O segredo do sucesso: quem não quer ser feliz?
Shahar não é adepto de livros de autoajuda, nem de conteúdos motivacionais. A base de seus cursos é científica e chama-se PSICOLOGIA POSITIVA, um ramo da psicologia tradicional desenvolvido a partir dos anos 1960 por uma equipe de pesquisadores, especialmente Martin Seligman, considerado pai desta ciência, que atualmente movimenta pesquisas nas principais universidades de todo o mundo.
Embora não seja adepto de fórmulas e modelos com uma receita mágica para a tão almejada felicidade, em todos os lugares que frequenta, Tal Ben-Shahar é questionado sobre como é possível alcançar o bem-estar subjetivo, termo usado pela psicologia positiva para determinar um índice mensurável, decorrente da satisfação nos diversos domínios da existência. "Este bem-estar está relacionado com a avaliação cognitiva e emocional que uma pessoa faz sobre sua vida. Indivíduos com forte bem-estar subjetivo costumam considerar agradável e recompensadora a vida que têm. É algo que depende muito mais deles do que de fatores externos como a grande maioria das pessoas pensa", explica Tal Ben-Sharar. "Ser feliz é uma atitude, é uma decisão".
A seguir, 5 premissas que o especialista dá a quem quer saber por onde deve começar para agir no sentido desta atitude.
- SEJA HUMANO – Tal costuma brincar que para ser feliz é preciso se permitir ser triste. É importante aceitar sua condição essencial de que como um ser humano você está exposto a uma série de emoções positivas e negativas. Ter esta consciência nos torna mais resilientes e fortes para enfrentar momentos difíceis. "As redes sociais deixaram as pessoas mais tristes. Elas se cobram por um estado de alegria e satisfação que não existe. Lá, todo mundo está sempre feliz, nos melhores lugares, vivendo as emoções mais marcantes", diz.
- FAÇA EXERCÍCIOS – Esta é uma premissa bem objetiva e ligada a questões bioquímicas do cérebro. Tal Ben-Shahar indica para quem busca um bom índice de bem-estar subjetivo praticar três vezes por semana alguma atividade física por 30 minutos e que neste período você sue. Suar aqui não é uma expressão, mas uma forma de comprovar que o exercício é vigoroso o suficiente para ativar as propriedades bioquímicas importantes para o bem-estar. Não importa a atividade, desde que seja prazerosa. "Dançar é uma das melhores", afirma o professor.
- CONCENTRE-SE – Para isso, Shahar indica 10 minutos diários de alguma atividade que exija essa habilidade cerebral. Uma ação que lhe coloque em estado de mindfullness, ou seja, de atenção total ao presente. "Pode ser yoga, meditação ou até uma partida de xadrez".
- MANTENHA RELACIONAMENTOS SAUDÁVEIS – Aqui o professor enfatiza, embora os recursos tecnológicos sejam muito práticos, relacionamentos saudáveis possuem interação presencial. A qualidade das relações está no potencial e no que se permite trocar com o outro. . "Pessoalmente, temos uma gama muito maior de elementos para realizar essa troca", comenta, lembrando que 70% da comunicação humana é não-verbal.
- PRATIQUE A GRATIDÃO E A GENEROSIDADE – Lembre-se que todas estas premissas são indicações de um Ph.D e têm embasamento científico. Ser mais observador e detalhista com suas posses e conquistas é o começo para a prática da Gratidão, que, por sua vez, está intimamente ligada à satisfação. "A maioria das pessoas não nota pelo que é grata". Além disso, ajudar o próximo, ser generoso e participar de projetos de filantropia também trabalha esta questão da satisfação. "São práticas que se tornam tão habituais, e de ações pontuais, você acaba estendendo para toda a sua vida".
SBCoaching (Sociedade Brasileira
de Coaching)