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quarta-feira, 15 de maio de 2019

Um terço dos ex-funcionários ainda têm acesso aos arquivos das empresas onde trabalhavam


As empresas se arriscam cada vez mais a perder dados, simplesmente porque não restringem as ações de funcionários atuais e antigos. Incrivelmente, um terço (33%) dos profissionais ainda têm acesso a arquivos e documentos de um empregador anterior, o que coloca em perigo a integridade de dados e a subsistência da empresa, de acordo com a nova pesquisa da Kaspersky Lab, Organizando a desordem digital nas empresas’. Antigos funcionários também podem usar esses dados para fins próprios, por exemplo, em um novo trabalho, ou podem excluí-los ou danificá-los acidentalmente. Como resultado, a recuperação de dados exigirá tempo e esforço que, de outra forma, poderiam ser investidos em tarefas de negócios mais úteis.


Atualmente, todas as empresas estão submersas em arquivos digitais, usando aplicativos de colaboração, documentos online e serviços de compartilhamento de arquivos. Assim, pode ser difícil manter o controle de quais dados estão onde, quem tem acesso a eles, quando e como. No entanto, essa falta de objetividade relacionada à ‘desordem digital’ não é a única dor de cabeça das organizações: não conseguir bloquear os dados que estão online pode representar uma desvantagem ou até mesmo uma ameaça para a empresa.

O risco de acesso não autorizado a arquivos de trabalho pode estar nas pessoas mais óbvias: funcionários que não estão mais na empresa, mas não foram retirados do serviço de e-mail, do aplicativo de mensagens instantâneas ou dos documentos no Google corporativo. A situação é especialmente preocupante porque esses recursos incluem propriedade intelectual, segredos comerciais ou outros dados reservados ou confidenciais que, se liberados, podem ser usados por cibercriminosos ou concorrentes para obter vantagens. Dentre os pesquisados pela Kaspersky Lab, 72% admitiram trabalhar com documentos que contêm diversos tipos de dados sigilosos.

O estudo também mostrou que, por conta da desordem dos dados digitais, os funcionários perdem tempo procurando o documento ou os dados de que precisam armazenados em locais diferentes. 57% do pessoal que trabalha em escritórios acham difícil localizar um documento ou arquivo durante o trabalho. A mesma parcela (58%) também usa o mesmo dispositivo para uso pessoal e profissional, o que significa que essas informações em vários dispositivos podem estar duplicadas ou desatualizadas, causando confusão e possíveis erros no trabalho. Essa desordem digital também pode levar ao comprometimento dos dados, caso caiam nas mãos de terceiros ou até de um concorrente. As consequências disso poderiam ser multas e ações judiciais de clientes decorrentes da violação de um contrato de não divulgação ou da legislação de proteção de dados.

Nesse âmbito, é importante citar a Lei Geral de Proteção de Dados que está prevista para entrar em vigor em agosto de 2020 no Brasil. Baseada no GDPR, um conjunto rigoroso de normas sobre privacidade vigente na União Europeia, a nova lei regulamenta o tratamento de dados pessoais de clientes dentro das empresas que trabalham diretamente com isso. Por esse motivo se torna imprescindível a atenção com a disponibilidade desses dados e de quem pode acessá-los. O problema do acesso adequado a recursos de trabalho também é reforçado pelo fato de que apenas menos de um terço (29%) dos profissionais admite compartilhar suas credenciais de usuário e senha de dispositivos de trabalho com colegas. Na cultura dos escritórios de hoje, com espaços abertos e trabalho colaborativo, frequentemente os funcionários tendem a não estabelecer limites, mas compartilhar tudo com seus colegas, de clipes de papel e ideias a mesas, tarefas e até dispositivos. Hábitos ruins de uso de senhas e o excesso de liberdade em relação aos dados corporativos podem parecer inofensivos e não causar uma violação diretamente, mas certamente indicam a necessidade de um conhecimento mais amplo sobre os riscos envolvidos.



Arquivos digitais em desordem e o acesso sem controle a dados podem levar a violações e incidentes cibernéticos, mas, na maioria dos casos, provavelmente causarão apenas contratempos no trabalho, perda de tempo e de energia relacionados à recuperação de arquivos perdidos. Para as empresas, especialmente as menores, que se desenvolvem ativamente e se esforçam para ser eficientes e competitivas, essa é uma situação indesejável. Combater a desordem, administrar direitos de acesso com cuidado e usar soluções de cibersegurança não envolve apenas a proteção contra ameaças cibernéticas. É uma garantia de trabalho eficiente sem interrupções, onde todos os arquivos estão no lugar certo e os funcionários podem alocar seu tempo para alcançar suas metas de negócios, com todos os dados de que precisam à disposição”, diz Sergey Martsynkyan, chefe de marketing de produtos B2B da Kaspersky Lab.

Para assegurar que a desordem digital não perturbe suas práticas de segurança de dados, os seguintes procedimentos podem ajudar:
  • Configure uma política de acesso a ativos corporativos, incluindo caixas de e-mail, pastas compartilhadas, documentos online: todos os direitos de acesso devem ser cancelados assim que um funcionário se desliga da organização;
  • Lembre os funcionários periodicamente sobre as regras de cibersegurança da empresa para que eles entendam o que é esperado deles e esses procedimentos se tornem quase instintivos;
  • Use a criptografia para proteger os dados corporativos armazenados nos dispositivos. Faça backup dos dados para garantir que as informações estejam seguras e possam ser recuperadas, caso ocorra o pior;
  • Promova bons hábitos de uso de senhas entre os funcionários, como não usar informações pessoais, não as compartilhar com outras pessoas dentro ou fora da empresa. A função de gerenciamento de senhas dos produtos de proteção pode ajudar a manter as senhas seguras e seus dados confidenciais a salvo;
  • Caso trabalhe com serviços em nuvem, é possível escolher uma solução de cibersegurança de nuvem adequada ao tamanho de sua empresa: o Kaspersky Endpoint Security Cloud para pequenas empresas e médias empresas, e o Kaspersky Small Office Security para empresas com menos de 25 funcionários. Os produtos combinam gerenciamento simplificado com recursos de proteção comprovados para os dispositivos de todos os funcionários.
Para obter mais informações sobre como evitar a desordem digital em seu espaço de trabalho ou para ler o relatório completo, acesse esta página.





Kaspersky Lab


Ressaca do Imposto de Renda traz lições importantes para o próximo ano



Terminada a maratona do Imposto de Renda, época tão sofrida para muitos, a vontade mesmo é de pensar no assunto apenas em abril do ano que vem. Afinal, há muito que se viver ainda este ano, como as férias escolares e comemorações como o Natal. Enquanto uma clareada nos pensamentos nunca é demais, não deixe o início do planejamento da próxima Declaração do Imposto de Renda para depois. Quanto antes você se organizar e buscar orientação, melhor.

O período pós-maratona do Imposto de Renda é a hora de revisar e já se preparar, sim, para o próximo. É importante que, a cada passo de suas decisões financeiras, você se informe e tenha certeza do que aquilo significa para a sua Declaração de Imposto de Renda do ano seguinte. É importante lembrar, por exemplo, que parte do rendimento de aplicações como o PGBL ou o VGBL são tributáveis. Muita gente não sabe disso e fica sabendo apenas na hora do resgate. Ou seja: acaba caindo na malha fina e tem que devolver parte de seu dinheiro para o Leão.

É por isso que o acompanhamento profissional em cada uma de suas decisões financeiras é imprescindível. Cada transação, cada investimento e cada despesa afeta seu imposto de renda e, de maneira ainda mais importante, sua declaração. Com isso em mente, é importante lembrar que nada pode ser feito a esmo. Guarde todas suas notas fiscais, por mais insignificantes que elas possam parecer. Na hora de grandes transações, então, como a aplicação em fundos de investimento, doações efetuadas, recebimento de heranças  ou compras e vendas de bens materiais como casas ou carros, a importância triplica. Saiba que tudo isso é tributado e pode fazer uma diferença enorme em 2020.

Ou seja, como quase tudo na vida, o importante é se manter organizado e buscar ajuda profissional quando for necessário. Deixar tudo para o mês de abril pode, sim, ser prejudicial ao seu bolso. A única maneira de se antecipar às surpresas que o Leão guarda é buscar informação e conhecimento, disponibilizados por consultores financeiros e demais profissionais da área.


            
Dora Ramos - orientadora e consultora financeira e diretora da Fharos Contabilidade

5 dicas para profissionais de BI se destacarem no mercado



O avanço da tecnologia modificou as competências exigidas pelas empresas e trouxe aos profissionais a necessidade de adquirirem novas habilidades. O mundo agora é movido por dados e as profissões que estão mais em alta são voltadas para pessoas que sabem, não apenas trabalhar com dados, como também são capazes de questionar, argumentar e transformar essas informações em insights essenciais para a organização.

A Alfabetização de Dados é tão importante para as companhias, que os profissionais capazes de trazer análises que agreguem valor às organizações, serão mais bem-sucedidos. Vivemos a “Era da Economia Analítica”, portanto aprender a ler e interpretar a linguagem dos dados tornou-se essencial para quem quer permanecer no mercado de trabalho.

Confira 5 dicas para profissionais de BI se destacarem no mercado:
1. Desenvolva uma mente curiosa: tome a iniciativa de descobrir coisas novas, saiba quais são as tendências. Aprofunde-se na análise dos dados que estiver trabalhando, sempre questionando por que, por que não, como, quando e principalmente a relevância daquela informação para aquele contexto.
2. Explore resultados: de posse dos dados, analise possíveis tendências, outliers (valores atípicos para mais ou para menos), constatações e conexões que, a princípio, não tem relação com o insight que busca – às vezes, a resposta que buscamos está na pergunta que não fizemos.
3. Fomente uma cultura guiada por dados: segundo a consultoria Gartner, devemos aprender a linguagem dos dados se quisermos tomar decisões cada vez mais assertivas. Por isso, no seu dia a dia, aproveite para encorajar seus colegas de trabalho a entender a cultura dos dados, implementando vocabulário e insights que os façam compreender um pouco mais sobre esse universo.
4. Fortaleça suas conexões com profissionais visionários: acompanhe, por meio de redes sociais de trabalho - como o LinkedIn, blogs e páginas sobre o tema - o que profissionais influentes nesse meio falam sobre BI e análise de dados. Isso fará com que você esteja sempre atualizado e a par do que é tendência e novidade nesse mercado. A Qlik participa de um projeto global para a alfabetização de dados chamado “Data Literacy Project”. Para conhecer mais sobre essa iniciativa, acesse www.thedataliteracyproject.org.
5. Humanize o dado: trabalhe com o dado de forma a utilizá-lo para a resolução de um problema ou que traga relevância para um determinado tema. O dado por si só é vazio, mas quando cruzado ou, até mesmo, visto dentro de um contexto, pode mostrar relações valiosas e significativas.


César Ripari - diretor de pré-vendas da Qlik para a América Latina


Como calcular o retorno de investimento em treinamentos e consultoria?



Investir em treinamentos é uma prática que proporciona à organização diversos benefícios porque melhora o desempenho dos colaboradores e, consequentemente, a lucratividade do negócio. Afinal, como pontuou Stephen R. Covey no best-seller Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes “todos temos a capacidade de evoluir e crescer, desenvolvendo um potencial cada vez maior, aprimorando nossos talentos”.

Mas como saber se a iniciativa está alcançando os resultados desejados? Para isso, é importante fazer o cálculo de retorno de investimento.  Além de avaliar o custo-benefício, a iniciativa ajuda a identificar a necessidade de novas estratégias para o aprimoramento dos colaboradores.

O retorno de investimento, em inglês, Return on Investment – ROI é uma métrica financeira que mensura a eficiência de um determinado investimento feito pela empresa. O ROI é um indicador que possibilita a análise cuidadosa dos custos e benefícios relacionados a cada investimento para verificar se eles são ou não viáveis e interessantes para a companhia naquele momento.


Como fazer o cálculo do ROI?

Para calcular o ROI deve-se dividir o lucro obtido por meio do investimento pelo valor que foi investido. Em seguida, multiplica-se o valor obtido por 100 para termos o valor em porcentagem.

Dessa forma, se uma empresa faz um investimento de R$ 10.000, que traz um retorno de R$ 30.000 para o negócio, por exemplo — ou seja, um lucro de R$ 20.000 —, o ROI calculado é de 200%.


O que considerar ao fazer o cálculo de retorno de investimento?

O cálculo de retorno de investimento para treinamentos e consultoria envolve diversas variáveis que vão além do cálculo matemático apresentado. Isso porque é preciso considerar determinados fatores, como a qualidade do serviço prestado e os impactos qualitativos que eles trouxeram à rotina da empresa. Por esse motivo, vale a pena contratar uma consultoria para ajudar a fazer um diagnóstico e definir as estratégias para obter os melhores resultados de ROI nessa área.

Veja, a seguir, os principais passos que devem ser seguidos para que o cálculo seja feito da maneira correta.


Crie objetivos e metas

Para que o retorno sobre o investimento seja bem calculado, é preciso ter objetivos e metas bem definidos, o que inclui, inclusive, estipular os prazos em que estes devem ser atingidos.

Se uma empresa deseja promover um treinamento para um time de vendas, pode definir seu objetivo como “aumentar as vendas em 20% em um ano”, por exemplo. Assim, fica claro em quanto tempo o ROI deverá ser medido e qual valor espera-se encontrar.


Levantamento dos custos do treinamento:

Tenha em mente que os custos do treinamento não se limitam somente ao valor pago às empresas que prestam o serviço, mas incluem diversos outros fatores como materiais e equipamentos (computadores e projetores) e infraestrutura (internet, salas e auditórios). Também deve ser considerado é o tempo em que os colaboradores estão no treinamento.


Identifique os elementos a mensurar

A identificação dos elementos a serem mensurados está relacionada aos benefícios obtidos com a consultoria ou treinamento como um todo, e não somente ao retorno financeiro direto. Isso acontece quando um treinamento promove um aumento na motivação e na produtividade dos colaboradores, por exemplo.

Essas melhorias podem gerar um aumento no faturamento da empresa após algum tempo da realização do treinamento. Porém, nem sempre a organização identifica que esse resultado foi impactado pela qualidade do treinamento realizado, atribuindo a outros fatores, como novos equipamentos adquiridos nesse espaço de tempo etc.

Abaixo, alguns aspectos que devem ser levados em conta no cálculo do ROI:


- A aquisição de novas habilidades ou conhecimento técnico pela equipe;

- O alcance dos objetivos e metas propostos ao investir no treinamento ou na consultoria;

- A satisfação dos colaboradores com o treinamento prestado;

- A melhoria de produtividade e a presença de colaboradores mais motivados e engajados com o trabalho;

- O maior conhecimento dos colaboradores em relação aos processos internos da empresa;

- a melhoria do clima organizacional.

É importante que todos os elementos sejam mensurados, não só após, mas também antes da aplicação dos treinamentos, para que seja possível compará-los e saber se o investimento valeu a pena.







Paulo Kretly - presidente da FranklinCovey Brasil – empresa líder mundial em eficácia corporativa e pessoal. Mestre em Administração de Empresas e graduado em Pedagogia, possui especialização em Administração e Marketing pela Fundação Getúlio Vargas e MBA com especialização em Marketing pela Hawthorne University, de Utah/USA.  Reconhecido palestrante nas áreas de liderança, administração do tempo, legado, gestão e produtividade pessoal e interpessoal. É especialista em gerenciamento do tempo e autor dos livros “5 Escolhas: o caminho para uma produtividade extraordinária”, “Figura de Transição” e “Deixe um Legado”.
 

www.franklincovey.com.br

Geração distribuída solar fotovoltaica: o novo sempre vem



A célebre frase do ex-ministro do Petróleo e de Recursos Minerais da Arábia Saudita e ex-ministro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) por 25 anos, Ahmed Zaki Yamani, de que “a Idade da Pedra não terminou por falta de pedras – e a Idade do Petróleo terminará muito antes do fim do petróleo”, não poderia ser mais emblemática para o momento presente do setor elétrico brasileiro e mundial.

O tradicional modelo de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica já não atende mais às necessidades e anseios das sociedades modernas do século XXI.

Segundo o modelo usado no século passado no mundo e no Brasil, para atender a demanda crescente por eletricidade, os consumidores têm de arcar com pesados investimentos em grandes empreendimentos de geração, no caso brasileiro habitualmente hidrelétricos e termelétricos, bem como em linhas de transmissão percorrendo vastas distâncias para levar a energia elétrica destas usinas longínquas até os centros urbanos do País.

A consequência deste modelo para a sociedade brasileira foi de um aumento médio na tarifa de energia elétrica aos consumidores, entre 1995 e 2017, de mais de 50% acima da inflação, segundo dados do Instituto Ilumina. No total, os reajustes médios acumulados somaram 557% em 20 anos, fazendo da eletricidade brasileira a quinta mais cara do planeta.

A situação tornou-se insustentável para o País, para o cidadão e para o setor produtivo, seja no agronegócio, no comércio, nos serviços ou na indústria. São justamente estes os setores com amplo potencial para gerar empregos e renda à população, desde que tenham competitividade para se desenvolver.

O setor elétrico encontra-se em meio a um importante processo de transformação, muito similar ao vivenciado pelo setor de telecomunicações há 30 anos. Na telecomunicação, devido às inovações tecnológicas fruto do próprio mercado, as maiores e mais tradicionais empresas do setor tiveram de abandonar o velho e ultrapassado modelo analógico de linhas de telefonia fixa, implementando em seu lugar um modelo mais moderno, dinâmico e digital, baseado em novas tecnologias, sistemas de telefonia móvel e novos serviços de interesse dos consumidores.

Inicialmente, as linhas telefônicas eram caras, inacessíveis à maior parcela da população, sendo que poucos tinham condições de adquirir o serviço diretamente. Tamanho era o seu valor, que as linhas fixas eram alugadas e serviam como uma fonte de renda, chegando até mesmo a serem incluídas como bens nas declarações de imposto de renda.

Deste então, felizmente, a redução de preços e a ampliação do uso da tecnologia foram enormes: a telefonia celular universalizou os serviços de telecomunicação, conectando pessoas, democratizando o acesso à informação e viabilizando uma nova onda de desenvolvimento econômico e social no mundo. As inovações trouxeram para a realidade uma era de negócios digitais, indústria 4.0, inteligência artificial, computação cognitiva, internet das coisas, big data e outros avanços exponenciais, que estão proporcionando uma evolução sem igual na história da humanidade.

A geração distribuída solar fotovoltaica representa para o setor elétrico brasileiro e mundial o mesmo estilo de onda transformadora, promotora de modernização e novas riquezas, que a telecomunicação atravessou no passado recente.

Se, há pouco mais de uma década, eram poucos os consumidores que tinham acesso à energia solar fotovoltaica no mundo, hoje já somam milhões de usuários em países tão diversos quanto Alemanha, Índia, China, Austrália, Japão, Estados Unidos, Reino Unido, entre outros.

Se, neste momento, o mundo inteiro está acelerando investimentos e incentivos para o crescimento das fontes renováveis, por que, então, ficamos com a impressão de que os interesses jogam contra este avanço no Brasil?

Por mais que ainda existam grandes grupos econômicos, com recursos e forte lobby governamental, que tentam retardar a evolução inevitável do setor elétrico, a transformação da matriz e do atual modelo já está em curso. E este, felizmente, é um caminho sem volta, rumo à modernidade.

Os sinais da modernização estão tão claros que, enquanto os monopólios de distribuição mais conservadores e tradicionais têm mobilizado um pesado lobby na tentativa de retardar o crescimento da geração distribuída solar fotovoltaica, as mesmas distribuidoras estão, em paralelo, buscando parcerias com o novo setor e estruturando suas próprias empresas de geração distribuída solar fotovoltaica para atender a demanda do mercado, preparando-se para fazer deste segmento promissor uma grande oportunidade de inovação aos seus negócios.

Como pregam as boas regras de mercado, as empresas que não se adaptarem à nova realidade e expectativas dos clientes correm o risco de perder espaço, afinal, é o consumidor que move o setor. E o desejo do consumidor está muito bem identificado: segundo pesquisa Ibope Inteligência de 2018, 89% dos brasileiros quer gerar energia renovável em casa e, segundo pesquisa DataFolha de 2016, 79% dos brasileiros quer instalar energia solar fotovoltaica em casa, se tiver financiamento disponível.

O grande apoio popular à geração distribuída solar fotovoltaica é fácil de explicar e entender: são inúmeros benefícios econômicos, sociais, ambientais, elétricos e estratégicos às pessoas, empresas, governos e à sociedade. Dentre os principais, estão: uma maior liberdade de escolha aos consumidores, que passam a poder gerar e melhor controlar seus gastos com energia elétrica; possibilidade de reduzir em até 95% a fatura mensal de energia elétrica cobrada pelas distribuidoras; a geração de milhares de empregos locais e de qualidade; o baixo impacto ambiental e a contribuição para o desenvolvimento sustentável, por meio da geração de eletricidade limpa, renovável e sustentável, sem a emissão de gases de efeito estufa, sem resíduos e sem ruídos; contribuição para diversificar a matriz elétrica brasileira e aumentar a segurança de suprimento do País; redução de perdas elétricas e postergação de investimentos em transmissão e distribuição; alívio da demanda do sistema elétrica brasileiro em horário diurno, reduzindo o acionamento de termelétricas emergenciais, mais caras e poluentes, e diminuindo os custos aos demais consumidores.

Apesar da geração distribuída estar finalmente começando a crescer no País, o Brasil permanece muito atrasado em relação ao mundo. A geração distribuída solar fotovoltaica trouxe maior liberdade de escolha a menos de 75 mil de um universo de mais de 84 milhões de consumidores cativos atendidos pelas distribuidoras, universo este que cresce a uma taxa de 1,8 milhões de novos consumidores por ano. Ou seja, a geração distribuída não representa nem meia gota sequer em um oceano de brasileiros cada vez mais pressionados por altas tarifas.

Enquanto isso, na Austrália e nos Estados Unidos, por exemplo, já são mais de 2 milhões de sistemas de geração distribuída solar fotovoltaica junto aos consumidores. Só na Austrália, uma em cada 5 residências já gera energia elétrica limpa, renovável e barata em seu telhado, a partir do sol. Ou seja, por lá, a democratização da geração distribuída solar fotovoltaica está avançando a todo pique.

O mundo mostra que a onda geração distribuída solar fotovoltaica não é uma pequena marola, que possa ser barrada com diques e trincheiras, construídos por grupos de interesse específicos, em desacordo aos anseios da sociedade. A realidade dos fatos mostra se tratar de um tsunami positivo de evolução, alimentado pela chama da inovação tecnológica e energizado pelos anseios de mercado dos próprios consumidores, cada vez mais conscientes e atentos.

Com todas estas vantagens e todo este apoio popular da sociedade, a quem interessaria retardar o avanço da nascente geração distribuída solar fotovoltaica no Brasil?
 




Rodrigo Sauaia - CEO da ABSOLAR, mestre em Energias Renováveis pela Loughborough University (Reino Unido), e doutor em Engenharia e Tecnologia de Materiais pela PUC-RS, com colaboração internacional na área de energia solar fotovoltaica realizada no Fraunhofer Institut für Solare Energiesysteme (Alemanha)


Ronaldo Koloszuk - presidente do Conselho de Administração da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR)




Como a conversa no elevador pode ampliar o seu networking?

Saber se comunicar é essencial para incrementar a lista de contatos e abrir novas oportunidades de negócios  e parcerias; por isso, aproveitar todos os momentos para troca de ideias é essencial; especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade dá dicas para uma “conversa de elevador” produtiva


Trabalhar em andares altos, tendo que enfrentar aquela fila para pegar o elevador até chegar em seu escritório, nem sempre deve ser visto como uma desvantagem. Isso porque, nesses momentos corriqueiros da vida de quem trabalha em ambiente corporativo pode apresentar um lado positivo: por que não aproveitar o “trânsito” no elevador para estreitar as suas relações com quem também trabalha no mesmo condomínio?

Segundo estudo recente da consultoria Right Management,  70% das contratações, atualmente, são fruto de indicações de outros profissionais que já estão no mercado de trabalho. E, mais do que isso, para empreendedores, o caminho deve ser o mesmo, já  que é preciso aproveitar todas as oportunidades para conquistar novos clientes. Por isso, bate-papos no elevador podem gerar novas parcerias de negócios. Mas como isso ocorre?

De acordo com a especialista em desenvolvimento humano Susanne Anjos Andrade, a resposta é simples: quando o elevador estiver subindo, tente quebrar aquele silêncio e fugir das conversas que não geram nenhum resultado de parceria como: “Nossa, hoje está frio, né?” ou “Que sono, hoje foi difícil acordar”. “Você pode até iniciar o papo com esses assuntos, mas evite prolongá-los. Pergunte no que a outra pessoa trabalha, qual o serviço que ela oferece. Por mera coincidência, você pode estar necessitando dos serviços dela, e vice-versa. Outra dica é sempre ter um cartão de visitas com você, pois, assim, estamos preparados para essas ocasiões”, ensina Susanne.

A especialista cita uma “conversa de elevador” recente que aconteceu com ela mesma e gerou oportunidade. “Vi que a ascensorista de uma universidade estava lendo um livro e perguntei se era hábito comum seu, quando ela disse que era apaixonada por leitura. Comentei que era escritora e citei os títulos dos meus três livros, para que ela escolhesse um que eu pegaria no carro. Ela disse que gostaria de ler “O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil”. Um aluno de pós-graduação ouviu a nossa conversa, disse que já tinha visto meu livro nas redes sociais, começamos um bate-papo e acabei fechando um trabalho de coaching. Sei que hoje é raro ter ascensoristas em elevador, mas o importante é incentivar o diálogo e demonstrar interesse pelas pessoas que estão ali, e colhemos frutos com isso”.


Comunicação humana é essencial para os negócios

Contudo, por mais que todos saibam que as relações humanas são fundamentais para  negócios, muitos empreendedores e até colaboradores não levam isso tão a sério e desperdiçam oportunidades -  como uma simples conversa no elevador - para criar alianças para a carreira ou o negócio. “Não importa o setor no qual você atua, a comunicação é extremamente importante e devemos prestar atenção em todos os funcionários que convivem com a gente - desde faxineiros até CEOs de empresas. Todos se cruzam em vários momentos do dia, e podem ter novidades para te oferecer”, ressalta Susanne.

Além de aproveitar o elevador como um momento para trocar experiências de trabalho, muitos condomínios já têm usado o WhatsApp para criar um grupo com todos os condôminos, também como forma de networking. “Devemos usar os meios digitais, pois nem sempre cruzaremos com todos com quem temos interesses em comum. Por exemplo, uma médica que tem um consultório em um determinado endereço, poderá ampliar seu número de clientes por indicação, ou seja, por meio de conversas e troca de experiências”.

Para a especialista, as conversas também são capazes de mudar totalmente a forma de interação de uma equipe, já que comunicar-se é um exercício que, quanto mais praticamos, mais nos aprimoramos. “O colaborador ou líder que sabe se comunicar, promover o seu trabalho, garante maiores chances de conseguir os resultados de uma maneira mais rápida e eficaz. Profissionais satisfeitos e bem-resolvidos são muito mais produtivos”, avalia ela.

Infelizmente, até hoje, não existem campanhas que intensifiquem a importância do networking nas relações de trabalho. Mas, de forma geral, com o desemprego e as dificuldades cada vez maiores para ingressar no mercado de trabalho - ou até mesmo para abrir um negócio próprio- as relações entre as pessoas estão ficando mais fortes - principalmente com a chegada do LinkedIn, uma das principais redes sociais atualmente.

“No entanto, embora o networking no ambiente virtual seja fundamental hoje em dia, o “olho no olho” faz toda a diferença e não deve ser deixado de lado. É um erro acreditar que as conexões virtuais substituem os contatos pessoais, pois são caminhos diferentes - e ambos importantes- para ampliar a rede de contatos e garantir o sucesso no mercado”, finaliza.





Susanne Anjos Andrade - Autora dos best-sellers "O Poder da Simplicidade no Mundo Ágil", recém-lançado pela Editora Gente, e "O Segredo do Sucesso é Ser Humano", e do livro digital "A Magia da Simplicidade". É coach, palestrante e professora de cursos de MBA pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (FIAP) em disciplinas sobre carreira, coaching e liderança. Também é sócia-diretora da A&B Consultoria e Desenvolvimento Humano, empresa que criou o "Modelo Ágil Comportamental", e parceira da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-SP).

De cada seis lojas de e-commerce, uma está desprotegida, aponta Serasa Experian


Sites não contam com certificado SSL que garante proteção dos dados dos consumidores; veja dicas para fazer compras seguras pela internet


O Dia das Mães é uma das datas mais movimentadas do varejo no Brasil e quem comprou o presente pela internet correu o risco de ter seus dados expostos. Isso porque a cada seis lojas de e-commerce, uma ainda não possui certificado de segurança para proteção de dados, segundo estudo da Serasa Experian em parceria com a BigData Corp. O número representa 16,4% dos e-commerces, dentre os cerca de 920 mil disponíveis online. Estes endereços não possuem o certificado de segurança (SSL – Secure Socket Layer), que promove uma conexão segura utilizando a criptografia entre o servidor e os dados trafegados, o que evita o roubo de dados durante a transação.

Apesar disso, o estudo revelou também que houve melhora no volume de lojas de e-commerce que buscaram o certificado de segurança. Segundo o levantamento dos dados de abril deste ano, 83,6% das lojas online já contam com o SSL, o que representa aproximadamente 750 mil endereços. Para se ter uma ideia, a representatividade deste número em agosto de 2018 era 79,9%. Atualmente, a internet brasileira tem mais de 23 milhões de sites, considerando todos os segmentos – e-commerce, blogs, notícias, governo, entre outros O número inclui, também, os sites inativos.

“Os brasileiros estão acostumados a comprar em lojas online, mas ainda correm riscos ao buscar produtos em sites desprotegidos. É importante estar atendo a isso e verificar se há cadeado na barra de endereço, ou se há um “s” após o http (https), indicando segurança, além da identificação de “seguro” e “não seguro” dada por alguns navegadores”, ensina Mauricio Balassiano, diretor de Certificação Digital da Serasa Experian.

Nesses períodos de grande movimento no varejo eletrônico é muito comum a tentativa de ataques por parte de hackers e cibercriminosos por meio do envio de e-mails falsos com ofertas mirabolantes e outras vantagens. “Fazer compras por meio das lojas virtuais sem dúvida é bastante prático, mas para evitar frustrações, convém tomar alguns cuidados bastante simples, mas muito importantes”, adverte Balassiano.


Veja a seguir algumas dicas:

  • Para verificar se o site é seguro, veja se ele está protegido por um Certificado Digital SSL, que identifica os servidores e protege as informações em tráfego entre o seu computador e o da loja. Para isso, basta observar alguns sinais simples. Veja se no browser há um cadeado fechado. Em caso positivo, clique em cima e verifique se o Certificado Digital SSL emitido está em nome da loja na qual você está comprando. Essa conferência pode ser feita no Selo de Segurança, que geralmente está no rodapé da página. Ao acessar o site, no endereçamento, verifique se o HTTP tem um S, ou seja, HTTPS. Essas providências garantem um ambiente seguro.
  • Desconfie sempre de ofertas com preços muito abaixo do mercado e de última hora. E-mails com valores, promoções e vantagens muito especiais merecem total desconfiança. Nesses momentos, é muito comum que os cibercriminosos usem nomes de lojas bastante conhecidas para tentar invadir os dados do seu computador. Eles se valem de e-mails, SMS e réplicas de sites para tentar pegar informações e dados de cartão de crédito, senhas e informações pessoais do comprador, explica o diretor do Serasa Experian.
  • Uma prática muito utilizada pelos golpistas no ambiente online é a de phishing. Os criminosos copiam as informações trocadas durante uma transação, dados como nome, endereço, CPF etc. Esses dados são coletados para fraude de identidade, que acontece quando dados de um consumidor são usados por terceiros para firmar negócios sob falsidade ideológica ou obter crédito sem a intenção de honrar os pagamentos.
  • É importante, também, no caso de lojas desconhecidas e em caso de desconfiança, fazer uma pesquisa em sites dedicados à avaliação de lojas virtuais, como Reclame Aqui e e-Bit. Avaliar a reputação de uma loja é uma providência essencial a partir da experiência de outras pessoas.
  • É importante também conferir as condições de entrega, tendo em vista a proximidade da data. O Dia das Mães, em movimento do comércio, só fica atrás do Natal. Por isso, é importante redobrar a atenção quanto à possibilidade de entrega do presente até a data, no próximo domingo. Na dúvida, opte por comprar noutra loja.



Serasa Experian


BigData Corp.

Especialista aponta 7 tendências para o setor de saúde


De inteligência artificial à edição de genes, CEO da iClinic, Felipe Lourenço, destaca as principais inovações que devem impactar a área de saúde nos próximos 10 anos


A tecnologia hoje é um dos maiores ativos da área de saúde. Do diagnóstico ao tratamento, passando pela gestão do negócio, todos os setores vêm sendo positivamente impactados por soluções que otimizam de alguma forma a rotina dos médicos e, sobretudo, dos pacientes.

Felipe Lourenço, fundador e CEO da iClinic, plataforma de soluções em saúde e uma das principais health techs brasileiras, acredita que o setor vai passar por uma forte revolução tecnológica nos próximos dez anos. Graduado em Informática Médica e especialista em gestão em saúde pela Universidade de São Paulo (USP), Lourenço pontua três etapas para o avanço da tecnologia aplicada em medicina. “Precisamos digitalizar os processos, padronizá-los e aí conectá-los. Com os sistemas interligados, a medicina vai alcançar altos níveis de resolutividade a um custo cada vez menor. Já existe tecnologia para isso, mas elas ainda atuam de forma individual e pontual”, avalia.

Confira abaixo as 7 tendências em saúde listadas pelo CEO da iClinic.


1) Digitalização, padronização e conexão

No mundo ideal, todo o histórico de um indivíduo deve estar disponível para qualquer instituição de saúde acessar. E por incrível que pareça, muitos consultórios e instituições ainda estão na fase do papel. E estamos falando não só de regiões mais interioranas, mas de grandes centros urbanos, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro. Se usam um prontuário eletrônico, ele não é completo. E se é completo, não conversa com outros prontuários, o que inviabiliza a conexão. Por isso, a primeira etapa para que a tecnologia possa ter impacto real na medicina em larga escala é a digitalização, padronização e conexão dos sistemas. Dessa forma, todos os dados ficam disponíveis e acessíveis.


2) Inteligência artificial

Uma vez online, os dados de saúde podem ter infinitas utilidades, especialmente quando aplicadas soluções de inteligência artificial.  A IA permite que uma máquina aprenda e chegue a conclusões lógicas baseadas em casos anteriores, uma vez que tem muito mais capacidade de memória e processamento que um ser humano. Partindo desse princípio, os desdobramentos da IA no campo da saúde são diversos. Uma vez que a medicina trabalha com protocolo, a IA deve ser cada vez mais utilizada para nortear diagnósticos, modelos de prevenção, tratamento e gestão. A decisão será sempre do médico, mas a tecnologia será cada vez mais decisiva nas análises de possibilidades.
Além disso, uma vez que a base de dados de um determinado grupo populacional esteja bastante completa, a inteligência artificial também poderá prever o tempo que um paciente em determinada condição tende a ocupar um leito, quando possivelmente receberá alta, entre outros fatores. Também é possível que o próprio sistema seja capaz de disparar automaticamente avisos de retorno periódicos aos pacientes baseado em monitoramento em tempo real. Todas essas possibilidades terão forte impacto na gestão de instituição de saúde, na prevenção, no diagnóstico e no tratamento dos pacientes.


3) Value based care

Outra revolução na área da saúde deve se dar no campo de gestão e remuneração dos prestadores de serviços de saúde como um todo. Trata-se da value based care, ou em português, da assistência médica baseada em valor. Neste modelo, médicos, hospitais, convênios, entre outros, são remunerados pela qualidade dos resultados clínicos alcançados, o que deve ser entendido como a melhor resolução possível para o problema de saúde do paciente e/ou a manutenção de seu estado saudável, pelo menor custo. Na prática, a ideia é elevar a régua da qualidade, alcançando resultados melhores com menos orçamento, o que se torna viável pela aplicação de tecnologia.
Atualmente, o modelo difundido é exatamente o oposto: conhecido como volume based care ou fee for service (pagamento por serviço), o sistema consiste na rentabilidade proveniente da quantidade de procedimentos, ou seja, quanto mais exames, quanto mais tempo o paciente fica internado, mais os prestadores ganham. Ao redor do mundo, é sabido que esse modelo vem se mostrando insustentável e pouco resolutivo.


4) Medicina preventiva

As alternativas anteriores invariavelmente colocam o foco da medicina no paciente e não mais na doença. Logo, todos os esforços médicos e tecnológicos devem ser empregados na saúde e bem-estar do paciente. Além do benefício óbvio ao indivíduo, a manutenção de sua saúde custa menos que o tratamento de possíveis doenças, o que, em larga escala, desafogaria o sistema como um todo, público e privado. Os recursos poupados seriam então direcionados para quadros graves, que realmente não puderam ser evitados.


5) Blockchain

O tema que ficou conhecido principalmente por conta das moedas digitais pode ter um grande potencial na saúde. As iniciativas nesse sentido ainda são poucas, mas a proposta de rastreabilidade e inviolabilidade das informações trazida pelo blockchain é muito interessante para garantir maior segurança aos dados de saúde. Na prática, o blockchain é uma estrutura de dados que só pode ser acessada por pessoas autorizadas. Ele pode ser usado para certificar documentos, registrar contratos, entre muitas outras aplicações. Na saúde alguns exemplos de usos são: segurança das informações dos pacientes; armazenamento e compartilhamento de ensaios clínicos ou do histórico do paciente.


6) Impressão 3D

Muito se fala na impressão 3D na indústria e seu uso também vem crescendo na medicina. A tecnologia pode ser usada em diferentes frentes, como criação de dispositivos médicos, impressão de próteses e materiais e até impressão de órgãos e tecidos. Nesse último caso, a matéria-prima de impressão são células-tronco, que são induzidas a um processo de reprodução.
A tecnologia ajuda a resolver o problema de “substituição”, tendo em vista que ganhar um novo rim ou um novo braço, por exemplo, não é algo simples. Mas vai além disso: ela permite a precisão. A impressora 3D “traz à vida” um projeto que foi desenhado para aquele paciente, o que propicia ganhos de “exatidão” em próteses e cirurgias plásticas, por exemplo, mas também em transfusões de órgãos com a diminuição do risco de rejeição. Vale lembrar que há algumas semanas, um grupo israelense imprimiu, ainda em caráter experimental, o primeiro coração humano em uma impressora 3D, com células do próprio paciente.


7) Edição de genes

Com o avanço da bioinformática e o maior conhecimento do genoma humano, técnicas de manipulação e edição de material genético vêm ganhando escala. O tema abre inúmeras possibilidades, como testes genéticos para predição de doenças; criação de tratamentos personalizados para quadros que envolvem o DNA e até mesmo a edição de genes em organismos.
Uma ferramenta chamada CRISPR é uma das mais recentes nesse campo. Ela funciona quase como um bisturi molecular, permitindo incisões precisas no genoma, que levam à edição do mapeamento dos genes. Essa ferramenta possibilita a modificação com uma precisão nunca atingida até então. Ela pode auxiliar no avanço de cura de doenças genéticas, mas também pode levar a uma era de “design de bebês”.



iClinic



Especialista em Educação em Sexualidade alerta Brasil está em 11º no ranking de exploração sexual infantil


Caso de estupro de vulnerável aumenta em 14,3% no Estado de São Paulo


Maio Laranja é uma Campanha de Combate ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, infelizmente o Brasil está no 11º no ranking de exploração sexual infantil, de acordo com o relatório Out of the Shadows, publicado no início do ano pela revista britânica The Economist.

O relatório avalia o ambiente, em itens como a segurança; as leis de proteção às crianças; compromisso e capacidade dos governos; e o engajamento do setor privado, da sociedade civil e da mídia. Desta forma, a nota é composta por 34 indicadores e 132 subindicadores. Quanto maior a pontuação, maior a probabilidade de as crianças serem protegidas.

Segundo o estudo, "o estigma e a falta de uma discussão aberta sobre o sexo, direitos das crianças e gênero" podem prejudicar a capacidade de um país de proteger suas crianças. Até por que, historicamente, os casos envolvendo menores são encobertos por omissões, tabus e pelo fato da maior parte dos abusos serem cometidos por pessoas próximas às vítimas.

A médica e especialista em Educação em Sexualidade Lilian Macri acredita que as limitações brasileiras estão na falta de uma educação em sexualidade conduzida pelos pais e em parceria com a escola, de políticas públicas e de programas de prevenção para abusadores em potencial.

A preocupação com as crianças é ainda maior em relação aos casos de estupro de vulnerável.  De acordo com os dados divulgados pela SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) o número de casos de estupro cresceu em todo o estado em 2018. Foram 11.950 boletins de ocorrência registrados, o equivalente a 32 casos por dia, uma alta de 7,76% em relação ao ano de 2017. Esse é o maior índice desde 2013.

Os crimes cometidos contra pessoas consideradas vulneráveis tiveram a alta ainda mais acentuada, cerca de 14,3%, com 8,6 mil casos. Só na capital paulista, enquanto o número de denúncias de estupro cresceu 1,7%, os registros de estupro contra vulneráveis cresceu 10,6%.

Em 2013, houve 12 mil registros, mas esse índice caiu nos dois anos seguintes. No entanto, desde 2016, as autoridades policiais apontam que esse tipo de crime está em ascendência.

Em Taubaté, de Fevereiro de 2017 a 2018 foram registradas 30 denúncias, o número cresceu para 48 no mesmo período de 2018 a 2019.

Estima-se que esse número pode ser ainda maior, já que a maioria dos abusos acontece dentro de casa, por algum familiar da vítima. No Hospital Universitário de Taubaté são atendidos em média 3 vítimas desse tipo de crime  por semana.
A grande maioria dos abusadores sexuais infantis cometem o crime contra crianças por acreditarem que elas estão à sua disposição.  A crença de que crianças e adolescentes são objetos. E sua objetificação às colocam em situação de risco dentro do local que deveria protegê-las: a família. E estas relações desiguais de gênero são mantidas pelo machismo.

Em meio a esses indicies desolador a pergunta que não quer calar é: Como proteger as nossas crianças?  Lilian acredita que os pais/cuidadores podem proteger seus filhos de possíveis abusos. “Através do diálogo, do amor e da orientação. Estabeleça laços de confiança entre você e o seu filho/filha, conduza-o a uma educação sexual adequada a cada fase do seu desenvolvimento. Que ele saiba que o corpo é dele e que somente ele deve tocar em suas áreas íntimas. E que se alguém tocá-lo de forma diferente, ele deve contar a você”.

O olhar atento dos pais/cuidadores a qualquer mudança de comportamento também é fundamental. Se você notar que seu filho está diferente, triste e isolado. Investigue, vá a fundo, converse com a criança. Não tenha medo e nem vergonha, peça ajuda e denuncie, disque 100!


A especialista orienta aos pais de como proteger seus filhos


1- Estabeleça laços de confiança;
Seu filho precisa saber que pode confiar em você, que pode ter contar tudo e que você está ali para ajudá-lo e protegê-lo de tudo e todos;

2- Mostre para o seu filho que o corpo é dele e estabeleça limites;
Ensine seu filho que ele pode dizer não se alguém forçá-lo a tocar, abraçar ou beijar outra pessoa. Ao cumprimentar um desconhecido, o aperto de mão pode ser uma alternativa a beijos e abraços. Não force seu filho a beijar ou abraçar alguém;

3- Crie uma rede de proteção;

Ajude seu filho a formar esse grupo, que deve reunir três ou quatro adultos em que ele confia para contar o que quiser caso se sinta preocupado ou inseguro.
4- Respeite a intimidade;

Chame as partes íntimas de seu filho pelo nome correto e explique que ninguém, criança ou adulto, pode tocá-las, a não ser os responsáveis. Diga ainda que não é legal que ela toque no corpo de outra pessoa;

5- Forneça ao seu filho educação sobre sexualidade;

Aceite o desafio conduza naturalmente uma educação sexual, sadia e segura para o seu filho, respeitando a idade e grau de compreensão da criança;

6- Ensine ao seu filho algumas medidas básicas de proteção;

Exemplifique uma situação de risco com uma história e oriente-o uma forma de se proteger;

7- Fique atento aos sinais;

Explique à criança que seu corpo é inteligente e, por isso, mostra quando está desconfortável. Dor no estômago, coração acelerado ou suor sem motivo podem indicar que algo não vai bem, e isso deve ser contado a um adulto de confiança;
8- Não estimule segredos;

Explique que sua família não tem segredos. Que tudo pode ser contado para um adulto de seu confiança.



Lançamento do livro
Lilian Macri aborda esse assunto também no seu livro “Mamãe, o que é sexo? Vem que eu te ajudo com a resposta!”.
O livro propõe sanar dúvidas, esclarecer o papel da família e da escola, alertar sobre a prevenção de abuso sexual infantil e ajudar pais e educadores, por meio de uma metodologia, a desenvolver uma educação em sexualidade sadia e eficiente em todas as fases de desenvolvimento da criança.
O lançamento oficial do livro terá uma roda de conversa e acontecerá no dia 19 de maio, às 15h, na livraria Leitura, no Taubaté Shopping, em Taubaté – SP.
A agenda completa do lançamento do livro nas melhores livrarias de todo o país, está disponível no site www.lilianmacri.com.br.




Lilian Macri - médica, pós-graduada em sexualidade pela Universidade de São Paulo e especialista em Educação em Sexualidade pela UNISAL e Terapia Sexual pela SBRASH. Atua como colaboradora do Projeto Afrodite da UNIFESP, no ambulatório de disfunções sexuais femininas, onde realiza seu mestrado. Atende em seu consultório nas cidades de Taubaté e em São José dos Campos e ministra palestras sobre sexualidade pelo país. Autora do livro “Mamãe, o que é sexo? Vem que eu te ajudo com a resposta!”, propõe uma educação em sexualidade sadia e eficiente em todas as fases de desenvolvimento da criança.

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