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terça-feira, 9 de junho de 2020

Os 7 princípios da arquitetura de dados moderna


Uma arquitetura moderna de analytics permite criar uma cultura de resiliência dentro das empresas, além de adaptar-se às constantes mudanças do mercado

Dados são o novo petróleo! Você já deve ter ouvido essa frase e se perguntou qual a lógica por trás dessa comparação. A explicação é simples: ela evidencia a transformação que a sociedade e os negócios têm passado nos últimos anos, no qual a coleta e análise de dados se tornou o mantra para tomada de decisões mais assertivas e melhores resultados. Mas como responder às mudanças constantes do mercado, provocadas tanto pelo avanço tecnológico, como pela agitação econômica? Não há um caminho isolado para solucionar essa questão, mas atualizar a estrutura de dados é imperativo para as empresas permanecerem competitivas na nova economia.
A necessidade pela modernização aumenta à medida em que o mercado se modifica em um ritmo sem precedentes. Todos os dias surgem novos desafios que expõem fraquezas em processos manuais ou lentos, que podem levar ao colapso da infraestrutura de TI.
Mas não precisa ser assim. As organizações podem tirar proveito do analytics, que permite criar uma cultura de resiliência dentro das empresas, além de ajustar às transformações do mercado de forma ágil e eficiente. Também oferece insights valiosos para os negócios e alguns estudos mostram o seu poder. Segundo levantamento da Forbes, 50% das companhias afirmam que analytics e big data transformaram profundamente as práticas de vendas e do marketing.
Para colocar em prática, é preciso dar um passo importante: distinguir uma solução atual de data analytics de uma desatualizada. Por esse motivo, listo abaixo os principais princípios de uma arquitetura de dados moderna.

1) Orientada a resultados.
Uma arquitetura de dados moderna é centrada nos negócios, não em TI. Trata-se de gerar melhores resultados para a empresa. Ela é focada na obrigação de atender às novas demandas que surgem na indústria, e que precisam de respostas rápidas e assertivas.

2) Automação.
Premissa básica: automatizar as tarefas manuais para garantir que não está construindo processos frágeis. Pelo menos é o que fica evidenciado nos dados do Gartner. Segundo a empresa, mais de 40% das tarefas da Ciência de Dados são automatizadas.

3) Flexível.
Um sistema atualizado deve ser flexível o suficiente para lidar com os casos de uso, que ainda não estão previstos. Uma arquitetura de dados moderna também é elástica, aproveitando o poder da computação na nuvem para fornecer escalabilidade instantânea sob demanda.

4) Adaptável.
A solução deve ser capaz de se adaptar às demandas da nova economia e ao cenário de mudança contínua. As organizações podem adicionar definições e parâmetros à medida que as necessidades da empresa se expandem. Isso significa que a empresa não está limitada ao formato de trabalho que realiza hoje.

5) Inteligente.
O irreversível avanço de novas tecnologias como Inteligência Artificial (IA) e Machine Learning, nos permite afirmar que são inovações mandatórias para operacionalizar insights automatizados. A funcionalidade orientada a IA pode ajudar os usuários a coletar dados que os ajudem a identificar tendências e padrões, facilmente ignorados por humanos.

6) Seguro.
É claro que devem ser seguras, garantindo a governança em toda a cadeia de fornecimento de informações. Os sistemas precisam proteger de invasão externa, mas também controlar o acesso interno. Somente usuários têm permissão para acessar e usar as informações apropriadas para suas funções.

7) Colaborativo.
Por fim, uma arquitetura de dados moderna deve ser colaborativa, o que permite dar suporte para o compartilhamento das informações coletadas de vários departamentos ou mesmo fora da empresa, garantindo que todos estejam trabalhando com os mesmos dados.
Hoje, as empresas precisam unificar dados complexos em suas organizações e trazê-los para uma única visão integrada dos negócios. Os relatórios precisam ser rápidos e fáceis para que a companhia possa gerenciar as necessidades em constante mudança do seu segmento e dos seus clientes. A agilidade e resiliência são fundamentais nesse processo. Somente arquiteturas de dados atualizadas podem oferecer às companhias as informações necessárias para se adaptar e permanecer relevantes.



Antonio Brito - é Sr Principal, Digital & Value Engineering, Infor LATAM



Especialista alerta sobre risco de multa trabalhista durante a pandemia


O advogado especialista em Direito Empresarial, Sandro Wainstein, analisou a decisão do STF que determinou o Coronavírus uma doença laboral.


A flexibilização dos decretos municipais e estaduais resultou em um retorno gradual das atividades das empresas. Com isso, surgem preocupações nas relações trabalhistas em função do risco de contaminação e um dos pontos importantes de serem analisados é a possibilidade de a Covid-19 ser enquadrada como uma doença laboral pela Justiça do Trabalho e a possibilidade de multa por parte dos auditores fiscais do setor. Segundo o advogado especialista em Direito Empresarial, Sandro Wainstein, as empresas precisam garantir a segurança de seus funcionários e se prevenirem.

“As empresas deverão intensificar as medidas protetivas contra a doença junto aos empregados, por meio do fornecimento dos devidos EPIs, delimitação da distância mínima e afastamento daqueles empregados que se enquadram no grupo de risco, para assim diminuir eventual caracterização de doença ocupacional em razão da Covid-19” explica o advogado que mesmo com todas medidas tomadas ainda existe a possibilidade da empresa ter que arcar com multas.

“De fato, por maioria, os ministros do Supremo Tribunal Federal entenderam, no dia 29 de abril, que é possível caracterizar a Covid-19 como doença laboral. Além disso, ficou definido que os auditores fiscais do trabalho devem ter mantidas as funções sancionatórias mesmo durante a pandemia”, esclarece Sandro Wainstein. A definição da COVID-19 como doença laboral define que a  contaminação e consequente possível situação de incapacidade para o trabalho do empregado deverá ser analisada pelo INSS da mesma forma que as demais situações que suportam o pagamento de benefício, ocupacional ou não, pela empresa.


A prorrogação da MP 936 e seus efeitos práticos



A Medida Provisória 936/2020, publicada em 01/04/2020, instituidora do programa emergencial de manutenção do emprego e renda e que possibilitou a suspensão dos contratos de trabalho e/ou redução de jornada, teve seus efeitos prorrogados, considerando a publicação do Ato nº 4 de 2020, publicado em 28/05/2020 no Diário Oficial da União.

A vigência inicial da MP era até o final de maio e caso não ocorresse sua prorrogação, perderia seus efeitos. Vale mencionar que não se pode mais estendê-la e tal medida precisa ser votada para que não perca sua validade, todavia já foi encaminhada ao Senado e tem previsão de votação para a próxima semana.

Frise-se que não ocorreu qualquer alteração do conteúdo da MP, não havendo, portanto, nenhuma alteração em seus prazos ou outras disposições.

Imprescindível salientar também que a prorrogação só pode ser aplicada para as empresas que ainda não se utilizaram dos institutos, ou seja, os empregadores que já suspenderam os contratos de trabalho ou reduziram as jornadas de seus colaboradores, não poderão prorrogar os prazos já convencionados nos acordos firmados.

A MP em questão permitiu que os contratos de trabalho fossem suspensos por um período máximo de 60 dias. Já as reduções na jornada de trabalho podem ocorrer pelo período máximo de 90 dias, com percentuais que variam de 25% até 75%. 

Mencione-se, ainda, que houve permissão de negociar individualmente com o empregado, a redução de jornada e salário, no percentual máximode 25%. Para redução maior, é necessária a participação do sindicato dos empregados.

Para os empregados, existem duas grandes vantagens na aplicação de tais institutos, sendo a primeira a própria preservação dos postos de trabalho, haja vista a redução de valores da folha de pagamento das empresas.

Já a segunda vantagem consiste na aquisição de estabilidade do emprego, uma vez que durante o período de duração da suspensão ou redução, o empregado não pode ser demitido, inclusive por igual período, após o término da suspensão ou redução.

Na verdade, a dispensa até pode ocorrer, todavia o empregador estará sujeito ao pagamento de multa ao trabalhador, equivalente ao percentual de redução convencionado ou a 100% do salário que o empregado teria direito no período de garantia provisória no emprego, nos casos de suspensão ou redução salarial superior a 70%.

Outro ponto merecedor de destaque é que a partir da publicação da MP 936/2020, inúmeras empresas firmaram com seus colaboradores os acordos de suspensão de contrato, com validade de 60 dias, todavia, a esperança de todos é que neste período o problema da pandemia já estivesse solucionado e as empresas poderiam retomar suas atividades.

Veja-se, no entanto, que o período de paralisação e/ou redução das atividades ainda não cessou e o prazo de muitos contratos suspensos já está praticamente finalizado, por isso, muitas empresas questionam o que devem fazer neste momento, já que suas atividades ainda não retornaram à normalidade, mas seus empregados precisam retornar ao trabalho.

Em que pese a MP 936/2020 não tratar sobre o tema, nem tampouco cogitar a possibilidade de prorrogação dos períodos, entende-se que uma alternativa possível, seria o retorno dos funcionários com contratos suspensos ao trabalho e a aplicação de redução de jornada e salário em 25%, apenas pelo período de 30 dias, considerando que foi concedido o prazo máximo de 90 dias para duração das reduções.





 Fernanda Andreoli - especialista em relações de trabalho do Massicano Advogados




Liberdade x segurança: como encontrar o equilíbrio na regulamentação das redes?



Liberdade e segurança. Duas palavras opostas e igualmente complementares podem resumir o dilema enfrentado hoje no que diz respeito à regulamentação das redes sociais. Segundo o sociólogo polonês Zygmund Bauman (1925-2017), em seu livro Cegueira Moral, encontrar um equilíbrio entre esses dois fatores é uma utopia. Essa busca gera um intenso “desconforto humano”, uma vez que sempre haverá um conflito entre a “liberdade de agir de acordo com as suas compulsões, inclinações, impulsos e desejos” e as “restrições impostas por motivos de segurança, altamente necessárias para uma vida satisfatória”.

Apesar de ser considerada quase uma missão impossível para o sociólogo, é fato que países democráticos continuam buscando uma sociedade que respeite os direitos individuais e tenham certos níveis de controle para garantir o bem-estar de todos. É o que observamos atualmente no Brasil, com o debate sobre a Lei das Fake News (PL 2630/2020). O projeto tem gerado opiniões diversas entre setores do governo e da sociedade. Segundo uma pesquisa do Ibope, 90% dos eleitores brasileiros apoiam a regulamentação de redes sociais para combater fake news. Apesar da opinião expressiva, esse dado por si só não justifica qualquer possibilidade de violação de liberdades ou censura.

Primeiro, é preciso entender que as fake news sempre existiram. Porém, com a globalização e a popularização das mídias sociais, observamos o avanço dessa prática para fins de manipulação política, a ponto de influenciar o resultado de eleições, como ficou comprovado no plebiscito do Brexit, na Inglaterra, e na última eleição presidencial dos Estados Unidos.

Considero que existam dois tipos de fake news. Há aquelas absurdamente irreais, que geram desconfiança na maioria dos leitores. Há outras bastante críveis, sendo essa suposta credibilidade o combustível para o sucesso de sua disseminação. Essas são as mais preocupantes, ao meu ver: ao agradar determinados grupos, que se identificam com aquilo que está sendo dito, a mentira é inflada de tal forma a criar uma bolha de desinformação em massa. É como se as pessoas quisessem muito acreditar em algo e a notícia viesse a confirmar uma crença.

Na Lei das Fake News, as regras sobre a moderação de conteúdo são as mais polêmicas. Ainda em discussão, a proposta determina que as empresas responsáveis por redes sociais e serviços de mensagem interrompam a circulação de conteúdos classificados como total ou parcialmente enganosos. De certa forma, empresas como Facebook e Twitter já vêm sinalizando os usuários quando um conteúdo é duvidoso, seja revelando a verdade por trás da fake news ou orientando o usuário a pesquisar em fontes seguras. No caso do Facebook, por exemplo, foi notório que haviam milhões de perfis falsos que influenciaram em eleições e outros temas importantes, então era preciso algum tipo de medida protetiva. Tendo em vista que as mídias sociais funcionam como veículos de marketing, elas devem se responsabilizar inclusive por determinados tipos de propagandas que sejam lesivas ou abusivas aos consumidores.

Além de caluniar pessoas, distorcer fatos, degradar a qualidade de relações reforçando ideias pré-concebidas que em maior ou menor grau as pessoas têm em relação a determinados assuntos polêmicos, as fake news podem ser encaradas até como uma forma de violência. O Código Penal já possui instrumentos para coibir o crime de calúnia e difamação, mas a discussão e a legislação sobre o tema vêm em boa hora. No mundo virtual, a apuração de autoria é bem mais complexa, principalmente nas redes sociais, mas não é impossível de ser feita. Também é importante lembrar que não basta criar a lei, é preciso investir nas delegacias especializadas para que ela produza os efeitos almejados. Precisamos encarar o tema com seriedade e respeito, para que possamos construir uma sociedade baseada nos princípios da verdade, da informação e da liberdade de expressão.





Dane Avanzi - advogado, empresário de telecomunicações e diretor do Grupo Avanzi.  



Isolamento social transforma o comportamento de consumo dos brasileiros


Mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais despontam para compras de abastecimento


A pandemia do novo coronavírus desafia todas as projeções econômicas e transformou o comportamento dos consumidores brasileiros. Uma das mudanças mais significativas, segundo o recém-lançado estudo Consumer Insights da Kantar, líder global em dados, insights e consultoria, foi a inclusão de novos canais na rotina de compra da população, que agora busca fazer o abastecimento em mercadinhos de bairro, pequenos varejos e varejos tradicionais para evitar aglomeração. Antes da pandemia, isso se concentrava principalmente em atacarejos.

No primeiro trimestre de 2020, em comparação com o último de 2019, mais de 2 milhões de lares passaram a comprar em pequenos varejos, mais de 1,2 milhão em varejos tradicionais e mais de 200 mil em supermercados da vizinhança.

Para 60,2% dos entrevistados a mudança deve-se à necessidade de evitar aglomerações, 59,6% a fizeram para não ter grandes deslocamentos, enquanto 53,5% a justificam pelos preços acessíveis.

O estudo da Kantar também segmentou os perfis de compra para cada tipo de canal de venda. Enquanto os minimercados atraem majoritariamente pessoas de 40 a 49 anos das classes CDE, com filhos adultos, o varejo tradicional é o preferido de quem tem até 29 anos e crianças pequenas.

Outro canal que passou por uma reformulação em seu formato para atender necessidades mais específicas do consumidor foi o hipermercado, que agora ganha relevância em missões de reposição, com tíquete médio menor e menos itens no carrinho de compras. O atacarejo também passa por uma transformação, atendendo não apenas compras de estocagem, mas também crescendo nas de reposição, movimento de fidelização dos consumidores que o frequentam.

Outros dados do relatório mostram que no primeiro trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019, o gasto médio em bens de consumo massivo subiu 7,7% e os preços 4,8%. E ao mesmo tempo em que a frequência de compra aumentou 4,6%, o que representa uma visita a mais por mês ao ponto de venda, a quantidade de unidades compradas por viagem diminuiu 1,7%. Este aumento no consumo foi detectado principalmente nas classes AB e DE.


E-commerce e Delivery

O comércio eletrônico ganhou espaço na preferência dos consumidores. Considerando toda a América Latina, houve um crescimento de 3,3 vezes nas quatro primeiras semanas após a decretação da quarentena, sendo 2,3 vezes no Brasil. 68% dos respondentes brasileiros dizem que os apps de entregas em domicílio os satisfazem totalmente no quesito velocidade, 63% na facilidade de uso, 64% na qualidade dos produtos e 77% na facilidade de pagamento. Compras por telefone ou Whatsapp e em sites ou aplicativos de supermercados também foram avaliadas:



O delivery também veio para ficar. O sistema ganhou 38% de novos usuários no primeiro trimestre de 2020 em comparação com o segundo trimestre de 2018, sobretudo na classe AB (+11%). As três categorias mais beneficiadas foram fast food, pizzas e pratos/refeições, sendo os adultos e jovens adultos os públicos que mais impulsionaram o consumo de indulgências.
  


Cestas

Outra alteração significativa foi no hábito de compra. No pré-isolamento o objetivo dos consumidores foi grande estocagem, especialmente das cestas de limpeza e alimentos. Já no final do mês de abril, alimentos e bebidas se destacaram, e o setor de higiene e beleza passou para segundo plano. A dinâmica de compra de fim de mês foi suavizada, com tendência de retração.

Na semana de 4 de maio, em comparação com a de 9 de março, os brasileiros optaram por opções mais indulgentes dentro de casa. O consumo de ingredientes para doces e de cerveja cresceu: leite condensado 61%, creme de leite 45%, cerveja 42% e leite 39%. Por outro lado, houve queda na compra de itens como queijo, fraldas e frangos.


Presença de bebidas alcoólicas

A partir de 20 de março, devido à necessidade de isolamento social, o consumo fora do lar de cervejas foi trocado para o dentro do lar. Só nos finais de semana houve um crescimento de 9% de ocasiões da bebida quando analisamos o primeiro trimestre de 2020 versus o mesmo período do ano passado.

O mesmo aconteceu com vinhos, que ganharam 19% de novas ocasiões durante a semana e 6% aos sábados e domingos. Quase 90% de seu consumo é feito como acompanhamento de pratos.

Saúde mental nas aulas a distância: sete dicas para garantir ambientes seguros e saudáveis


O período de distanciamento social pode desencadear uma série de sentimentos em docentes e estudantes, com potencial de impactar diretamente no processo de aprendizagem. Em bate-papo online com educadores de escolas públicas e particulares, Carolina Brant - designer pedagógica da Geekie e certificada em Social-Emotional Learning and Character Development (Rutgers School of Arts and Science e College of Saint Elizabeth) - ofereceu dicas e suscitou reflexões sobre como preservar a saúde mental de professores e alunos. A íntegra da live pode ser acessada no link: https://www.youtube.com/watch?v=wttnIjzp35c



 A pandemia da Covid-19 está tendo um efeito profundo na saúde mental dos jovens, de acordo com uma pesquisa do Instituto YoungMinds. O levantamento da organização não governamental revela que os estudantes entendem a necessidade do distanciamento social, mas relatam o aumento de ansiedade, de problemas para dormir, ataques de pânico e até desejo de se automutilar. O mapeamento Sentimentos e percepção dos professores brasileiros nos diferentes estágios do coronavírus no Brasil, do Instituto Península, mostra que oito em cada 10 educadores não se julgam preparados para ensinar a distância; eles se declaram ansiosos e despreparados para o contexto de trabalho atual. Com esse quadro, especialistas alertam que ao retornar às aulas presenciais, mais importante do que recuperar eventuais conteúdos perdidos é a preocupação com a saúde da mente não apenas dos estudantes, mas de toda a comunidade escolar.

Lidar com as emoções a partir da inteligência emocional é uma das dicas da Geekie, empresa que é referência internacional em educação com apoio de inovação.  Em bate-papo online com educadores de escolas públicas e particulares, Carolina Brant – designer pedagógica da Geekie e certificada em Social-Emotional Learning and Character Development (Rutgers School of Arts and Science e College of Saint Elizabeth) – analisou opções para preservar o equilíbrio socioemocional e suscitou reflexões sobre como preservar a saúde mental de professores e alunos. 

A inteligência emocional – habilidade para reconhecer as emoções em si e nos demais, discriminar entre elas e usar essa informação para gerenciar bem ações e pensamentos – é um dos instrumentos para lidar com emoções que impactam no desempenho acadêmico e profissional. Segundo Carolina Brant, designer pedagógica da Geekie, é importante que o educador se mantenha aberto para reconhecer as próprias emoções e reações – e para auxiliar os alunos a desenvolverem essa habilidade. “O PhD em Psicologia, Marshall B. Rosenberg, autor da obra e do método Comunicação Não Violenta, afirma que o nosso repertório de palavras para rotular as pessoas costuma ser maior do que o usado para descrever claramente os nossos próprios estados emocionais. Carol S. Dweck – professora da Universidade de Stanford e autora de Mindset, A nova psicologia do sucesso – defende que somos capazes de nos modificarmos e desenvolvermos por meio do próprio esforço e da experiência. Ou seja, podemos transformar uma mentalidade fixa em de crescimento. O que eles querem dizer? Que temos que investir no autoconhecimento e transformar os comportamentos que dificultam a nossa jornada. Inspirar, respirar e não pirar”, afirma.

Na mentalidade fixa, por exemplo, há pensamentos que ocupam a mente dos educadores como “está tudo pesado demais e tenho muita sobrecarga”; “não sei dar aulas”; “aulas a distância nunca vão funcionar, prefiro aulas presenciais”; e “a volta às aulas presenciais vai ser outro grande problema de adaptação”. Mauro Romano, educador parental, professor e sócio-diretor da Geekie explica que em uma mentalidade de crescimento, essas elaborações são substituídas, respectivamente, por “posso escolher minhas ações e tomar medidas que irão me ajudar a superar isso”; “tenho a oportunidade de conhecer novas ferramentas e descobrir como a tecnologia pode tornar aulas a distância mais práticas para mim e minhas turmas”; “aulas a distância funcionam e há atividades que podem se tornar mais simples e engajantes”; e “fazer uso da tecnologia neste momento irá ajudar a potencializar a aprendizagem no retorno às aulas presenciais”.


Ambiente seguro

O que compõe um ambiente seguro? Para Carolina, atitudes como escutar, acolher, empatia, confiança, compartilhar (não julgar) e pedir ajuda. “Para demonstrar acolhimento, o educador pode estabelecer combinados de empatia e não julgamento para promover conexão e apoio; incentivar o uso de câmera para aumentar o senso de pertencimento; chamar estudantes pelo nome, propor perguntas direcionadas a cada aluno, sugerir que usem microfone para a interação. Além disso, estabelecer rotinas que proporcionem espaços de troca”, avalia.

Para desenvolver repertório para lidar com as emoções, a escola pode provocar circunstância para o aluno vivenciar e refletir. “Entre as dicas, criar um pote da gratidão em cada (ajuda na reflexão); desenvolver atividades para nutrir a mentalidade de crescimento como reescrever frases de mentalidade fixa; reescrever histórias, ou seja, analisar gatilhos e rever como poderia ser diferente; criar um diário de bordo para registrar gatilhos de ansiedade; e provocar momento de reavaliação”, afirma.


DICAS PARA EDUCADORES

Carolina Brant e Mauro Romano enumeraram sete dicas que podem ajudar os educadores a lidar com a própria saúde socioemocional e dos seus alunos. 

# 1 | Busque atividades para diminuir o estresse: o que você se sente bem fazendo? O que faz com que alivie a mente?

#2 | Crie uma rotina.

#3 | Desenhe um plano a partir da análise das próprias dificuldades, o que deve fazer para superar, com quem pode contar e o que espera agora.

#4 | Peça ajuda! Você não precisa lidar com tudo sozinho.

#5 | Na escola, foque na identificação e reconhecimento das emoções. Por trás das câmeras, como estamos? Como cada aluno se sente?

#6 | Observe como o corpo docente se sente; como os estudantes estão se comportando: e como está o diálogo com a família. Para isso, use a dinâmica “Cor, Símbolo e Imagem”, na qual você escolhe uma cor, um símbolo e uma imagem que representem ou capturem a essência de como você tem se sentido.

#7 | Faça atividades para diferentes formas de expressão: os estudantes podem produzir um meme para se expressarem; fazer uma nuvem de palavras para gerar identificação; e usar jogos como o GROK.

“Em resumo, para lidar com o impacto da pandemia na saúde mental, temos que reconhecer e identificar as nossas emoções; criar conexões com pessoas e buscar apoio;  e desenvolver mecanismos para lidar com as emoções”, finalizam Carolina e Romano.




Geekie


E-commerce no Brasil cresce 51% durante pandemia; veja lojas e setores que mais se beneficiaram


Levantamento feito pela Conversion, consultoria de performance & SEO, analisou 50 principais lojas online do Brasil

Eletrônicos, Moda e Casa & Móveis foram os que mais cresceram (106%, em média). Turismo foi o único setor a registrar queda: -79%

No último mês (maio), os principais sites de e-commerce brasileiros registraram 1 bilhão de visitas e um crescimento médio de 51% na sua audiência em relação a fevereiro, período anterior à pandemia.

Os dados foram levantados pela Conversion, consultoria de performance & SEO, utilizando dados da plataforma SimilarWeb para contabilização de número de visitantes.

No cenário analisado, destacaram-se os seguintes setores com os respectivos aumentos, em comparação ao início da pandemia: 1. Eletrônicos (136,72%); 2. Moda (95,27%); 3. Casa & Móveis (85,39%); 4. Pet (65,56%) e 5. Comida (61,40%). Apenas o setor de Turismo caiu (79%).

“As pessoas estão mais em casa e começaram investindo em itens essenciais ou que não puderam ser comprados no varejo tradicional, que se encontra fechado”, afirma Diego Ivo, CEO da Conversion. “A pandemia acelerou fortemente o e-commerce e vai criar uma nova corrida pelas vendas online entre as empresas”, prevê Ivo.


Setores que mais cresceram

 
Setor
Crescimento médio
Eletrônicos
136,72%
Moda
95,27%
Casa & Móveis
85,39%
Farmácia & Saúde
43,28%
Pet
65,56%
Comida
61,40%
Média geral
51,16%
Grandes varejistas
50,04%
Mercado
50,01%
Cosméticos
40,80%
Outros
16,81%
Educação & Livros
11,69%
Importados
2,07%
Turismo
-79,41%

 

Uma nova corrida e-commerce no Brasil

Seguindo a linha de empresas como Amazon, Facebook e Apple, que já superaram seu valor de mercado pré-coronavírus, no Brasil espera-se uma nova corrida pelo e-commerce, que se tornou a única modalidade de vendas para muitos varejistas.

Durante a pandemia, o e-commerce foi o único canal de vendas para praticamente todos os varejistas (B2C – Business to Consumer) e até indústrias, que chegam ao online pela modalidade de vendas conhecida como D2C (Direct to Consumer). Vendas online aumentaram 51%.

Pensando nesse movimento, a Conversion preparou um guia para e-commerce (https://www.conversion.com.br/blog/o-que-e-ecommerce/), que traz as melhores práticas para operação, site e marketing de sites de comércio eletrônico e também tem visto um aumento na demanda por estratégias online.

“No primeiro momento as empresas tomaram um verdadeiro susto, mas muitas empresas já perceberam que os canais online são a solução e os investimentos estão sendo retomados”, afirma o CEO da Conversion, que prevê um crescimento em 70% nos negócios da consultoria até o fim do ano.


Ranking dos 50 sites mais acessados no pico da pandemia

Veja na tabela abaixo o ranking dos principais sites de e-commerce no Brasil ordenados a partir do número de acessos (em milhões), no mês de maio de 2020.

 
Nome da Loja
Categoria
Número de acessos (em milhões)
MercadoLivre
Grande varejo
253,147
Americanas
Grande varejo
139,644
Amazon
Grande varejo
85,810
Magazine Luiza
Grande varejo
71,940
Casas Bahia
Grande varejo
69,566
AliExpress
Grande varejo
30,220
Submarino
Grande varejo
28,758
Extra
Grande varejo
22,266
Elo7
Outros
21,010
ShopTime
Grande varejo
20,989
Carrefour
Mercado
18,036
Dafiti
Moda
17,760
PontoFrio
Grande varejo
17,490
Madeira & Madeira
Casa
16,640
Apple
Eletrônicos
13,710
Leroy Merlin
Casa
12,910
Riachuelo
Moda
12,110
iFood
Comida
12,100
Natura
Cosméticos
11,580
Estratégia Concursos
Educação & Livros
11,480
Gran Cursos Online
Educação & Livros
11,360
Samsung
Eletrônicos
10,585
Zattini
Moda
9,788
Lojas Renner
Moda
8,966
Fast Shop
Eletrônicos
8,648
O Boticário
Cosméticos
8,633
Wish
Importados
8,284
Avon
Cosméticos
8,274
Marisa
Moda
8,259
C&A
Moda
8,134
Loja do Mecânico
Outros
6,000
Estante Virtual
Educação & Livros
5,896
eBay
Importados
5,808
Saraiva
Educação & Livros
5,649
Ultra Farma
Farmácia & Saúde
5,303
Ricardo Eletro
Eletrônicos
4,606
Havan
Grande varejo
4,559
DrogaRaia
Farmácia & Saúde
4,501
Drogasil
Farmácia & Saúde
4,119
Petz
Pet
3,942
Pet Love
Pet
3,831
Booking
Turismo
3,811
Polishop
Eletrônicos
3,458
Growth Supplements
Farmácia & Saúde
2,316
ShopFácil
Grande varejo
2,855
Pão de Açúcar
Mercado
2,700
Decathlon
Moda
2,574
Decolar
Turismo
2,011
ViajaNet
Turismo
1,119
Livraria Cultura
Educação & Livros
1,060




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