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sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Hábitos modernos podem contribuir para o envelhecimento precoce dos dentes



Estresse, ansiedade, bruxismo, refluxo gástrico, desidratação, tabagismo, escovação e higienização inadequada e a ingestão continua e exagerada de alimentos cítricos ou muito ácidos, cafeína, doces e bebidas destiladas e fermentadas são alguns dos principais fatores que contribuem para o envelhecimento precoce dos dentes. Ainda que as pessoas procurem a vida toda se prevenir contra a cárie e doenças periodontais, elas esquecem que o desgaste dental e as lesões cervicais não cariosas – que configuram os casos de enfraquecimento antecipado dos dentes – também devem ser combatidas, pois, podem levar em situações mais graves, a perda da carga dental.
Antes encontrada somente em pessoas com mais de 70 anos, a doença não cariosa pode ser diagnosticada em 30% dos jovens entre 25 e 30 anos, sendo caraterizada pela perda anormal, gradual e irreversível da estrutura dental, sem estar relacionada a cárie ou ao acúmulo bacteriano.
O cirurgião dentista e especialista em endodontia e ortodontia, Carlos Cordeiro, explica que a lesão não cariosa possui relação direta com o atual estilo de vida da população e apresenta como principal sintoma a hipersensibilidade dos dentes. “O processo de envelhecimento precoce dos dentes está ocorrendo cada vez mais em pessoas de todas as idades, devido a hábitos diários da modernidade, que são considerados benéficos a saúde corporal, mas que podem ser prejudiciais a longo prazo para os dentes, como por exemplo, a ingestão de água com limão, chás, sucos desintoxicantes e bebidas isotônicas, e a prática de dietas como o jejum intermitente. Esse problema se desenvolve devido ao fato de que tais rotinas acabam alterando e tornando mais ácido, o PH bucal”, esclarece. 
Ao acometer todas as faces dos dentes, principalmente, em suas regiões cervicais, as lesões não cariosas se dão quando o esmalte do dente é perdido, fazendo com que a dentina fique exposta e isso consequentemente dá origem a dor. “Com o agravamento do caso, a gengiva se retrai de forma prematura, e a lesão pode se ampliar e virar uma cavidade, que ao se aprofundar causa a perda do dente”, ressalta.
Segundo o cirurgião dentista, outros aspectos que influem de maneira significativa para a intensificação destas lesões são os problemas emocionais, como a ansiedade, depressão e estresse, que são muito comuns a rotina acelerada e pesada do cotidiano moderno. “A inquietação, agitação e nervosismo geram a diminuição do fluxo salivar e este é um dos maiores implicadores no processo de reconstituição dos minerais perdidos pelos dentes. Além deste efeito, as características emocionais dos pacientes também podem contribuir para a ocorrência de casos de apertamento e bruxismo, que atuam diretamente no surgimento de fraturas e desgaste dos dentes”, conta.
Carlos Cordeiro ainda aponta que o desgaste dental e as lesões não cariosas também podem surgir com maior frequência em quem já fez uso de aparelhos ortodônticos; pacientes com doenças gástricas, como o refluxo e úlcera; indivíduos que foram submetidos a cirurgia bariátrica ou fazem uso do balão intragástrico; e pessoas que mantêm o uso contínuo de medicamentos e tratamentos invasivos, como quimioterapia e radioterapia.
Para prevenir o envelhecimento precoce dos dentes também é preciso que a escovação receba grande atenção. “As pessoas costumam escovar os dentes logo após as refeições e isso é bastante nocivo, pois, ao longo do almoço ou jantar, o pH da boca se altera, fazendo com que os dentes fiquem suscetíveis à perda de minerais. Para que não ocorra a corrosão dos dentes, o correto é esperar ao menos 20 minutos, isso porque depois desse período, o pH da área se reequilibra e os dentes adquirem a preparação necessária para receber o atrito da escova”, recomenda.
O cirurgião dentista orienta que o diagnóstico do problema seja realizado por um especialista qualificado. Caso o problema seja constatado, é preciso que sejam estabelecidas mudanças nos hábitos alimentares e ações que reduzam o nervosismo e apreensão diária. “A prescrição de cremes dentais de ação anticorrosiva e placa miorrelaxante também pode ser relevante para o tratamento desta condição. Já para situações de maior gravidade, podem ser indicadas restaurações, clareamentos ou mesmo a colocação de facetas. Por fim, é preciso deixar claro que a melhor medida é a prevenção, pois, o esmalte dos dentes não se regenera”, conclui.




Clínica Carlos Cordeiro - Odontologia Avançada
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Diabetes não tira férias! Desafios da insulinização aumentam no período


Adolescentes estão entre os que mais têm dificuldade



Se seguir a dieta durante o ano inteiro já é difícil, durante as férias essa tarefa fica ainda mais complicada. Seja em casa ou viajando, as tentações são mais frequentes – assim como as pequenas escapadas. Porém, para os 13 milhões de brasileiros que têm diabetes, a atenção precisa ser redobrada, a fim de manter os índices glicêmicos adequados e controlar a doença: por isso, boa alimentação e prática de exercícios devem continuar, assim como o uso de medicamentos e a insulinização.

Insulinoterapia é considerada a alternativa mais difícil de ser aderida pelo paciente, pois demanda aprendizado quanto ao seu preparo, técnica para aplicação e monitorização do açúcar no sangue. Toda a rotina que envolve sua administração pode ser deixada de lado nos dias de relaxamento; mas, Fernando Valente, médico endocrinologista e Coordenador de Comunicação da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), orienta: “O diabetes não tira férias! É importante carregar a insulina em um estojo que a mantenha em temperatura adequada, além das agulhas, seringas ou canetas de insulina, aparelho para medir a glicose (glicosímetro), lancetas para furar o dedo e fitas para a medição”.

Adolescentes estão no grupo de pessoas que mais apresentam dificuldade, já que o jovem passa por sentimentos de rebeldia, necessidade de autoafirmação e períodos de desleixo. Para que o diabetes não saia do controle, o apoio da família e dos amigos, assim como boa relação entre médico e pacientes, são fundamentais para superar os desafios e fornecer o suporte para resistir às tentações – não só nas férias.

Ainda há muita resistência à insulinização, especialmente pelas ideias errôneas que a associam com a proximidade da morte, aparecimento de complicações do diabetes e dor. O especialista da SBD conta que “a aplicação é bem tolerada e quase indolor se for feita corretamente. No entanto, pode transformar-se em algo muito complicado se a mente cria uma expectativa de dor. Alguns erros de aplicação podem torná-la dolorosa, como injetar insulina ainda gelada, aplicar no músculo ao invés de na gordura subcutânea, usar agulhas grandes sem fazer prega na pele, reutilizar agulhas, e aplicar quando se está tenso. Contudo, atualmente, existem agulhas muito finas e curtas que minimizam o desconforto. A sensibilidade para dor de cada pessoa é diferente, mas a prática diária e o entendimento de que o tratamento é necessário certamente tornam as coisas mais simples”.


Indicações

O médico endocrinologista explica que insulinoterapia é indicada quando o pâncreas não produz insulina, ou a produz em quantidade insuficiente para manter os níveis de açúcar no sangue normais apenas com comprimidos. Sua prescrição é imediata quando o diagnóstico é de diabetes tipo 1, inclusive para evitar complicações agudas da doença. Já no tipo 2, essa terapêutica pode demorar para ser proposta ou aceita, o que faz com que o início do processo sofra atraso médio de sete anos.

“Essa inércia terapêutica deixa o indivíduo exposto a níveis elevados de açúcar no sangue por anos, aumentando muito o risco de desenvolver complicações crônicas da doença, como insuficiência renal, infarto, derrame, problemas na visão e nos nervos, que podem resultar em amputação. Estudos mostram que, no Brasil, cerca de 90% das pessoas com diabetes tipo 1 e quase 75% dos com tipo 2 estão com os níveis de glicose acima dos valores ideais”, ressalta Valente.

Para diabetes tipo 1, a insulinoterapia é para a vida inteira; fato que não se repete, necessariamente, no tipo 2 da doença. “A insulina é o tratamento mais potente para controlar o açúcar no sangue. No tipo 2, quando a glicose está muito elevada, o pâncreas não consegue secretar insulina mesmo que ainda tenha uma boa reserva desse hormônio, fenômeno conhecido como glicotoxicidade. Muitas vezes, as aplicações de insulina são necessárias para tirar a toxicidade provocada pelos altos níveis de açúcar no sangue para que o pâncreas volte a funcionar suficientemente a ponto de se obter um bom controle apenas com medicamentos orais”, conclui Fernando Valente.






SBD - Sociedade Brasileira de Diabetes

Terapia com células-tronco pode ajudar no tratamento contra a AIDS



Estudos indicam que a medicina regenerativa é uma alternativa para o tratamento da doença


Números do Ministério da Saúde indicam que mais de 800 mil pessoas vivem atualmente com o vírus HIV no Brasil. Parte delas, cerca de 15%, nem sabem que estão infectadas.  Atualmente não há cura para a AIDS, mas pesquisas demonstram que o uso de células-tronco pode ser uma grande aliada no combate à doença.

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, descobriram que células-tronco modificadas geneticamente podem atacar células infectadas pelo HIV em organismos vivos. Para chegar a essa conclusão, eles modificaram células-tronco humanas do sangue e descobriram que elas podem formar células T maduras (linfócitos), que tem o potencial de atacar o HIV nos tecidos onde o vírus reside e se reproduz. O estudo foi feito em roedor, espécie animal na qual a infecção pelo HIV se assemelha à doença e sua progressão em seres humanos. Em uma série de testes realizados duas e seis semanas após a introdução das células modificadas, os pesquisadores descobriram que o número de células CD4 "ajudantes" das células T, que se esgotam durante a infecção pelo HIV, aumentou, enquanto o número de vírus do HIV no sangue diminuiu.
   
Estes resultados extremamente positivos podem levar a novas abordagens para o tratamento da doença. “É importante ressaltar que essas pesquisas ainda são experimentais. Portanto, é necessária uma avaliação mais ampla, sempre seguindo os protocolos de segurança e eficácia definido por entidades de pesquisa e ética reconhecidas”, comenta Nelson Tatsui, Diretor-Técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP.


Caso Timothy Brown - Em 2010 o mundo conheceu o caso de Timothy Ray Brown, norte-americano que era soropositivo desde 1995 e morava na Alemanha. Em 2006, Brown descobriu que sofria de leucemia e o tratamento contra a doença incluiu radioterapia e dois transplantes de células-tronco. O material foi adquirido de um doador alemão que tinha uma mutação genética rara conhecida como CCR5-delta 32, que deu a Brown resistência à sua infecção por HIV. “Nesse caso especifico, o paciente já possuía uma alteração genética parcial e recebeu a doação de alguém que tinha uma mutação completa, o que acabou transferindo para ele uma proteção ainda maior. No entanto, apesar do uso de células-tronco no tratamento da AIDS ainda estar em fase de testes, as perspectivas da medicina são enormes”, finaliza.






Criogênesis



Estudo inédito mostra que doença do coração pode ser identificada por exame de sangue


Equipe de cardiologia do Einstein analisou proteínas ligadas à inflamação sanguínea e calcificação das artérias; Ao todo, 170 pacientes participaram do estudo



De forma simples, barata e com resultados rápidos, os exames de sangue conseguem identificar uma série de alterações no funcionamento do nosso corpo que podem interferir na saúde. É possível, por exemplo, medir o colesterol, identificar a falta de vitamina D, analisar o funcionamento dos rins. Mas imagine só se a análise em laboratório de alguns mililitros de sangue fosse capaz de identificar bem precocemente placas de gordura e cálcio das artérias do coração?

Um estudo liderado pelo cardiologista da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein Eduardo Pesaro com 170 pacientes mostrou que duas proteínas encontradas no sangue podem ser capazes de identificar ainda em fase inicial este tipo de lesão arterial, prevenindo assim doenças como o infarto do miocárdio com boa antecedência. Dessa forma, no futuro, o diagnóstico poderá ser feito por testes sanguíneos.


Polícia e bandido

A pesquisa foi dividida em duas partes e analisou oito proteínas ligadas à inflamação sanguínea e calcificação das artérias – mecanismos ligados ao entupimento das coronárias. Na primeira delas, foram verificados resultados de exames de 100 pacientes com calcificação coronária e comparados com um grupo controle (pacientes saudáveis) com o objetivo de descobrir quais proteínas apareceriam em níveis elevados. Neste primeiro grupo, o estudo mostrou que o aumento das proteínas MGP e RANKL no sangue indicam o risco até três vezes maior de doença coronária. A RANKL é uma das proteínas responsáveis pela calcificação das artérias. Já a MGP atua na remediação da quantidade de cálcio nas artérias.

“Para ficar simples de entender: é como bandido e polícia onde a RANKL é o bandido e a MGP atua como polícia em ralação à calcificação vascular. Se a polícia aparece é porque há algo de errado nas coronárias. Não deveria haver cálcio nos vasos”, explica Pesaro.

A outra parte da pesquisa analisou exames de sangue de 40 pacientes que tiveram infarto agudo do miocárdio. “Para este caso, a pergunta feita no estudo foi se o aumento da inflamação sanguínea causada pelo infarto está relacionado à elevação de algum biomarcador de calcificação. E a resposta, após análises de todos os exames de sangue, foi sim”, diz Pesaro. O estudo comparou amostras de sangue de pacientes que sofreram infarto recolhidas no terceiro dia pós evento e 60 dias depois e verificou aumento de 23% na MGP nos exames realizados dois meses depois. “Isso mostra que após um episódio inflamatório severo, há elevação dessa proteína na tentativa de o organismo reduzir as consequências de calcificação do vaso após o infarto”, afirma o cardiologista do Einstein

Atualmente existem apenas duas formas de identificação das placas de gordura e cálcio nas veias. A mais comum delas é o teste ergométrico. Também conhecido como teste de esforço físico, ele identifica a obstrução das coronárias, arritmia, falta de ar ou cansaço. “O problema é que ele não consegue identificar placas na fase inicial, mas sim a partir de 70%, 80% de entupimento e acaba não sendo um exame suficientemente preventivo”, explica Pesaro.

A outra forma diagnosticar a doença na artéria é a tomografia de coronárias. “Este é um exame moderno que consegue identificar bem no início as placas. Mas ele é caro e tem radiação”, completa.

O estudo foi publicado em setembro de 2018 na revista científica Plos One. “É uma pesquisa que dá subsídio para testes em uma escala maior e, futuramente aplicação”. Estamos no caminho certo para um check-up do coração mais barato e que consiga prevenir com boa antecedência a aterosclerose”, diz o cardiologista do Einstein.




Dieta irregular pode aumentar risco de morte em pacientes vítimas de infarto agudo, diz estudo


Cardiologista Dr. Neif Musse aponta que hábitos como jantar tarde e não tomar café da manhã podem ser fatores cruciais para doenças cardiovasculares também em pessoas saudáveis

Dr. Neif Musse aponta que hábitos alimentares irregulares podem aumentar risco de infarto também em pessoas saudáveis - Créditos: Dr. Neif Musse


Hábitos irregulares como jantar tarde ou não tomar o café da manhã podem aumentar o risco de óbito em pacientes acometidos com infarto agudo com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCST). Isso é o que diz estudo realizado pelo médico e mestrando Guilherme Neif, da Faculdade de Medicina da Unesp (Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho").

A pesquisa coletou dados de 113 pacientes, atendidos na Unidade de Terapia Intensiva Coronariana (UTI-UCO) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HC-FMB). Desse total de pacientes, seis deles vieram à óbito, sendo quatro enquanto estavam hospitalizados e dois após alta.

A pesquisa, realizada entre agosto de 2017 e agosto de 2018, constatou que desse universo de pacientes que morreram, 51,3% jantavam tarde e 57,5% não tomavam café da manhã. Além disso, 40,7% deles combinavam os maus hábitos, ou seja, jantavam fora de hora e tiravam o café da manhã da dieta. A análise foi feita com pacientes durante a internação e após 30 dias da alta hospitalar.

A pesquisa é considerada pioneira, pois até então, estudos sobre hábitos alimentares irregulares foram realizados apenas com pacientes saudáveis, e avaliaram que não tomar café da manhã e jantar tarde aumentavam também o risco para diabetes mellitus tipo 2, circunferência abdominal e pressão arterial.


Dieta irregular: risco de infarto em pessoas saudáveis

            Jantar tarde e não tomar o café da manhã também pode ser um fator de risco primordial para infarto agudo do miocárdio em pessoas saudáveis. Um estudo americano publicado na revista científica Circulation, em 2013, concluiu que participantes saudáveis que não tomavam café da manhã tiveram risco relativo 27% maior de apresentarem doenças cardiovasculares independente da estratégia dietética adotada.

Outros estudos ainda apontaram a relação da dieta inadequada com problemas como obesidade e síndrome metabólica, que é o conjunto de doenças cuja base é a resistência à insulina.

O cardiologista e geriatra Dr. Neif Musse indica que uma dieta irregular para pacientes e pessoas saudáveis é um fator crucial para o surgimento de doenças cardiovasculares. “Em questões de dieta, não existe uma fórmula perfeita. Mas, o mais indicado seria adotar a dieta do Mediterrâneo, muito rica em vegetais, legumes, carnes brancas, oleaginosas, frutas e carboidratos integrais”, concluiu o cardiologista.

             No Brasil, de todas as doenças cardiovasculares, o infarto é a segunda com mais casos de morte, 85,9 mil, ficando atrás apenas do AVE (Acidente Vascular Encefálico), com 100 mil casos. No mundo, em 2020, o infarto será responsável por 32% dos óbitos.





DR. NEIF MUSSE - Formado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora, e mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Neif Sathler Musse completou 34 anos de profissão em 2018. Com especialização em cardiologia e geriatria e gerontologia, tem forte vivência em docência médica, sendo criador da "Escola de Aperfeiçoamento Médico" e de um método diferenciado para o ensino de eletrocardiografia, que já capacitou mais de 15 mil profissionais de Saúde no Brasil, a maioria deles nas áreas de cardiologia, medicina intensiva, anestesiologia e clínica médica. Dentre os cursos ministrados pelo Dr. Neif estão em destaque: "Eletrocardiograma teórico-prático", "Preparatório para plantões médicos" e "Radiografias e tomografias do tórax para os clínicos", que acontecem em Belo Horizonte, Juiz de Fora e no Rio de Janeiro. Ainda em 2018, lançou o curso on-line de eletrocardiograma, em que o aluno tem à disposição o download de material didático inédito com mais de 3 mil laudos individuais. Além das aulas, o médico realiza atendimentos em consultórios no Rio de Janeiro e Juiz de Fora e faz questão de manter visitas regulares, em domicílio, aos pacientes idosos, por acreditar na importância da relação próxima entre o médico e o paciente como fator decisivo no processo terapêutico. A agenda se completa com plantões semanais em unidade cardiointensiva.
O médico ainda divide o tempo com a produção de livros e já publicou as obras "Casco vazio de ser humano – Crônicas sobre a morte" e "Estou infartando. E agora?". Para 2019, prepara o lançamento de “O Pacto do futuro médico”.


5 dicas para curtir o carnaval sem risco de contrair DST’s e doenças ginecológicas


Dr. Claudio Basbaum, ginecologista e obstetra, fala sobre alguns cuidados necessários para evitar contaminação nos dias de folia 


O Carnaval é um período de festas e de grande apelo sexual, onde as pessoas abusam de bebidas alcoólicas e deixam de lado o uso de métodos contraceptivos durante as relações sexuais. Com isso, aumentam os riscos para a transmissão das doenças sexualmente transmissíveis (DST) nessa época do ano. Causadas por vírus e bactérias, as DSTs são transmitidas, principalmente, durante o ato sexual sem proteção com uma pessoa infectada. O resultado é o aparecimento de feridas, corrimentos, bolhas e verrugas, que podem evoluir para complicações mais graves como câncer e até a morte. Por essa razão é recomendado, além da prevenção, o diagnóstico e o tratamento mais rápido possível.

O ginecologista e obstetra Claudio Basbaum elaborou cinco medidas de segurança para você adotar no carnaval. 


1 – Use camisinha - Usar a camisinha além de evitar a gravidez indeseja, durante as relações sexuais e inclusive durante o sexo oral previne a contaminação não só da aids, como também hepatite; gonorreia; herpes; sífilis; tricomoníase; candidíase; cancro mole. Além de evitar a gravidez indesejada, previne a .

2 – Evite contato com vasos sanitários -  No Carnaval, os banheiros públicos costumam receber um número muito grande de foliões. Por isso, evite contato com os assentos dos sanitários e lave as mãos corretamente antes e depois do uso. Esses cuidados previnem o contágio de várias doenças infecciosas.

3 – Não compartilhe objetos pessoais e roupas íntimas -  É muito comum nesta época compartilhar copos, toalhas, roupas de banho, nas viagens com família e amigos. A prática também pode causar contaminação de diversas doenças transmissíveis, inclusive pela saliva.

4 – Não fique com trajes de banho úmidos por tempo muito longo - Doenças fúngicas, como a candidíase, se proliferam em ambientes úmidos e quentes. O ideal é tomar banho logo após a praia ou piscina e vestir roupas secas.

5 -  Evite beijar pessoas desconhecidas- O beijo transmite doenças como herpes labial, gengivite, cárie, candidíase, mononucleose, entre outros. Se a boca estiver ferida, ainda há risco da transmissão do vírus da aids, entre outros.

 Saiba mais sobre as DSTs:


 Qual é a diferença entre candidíase genital e tricomoníase?

  A Candidíase genital é um tipo de micose que atinge os genitais da mulher (e às vezes, também dos homens) provocada por fungos ou leveduras. Um dos seus sintomas é um corrimento que tem aspecto     de leite talhado, que provoca coceira, tanto na vulva quanto na vagina, e é provocado por um fungo existente no sistema gastrointestinal chamado Cândida albicans — o mesmo que causa aftas e sapinhos  na boca dos bebês. Em geral, está relacionada a uso de antibióticos, estresse, queda da imunidade e a alimentação desequilibrada ou com muito açúcar. Já a tricomoníase é causada por um  parasita, trichomonas vaginalis, e geralmente é transmitido por contato sexual, podendo haver também contaminação através de assento de vaso sanitário, roupa íntima e toalhas úmidas contaminas. Pode  não provocar sintomas ou então apresentar corrimento amarelo-esverdeado com odor genital desagradável.  


Herpes tem cura?

Não. Uma vez infectado, não há como se livrar do vírus, sendo apenas possível reduzir as chances dele manifestar clinicamente as lesões, mantendo uma boa higiene local, boa alimentação, cuidando da imunidade do corpo e evitando o estresse e a promiscuidade sexual.  São lesões com aspecto circular constituída por pequenas bolhas que se rompem causando irritação e dor local. Seu ciclo dura cerca de 7 a 10 dias e é nesta fase aguda que se faz a transmissão do vírus.


DST pode causar infertilidade?

 Sim. A Gonorreia, por exemplo, é uma infecção que atinge o colo do útero, altamente contagiosa, causada por bactéria (Gonococo) que geralmente quase não provoca sintomas, mas que pode causar infertilidade se não for tratada. A Clamídia também é uma doença que atinge o colo do útero e traz esse risco. Ambas devem ser tratadas com antibióticos e muitas vezes estão presentes simultaneamente.


DST pode virar câncer?

Sim.  A HPV (papilomavírus humano) pode levar ao desenvolvimento de câncer do colo do útero. Ela é considerada uma das principais doenças sexualmente transmissíveis. Estima-se que de 50 a 75% dos homens e mulheres sexualmente ativos entrem em contato com um ou mais tipos de HPV em algum momento de suas vidas. Em cerca de 20% pode haver regressão espontânea das lesões, mas não devemos negligenciar com o tratamento, evitando a disseminação local e o potencial de transmissão. Há vários tratamentos locais, feitos com substâncias ácidas ou com laser, cuja margem de sucesso varia de 50% a 75% — não sendo entretanto incomum o reaparecimento das lesões. A Hepatite C também pode desenvolver o câncer. Extremamente infecciosa, ela pode evoluir para uma forma crônica, com chances de levar à falência do fígado, além de causar cirrose e câncer no fígado.


 Uma grávida pode passar DST para o bebê?

Sim. As DSTs se não forem tratadas podem passar da mãe para o feto e, também durante a amamentação, causando sérias complicações — e até levar à morte do mesmo. Sífilis, AIDS e Hepatite B são as principais doenças que podem ser transmitidas. 


Há vacinas disponíveis para prevenção de DST?  

Sim, já existem vacinas para Hepatite B e HPV. As vacinas para o HPV, aplicadas em 2 ou 3 doses, têm sido preconizadas para jovens desde os 9 até os 28 anos e oferecem imunidade por 5 a 6 anos.





Dr. Claudio Basbaum é médico - com especialização na Universidade de Paris, França.  Professor-Doutor em Ginecologia e Obstetrícia, pioneiro da laparoscopia no Brasil (1967), defensor de técnicas menos agressivas à mulher e ao bebê (como o parto de cócoras ou "Parto das Índias"),  foi introdutor do Parto Leboyer (o "Nascimento sem Violência")  e da técnica Shantala de massagem para bebês no Brasil . Membro do Corpo Clínico do Hospital e  Maternidade São Luiz / Grupo D'Or, em São Paulo, o ginecologista tem  53 anos de profissão e defende a população feminina de cirurgias mutiladoras desnecessárias desde há 21 anos, quando criou a Pró- Matrix (Unidade de Orientação, Preservação e Tratamento da Mulher) e a campanha permanente  "Mulheres, Salvem seus Úteros!"  (www.claudiobasbaum.med.br) . É pioneiro e introdutor no Brasil de diversas técnicas avançadas em medicina como a laparoscopia (1967),  videocirurgia, videolaparoscopia e videohisteroscopia (1988)  e a  embolização para eliminação dos miomas uterinos (2000),  procedimentos mininvasivos de máxima eficácia terapêutica e com um mínimo de trauma e rápida recuperação 


Leite de vaca: herói, vilão?



O que aconteceu nesses últimos 50 anos? Mudaram as vacas? Mudou o leite da vaca? Mudamos nós?


Notícia publicada no portal do Ministério da Saúde, em 7 de janeiro, informa que soluções a base de soja, de proteínas hidrolisadas e de aminoácidos serão subsidiadas pelo governo federal e distribuídas pelo SUS, para crianças até 2 anos de idade com diagnóstico de alergia à proteína do leite de vaca (APLV). Essa proposta deve entrar em vigor em até 180 dias, ainda em 2.019.

“A melhor forma de prevenção de APLV  é o aleitamento materno exclusivo desde a sala de parto, em livre-demanda, estendido até 2 anos ou mais. O melhor ‘tratamento’ para lactentes com APLV é o aleitamento materno exclusivo (quando possível) associado à retirada de toda proteína do leite de vaca da alimentação da lactante (mãe), mantendo-se, assim, a amamentação com totais vantagens para o bebê”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

“Perguntem para suas mães e avós quantos casos de APLV ou intolerância à lactose (IL) elas conheceram quando vocês eram crianças. Tenho quase certeza que grande parte delas nem vai saber o que é isso; outra parte não vai ter conhecido nenhum caso e uma ou outra deve se lembrar de algo parecido”, afirma o médico.

Hoje em dia, são tantos, tantos, tantos casos, que chegamos a questionar a estatística nacional e até a mundial. Segundo estudos, no Brasil, 3-6% das crianças apresentam alguma alergia alimentar. E entre essas 85% são de APLV. Atenção: são 85% de 3-6% e não do total. Simplificando: cerca de 5% das crianças, 5 em cada 100, 50 em cada mil, 500 em cada 10.000 têm o diagnóstico CONFIRMADO de APLV. 

“Não parece que tem muito mais? Mas, mesmo sendo correto na conta, como assim? O que aconteceu nesses últimos 50 anos? Mudaram as vacas? Mudou o leite da vaca? Mudamos nós? O que aconteceu desde a época em que muitos de vocês tomavam leite ordenhado diretamente da vaca no copinho, e que deixava aquele bigodinho inconfundível e revelador?”, questiona o pediatra.

Talvez a resposta para  esses questionamentos seja uma mistura de todas essas transformações:

1.   Sim, as vacas podem ter mudado. Sua alimentação mudou. As vacinas, o acompanhamento, seu local de confinamento hoje são diferentes;

2.   Sim, o leite das vacas pode ter mudado. Se imaginarmos os pastos de hoje, com agrotóxicos, com fertilizantes e a composição das rações, podemos visualizar essa diferença;

3.   Sim, nós podemos ter mudado. A cada década temos novas doenças aparecendo, novos remédios, alimentos novos, mais estímulos que nos diferenciam radicalmente da geração de nossos pais e de nossos avós.


Podemos ficar sem leite?

“Então, se o leite materno é fundamental desde a sala de parto, exclusivo e em livre-demanda até o 6º mês, estendido até 2 anos ou mais e se, na impossibilidade ou suspensão da amamentação, a opção é a fórmula infantil (leite de vaca modificado) pelo mesmo período, até quando e para que o leite é tão importante? Dá para ficar sem o leite?”, questiona Moises Chencinski.

E se desse pra ficar sem o leite... Por que a busca por “leite” de soja, de aveia, de arroz, de gergelim, enfim “leite de vegetais”, que nem leite de verdade é, não é? Aliás, por que não chamar apenas de bebidas à base de vegetais?

O que se quer do leite?

O que tem no leite de tão insubstituível?

O CÁLCIO

Necessidades de cálcio por faixa etária:
  • 0 a 6 meses – 200 mg
  • 6 a 12 meses – 260 mg
  • 1 a 3 anos – 700 mg
  • 4 a 8 anos – 1.000 mg
  • 9 a 18 anos – 1.300 mg
  • 19 a 50 anos – 1.000 mg
  • 51 a 70 anos – Homens: 1.000 mg,  Mulheres: 1.200 mg / >71 anos – 1.200 mg / Gravidez e amamentação – 1.200 mg.

Mas não podemos tirar o cálcio de outros alimentos?

Segundo o pediatra, não dá para adequar as necessidades de cálcio apenas na alimentação, sem o leite. Nesse caso, seria necessário recorrer às farmácias para suplementação medicamentosa.

“Ainda mais, se pensarmos em uma criança, com as quantidades de alimentos ingeridas em 24 horas (e isso não considerando a grande quantidade de crianças que são trazidas aos consultórios com a queixa de que elas não comem), não iremos nunca fechar a conta do aporte adequado de cálcio, sem a ingestão de leite humano ou de vaca (ou cabra, por exemplo)”, explica o médico.

O leite de vaca tem em 100 ml – 125 mg de cálcio / 66 calorias / 3,9 mg de gordura. Vegetais não têm e não oferecem, nem de perto, a composição e os nutrientes que esperamos obter de um leite de mamífero. Mesmo que a quantidade de cálcio contida nos “leites” de gergelim (875 mg em 100 gramas) e amêndoa (237 mg / 100 g) pudessem ajudar nessa oferta, a quantidade de gordura contida neles é imensa (gergelim- 50,4 g /100 g; amêndoas – 47,3 g /100 g) e as calorias também  (gergelim – 584 cal / 100 g; amêndoas - 581 cal / 100 g). Contas feitas sem contar a fração real de absorção (biodisponibilidade).

Assim, Moises Chencinski recomenda que, em crianças com APLV, se tiver que ser feita a mudança da fonte de oferta de cálcio mais ampla, é fundamental:

1.   Manter, sempre que possível, o aleitamento materno exclusivo até o 6º mês  e complementado até 2 anos ou mais, com restrição de leite e derivados da alimentação da lactante;

2.   Não se “substituir” o leite de vaca por bebidas à base de vegetal;

3.   Procurar o pediatra para uma orientação adequada;

4.   Procurar a orientação de um nutricionista experiente na área para minimizar as deficiências provocadas pela mudança alimentar e para a adequação de nutrientes e micronutrientes da dieta da criança;

5.   Não substituir leite de vaca por outros leites animais (cabra, égua, por exemplo). Elas têm uma homologia (muita semelhança) em sua composição e a proteína é do leite também;

6.   “Leite” (bebida vegetal à base) de soja pode ser iniciado apenas após o 6º mês de vida (existe a isoflavona em sua composição que é uma substância que tem ação semelhante ao estrógeno – hormônio sexual feminino). “Tanto meninos como meninas podem consumir “leite de soja” após o 6º mês, sob orientação e acompanhamento pediátricos adequados, e não há aumento de risco de aparecimento de mamas em homens ou câncer em mulheres (os medos mais comuns). Todo exagero é ruim e prejudicial. Por isso é importante o cuidado. E o “leite” de soja pode ser uma boa opção para crianças com APLV ou IL (Intolerância à lactose) acima dos 6 meses”, explica o médico.




 Moises Chencinski
www.drmoises.com.br

Dicas básicas podem prevenir a infecção urinária recorrente


A incidência de casos é na maioria em mulheres. Uma das recomendações para combater o problema é a mudança de comportamento e evitar ficar muito tempo com as roupas de banho molhadas. A umidade é o refúgio ideal para a colonização e procriação de bactérias



Chamada de cistite de repetição, a infecção urinária baixa recorrente é comum em qualquer época do ano, porém com uma incidência maior no verão, já que é normal que as pessoas passem mais tempo com a roupa de banho úmida ao corpo quando estão na praia ou na piscina. Estimativas mostram que, pelo menos metade das mulheres, pode apresentar pelo menos um episódio de infecção urinária durante a vida. Portanto, umas das recomendações da SBU é que se faça a higiene local da forma correta para reduzir a contaminação.

Embora pareça inofensiva, essa prática pode ocasionar dermatites na região da genitália, sendo facilitadoras para o surgimento e proliferação de germes na via urinária. Pode acometer a bexiga (cistite), a ureta (uretrite) e rins (pielonefrite). Os sintomas da infecção urinária, denominada baixa, são desconforto, dor para urinar, necessidade de ir mais vezes ao banheiro e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga.

“Quando ocorre no homem, é preciso investigar para saber se existe o comprometimento da próstata. Se a infecção atingir os rins, os sintomas são os mesmos, porém, a pessoa terá também febre e comprometimento do estado em geral”, explica Dr. Flavio Trigo, presidente da Sociedade Brasileira de Urologia de São Paulo, urologista, especialista em Incontinência Urinária do Hospital Sírio-Libanês e Hospital Oswaldo Cruz, em São Paulo.

Na mulher, as chances de contrair a bactéria são maiores, já que a uretra é curta, medindo em torno de quatro centímetros. Problemas como diabetes, alterações no PH vaginal por conta da gravidez e complicações ginecológicas, como corrimento e a vulvovaginite - inflamação da vulva e da vagina, contribuem para a colonização do germe na bexiga.

Uma dica importante é evitar roupas íntimas desenvolvidas com material sintético, pois podem ajudar na proliferação de bactérias, e reduzem a ventilação na região. Já optar por tecidos de algodão é uma boa escolha por manter o local mais seco. A máxima de beber pelo menos dois litros de água por dia é fundamental para estimular a produção de urina. A recomendação de não segurar o “xixi” por muito tempo continua valendo.


Na menina

As vulvovaginites podem ser uma das causas para o aparecimento da infecção urinária na criança. “É importante fazer um exame clínico e, como prevenção, avaliar a vagina da menina. Os pais devem educar a filha, desde cedo, a ter hábitos de higiene e orientá-la sobre a forma correta de urinar, nunca em pé. Um problema muito comum é a forma inadequada de se limpar após a defecação, permitindo que as fezes tenham contato direto com o períneo e a vagina, contaminando a área e facilitando a infecção urinária baixa”, diz o especialista.


No menino

No nascimento, temos a fimose fisiológica, que até pode permanecer até os quatro anos. A patologia é caracterizada por dificuldade de expor a glande após a retração da pele que a recobre. Desta forma, pode acontecer uma balanopostite, que é uma inflamação desta região do pênis da criança, facilitando o aparecimento da infecção urinária.

Se não tratada, a infecção urinária baixa, a cistite, pode evoluir para a pielonefrite, que leva a complicações e cicatrizes do rim, podendo alterar a função renal. A recomendação é que se procure um urologista para investigar a doença e realizar o melhor tratamento. “O que se sabe é que algumas vacinas específicas para combater a bactéria escherichia coli são efetivas”, finaliza o médico.





SBU-SP
Sociedade Brasileira de Urologia

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