agora na dita era pós-moderna a revolução tecnológica, apenas para citar aquelas dignas de nota. Interessante observar que esses marcos temporais se imbricam no tecido social de modo a gerar efeitos inimagináveis em todas as direções e em muitos sentidos, independente da própria participação da deidade enquanto crença individual inflada pelo secularismo.

Das cavernas para a tela do computador e “online”; da caça para o mercado do teletrabalho; do cansaço físico para o esgotamento mental; da crença no cosmos para a crença do homem em si mesmo, como o ser “autossuficiente” e soberano; dos recados que demoravam dias para chegar pelo portador para o “Whatsaap”; do homem com temor reverencial ao homem-narciso.

Todo esse escopo - que inegavelmente em certa medida se apresenta como progresso-, carrega consigo um ideal imaginário da busca do homem pela plena felicidade, sem que se perceba que somos apenas um algoritmo inserido em todo o processo social. Este nos parece, o cuidado consequencial do que vivemos, principalmente pelas significativas alterações na forma das relações de trabalho.

Isolados, em razão da pandemia do Covid-19, em apurado distanciamento social pela calamidade decretada, na era da tecnologia e da informação, jamais passamos por maior incerteza de informações face à miríade de interesses políticos, que tratam o homem como a vida fosse questão de somenos. Nesse sentido, o retrocesso é evidente.

De outro ângulo, a dita normalidade instalada nas relações entre empregados e empregadores, com trabalho à distância, reuniões telepresenciais, acabaram por transferir em parte considerável do mercado a célula operacional empresarial para o interior dos nossos lares, aproximando grande parte da cadeia produtiva e de gestão para o que chamamos de “olho no olho online”.

E estudos recentes indicam esse novo caminho das relações trabalhistas. Dados recentes do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revelou que a migração do trabalho presencial para o home office poderá ser adotada em 22,7% das ocupações nacionais, alcançando mais de 20 milhões de pessoas. Isso colocaria o país na 45ª posição mundial e no 2º lugar no ranking de trabalho remoto na América Latina.

Importante destacar que a quarentena imposta pela pandemia levou 77% das pequenas e médias empresas brasileiras para o home office. Os dados são do estudo global realizado pelo software Capterra e pelo instituto de estudos Gartner, com 4.600 profissionais de pequenas e médias empresas da Austrália, Brasil, Espanha, França, Alemanha, Itália, México, Holanda e Reino Unido, entre os dias 4 e 14 de abril. O levantamento revelou que empresas de todo o mundo estão se adaptando  ao trabalho remoto. E entre os países analisados, o Brasil é o primeiro lugar em proporção de trabalhadores remotos. A pesquisa também constatou que antes da pandemia, 42% dos trabalhadores não costumava trabalhar remotamente e, agora, 55% acredita que os negócios podem funcionar permanentemente com equipes remotas.

Já outra pesquisa realizada pela Cushman & Wakefield aponta que cerca de 85% dos executivos no Brasil enxergam mais vantagens do que desvantagens no trabalho remoto. Além disso, 73,8% das empresas pretendem adotar o sistema home office de alguma forma após a pandemia. São sinais dos tempos, um adaptação acelerada. 

Noutras palavras, há mais um ocupante nos nossos lares, pois dividimos a nossa mesa de jantar com os filhos, esposas e agora com a empresa, e tudo isso muitas vezes ao mesmo tempo. Enquanto trabalhamos arrumamos o “Ipad” do filho, jantamos, discutimos assuntos familiares importantes, como se fossemos máquinas.

Esse novo normal, se não cadenciado com o cuidado necessário, será capaz de causar o distanciamento dos próximos (família) pela aglutinação indevida dos espaços de tempo do trabalho em nossas vidas. E, de outro lado, a aproximação dos que por certo tempo do dia deveriam estar distantes (empresas e negócios), causando importante poluição mental, capaz de gerar significativos problemas em nossa saúde. Nesse caminho sem volta, o equilíbrio significa o reconhecimento de que o antigo cartão de ponto deve ser substituído pelo autogerenciamento do tempo de trabalho e a antiga macarronada da casa da vovó aos domingos, deve ser reinaugurada sem a intoxicação de qualquer meio de comunicação que a atrapalhe. Permita-se viver cada coisa em seu tempo!

         




Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho, mestre e doutor em Direito do Trabalho pela PUC-SP e professor da pós-graduação da PUC-SP e dos programas de mestrado e doutorado da FADISP-SP

Em maio, e-commerce cresce 126,9% e fatura R$ 9,4 bilhões, afirma Compre&Confie


De 01 a 24 de maio, varejo digital registrou também 23,8 milhões de pedidos, aumento de 132,8% em relação ao mesmo período do ano passado


Na contramão de grande parte dos setores da economia, o varejo digital vê seus resultados crescerem de forma significativa durante o isolamento social. De acordo com o Compre&Confie, empresa de inteligência de mercado focada em e-commerce, as compras online movimentaram R$ 9,4 bilhões durante o mês de maio (01 a 24/05), aumento de 126,9% em relação ao mesmo período do ano passado.
De acordo com a companhia, o incremento está relacionado ao volume de pedidos realizados: ao todo, foram 23,8 milhões – 132,8% mais do que no mesmo intervalo de tempo em 2019.

Em uma análise das categorias que apresentaram maior crescimento em vendas são: cartão-presente (+1041% em relação ao mesmo intervalo do ano passado), Alimentos e Bebidas (+339%), Papelaria (+303%), Brinquedos (+246%) e Móveis (+228%).

Já entre os produtos mais vendidos, os campeões em volume de vendas são: Toalha infantil (+15373%), roupas de baixo infantis (+12903%), Gel Antisséptico (+12165%), Toalha de Mesa (+9524%) e Pijamas (+9362%).

“O crescimento expressivo destas categorias podem ser facilmente explicados pela necessidade das pessoas permaneceram em suas casas após o início da pandemia no Brasil. Com os pais trabalhando em home office e as crianças impossibilitadas de irem para escola, tivemos uma mudança rápida no perfil de consumo, com produtos relacionados a alimentação, bebidas e entretenimento dentro de casa.”, explica André Dias, diretor executivo do Compre&Confie.

Com as compras concentradas em itens de menor valor, consumidores gastaram menos: o tíquete médio apurado foi de R$ 393,40, valor 2,6% menor do que o registrado no ano passado.



15 de Junho - Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa


A data foi instituída em 2006, pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa.


Segundo a Organização Mundial de Saúde, a violência contra a pessoa idosa consiste em ações ou omissões cometidas uma vez ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional da pessoa idosa, impedindo o desempenho de seu papel social. Diante disso, podemos concluir que as formas de violência contra a pessoa idosa não são apenas físicas como a maioria imagina, elas são diversas. Dentre elas podemos citar também negligência e abandono, abuso sexual, psicológica, autoagressão e até econômica no caso de alguém usufruir inapropriadamente dos bens dos idosos em questão.
“Para garantir o envelhecimento da população de forma saudável e tranquila sem medo e opressão, precisamos trabalhar intensamente na prevenção da violência, na identificação e no encaminhamento correto de casos de violência e, em especial,  preparar as novas gerações com informações, materiais e recursos educacionais, de forma a assegurar um envelhecimento digno e saudável”, afirma Jullyanne Marques, gerontóloga.


Sobre as Leis

A Prefeitura de São Paulo, por meio da Lei nº 13.671, de 26/11/2003 e do Decreto nº 48.421, de 06 de junho de 2007, regulamentou o Programa de Informação para Vítimas de Violência. Por meio da Portaria Municipal nº 1328, de 28 de agosto de 2007, a Secretaria Municipal de Saúde/COVISA/CCD/DANT4  implantou o Sistema de Informação para a Vigilância de Violências e Acidentes (SIVVA) atendendo, em especial, a notificação e registro das situações de violência contra crianças, mulheres e idosos. A partir de julho de 2015, as ocorrências de violências passaram a ser notificadas no Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN).

Importante lembrar também, que o art. 19. do Estatuto do Idoso (Lei No 10.741/2003, alterada pela Lei nº 12.461, de 2011) prevê que os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos: autoridade policial; Ministério Público; Conselho Municipal, Estadual ou Nacional do Idoso.


Como agir quando suspeitar de violência em alguma pessoa idosa

“A princípio o ideal é conversar com calma com aquele idoso para fazer com que ele confirme a situação. Depois disso, comunicar ao Conselho do Idoso, Ministério Público ou Delegacia do Idoso. Esses órgãos são os responsáveis por desencadear as medidas protetivas e de responsabilização. Nos serviços de saúde serão realizadas as notificações compulsórias da violência e acionada a rede de atenção e proteção para o acompanhamento do caso”, explica Jullyanne.

No caso do próprio idoso querer denunciar, a recomendação é que ele procure uma pessoa de sua confiança para pedir ajuda e fazer os mesmos procedimentos citados acima. É importante ressaltar que familiares e cuidadores de idosos fiquem atentos à essa violência, pois conforme mencionado, nem sempre ela é física e deixa marcas visíveis.





JULLYANE MARQUES - Graduada em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Mestre em Gerontologia pela Universidade de São Paulo. Extensão em Gerontologia Social pela PUC. Atualmente cursando MBA Executivo em Administração: Gestão de Clínicas, Hospitais e Indústrias da Saúde pela FGV. Tem sua linha de pesquisa voltada para área da Assistência domiciliar, Gerontologia e Cuidadores de idosos. Atua há 8 anos na gestão de cuidadores e na assistência domiciliar. CEO da empresa Onix Gestão do Cuidado ao Idoso.

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