Pesquisar no Blog

sexta-feira, 2 de março de 2018

Março Amarelo: o tom que merece ser refletido



No mês da Mulher médico reforça a importância de dar voz à Endometriose


Março é o mês da mulher, que vem para reforçar a essência da sensibilidade, da feminilidade e do empoderamento feminino, e falando em poder, não podemos deixar de falar sobre uma realidade muito presente e pouco falada, a Endometriose. A doença acomete aproximadamente 180 milhões de mulheres em todo o mundo, fazendo com que a força feminina seja enaltecida, já que suas portadoras são verdadeiras guerreiras. Pensando nisso, o mês também foi escolhido para representar o mês de conscientização desta realidade, visando a transmissão de informações, aumentando os índices de diagnósticos precoces e reduzindo as questões de preconceito e estigmatização.

A Endometriose é uma doença inflamatória crônica que acomete o sistema reprodutor feminino. De acordo com o Dr. Patrick Bellelis, especialista no assunto, a causa da doença ainda é incerta, a teoria mais aceita é sobre a menstruação retrógrada, onde o endométrio, tecido que reveste o interior do útero, sofre alterações durante o ciclo menstrual para que o óvulo fertilizado possa se implantar. Caso não ocorra a fecundação, o endométrio descama e o óvulo é eliminado através da menstruação. Em alguns casos, as células endometriais podem migrar pelo sentido oposto e cair em outros órgãos da pelve, como trompas, ovários, intestino e bexiga, permitindo a implantação deste endométrio e levando à formação de focos de Endometriose.

É muito comum que pessoas e profissionais leigos sobre o assunto não compreendam a doença como deveriam, não dando devida atenção e importância para as dores físicas e emocionais que são causadas às mulheres. O diagnóstico da Endometriose muitas vezes é tardio, quando a esta apresenta-se em grau avançado. De acordo com a Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva, estima-se que em média leva-se 7 anos para a detecção da doença, quando esta já comprometeu a qualidade de vida da mulher.

Para o médico especialista Dr. Patrick Bellelis, a conscientização sobre a Endometriose é essencial para que os diagnósticos sejam cada vez mais precoces, minimizando os impactos da doença na vida da mulher e de todos ao seu redor. "Já vivenciei histórias de muitas pacientes que já se sentiram prejudicadas, seja na escola, no trabalho ou nas relações pessoais, por isso, ressalto a importância dos médicos valorizarem as queixas dessas mulheres, principalmente os sintomas que se destacam, a investigação do quadro clínico apresentado é mandatória" ressalta o ginecologista.

A mulher não se torna menos mulher ao conviver com a Endometriose, pelo contrário, esta se torna um exemplo a ser seguido. "O que acontece, é que por causa dos fortes sintomas da doença, a mulher acaba perdendo a qualidade de vida, o que pode desencadear o abalo emocional e da autoestima, por este motivo, quero encorajar as mulheres que passam por isso a vencerem essa situação, ao contrário do que muitos pensam, a Endometriose NÃO é uma doença maligna, existem tratamentos eficazes e que devolvem a leveza para a vida dessas mulheres. Fora isso, exames ginecológicos e a observação de sinais que o corpo manifesta são fatores essenciais para a garantia da saúde da mulher" destaca o profissional.

Cólicas intensas não são normais e merecem reconhecimento, a mulher portadora da Endometriose não precisa sentir dor, ela precisa de tratamento adequado. Portanto, não deixe de realizar exames periodicamente e caso seu corpo manifeste sinais além dos habituais, consulte seu médico Ginecologista e relate todos os sintomas apresentados. Preze por sua saúde!






Dr. Patrick Bellelis - experiência na área de Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva. É graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina do ABC. Residência médica pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Possui título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia, Laparoscopia e Histeroscopia pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia – FEBRASGO. Doutorado em Ciências Médicas pela Universidade de São Paulo, USP, Brasil. Especialização em Endoscopia Ginecológica e Endometriose pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Faz parte da diretoria da SBE (Associação Brasileira de Endometriose e Ginecologia Minimamente Invasiva) desde a sua fundação e, atualmente, é Diretor de Sede da sociedade. Médico Assistente do Setor de Endometriose do Departamento de Obstetrícia e Ginecologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo desde 2010. Professor do Curso de Especialização em Cirurgia Ginecológica Minimamente Invasiva – Pós- Graduação Latu Senso, do Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio Libanês desde 2011. Professor do Instituto de Treinamento em Técnicas Minimamente Invasivas e Cirurgia Robótica – IRCAD – do Hospital de Câncer de Barretos, desde 2012. Atualmente Dr. Patrick é membro da CNE (Comissão NacionalEspecializada) de Endometriose da FEBRASGO - Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia.





10 perguntas e respostas sobre pressão alta na gravidez



 Especialista em pré-natal de alto risco explica todas as questões que envolvem a doença 


O período gestacional envolve uma série de mudanças corporais, novidades e transformações para a mulher. Muitas delas podem ser vistas, mas há alterações que são internas, como o afrouxamento dos vasos sanguíneos em função da diminuição da pressão arterial.

Há casos em que as mulheres já possuem a hipertensão antes de engravidar, mas essa doença pode evoluir durante a gravidez. Nas duas situações, pode haver uma série de complicações à mamãe e ao bebê. 

Contudo, se a doença for tratada da maneira correta, a gestação tente a não ter grandes complicações. Para tranquilizar as futuras mamães, a Dra. Ana Claudia Frabetti Koiffman, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz unidade São Caetano, especialista em gestação de alto risco, listou 10 perguntas sobre pressão alta na gravidez:

1.                  O que é hipertensão na gestação? também chamada de pré-eclâmpsia, é uma doença que atinge aproximadamente 5 % das gestantes e se caracteriza pelo desenvolvimento de hipertensão arterial após a vigésima semana de gestação. Quanto mais precoce sua manifestação clínica, maior a gravidade da doença.

2.                  Quais são as causas? os médicos ainda não sabem ao certo o que causa a hipertensão, mas é uma doença imunológica que leva à alteração na circulação placentária e, consequentemente, traz problemas para o bebê.

3.                  É possível tratar a doença sem medicação? Fazer atividade física pode ajudar? não, pois as medicações que reduzem a pressão arterial ainda são a melhor forma de controlá-la. Por ser uma doença que ocorre quando o próprio sistema imunológico não funciona corretamente, a atividade física não interfere, sendo até contra indicada em alguns casos.

4.     Como funciona para quem já tem a doença? nestes casos, as mulheres apresentam risco aumentado para o desenvolvimento de hipertensão gestacional. A prevenção para pré-eclâmpsia se dá com o uso de dieta rica em cálcio e uso de ácido acetilsalicílico (AAS) para alguns casos.

5.                Quais os sinais de que o problema está complicando a gravidez? nos casos em que a pressão arterial está difícil de controlar, os sinais de alerta são surgimento de proteína na urina, restrição de crescimento fetal e diminuição de líquido amniótico.

6.                  Pode causar prematuridade? em casos graves, a única forma de tratamento definitivo é antecipação do parto, muitas vezes antes das 37 semanas de gestação, levando a prematuridade.

7.                  A doença pode prejudicar a formação do bebê? não, pois ela não interfere diretamente na formação fetal, porém indiretamente pode causar envelhecimento placentário e, consequentemente, restrição de crescimento fetal ou diminuição do líquido amniótico.

8.                  E o que pode acontecer com a mãe? todos os órgãos podem sofrer com as repercussões da pré-eclâmpsia, sendo cérebro, fígado e rins os órgãos mais acometidos. Essa gestante deve ser acompanhada por médicos especialistas em pré-natal de alto risco.

9.                  Qual é o perfil das mulheres que podem desenvolver essa doença? mulheres com idade maior que 40 anos, gestação múltipla, obesidade, diabetes pré-existente, algumas doenças reumatológicas, histórico familiar ou de pré-eclâmpsia em gestação anterior.

10.               Quem teve hipertensão na gestação tem maior chance de ter pressão alta ao longo da vida? não existe esta associação para a hipertensão gestacional.






Hospital São Luiz
Blog do São Luiz com a Saúde: http://blog.saoluiz.com.br/
Facebook:
https://www.facebook.com/HospitalSaoLuiz
Twitter:
twitter.com/@hospsaoluiz



 

Não basta ser mulher moderna, tem que se cuidar



Na tentativa de abraçar o mundo, a mulher ainda precisa de um tempo para cuidar de sua saúde


Levar o filho para a escola, trabalhar, cuidar da casa e do marido. Para a maioria das mulheres o dia-a-dia é assim. E com tantas atividades, como arranjar um tempo para cuidar de si mesma e ainda ter uma vida saudável?

Nas últimas décadas, a mulher vem acumulando inúmeras responsabilidades e perdendo qualidade de vida. 

Muitas não conseguem se exercitar, ir ao médico com frequência e se alimentar bem. O resultado é o aparecimento de doenças cada vez mais precoces. 

“O estresse ganha evidência na mulher, porque nos últimos anos ela passou a ocupar um lugar de destaque no mercado de trabalho. Na necessidade de comprovar sua eficiência, gerando competição com o sexo masculino e entre elas mesmas, o estresse é inevitável”, destaca o médico cardiologista do Hospital Nossa Senhora das Graças (HNSG), Dr. Dalton Precoma.

Segundo o especialista, o estresse é um dos principais riscos para a saúde do coração da mulher. Outros fatores que podem comprometer sua saúde são– o aumento das gorduras no sangue - colesterol e triglicerídeos, o fumo, diabetes, hipertensão arterial, obesidade e o sedentarismo. “Estes fatores são responsáveis por 90% das causas do infarto”, afirma.

Os sintomas de que algo não vai bem, são diferentes do homem e podem surgir de forma silenciosa. “Uma das hipóteses são decorrentes da parte hormonal”, explica o cardiologista. As coronárias nas mulheres – artérias que que levam ao músculo cardíaco o sangue necessário ao seu funcionamento - são mais finas, e uma grande parte da dor torácica na mulher pode ser atípica, isto é, com características diferentes que o homem tem, como a dor intensa . Outros sinais que podem ser observados são o suor intenso, náusea e palidez cutâneo, que ocorrem em conjunto no momento do infarto. “Após a menopausa a mulher deve realizar exames anuais”, destaca o médico. 


Enxaqueca x hormônios femininos

Outro fato que pode ser influenciado pelo estresse é a dor de cabeça, um dos sintomas que mais acomete as mulheres. “A enxaqueca, por exemplo, atinge quatro vezes mais as mulheres do que os homens”, aponta o neurologista do Hospital Nossa Senhora das Graças, Dr. Cleverson de Macedo Gracia. 

Ele explica que o alzheimer e a esclerose múltipla também são mais comuns no sexo feminino. A maior incidência dessas doenças é devido ao próprio organismo. “A ação dos hormônios femininos potencializam o seu surgimento”, explica o neurologista. Além disso, não existem formas de prevenção. “A enxaqueca é hereditária e a esclerose múltipla não possui uma causa conhecida”, conta. O Mal de Alzheimer também não tem grandes opções preventivas, exceto procurar exercitar a mente. 

Para evitar esses problemas é muito importante que a mulher tire um tempo para si e para cuidar se sua saúde. Algumas doenças como o câncer de colo de útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, e a quarta causa de morte de mulheres por câncer no Brasil,são silenciosas e a melhor forma de prevenção é estar sempre atenta. “O carcinoma do colo uterino é o único câncer genital feminino que pode ser prevenido e descoberto facilmente pelo exame preventivo, conhecido também como Papanicolaou, por isso a importância da realização periódica”, enfatiza o ginecologista e obstetra do Hospital Nossa Senhora das Graças, Almir Antonio Urbanetz. 

Entre as principais alterações das células que podem desencadear esse tipo de câncer é a infecção pelo papiloma vírus humano. “O HPV é a principal causa de câncer no colo de útero, também chamado de cervical. Estudos atuais indicam sua presença em mais de 90% dos casos do tumor invasor”, explica o médico.

A Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde recomendam realizar duas coletas do exame preventivo – conhecido como papanicolau, com intervalo de um ano. “Caso as duas coletas apresentem os laudos negativos, o exame pode ser realizado a cada dois anos. Porém, se apresentar laudo de lesão pré-maligna, a paciente é submetida ao exame colposcópico e, se necessário, biópsia colpodirigida”, enfatiza o ginecologista. 


Sucesso é bom e todo mundo gosta, mas vale desacelerar

Planejamento, não assumir múltiplas tarefas que terá dificuldade de cumprir, ter uma dieta saudável, praticar exercícios físicos regulares, ter tempo para atividades sociais e familiares, tirar férias regularmente - são algumas das dicas do cardiologista para uma vida melhor e mais saudável.

Já a sugestão do psicólogo do HNSG, José Palcoski, é o diálogo em casa para divisão de tarefas e rotinas. “Para amenizar o problema, a melhor dica é buscar conversar com o companheiro e buscar as praticidades do dia-a- dia”, sugere.


Posts mais acessados